O nosso alerta a todos quantos se interessam pela nossa luta em prol da preservação e transformação da casa mandada construir por Garrett em casa-museu - causa que deu origem a este movimento - , para a crónica de Jacinto Lucas Pires, na edição de hoje, dia 28 de Julho, n' A Capital, e que AQUI reproduzimos na íntegra.
Agradecemos sinceramente a sua simpática e atenciosa crónica, caro Jacinto Lucas Pires, e a oportuníssima chamada de atenção que a mesma representa para os candidatos à CML.
MUITO OBRIGADO
PF
22/07/2005
4 anos de CML, que Cultura?
Numa altura em que a CML procura (?) salvar o Ballet Gulbenkian, achamos que era de elementar justiça fazer-se um balanço à actuação da CML ao longo dos últimos 4 anos, um balanço que se resume pouco mais que meia dúzia de colóquios e exposições, e um verdadeiro «choque cultural»: a instalação de comes e bebes e carrinhos-de-choque na Av.24 de Julho, e a abertura de um ringue de gêlo numa tenda no Pátio das Missas, em Belém, a fim, certamente, de os lisboetas aperfeiçoarem os seus dotes de condutores e «patinadores».
Passado o choque inicial, queremos dizer à CML que teria sido melhor ter antes agido da mesma forma decidida e empenhada na resolução de 4 casos sintomáticos de abandono, desleixo e incompetência a nível de gestão e programação dos próprios equipamentos culturais da CML, a saber: Cinema São Jorge, Maria Matos, Espaço A Capital e Museu Bordalo Pinheiro.
1. Como é possível ter-se mandado encerrar o Espaço A Capital, despejando os Artistas Unidos, por perigo de derrocada e estar tudo na mesma passados 4 anos, sem sequer se ter dado início ao projecto de reabilitação tantas vezes publicitado? O projecto artístico dos Artistas Unidos para o espaço A Capital é uma excelente oferta cultural para o Bairro Alto e para Lisboa. O C.V. da companhia fala por si. Por isso, pedimos ao próximo Presidente da CML que dê andamento imediato ao respectivo projecto de recuperação.
2. Como é possível comemorar-se o 100º aniversário da morte de Bordalo Pinheiro e ter-se o respectivo museu fechado há anos?
Bordalo Pinheiro é uma fígura ímpar da cultura alfacinha e nacional. O espólio é imenso, muito mais do que o que exígua casa-museu deixa ver. Encontre-se outro espaço. Renegoceie-se o espólio e os ditos testamentários de quem cedeu o espaço!
3. Como é possível o São Jorge ainda não ter sido transformado em sala única e recuperado o estatuto de sala mais frequentada de Lisboa?
O Cinema São Jorge só tem futuro se for sala única, e se for a "casa do cinema português", com filmes portugueses em estreia obrigatória e em "reprise" . Deve-se apostar em protocolos com distribuidores e com a Cinemateca, que garantam a exclusividade da exibição. E complementar essa aposta com espectáculos musicais que se adequem à sala.
4. Como é possível ter-se fechado o Teatro Maria Matos sem saber o que programar para lá, e anunciar uma hipotética revitalização do Parque Mayer?
O Maria Matos foi a primeira sala a ser património municipal. Está num bairro em que poderia ser o pólo cultural de toda a zona. Com programação variada, desde teatro infantil a peças clássicas, passando por concertos e ópera. Abra-se a sua gestão a privados. Porque não começar pelos empresários do Parque Mayer?
Mas o futuro Presidente da CML vai ter também que equacionar novas formas de gestão, abrindo os espaços à iniciativa privada, com contratos de execução física e orçamental, claros, que contemplem gestão por objectivos, partilha de receitas e avaliação periódica por parte da CML. Terá que pensar em “mecenato municipal”. Eventualmente, equacionar também a própria existência da EGEAC. E deve apostar numa maior adesão da população de Lisboa (e não só) aos espaços culturais da CML, contemplando, por exemplo, o lançamento de passes sócio-culturais.
Por fim, se a próxima vereação quiser apostar em mais carrinhos-de-choque e em mais patinagem no gêlo, por favor, que o faça nos espaços próprios, concebendo uma nova Feira Popular em local adequado, devidamente arborizada e de fácil acesso, onde até poderá construir de raíz, também, um ringue de patinagem no gêlo, à semelhança, aliás, do que é feito lá fora. Lisboa agradece e não choca!
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
Passado o choque inicial, queremos dizer à CML que teria sido melhor ter antes agido da mesma forma decidida e empenhada na resolução de 4 casos sintomáticos de abandono, desleixo e incompetência a nível de gestão e programação dos próprios equipamentos culturais da CML, a saber: Cinema São Jorge, Maria Matos, Espaço A Capital e Museu Bordalo Pinheiro.
1. Como é possível ter-se mandado encerrar o Espaço A Capital, despejando os Artistas Unidos, por perigo de derrocada e estar tudo na mesma passados 4 anos, sem sequer se ter dado início ao projecto de reabilitação tantas vezes publicitado? O projecto artístico dos Artistas Unidos para o espaço A Capital é uma excelente oferta cultural para o Bairro Alto e para Lisboa. O C.V. da companhia fala por si. Por isso, pedimos ao próximo Presidente da CML que dê andamento imediato ao respectivo projecto de recuperação.
2. Como é possível comemorar-se o 100º aniversário da morte de Bordalo Pinheiro e ter-se o respectivo museu fechado há anos?
Bordalo Pinheiro é uma fígura ímpar da cultura alfacinha e nacional. O espólio é imenso, muito mais do que o que exígua casa-museu deixa ver. Encontre-se outro espaço. Renegoceie-se o espólio e os ditos testamentários de quem cedeu o espaço!
3. Como é possível o São Jorge ainda não ter sido transformado em sala única e recuperado o estatuto de sala mais frequentada de Lisboa?
O Cinema São Jorge só tem futuro se for sala única, e se for a "casa do cinema português", com filmes portugueses em estreia obrigatória e em "reprise" . Deve-se apostar em protocolos com distribuidores e com a Cinemateca, que garantam a exclusividade da exibição. E complementar essa aposta com espectáculos musicais que se adequem à sala.
4. Como é possível ter-se fechado o Teatro Maria Matos sem saber o que programar para lá, e anunciar uma hipotética revitalização do Parque Mayer?
O Maria Matos foi a primeira sala a ser património municipal. Está num bairro em que poderia ser o pólo cultural de toda a zona. Com programação variada, desde teatro infantil a peças clássicas, passando por concertos e ópera. Abra-se a sua gestão a privados. Porque não começar pelos empresários do Parque Mayer?
Mas o futuro Presidente da CML vai ter também que equacionar novas formas de gestão, abrindo os espaços à iniciativa privada, com contratos de execução física e orçamental, claros, que contemplem gestão por objectivos, partilha de receitas e avaliação periódica por parte da CML. Terá que pensar em “mecenato municipal”. Eventualmente, equacionar também a própria existência da EGEAC. E deve apostar numa maior adesão da população de Lisboa (e não só) aos espaços culturais da CML, contemplando, por exemplo, o lançamento de passes sócio-culturais.
Por fim, se a próxima vereação quiser apostar em mais carrinhos-de-choque e em mais patinagem no gêlo, por favor, que o faça nos espaços próprios, concebendo uma nova Feira Popular em local adequado, devidamente arborizada e de fácil acesso, onde até poderá construir de raíz, também, um ringue de patinagem no gêlo, à semelhança, aliás, do que é feito lá fora. Lisboa agradece e não choca!
Paulo Ferrero, Pedro Policarpo e Bernardo Ferreira de Carvalho
21/07/2005
Convento dos Inglesinhos: PCP/AR requer explicações ao MC
Relativamente ao assunto mencionado em epígrafe, recebemos um e-mail do Grupo Parlamentar do PCP dando-nos conta de um requerimento feito ao Governo, na pessoa da Senhora Ministra da Cultura, que passamos a divulgar:
"Requerimento
(15-07-2005)
Assunto: O Convento dos Inglesinhos
Apresentado por: Deputada Luísa Mesquita (PCP)
Exmo. Senhor
Presidente da Assembleia da República
A Comissão de Educação Ciência e Cultura recebeu, recentemente, em audiência representantes do Fórum Cidadania Lisboa que vieram dar notícia da sua indignação perante o desaparecimento daquele “magnífico tesouro” – o Convento dos Inglesinhos.
Após o parecer favorável da Câmara Municipal de Lisboa ao projecto da empresa Amorim Imobiliária que pretende converter o referido património em condomínio fechado, de imediato “se passou ao esventramento do recheio do espaço, à destruição dos jardins,…etc, num edifício que não só se encontra num recinto, o Bairro Alto, classificado pelo IPPAR como IIP, como o próprio convento é classificado pela DGEMN”.
Inúmeras foram as medidas entretanto tomadas, nomeadamente petições, interposição de uma providência cautelar e debates com o objectivo de parar os procedimentos em curso e motivar as entidades responsáveis para a importância patrimonial do edifício a destruir.
Afirmam os interlocutores neste apelo à Comissão de Educação Ciência e Cultura que “tememos que só nos restem V. Exas na prossecução das nossas expectativas e dos protestos de todos quantos, de Lisboa ao estrangeiro, se mostram indignados por verem aquele espaço ser convertido e mais um condomínio, especialmente numa zona, o B. A. que tem uma taxa de habitante por hectare muito superior à média de Lisboa”
Perante este apelo e a obrigatoriedade que nos assiste no cumprimento da Lei nº 107 de 2001 que no seu artigo 2º considera como “património cultural todos os bens que, sendo testemunho com valor de civilização ou de cultura portadores de interesse cultural relevante, devam ser objecto de especial protecção e valorização” e no seu artigo 11º, nº 2 determina que “Todos têm o dever de defender e conservar o património cultural, impedindo, no âmbito das faculdades jurídicas próprias, em especial, a destruição, deterioração ou perda de bens culturais”, solicito ao Governo, ao abrigo das alíneas d) e) do artigo 156º da Constituição da República Portuguesa e da alínea l) do nº 1 do artigo 5º do Regimento da Assembleia da República através do Ministério da Cultura, que me informe, com urgência, o seguinte:
1. Como pretende o governo, de acordo com a Lei de Bases do Património Cultural, intervir na defesa e protecção deste património cultural que é - o Convento dos Inglesinhos.
A Deputada
Luísa Mesquita"
O nosso obrigado à senhora deputada, e fazemos votos para que o pedido não caia em saco roto.
PF
"Requerimento
(15-07-2005)
Assunto: O Convento dos Inglesinhos
Apresentado por: Deputada Luísa Mesquita (PCP)
Exmo. Senhor
Presidente da Assembleia da República
A Comissão de Educação Ciência e Cultura recebeu, recentemente, em audiência representantes do Fórum Cidadania Lisboa que vieram dar notícia da sua indignação perante o desaparecimento daquele “magnífico tesouro” – o Convento dos Inglesinhos.
Após o parecer favorável da Câmara Municipal de Lisboa ao projecto da empresa Amorim Imobiliária que pretende converter o referido património em condomínio fechado, de imediato “se passou ao esventramento do recheio do espaço, à destruição dos jardins,…etc, num edifício que não só se encontra num recinto, o Bairro Alto, classificado pelo IPPAR como IIP, como o próprio convento é classificado pela DGEMN”.
Inúmeras foram as medidas entretanto tomadas, nomeadamente petições, interposição de uma providência cautelar e debates com o objectivo de parar os procedimentos em curso e motivar as entidades responsáveis para a importância patrimonial do edifício a destruir.
Afirmam os interlocutores neste apelo à Comissão de Educação Ciência e Cultura que “tememos que só nos restem V. Exas na prossecução das nossas expectativas e dos protestos de todos quantos, de Lisboa ao estrangeiro, se mostram indignados por verem aquele espaço ser convertido e mais um condomínio, especialmente numa zona, o B. A. que tem uma taxa de habitante por hectare muito superior à média de Lisboa”
Perante este apelo e a obrigatoriedade que nos assiste no cumprimento da Lei nº 107 de 2001 que no seu artigo 2º considera como “património cultural todos os bens que, sendo testemunho com valor de civilização ou de cultura portadores de interesse cultural relevante, devam ser objecto de especial protecção e valorização” e no seu artigo 11º, nº 2 determina que “Todos têm o dever de defender e conservar o património cultural, impedindo, no âmbito das faculdades jurídicas próprias, em especial, a destruição, deterioração ou perda de bens culturais”, solicito ao Governo, ao abrigo das alíneas d) e) do artigo 156º da Constituição da República Portuguesa e da alínea l) do nº 1 do artigo 5º do Regimento da Assembleia da República através do Ministério da Cultura, que me informe, com urgência, o seguinte:
1. Como pretende o governo, de acordo com a Lei de Bases do Património Cultural, intervir na defesa e protecção deste património cultural que é - o Convento dos Inglesinhos.
A Deputada
Luísa Mesquita"
O nosso obrigado à senhora deputada, e fazemos votos para que o pedido não caia em saco roto.
PF
20/07/2005
CML anuncia "Praça de Entre-campos"
A CML parece estar ufana: "Praça de Entrecampos - Um empreendimento Facilitador de Vida . Felizmente o sonho de ter casa própria deixou de ser um problema", pode ler-se no seu site. Tudo isto a propósito de um empreendimento que a EPUL acaba de lançar na Avenida das Forças Armadas, onde até há poucos anos funcionava o mercado abastecedor. O empreendimento assenta num conjunto de 5 edifícios, de volumetria considerável, dispostos em volta de uma pseudo-praça, e compreende habitação, comércio e escritórios. E destina-se exclusivamente a jovens até aos 39 anos de idade.
Onde a CML rejubila mesmo é com o denominado o “Lisboa Arte Fórum”, um futuro espaço de arte contemporânea, que irá contribuir para uma nova dimensão cultural e urbana na capital. Para ter tudo à mão de semear, à sua porta ou ao virar da esquina!".
É uma iniciativa de aplaudir, obviamente, sobretudo se se tiver em conta que naquela zona abundam os estabelecimentos de ensino universitário ... mas, sejamos realistas, por enquanto, o que lá está são tapumes e «outdoors», e o que se vê no site da CML são apenas fotos virtuais, portanto imaginárias.
PF
Onde a CML rejubila mesmo é com o denominado o “Lisboa Arte Fórum”, um futuro espaço de arte contemporânea, que irá contribuir para uma nova dimensão cultural e urbana na capital. Para ter tudo à mão de semear, à sua porta ou ao virar da esquina!".
É uma iniciativa de aplaudir, obviamente, sobretudo se se tiver em conta que naquela zona abundam os estabelecimentos de ensino universitário ... mas, sejamos realistas, por enquanto, o que lá está são tapumes e «outdoors», e o que se vê no site da CML são apenas fotos virtuais, portanto imaginárias.
PF
Santana quer condicionar trânsito no Castelo
Santana Lopes quer condicionar o trânsito no bairro do Castelo de São Jorge! Óptimo. Só que uma coisa é querer, ou anunciar querer, outra, bem diferente, é fazer.
Sendo que é também de lamentar que o desejo anunciado peque por tardio (4 anos é muito ano!) e incompleto, já que a par do Castelo, também os bairros de Alvalade, Azul e Campo de Ourique têm que ser rapidamente condicionados a nível de trânsito e o seu estacionamento disciplinado.
PF
Sendo que é também de lamentar que o desejo anunciado peque por tardio (4 anos é muito ano!) e incompleto, já que a par do Castelo, também os bairros de Alvalade, Azul e Campo de Ourique têm que ser rapidamente condicionados a nível de trânsito e o seu estacionamento disciplinado.
PF
18/07/2005
Casa Garrett no Provedor de Justiça
Acabamos de receber de André Folque, coordenador do Senhor Provedor da Justiça, resposta à nossa exposição do passado dia 27 de Junho, que muito agradecemos e da qual passamos a transcrever o mais importante:
"(...) Vai proceder-se à análise das questões suscitadas e à audição da CML e do Ippar, de modo a procurar esclarecer o assunto, nos termos que se justificarem".
Mais se esclarece que "(...) nos termos da legislação em vigor, a intervenção do Provedor da Justiça não suspende o decurso de quaisquer prazos, quer administrativos quer judiciais (...) o Provedor não tem competência legal para anular, revogar ou modificar os actos dos poderes públicos (...) sendo a sua actuação apenas persuasória e baseada em propostas ou recomendações".
PF
"(...) Vai proceder-se à análise das questões suscitadas e à audição da CML e do Ippar, de modo a procurar esclarecer o assunto, nos termos que se justificarem".
Mais se esclarece que "(...) nos termos da legislação em vigor, a intervenção do Provedor da Justiça não suspende o decurso de quaisquer prazos, quer administrativos quer judiciais (...) o Provedor não tem competência legal para anular, revogar ou modificar os actos dos poderes públicos (...) sendo a sua actuação apenas persuasória e baseada em propostas ou recomendações".
PF
15/07/2005
E agora que o Capitólio é propriedade da CML?
O que pensam fazer?
O que nós pensamos é que, o próximo Presidente da CML, seja com Gehry ou sem ele, deve preservar o Capitólio, recuperá-lo e abri-lo ao público (no Parque Mayer ou trasladado) com cinema e teatro de revista. Como?
Disso damos conta em http://cidadanialx.tripod.com/capitolio.html.
Onde também damos conta do comunicado de imprensa dos nossos amigos, os "Cidadãos pelo Capitólio", a propósito da recente classificação do Capitólio na lista dos 100 monumentos em perigo da World Monuments Fund.
PF
Nota: O Capitólio passou a fazer companhia ao Cinema Odéon, na fabulosa base de dados do Cinema Treasures!
O que nós pensamos é que, o próximo Presidente da CML, seja com Gehry ou sem ele, deve preservar o Capitólio, recuperá-lo e abri-lo ao público (no Parque Mayer ou trasladado) com cinema e teatro de revista. Como?
Disso damos conta em http://cidadanialx.tripod.com/capitolio.html.
Onde também damos conta do comunicado de imprensa dos nossos amigos, os "Cidadãos pelo Capitólio", a propósito da recente classificação do Capitólio na lista dos 100 monumentos em perigo da World Monuments Fund.
PF
Nota: O Capitólio passou a fazer companhia ao Cinema Odéon, na fabulosa base de dados do Cinema Treasures!
13/07/2005
Convento Inglesinhos, balanço ida à AR
Valeu a pena ter ido à AR, expôr a nossa posição e ouvir os membros da Comissão Parlamentar de Ciência, Educação e Cultura da AR; e queremos desde já agradecer a amabilidade e o interesse demonstrados pelos senhores deputados António José Seguro (Presidente), Manuela Melo e Nuno da Câmara Pereira ... embora estranhemos a ausência dos membros do PC, CDS e BE.
E valeu a pena ir à AR porque, do nosso ponto de vista, os deputados da AR ficam agora a conhecer de forma mais real e profunda este escândalo de atentado ao património de Lisboa e do país, pelo que poderão e deverão surgir novas formas de pressão junto da CML e do MC para que o monumento não se perca, nem seja mais adulterado do que já foi. E que seja encontrada uma solução alternativa, em conjunto com o próximo Presidente da CML, que agrade a todas as partes, a começar por Lisboa.
Agradecemos mais uma vez a colaboração inexcedível dos jornalistas que nos têm dado voz, e, na impossibilidade de reproduzirmos aqui todas as menções que fizeram sobre este assunto, aqui fica o balanço feito hoje pelo "Jornal de Notícias":
"Comissão parlamentar ouve defesa do Convento
inglesinhos Fórum Lisboa e Cidadania lamenta ausência de alguns grupos parlamentares Deputados estão informados sobre a matéria arquivo jn
Defesa do convento dos Inglesinhos na Assembleia da República
AComissão Parlamentar de Cultura ouviu, ontem, na Assembleia da República, José Fonseca e Costa, Raúl Hestnes Ferreira e Pedro Policarpo, que ali foram explicar a sua posição contra a demolição do convento dos Inglesinhos, no Bairro Alto. Para o local está previsto um condomínio de luxo.
No fim da audiência (solicitada há dois meses) Pedro Policarpo, do Fórum Cidadania Lisboa, contou, ao JN, que os três defensores do edifício foram recebidos pelo presidente da comissão, António José Seguro e pelos deputados do grupo parlamentar do PS, Manuela Melo e o independente Nuno da Câmara Pereira, em representação do PP. Os outros grupos parlamentares não se representaram. "Estranhamos a falta de interesse dos outros grupos parlamentares por esta matéria", lamentou. "No entanto os que nos receberam mostraram estar bem informados e vão entrar em contacto com a Câmara de Lisboa para obterem mais informações".
"Congratulamo-nos pela forma como fomos recebidos, uma vez que nesta fase estamos a dar mais conhecimento do que se passa ao maior número de pessoas que possa influenciar nesta matéria", explicou.
Pedro Policarpo recordou ainda, quando em Setembro do ano passado o cineasta Fonseca e Costa foi ouvido na Assembleia Municipal de Lisboa, "sem grande sucesso". "Temos em atenção que as obras estão licenciadas e que o proprietário tem direitos daquiridos", admitiu, mas, "enquanto o património lá estiver, acreditamos ser possível e tudo faremos para que se mantenha".
PF
E valeu a pena ir à AR porque, do nosso ponto de vista, os deputados da AR ficam agora a conhecer de forma mais real e profunda este escândalo de atentado ao património de Lisboa e do país, pelo que poderão e deverão surgir novas formas de pressão junto da CML e do MC para que o monumento não se perca, nem seja mais adulterado do que já foi. E que seja encontrada uma solução alternativa, em conjunto com o próximo Presidente da CML, que agrade a todas as partes, a começar por Lisboa.
Agradecemos mais uma vez a colaboração inexcedível dos jornalistas que nos têm dado voz, e, na impossibilidade de reproduzirmos aqui todas as menções que fizeram sobre este assunto, aqui fica o balanço feito hoje pelo "Jornal de Notícias":
"Comissão parlamentar ouve defesa do Convento
inglesinhos Fórum Lisboa e Cidadania lamenta ausência de alguns grupos parlamentares Deputados estão informados sobre a matéria arquivo jn
Defesa do convento dos Inglesinhos na Assembleia da República
AComissão Parlamentar de Cultura ouviu, ontem, na Assembleia da República, José Fonseca e Costa, Raúl Hestnes Ferreira e Pedro Policarpo, que ali foram explicar a sua posição contra a demolição do convento dos Inglesinhos, no Bairro Alto. Para o local está previsto um condomínio de luxo.
No fim da audiência (solicitada há dois meses) Pedro Policarpo, do Fórum Cidadania Lisboa, contou, ao JN, que os três defensores do edifício foram recebidos pelo presidente da comissão, António José Seguro e pelos deputados do grupo parlamentar do PS, Manuela Melo e o independente Nuno da Câmara Pereira, em representação do PP. Os outros grupos parlamentares não se representaram. "Estranhamos a falta de interesse dos outros grupos parlamentares por esta matéria", lamentou. "No entanto os que nos receberam mostraram estar bem informados e vão entrar em contacto com a Câmara de Lisboa para obterem mais informações".
"Congratulamo-nos pela forma como fomos recebidos, uma vez que nesta fase estamos a dar mais conhecimento do que se passa ao maior número de pessoas que possa influenciar nesta matéria", explicou.
Pedro Policarpo recordou ainda, quando em Setembro do ano passado o cineasta Fonseca e Costa foi ouvido na Assembleia Municipal de Lisboa, "sem grande sucesso". "Temos em atenção que as obras estão licenciadas e que o proprietário tem direitos daquiridos", admitiu, mas, "enquanto o património lá estiver, acreditamos ser possível e tudo faremos para que se mantenha".
PF
12/07/2005
Lisboa, Cidade de Bairros, Como? Onde?
É com imensa satisfação que vemos os candidatos a Lisboa recuperarem para a acções de campanha o tema "Lisboa Cidade de Bairros", apostando, e bem, no conceito de bairro de há 50-60 anos, tantas vezes vilipendiado no decurso das últimas décadas.
Com efeito, muitas das virtudes subjacentes ao modelo "casa-logradouro-escola-comércio tradicional-zona pedonal-mercado-sala de espectáculos-igreja-bombeiros-clube recreativo-espaço verde-praça-cafés-esplanadas-vizinhança" foram sendo violadas seriamente nos últimos tempos, quando não perdidas para sempre. Por isso, congratulamo-nos com essa preocupação.
E propomos ao futuro Presidente da CML um conjunto de medidas com vista à melhoria efectiva de 3 bairros, que julgamos preencherem na íntegra o modelo pretendido: Alvalade, Bairro Azul e Campo de Ourique.
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
Com efeito, muitas das virtudes subjacentes ao modelo "casa-logradouro-escola-comércio tradicional-zona pedonal-mercado-sala de espectáculos-igreja-bombeiros-clube recreativo-espaço verde-praça-cafés-esplanadas-vizinhança" foram sendo violadas seriamente nos últimos tempos, quando não perdidas para sempre. Por isso, congratulamo-nos com essa preocupação.
E propomos ao futuro Presidente da CML um conjunto de medidas com vista à melhoria efectiva de 3 bairros, que julgamos preencherem na íntegra o modelo pretendido: Alvalade, Bairro Azul e Campo de Ourique.
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
11/07/2005
Convento Inglesinhos na AR, amanhã às 11h
No seguimento das acções de protesto já feitas contra a destruição do Convento dos Inglesinhos (denúncia pública, vigília, petição, providência cautelar - lançada pelos moradores do Bairro Alto - e debate no CNC), a 8ª Comissão Parlamentar de Cultura da Assembleia da República aceitou o nosso pedido de audiência de há 2 meses e irá receber amanhã, Terça-feira, dia 12 de Julho, pelas 11h, José Fonseca e Costa, Raúl Hestnes Ferreira e Pedro Policarpo.
Com esta iniciativa, desejamos que a AR conheça e se pronuncie sobre o assunto, emitindo parecer ou recomendação à CML e ao Ministério da Cultura, no sentido de se evitar a delapidação daquele importante património de Lisboa, e se encontre uma solução alternativa a contento de todos, a começar por Lisboa.
Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
Com esta iniciativa, desejamos que a AR conheça e se pronuncie sobre o assunto, emitindo parecer ou recomendação à CML e ao Ministério da Cultura, no sentido de se evitar a delapidação daquele importante património de Lisboa, e se encontre uma solução alternativa a contento de todos, a começar por Lisboa.
Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
União Zoófila: S.O.S. recebido via e-mail
da boa amiga Helena Carvalho Pereira:
"Quando forem às compras, lembrem-se deste email e comprem um saco de ração para cão gato. Ainda que seja o mais barato do LIDL. É melhor do que nada. Cães e Gatos, são SERES VIVOS, RESPIRAM, COMUNICAM, SENTEM, BRINCAM E TAMBÉM CHORAM.
Não falhem...
Amigos,
A União Zoófila está na iminência de FECHAR. A primeira medida é despedir a pessoa que cozinha para os animais diariamente, já no fim deste mês. Como sabem é uma instituição que vive essencialmente da quotização aos sócios e até esses deixaram de pagar. Eles são 800 cães e não sei quantos gatos ! Então aqui vai o meu apelo: Eles necessitam de comida para os animais, sobretudo de secos para os cães. Solicitaram que cada pessoa leve um saco, para poderem "manter o barco". Claro, que o dinheiro também ajuda, mas se quiserem, convertam-no em COMIDA!
AGORA OUTRA AJUDA TÃO IMPORTANTE E URGENTE COMO ESTA! AJUDEM-ME A PASSAR ESTA INFORMAÇÃO!
Façam chegar este e-mail aos Directores de Redacção, ou a quem achem mais apropriado, para que todas as revistas e jornais FALEM DESTE ASSUNTO. Uma boa reportagem, em todos os meios, dava certamente mais impacto e ajudava a dar a conhecer as dificuldades da UNIÃO ZOÓFILA.
Acredito que não estavam à espera deste meu "press release", mas façam circular este e-mail (não ofereço telemóveis nem viagens), pois estou convencida que vamos conseguir entre todos, contar SEMPRE com a UNIÃO ZOÓFILA para acolher os "nossos" bichinhos."
"Quando forem às compras, lembrem-se deste email e comprem um saco de ração para cão gato. Ainda que seja o mais barato do LIDL. É melhor do que nada. Cães e Gatos, são SERES VIVOS, RESPIRAM, COMUNICAM, SENTEM, BRINCAM E TAMBÉM CHORAM.
Não falhem...
Amigos,
A União Zoófila está na iminência de FECHAR. A primeira medida é despedir a pessoa que cozinha para os animais diariamente, já no fim deste mês. Como sabem é uma instituição que vive essencialmente da quotização aos sócios e até esses deixaram de pagar. Eles são 800 cães e não sei quantos gatos ! Então aqui vai o meu apelo: Eles necessitam de comida para os animais, sobretudo de secos para os cães. Solicitaram que cada pessoa leve um saco, para poderem "manter o barco". Claro, que o dinheiro também ajuda, mas se quiserem, convertam-no em COMIDA!
AGORA OUTRA AJUDA TÃO IMPORTANTE E URGENTE COMO ESTA! AJUDEM-ME A PASSAR ESTA INFORMAÇÃO!
Façam chegar este e-mail aos Directores de Redacção, ou a quem achem mais apropriado, para que todas as revistas e jornais FALEM DESTE ASSUNTO. Uma boa reportagem, em todos os meios, dava certamente mais impacto e ajudava a dar a conhecer as dificuldades da UNIÃO ZOÓFILA.
Acredito que não estavam à espera deste meu "press release", mas façam circular este e-mail (não ofereço telemóveis nem viagens), pois estou convencida que vamos conseguir entre todos, contar SEMPRE com a UNIÃO ZOÓFILA para acolher os "nossos" bichinhos."
Mercado de Santa Clara em obras de reabilitação
Mais um boa notícia que nos é dada pela voz do "Jornal de Notícias". É caso para dizer "finalmente". E parabéns à Junta local e à CML. Mas também "cuidado". Cuidado com a estrutura centenária. Cuidado os pormenores exteriores e interiores, nada de falsificações! E que a programação escolhida o torne o factor dinamizador de toda aquela maravilhosa zona de Lisboa, tão mal aproveitada.
PF
PF
08/07/2005
Para quê empresas municipais?
Alguém me sabe dizer para que serve isto, isso e aqueloutra?
Alguém me sabe dizer com que dinheiro e como é possível existirem respectivos conselhos de administração para cada um dos sítios (na sua esmagadora não sabendo ao que vão, e ainda acumulando com outro lugar e com outro vencimento camarário), mais respectivas mordomias?
Tem a palavra o futuro Presidente da CML.
PF
Alguém me sabe dizer com que dinheiro e como é possível existirem respectivos conselhos de administração para cada um dos sítios (na sua esmagadora não sabendo ao que vão, e ainda acumulando com outro lugar e com outro vencimento camarário), mais respectivas mordomias?
Tem a palavra o futuro Presidente da CML.
PF
07/07/2005
Visitem a Quinta Bensáude!
Desconhecida da maioria dos lisboetas, mesmo dos que diariamente passam por ela, na Estrada da Luz, em São Domingos de Benfica, a Quinta Bensaúde abriu ao público no passado mês de Maio e vai voltar a fechar, no final de Setembro, porque a Câmara Municipal de Lisboa (CML) não tem condições para a manter aberta durante todo o ano ... Ora aí está uma excelente dica para a Lisboa bonita que ainda falta descobrir. Obrigado "Jornal de Notícias"!
PF
PF
06/07/2005
chiado, parabéns, mas é preciso mais
O seu a seu dono: foi esta vereação da CML que interveio na recuperação física dos dois locais mais genuinamente literários do Chiado: o Círculo Eça de Queiroz e o Grémio Literário. Mais ninguém o fez.
Portanto, só temos que aplaudir a homenagem do primeiro à CML, na figura do actual Presidente, em sinal de retribuição pela inclusão do Círculo no Fundo Remanescente de Reconstrução do Chiado, e pela comparticipação financeira de 40.000 € nas obras dos interiores.
Só que, Sr.Presidente, faltam muito mais coisas para que o Chiado seja melhor. Alguns exemplos:
* renovação de algumas artérias, a começar pela Rua do Ferragial;
* reconversão do Tribunal da Boa-Hora em unidade hoteleira;
* reconversão do edifício da antiga Universidade Livre em unidade hoteleira;
* alargamento do Museu de Arte Contemporânea;
* condicionamento de facto do trânsito;
* protecção e recuperação de interiores de lojas e outros;
* fecho do Largo do Carmo, Largo Bordalo Pinheiro e Calçada do Sacramento, ao trânsito (mantendo circulação descendente Rua Nova da Trindade-Rua Trindade-Calçada do Carmo);
* reabertura do passadiço do Elevador de Santa Justa;
* recuperação dos pátios interiores e escadarias criados por Siza Vieira na zona ardida;
* recuperação do que resta do Convento da Trindade;
* harmonização das esplanadas;
etc., etc..
PF
Portanto, só temos que aplaudir a homenagem do primeiro à CML, na figura do actual Presidente, em sinal de retribuição pela inclusão do Círculo no Fundo Remanescente de Reconstrução do Chiado, e pela comparticipação financeira de 40.000 € nas obras dos interiores.
Só que, Sr.Presidente, faltam muito mais coisas para que o Chiado seja melhor. Alguns exemplos:
* renovação de algumas artérias, a começar pela Rua do Ferragial;
* reconversão do Tribunal da Boa-Hora em unidade hoteleira;
* reconversão do edifício da antiga Universidade Livre em unidade hoteleira;
* alargamento do Museu de Arte Contemporânea;
* condicionamento de facto do trânsito;
* protecção e recuperação de interiores de lojas e outros;
* fecho do Largo do Carmo, Largo Bordalo Pinheiro e Calçada do Sacramento, ao trânsito (mantendo circulação descendente Rua Nova da Trindade-Rua Trindade-Calçada do Carmo);
* reabertura do passadiço do Elevador de Santa Justa;
* recuperação dos pátios interiores e escadarias criados por Siza Vieira na zona ardida;
* recuperação do que resta do Convento da Trindade;
* harmonização das esplanadas;
etc., etc..
PF
BAIRRO AZUL "EM VIAS DE CLASSIFICAÇÃO" CONTINUA ABANDONADO
Em 1981, a Secretaria de Estado da Cultura considerava que o Bairro Azul deveria ser alvo de um estudo tendente à sua classificação como “interesse público”.
Em 1988 os arquitectos José Manuel Fernandes e Maria de Lurdes Janeiro fizeram para a Câmara Municipal de Lisboa um levantamento sistemático e um estudo classificativo da Arquitectura Modernista na cidade de Lisboa (1925-1940). Esse estudo permitiria à Câmara “ proteger (...) ou recuperar (...) imóveis ou conjuntos de imóveis (...) dentro de uma perspectiva de valorização do património arquitectónico de Lisboa”. O Bairro Azul aparece classificado como um conjunto “Muito Bom“. Dever-se-iam “manter obrigatoriamente (os edifícios) adaptando, recuperando ou valorizando”.
Em 1994 a CML elaborou o Inventário Municipal do Património (IMP)[1] que assinala os imóveis e conjuntos edificados com interesse histórico, arquitectónico e/ou ambiental. Na freguesia nº 50 - S. Sebastião da Pedreira - o conjunto urbano Bairro Azul integra o IMP do Plano Director Municipal (IMP 50.02). “As condições a impor à reabilitação dos edifícios e conjuntos constantes do IMP serão definidas, enquanto não for publicada a Carta Municipal do Património, caso a caso, com o apoio de estruturas consultivas a constituir, compostas por técnicos do Município e por personalidades e entidades tecnicamente qualificadas”.
No mesmo ano de 1994 a CML/ DPPE elaborou mais um documento - “Estudos Preliminares da Carta Municipal do Património”, Abril 1994 (policopiado) - no qual foi proposta a classificação do Bairro Azul.
Em Julho de 2002, face à acelerada destruição que se verificava no Bairro, a Comissão de Moradores entregou à CML uma proposta para a sua classificação. Esta integrava uma contribuição escrita da professora Raquel Henriques da Silva, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa: “ (…) O Bairro reúne todas as condições para ser classificado. E tal tornou-se indispensável para que a vida que nele existe não estiole. Mas a classificação visa também ser uma via propiciatória para o requalificar”.
Vinte e quatro anos passados sobre o Despacho nº 76/81, o Bairro Azul, em vias de classificação, continua abandonado!
Antes que seja tarde, é urgente a classificação deste conjunto que constitui o Bairro Azul, com a consequente implementação de medidas de salvaguarda e protecção. A cidade agradece.
A Comissão de Moradores do Bairro Azul
--------------------------------------------------------------------------------
[1] Inventário Municipal do Património – anexo I ao Plano Director Municipal – aprovado pela Assembleia Municipal em 26 de Maio de 1994, ratificado pelo Governo em 14 de Julho de 1994 (resolução do C.M. 94/94 ) – publicado no D.R. nrº 226, de 29 de Setembro de 1994.
Ana Alves de Sousa
Em 1988 os arquitectos José Manuel Fernandes e Maria de Lurdes Janeiro fizeram para a Câmara Municipal de Lisboa um levantamento sistemático e um estudo classificativo da Arquitectura Modernista na cidade de Lisboa (1925-1940). Esse estudo permitiria à Câmara “ proteger (...) ou recuperar (...) imóveis ou conjuntos de imóveis (...) dentro de uma perspectiva de valorização do património arquitectónico de Lisboa”. O Bairro Azul aparece classificado como um conjunto “Muito Bom“. Dever-se-iam “manter obrigatoriamente (os edifícios) adaptando, recuperando ou valorizando”.
Em 1994 a CML elaborou o Inventário Municipal do Património (IMP)[1] que assinala os imóveis e conjuntos edificados com interesse histórico, arquitectónico e/ou ambiental. Na freguesia nº 50 - S. Sebastião da Pedreira - o conjunto urbano Bairro Azul integra o IMP do Plano Director Municipal (IMP 50.02). “As condições a impor à reabilitação dos edifícios e conjuntos constantes do IMP serão definidas, enquanto não for publicada a Carta Municipal do Património, caso a caso, com o apoio de estruturas consultivas a constituir, compostas por técnicos do Município e por personalidades e entidades tecnicamente qualificadas”.
No mesmo ano de 1994 a CML/ DPPE elaborou mais um documento - “Estudos Preliminares da Carta Municipal do Património”, Abril 1994 (policopiado) - no qual foi proposta a classificação do Bairro Azul.
Em Julho de 2002, face à acelerada destruição que se verificava no Bairro, a Comissão de Moradores entregou à CML uma proposta para a sua classificação. Esta integrava uma contribuição escrita da professora Raquel Henriques da Silva, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa: “ (…) O Bairro reúne todas as condições para ser classificado. E tal tornou-se indispensável para que a vida que nele existe não estiole. Mas a classificação visa também ser uma via propiciatória para o requalificar”.
Vinte e quatro anos passados sobre o Despacho nº 76/81, o Bairro Azul, em vias de classificação, continua abandonado!
Antes que seja tarde, é urgente a classificação deste conjunto que constitui o Bairro Azul, com a consequente implementação de medidas de salvaguarda e protecção. A cidade agradece.
A Comissão de Moradores do Bairro Azul
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[1] Inventário Municipal do Património – anexo I ao Plano Director Municipal – aprovado pela Assembleia Municipal em 26 de Maio de 1994, ratificado pelo Governo em 14 de Julho de 1994 (resolução do C.M. 94/94 ) – publicado no D.R. nrº 226, de 29 de Setembro de 1994.
Ana Alves de Sousa
05/07/2005
Mais e melhores esplanadas, s.f.f.
A propósito deste oportuníssimo "post" chamado Esplanar, conviria ao próximo Presidente de CML legislar, decretar e fazer aplicar umas quantas regras de bom gosto, estética e bom senso; a saber:
* acabar com as esplanadas feitas de cadeirinhas de plástico pindérico e guarda-sol frutacores, com publicidade gratuita;
* intervenção de fundo no ordenamento das esplanadas, a nível da área ocupada, número de mesas, material, etc.;
* delimitar as esplanadas existentes com sebes de pequeno porte, móveis, à semelhança do que é feito no estrangeiro;
* acabar gradualmente com a existência de marquises "agaioladas", substituindo-as por outro tipo de marquise, com toldo, e de estrutura móvel;
* introduzir animação musical de forma continuada, colocando palanques adequados, e atribuindo a cada praça, a cada esplanada, um determinado tipo de música que permita identificar cada qual ao gosto do frequentador da praça, da rua, etc.;
* intervir prioritariamente em zonas-chave como a Rua Garrett, o Largo do Carmo, o Rossio, as Portas de Santo Antão, Jardins-Miradouro, etc.
PF
* acabar com as esplanadas feitas de cadeirinhas de plástico pindérico e guarda-sol frutacores, com publicidade gratuita;
* intervenção de fundo no ordenamento das esplanadas, a nível da área ocupada, número de mesas, material, etc.;
* delimitar as esplanadas existentes com sebes de pequeno porte, móveis, à semelhança do que é feito no estrangeiro;
* acabar gradualmente com a existência de marquises "agaioladas", substituindo-as por outro tipo de marquise, com toldo, e de estrutura móvel;
* introduzir animação musical de forma continuada, colocando palanques adequados, e atribuindo a cada praça, a cada esplanada, um determinado tipo de música que permita identificar cada qual ao gosto do frequentador da praça, da rua, etc.;
* intervir prioritariamente em zonas-chave como a Rua Garrett, o Largo do Carmo, o Rossio, as Portas de Santo Antão, Jardins-Miradouro, etc.
PF
nomes ilustres em casas esquecidas
Muito bom, o artigo "Casas Ilustres" do "Diário de Notícias" de hoje, dedicado ao estado calamitoso de uma série de casas onde viveram escritores célebres do nosso burgo, que se tivessem vivido lá fora seriam hoje casas-museu, de permanente fruição, estudo e devoção. Estando em Lisboa, arriscam-se a já nem sequer serem empecilhos à especulação imobiliária.
Parabéns à autora do artigo!
PF
Parabéns à autora do artigo!
PF
04/07/2005
Queremos recolocar a Ajuda no mapa de Lisboa!
É urgente pôr em prática um Plano de Pormenor da área envolvente ao Palácio da Ajuda, que abranja as seguintes componentes:
* Intervenção no próprio palácio, com recuperação da zona ardida, finalização do lado Norte e remodelação das actividades dos próprio palácio;
* Intervenção na zona circundante a nível da requalificação da área, recuperando o património e alargando a mobilidade dos cidadãos, nomeadamente no Jardim das Damas, na torre sineira (Galo da Ajuda), no Paço Velho, no próprio largo e terreiro de feiras, nos espaços verdes circundantes, e nas antigas pedreiras da Rua Eduardo Bairrada, a Sul do palácio.
* Potenciar a proximidade com Belém, Jardim Botânico, Tapada da Ajuda, Monsanto e Santo Amaro, com a criação de ciclovias, circuitos pedonais e turísticos que possibilitem um melhor usufruto de toda a zona;
* Intervenção de fundo na Tapada da Ajuda, designadamente na programação do Pavilhão de Exposições, na reformulação da utilização do Instituto de Agronomia e do Observatório Astronómico da Ajuda, de modo a acabar com a construção desenfreada dentro da tapada, recuperando-se lagos e espaços lúdicos, e alargando o usufruto da tapada pela população;
* Apoio ao Belém Clube, apoiando a recuperação e programação do belíssimo teatrino da Calçada da Ajuda;
* Alargamento do percurso do eléctrico nº 18 até Belém/Museu dos Coches, através da bifurcação da actual rede entre a Calçada da Ajuda e Belém, permitindo assim uma maior mobilidade a quem se queira deslocar no "arco" Belém-Calçada da Ajuda-Palácio da Ajuda-Monsanto-Tapada da Ajuda-Calçada do Galvão-Santo Amaro;
* Intervir em 3 casos escandalosos de património ao abandono nesse mesmo arco: Quinta das Águias, Palacete da Ribeira Grande (ambos na Rua da Junqueira) e antigas cocheiras do Palácio Valle Flor, no Alto de Santo Amaro;
* Apoio à revitalização do Atlético Clube de Portugal, como pilar social e desportivo de toda uma comunidade, pólo mobilizador da juventude;
Que o próximo Presidente da CML tenha vontade política para o fazer!
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
* Intervenção no próprio palácio, com recuperação da zona ardida, finalização do lado Norte e remodelação das actividades dos próprio palácio;
* Intervenção na zona circundante a nível da requalificação da área, recuperando o património e alargando a mobilidade dos cidadãos, nomeadamente no Jardim das Damas, na torre sineira (Galo da Ajuda), no Paço Velho, no próprio largo e terreiro de feiras, nos espaços verdes circundantes, e nas antigas pedreiras da Rua Eduardo Bairrada, a Sul do palácio.
* Potenciar a proximidade com Belém, Jardim Botânico, Tapada da Ajuda, Monsanto e Santo Amaro, com a criação de ciclovias, circuitos pedonais e turísticos que possibilitem um melhor usufruto de toda a zona;
* Intervenção de fundo na Tapada da Ajuda, designadamente na programação do Pavilhão de Exposições, na reformulação da utilização do Instituto de Agronomia e do Observatório Astronómico da Ajuda, de modo a acabar com a construção desenfreada dentro da tapada, recuperando-se lagos e espaços lúdicos, e alargando o usufruto da tapada pela população;
* Apoio ao Belém Clube, apoiando a recuperação e programação do belíssimo teatrino da Calçada da Ajuda;
* Alargamento do percurso do eléctrico nº 18 até Belém/Museu dos Coches, através da bifurcação da actual rede entre a Calçada da Ajuda e Belém, permitindo assim uma maior mobilidade a quem se queira deslocar no "arco" Belém-Calçada da Ajuda-Palácio da Ajuda-Monsanto-Tapada da Ajuda-Calçada do Galvão-Santo Amaro;
* Intervir em 3 casos escandalosos de património ao abandono nesse mesmo arco: Quinta das Águias, Palacete da Ribeira Grande (ambos na Rua da Junqueira) e antigas cocheiras do Palácio Valle Flor, no Alto de Santo Amaro;
* Apoio à revitalização do Atlético Clube de Portugal, como pilar social e desportivo de toda uma comunidade, pólo mobilizador da juventude;
Que o próximo Presidente da CML tenha vontade política para o fazer!
Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero e Pedro Policarpo
Obrigado, candidato, mas a gente já sabia
A propósito das acções de campanha de Sá Fernandes, pode ler-se no "Jornal de Notícias", de Sábado passado:
" (...) o candidato pôs-se a caminho da Travessa do Convento de Jesus, na freguesia de Santa Catarina, onde decorre a construção de um parque de estacionamento subterrâneo junto ao Convento dos Inglesinhos. Intervenção que está a provocar grande alvoroço entre os moradores e comerciantes, já que a travessa, devido à colocação de separadores de cimento junto à berma, se encontra limitada em termos de circulação e a via paralela - Rua do Vale - está fechada ao trânsito por um estaleiro de uma obra camarária.
"Isto é um barril de pólvora, se acontecer alguma coisa as ambulâncias e os bombeiros não conseguem aqui chegar", acusou Fernandes Rodrigues, comerciante. "Tenho uma oficina aqui e já perdi muitos clientes", acrescentou Luís Pato. Além disso, os moradores queixam-se dos muitos assaltos que ali ocorrem e afirmam não entender o porquê da suspensão das obras de construção do estacionamento. "Isto é o caos", alertam."
Bom, para além de chamar a atenção para não se confundir conventos (Inglesinhos vs. Jesus) convém esclarecer o seguinte:
Por motivos particulares sou frequentador habitual daquele largo, pelo que confirmo aqui a necessidade de construção do estacionamento subterrâneo em causa. Porquê?
Porque antes do candidato se importar com a circulação das ambulâncias, elas já quase não circulavam uma vez que aquele pobre largo tem sido um autêntico amontoado de carros, completamente anárquico (carros dos moradores, carros dos alunos do Passos Manuel, carros dos médicos e das enfermeiras do Hospital de Jesus, carros dos moradores, carros dos comerciantes, carros abandonados, etc.), que dificultava em muito o acesso de doentes ao hospital, mas não só. Situação que se potencia ainda mais com a idiotice de quem planeou a circulação nas ruas vizinhas, uma vez que não faz o mínimo sentido que o trânsito não tenha sido ainda condicionado naquele perímetro (Largo Academia das Ciências, Rua Cruz dos Poiais, etc.).
Nunca percebi foi como é possível ter aquela zona assim, e só me posso congratular com a construção do dito parque, se o mesmo disciplinar o estacionamento à superfície. Não só pelo hospital, pelo liceu e pelos moradores, mas porque até há um riquíssimo património ali bem perto que merece ser visitado: Convento de Jesus e Academia das Ciências.
PF
Nota: O pior de tudo é que a construção do parque defronte ao Convento de Jesus demonstra à saciedade que o auto-silo da Calçada do Combro é tão redundante quanto inútil.
" (...) o candidato pôs-se a caminho da Travessa do Convento de Jesus, na freguesia de Santa Catarina, onde decorre a construção de um parque de estacionamento subterrâneo junto ao Convento dos Inglesinhos. Intervenção que está a provocar grande alvoroço entre os moradores e comerciantes, já que a travessa, devido à colocação de separadores de cimento junto à berma, se encontra limitada em termos de circulação e a via paralela - Rua do Vale - está fechada ao trânsito por um estaleiro de uma obra camarária.
"Isto é um barril de pólvora, se acontecer alguma coisa as ambulâncias e os bombeiros não conseguem aqui chegar", acusou Fernandes Rodrigues, comerciante. "Tenho uma oficina aqui e já perdi muitos clientes", acrescentou Luís Pato. Além disso, os moradores queixam-se dos muitos assaltos que ali ocorrem e afirmam não entender o porquê da suspensão das obras de construção do estacionamento. "Isto é o caos", alertam."
Bom, para além de chamar a atenção para não se confundir conventos (Inglesinhos vs. Jesus) convém esclarecer o seguinte:
Por motivos particulares sou frequentador habitual daquele largo, pelo que confirmo aqui a necessidade de construção do estacionamento subterrâneo em causa. Porquê?
Porque antes do candidato se importar com a circulação das ambulâncias, elas já quase não circulavam uma vez que aquele pobre largo tem sido um autêntico amontoado de carros, completamente anárquico (carros dos moradores, carros dos alunos do Passos Manuel, carros dos médicos e das enfermeiras do Hospital de Jesus, carros dos moradores, carros dos comerciantes, carros abandonados, etc.), que dificultava em muito o acesso de doentes ao hospital, mas não só. Situação que se potencia ainda mais com a idiotice de quem planeou a circulação nas ruas vizinhas, uma vez que não faz o mínimo sentido que o trânsito não tenha sido ainda condicionado naquele perímetro (Largo Academia das Ciências, Rua Cruz dos Poiais, etc.).
Nunca percebi foi como é possível ter aquela zona assim, e só me posso congratular com a construção do dito parque, se o mesmo disciplinar o estacionamento à superfície. Não só pelo hospital, pelo liceu e pelos moradores, mas porque até há um riquíssimo património ali bem perto que merece ser visitado: Convento de Jesus e Academia das Ciências.
PF
Nota: O pior de tudo é que a construção do parque defronte ao Convento de Jesus demonstra à saciedade que o auto-silo da Calçada do Combro é tão redundante quanto inútil.
01/07/2005
Hoje, ligue a Antena 1 às 9H30!
O debate na Antena 1 passa esta manhã, entre as 9H30-12H05 e tem um espaço dedicado aos ouvintes. Não se façam rogados!
Tudo em http://195.245.179.232/EPG/radio/epg-dia.php?canal=1
Nota: leia o rescaldo (possível), no "Diário Digital", em http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=181225
PF
Tudo em http://195.245.179.232/EPG/radio/epg-dia.php?canal=1
Nota: leia o rescaldo (possível), no "Diário Digital", em http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=181225
PF
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