14/04/2011

Esplanadas de Lisboa/Elogio à CML/Comunicado




Exmo. Sr. Presidente da CML,
Dr. António Costa
Exmo. Sr. Vereador do Espaço Público,
Dr. José Sá Fernandes


Vimos pelo presente aplaudir a Câmara, na pessoa do seu Presidente, e do responsável pelo Pelouro do Espaço Público, pela coragem de, finalmente, agir em prol da aplicação rigorosa de regulamentação sobre as esplanadas de Lisboa, em particular da Baixa.

Com efeito, a situação é caótica desde há muitos anos, um pouco por toda a cidade, e à demissão da CML enquanto zeladora da qualidade das esplanadas da cidade, se devem os maus hábitos adquiridos ao longo do tempo pelos proprietários dos cafés e restaurantes; ocupando a via pública de forma desordenada, poluindo visualmente os arruamentos, etc., etc.

Arruamentos como a Rua dos Correeiros e a Rua das Portas de Santo Antão são verdadeiros casos de estudo do que não se deve fazer em ambientes históricos de grande significado patrimonial.

O ordenamento e a requalificação das esplanadas são particularmente urgentes. Não só porque a Baixa está "Em Vias de classificação" como Monumento Nacional (e ainda temos esperança que a sua candidatura à UNESCO seja possível) como reflecte um sentimento de brio e auto-estima que importa assumir.

Há que disciplinar a publicidade, regulamentar os materiais, as cores e os equipamentos que compõem as esplanadas das zonas históricas da cidade. Há que garantir a boa circulação dos peões.

Mas a cidade é muito mais do que a Baixa. Por isso, há que aplicar com urgência os mesmos critérios, pelo menos, a todas as zonas históricas da cidade. Da Sé ao Castelo, passando por Alfama à Mouraria e a Belém, porque toda a cidade sofre de esplanadas e publicidade caóticas (ver exemplos em anexo).

Vamos, todos, promover e apoiar um espaço público de excelência!

Mas de pouco ou nada valerá esta nobre e bem intencionada iniciativa da CML se a fiscalização continuar a ser insuficiente como até agora.

Com os nossos melhores cumprimentos,


Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Luís Marques da Silva, Júlio Amorim, Nuno Caiado, Carlos de Sousa, Jorge Pinto, Virgílio Marques, Fernando Vasco Costa, José Santa Clara, Artur Lourenço e Isabel Goulão




Fotos: FJ

6 comentários:

Anónimo disse...

Palhaços, cambada de estupidos. Se fossem brincar ás espadas com as pilinhas...

Anónimo disse...

Há que obrigar as toalhas e os guardanapos a serem todos da mesma cor, os menus a serem em A4 e a marca do café a ser Delta.

Anónimo disse...

Concordo com alguma uniformização do imobiliário mas deixando alguma manobra para as esplanadas se distinguirem através da algumas diferenças. Mas também não é necessário regulamentar tamanho de ementas ou cor dos guardanapos!

BRUXA disse...

...só falta obrigar a clientela a ir vestida com fatiotas (ou uniformes?) todos iguais! Já vi isto em qualquer lado...

Miguel Pereira disse...

concordo plenamente.
claro que as zonas históricas devem ser mantidas sob vigilância apertada e os abusos dos comerciantes cortados.
Mas a parte de licenciamento de uma esplanada tem de ser simplificada e igual para todos.E acredito que deve haver um mobiliário urbano igual para todos. quanto à decoração, guardanapos e marcas de café tenho a certeza que ninguém vai nunca impor isso. So não acho normal uma cidade estar repleta de cadeiras e mesas da coca cola ou super bock ou misturas das duas e todos os anos acrescentarem mais 1 ou 2 mesas ate não haver passeio.

sentidoslatos disse...

gostaria de perguntar a antónio costa e a sá fernandes, este preocupado com ninharias, porque não se preocupam também com a feitura de um quintal gigante na principal avenida de lisboa, a qual já estava hoje com restrições ao estacionamento; pergunto: qual a legitimidade da feitura de um quintal desta magnitude na principal avenida de acesso à baixa... quererão, o sá e o costa, vender hortaliças do continente aos turistas alemães, ou estará a cml a procurar que passemos a utilizar passeios e vias principais como fonte de ingressos para o país, e é esta uma forma pioneira de orientar os cidadãos de lx para as virtualidades do cultivo de grêlos, nabos, tomates e afins...eu não quero acreditar que nas mediadas acordadas com os especuladores, estejam contempladas as conversões de tudo o que é passível de o ser, em hortas comunitárias;seria isto que o homem do leme quereria dizer ao alertar-nos para as benesses da enxada e do ancinho...