A propósito da declaração em epígrafe, aqui deixo o meu testemunho de passeio que fiz por todo o Monsanto, há 4-5 semanas, altura em que percorri quase todo o parque e sem ser parque.
Achei a zona do tribunal totalmente terceiro-mundista, com edifícios desenquadrados, com ar de abandono, clareiras para estacionamento, e, mais à frente aquelas casinhas da aldeia de antanho, devolutas, ou com ar disso. A bateria militar também tem o mesmo aspecto e só mesmo as instalações militares já na estrada apresentam um certo decoro, pelo menos a nível de portão e sebes... Porque não usar transformar tudo aquilo em espaço museológico e de observação da natureza, por exemplo. Ou então centro e acampamento de escutismo.
Fui a Montes Claros e pareceram muito bem, bem mais perto do que me lembro quando lá ia em carrinho de bébé;-) De qualquer forma há que expulsar dali o Chimarrão, uma afronta ali, porque será que tudo quanto abre de restauração tem que ser a granel?? E, depois, aquelas janelas de vidro acastanhado, aquele lettering, céus!
Por seu lado, o clube de ténis está uma lástima de abandono, falta de promoção e indicação, também. Não há muitos anos aquele clube era um corropio de gente ...
Ainda uma menção ao estacionamento em frente ao portão do parque infantil, que é agora moda nos «papás de fim-de-semana»: trata-se de uma bizarria completa, com os carros por tudo quanto é sítio, inclusive por cima de raízes de pinheiros mansos. Nunca percebi como, sendo Monsanto o verdadeiro parque da cidade, porque não há autocarros gratuitos, não poluentes, ou comboizinhos ou navettes, com pontos de partida, paragens e chegada bem delineados e com horários sensatos (em vez daquela balela completa do Lx Porta-a-Porta, por exemplo) ... até se podia fazer uma linha de mini-eléctrico ... enfim, coisas.
Finalmente o campo de tiro. O prazo dado pela CML para que o clube saísse dali, acabou. O clube não sai e a contra-partida que fez é de bradar aos céus, pois implicaria abate de árvores noutra zona, e manutenção da contaminação do solo.
O(A) PRÓXIMO(A) PRESIDENTE DA CML TEM QUE RESOLVER ESTE ASSUNTO DO CAMPO DE TIRO, SEM HESITAÇÕES!
31/05/2007
Gás pimenta força evacuação da estação de metro do Saldanha
In Público Online (31/5/2007)
«A estação do Saldanha do metro de Lisboa foi hoje evacuada devido à libertação de gás pimenta, disse ao PUBLICO.PT uma testemunha no local.
Por volta das 10h00, os utentes do metro que estavam na estação do Saldanha começaram a correr em direcção à saída, queixando-se de obstrução das vias respiratórias e problemas nos olhos
Após a chegada das equipas de socorro, chamadas por alguns dos utentes, verificou-se que se tratou da libertação de gás pimenta, numa quantidade "muito concentrada", disse um dos bombeiros no local.
A estação está fechada e as composições que seguem pela linha amarela param apenas na estação seguinte. (...)»
Dizem as más línguas que isto tem a ver com a proximidade da sede de campanha de determinado terrorista.
«A estação do Saldanha do metro de Lisboa foi hoje evacuada devido à libertação de gás pimenta, disse ao PUBLICO.PT uma testemunha no local.
Por volta das 10h00, os utentes do metro que estavam na estação do Saldanha começaram a correr em direcção à saída, queixando-se de obstrução das vias respiratórias e problemas nos olhos
Após a chegada das equipas de socorro, chamadas por alguns dos utentes, verificou-se que se tratou da libertação de gás pimenta, numa quantidade "muito concentrada", disse um dos bombeiros no local.
A estação está fechada e as composições que seguem pela linha amarela param apenas na estação seguinte. (...)»
Dizem as más línguas que isto tem a ver com a proximidade da sede de campanha de determinado terrorista.
Costa é «advogado do Governo» acusa Paulo Portas, por candidato socialista defender a localização
In Portugal Diário (31/5/2007)
«O líder do CDS-PP, Paulo Portas, atacou esta quarta-feira o candidato do PS à Câmara Municipal de Lisboa (CML), considerando que António Costa, ao defender o aeroporto na Ota, «está a ser advogado do Governo».
«O dr. António Costa, como era ministro do Governo até há umas semanas, defende o aeroporto na Ota. Não está a ser procurador dos lisboetas, está a ser advogado do Governo», criticou Portas, num encontro com autarcas do CDS de Lisboa. (...)»
«O líder do CDS-PP, Paulo Portas, atacou esta quarta-feira o candidato do PS à Câmara Municipal de Lisboa (CML), considerando que António Costa, ao defender o aeroporto na Ota, «está a ser advogado do Governo».
«O dr. António Costa, como era ministro do Governo até há umas semanas, defende o aeroporto na Ota. Não está a ser procurador dos lisboetas, está a ser advogado do Governo», criticou Portas, num encontro com autarcas do CDS de Lisboa. (...)»
Titulo : “Um exemplo a seguir”
“A ministra Suiça Micheline Calmy-Rey convida todos os cidadãos helvéticos a participar de um diálogo sobre a política externa da Suíça. Nesse sentido o governo publicou uma brochura destinada a "avaliar a temperatura" da população, no qual um questionário aborda temas como neutralidade, preocupação com a paz ou a cooperação com o Terceiro Mundo. A neutralidade está ultrapassada? A Suíça é um país que está sendo bem representado no exterior? Ela deveria fazer mais pela paz no mundo?
Essas e outras questões estão sendo levantadas por Micheline Calmy-Rey, a ministra das Relações Exteriores da Suíça. Ela deseja conhecer melhor a opinião e preocupações da população. Ao mesmo tempo ela quer abrir um amplo debate sobre a política externa do país dos Alpes.
Por isso o governo publica uma brochura intitulada "Uma política externa do diálogo", no qual inclui um questionário que poder ser enviado pelo correio ou por meios eletrónicos. Através da publicação, o ministério explica sua actuação em seis áreas: actividades em matéria de neutralidade, política de paz e política europeia, a Suíça e as organizações internacionais, a cooperação ao desenvolvimento e embaixadas no exterior. Os funcionários esperam que cada cidadão dê sua opinião em relação aos seis pilares da política externa.
"É importante que a população compreenda como funciona a política suíça. A nossa voz no exterior está concentrada da nossa identidade", declarou Micheline Calmy-Rey durante a apresentação da brochura em Berna. Através do comunicado distribuído à imprensa, a ministra suíça reclamou a participação activa dos cidadãos. Eles podem colocar em questão ou até mesmo criticar a política externa do país. Ela defende sua ideia. "Não se trata de uma simples pesquisa de opinião. Nós, no ministério, queremos realmente saber o que pensa o povo", reforça. Uma forte participação não significa que o governo irá se orientar pela opinião pública para definir sua política externa, mas sim servir de orientação. "As respostas terão seguramente um peso na tomada de decisões do Ministério", conclui Calmy-Rey.”
In www.swissinfo.org, 31/05/2007
Carlos Leite de Sousa
Essas e outras questões estão sendo levantadas por Micheline Calmy-Rey, a ministra das Relações Exteriores da Suíça. Ela deseja conhecer melhor a opinião e preocupações da população. Ao mesmo tempo ela quer abrir um amplo debate sobre a política externa do país dos Alpes.
Por isso o governo publica uma brochura intitulada "Uma política externa do diálogo", no qual inclui um questionário que poder ser enviado pelo correio ou por meios eletrónicos. Através da publicação, o ministério explica sua actuação em seis áreas: actividades em matéria de neutralidade, política de paz e política europeia, a Suíça e as organizações internacionais, a cooperação ao desenvolvimento e embaixadas no exterior. Os funcionários esperam que cada cidadão dê sua opinião em relação aos seis pilares da política externa.
"É importante que a população compreenda como funciona a política suíça. A nossa voz no exterior está concentrada da nossa identidade", declarou Micheline Calmy-Rey durante a apresentação da brochura em Berna. Através do comunicado distribuído à imprensa, a ministra suíça reclamou a participação activa dos cidadãos. Eles podem colocar em questão ou até mesmo criticar a política externa do país. Ela defende sua ideia. "Não se trata de uma simples pesquisa de opinião. Nós, no ministério, queremos realmente saber o que pensa o povo", reforça. Uma forte participação não significa que o governo irá se orientar pela opinião pública para definir sua política externa, mas sim servir de orientação. "As respostas terão seguramente um peso na tomada de decisões do Ministério", conclui Calmy-Rey.”
In www.swissinfo.org, 31/05/2007
Carlos Leite de Sousa
É TEMPO DE PARAR E PENSAR
Lisboa Verde – Associação para a Defesa dos Espaços Verdes, tem vindo a desenvolver esforços tendentes a acabar com a realização de espectáculos taurinos na cidade de Lisboa, por os considerar bárbaros, desrespeitantes do direito à vida com dignidade de pessoas e animais e desajustados dos tempos modernos que se querem mais humanizados naquilo que o Homem tem de mehor para dar.
A notícia que ilustra este artigo, publicada no Jornal de Notícias de 29 de Maio de 2007, constitui um desafio para que paremos um pouco e pensemos neste problema actual..
Sabemos que existem lisboetas a favor da continuidade de tal tipo de espectáculos, respeitamos a sua postura embora dela discordemos.
De todo o modo gostaríamos de, por este meio, poder fazer uma sondagem no sentido de conhecer a posição e sensibilidade dos lisboetas face à continuação da existência de touradas na sua cidade.
O conhecimento de tal posição e sesibilidade seria importante para a continuação da nossa luta.
Desde já gratos pela vossa tomada de posição.
Pela Lisboa Verde
Pinto Soares
Grandes promotores da capital clientes de Salgado
In Diário de Notícias (31/5/2007)
JOÃO PEDRO HENRIQUES
«O arquitecto Manuel Salgado, número dois da lista de António Costa (PS) à câmara de Lisboa, tem entre os seus clientes alguns dos principais promotores imobiliários da cidade: Stanley Ho, Luís Filipe Vieira, grupo Espírito Santo, BPI, BPN e a empresa da promoção imobiliária da autarquia, a EPUL.
A lista foi ontem divulgada pelo próprio Manuel Salgado, que garantiu que, se o PS ganhar as eleições, se irá "desvincular" do seu atelier ("Risco"), alienando a "totalidade das participações, directas e indirectas" que nele detém.
O número dois da lista de António Costa garantiu também, na mesma declaração, que acordou com aqueles a quem transmitiu as participações que o atelier "não aceitará novas encomendas de promotores privados de projectos que estejam sujeitos a licenciamento ou autorização da câmara".
Entre os projectos de Salgado cuja apreciação passará pelo próximo mandato camarário está o plano de pormenor do quarteirão nas traseiras da gare do Oriente. O promotor é a Turifenus, empresa que pertence à Sociedade Lusa de Negócios, a holding proprietária do Banco Português de Negócios (BPN). O projecto prevê a construção daquela que será a maior torre de Lisboa, com mais de 110 metros de altura.
Outros clientes do arquitecto são Stanley Ho (Alta de Lisboa), Luís Filipe Vieira (plano de pormenor da Matinha) e o Grupo Espírito Santo (Olivais Norte). Também projectou a reconversão do convento do Beato.
Se o PS ganhar, Manuel Salgado será o titular do pelouro do urbanismo. Os próprios Paços do Concelho estarão rodeados de obras suas: o projecto de remodelação do edifício do BPI na praça do Município é seu e está em apreciação na câmara. Concorreu também à remodelação do Banco de Portugal, ao lado da câmara.»
Ou seja, é como se a Carris fosse administrada pelo dono da Mercedes ou da Volvo, e que de repente ele deixasse de o ser, delegando nos seus pares ... presumindo que depois de passar pela Carris, voltaria a elas, claro.
JOÃO PEDRO HENRIQUES
«O arquitecto Manuel Salgado, número dois da lista de António Costa (PS) à câmara de Lisboa, tem entre os seus clientes alguns dos principais promotores imobiliários da cidade: Stanley Ho, Luís Filipe Vieira, grupo Espírito Santo, BPI, BPN e a empresa da promoção imobiliária da autarquia, a EPUL.
A lista foi ontem divulgada pelo próprio Manuel Salgado, que garantiu que, se o PS ganhar as eleições, se irá "desvincular" do seu atelier ("Risco"), alienando a "totalidade das participações, directas e indirectas" que nele detém.
O número dois da lista de António Costa garantiu também, na mesma declaração, que acordou com aqueles a quem transmitiu as participações que o atelier "não aceitará novas encomendas de promotores privados de projectos que estejam sujeitos a licenciamento ou autorização da câmara".
Entre os projectos de Salgado cuja apreciação passará pelo próximo mandato camarário está o plano de pormenor do quarteirão nas traseiras da gare do Oriente. O promotor é a Turifenus, empresa que pertence à Sociedade Lusa de Negócios, a holding proprietária do Banco Português de Negócios (BPN). O projecto prevê a construção daquela que será a maior torre de Lisboa, com mais de 110 metros de altura.
Outros clientes do arquitecto são Stanley Ho (Alta de Lisboa), Luís Filipe Vieira (plano de pormenor da Matinha) e o Grupo Espírito Santo (Olivais Norte). Também projectou a reconversão do convento do Beato.
Se o PS ganhar, Manuel Salgado será o titular do pelouro do urbanismo. Os próprios Paços do Concelho estarão rodeados de obras suas: o projecto de remodelação do edifício do BPI na praça do Município é seu e está em apreciação na câmara. Concorreu também à remodelação do Banco de Portugal, ao lado da câmara.»
Ou seja, é como se a Carris fosse administrada pelo dono da Mercedes ou da Volvo, e que de repente ele deixasse de o ser, delegando nos seus pares ... presumindo que depois de passar pela Carris, voltaria a elas, claro.
PS vai baixar as multas para tabaco em locais proibidos
In Diário de Notícias (31/5/2007)
SUSETE FRANCISCO
RUTE ARAÚJO
«As multas previstas na nova lei do tabaco para quem é apanhado a fumar nos locais proibidos vão ser mais baixas do que estava previsto. Isto mesmo disse ontem o PS no grupo de trabalho que está agora a acertar, ponto por ponto, o texto final da lei, que já foi aprovada na generalidade no Parlamento. Na versão actual, as coimas são entre os 50 e os mil euros, mas a maioria parlamentar socialista quer aproximar os valores dos que são aplicados a outras contra-ordenações, como o consumo de drogas ilícitas. (...)»
Tem piada, esta notícia cai que nem ginjas em pleno período de pré-campanha.
SUSETE FRANCISCO
RUTE ARAÚJO
«As multas previstas na nova lei do tabaco para quem é apanhado a fumar nos locais proibidos vão ser mais baixas do que estava previsto. Isto mesmo disse ontem o PS no grupo de trabalho que está agora a acertar, ponto por ponto, o texto final da lei, que já foi aprovada na generalidade no Parlamento. Na versão actual, as coimas são entre os 50 e os mil euros, mas a maioria parlamentar socialista quer aproximar os valores dos que são aplicados a outras contra-ordenações, como o consumo de drogas ilícitas. (...)»
Tem piada, esta notícia cai que nem ginjas em pleno período de pré-campanha.
30/05/2007
PS quer terminal de cruzeiros em Alfama
In Portugal Diário (30/5/2008)
«Manuel Salgado diz que obra «vai favorecer o turismo» na capital
O número dois da candidatura de António Costa à Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, defendeu esta quarta-feira a instalação do novo terminal de cruzeiros em Santa Apolónia, considerando-a uma localização «estratégica» para favorecer o turismo na capital, refere a Lusa.
«A localização está a ser estudada há vários anos e é uma localização estratégica porque é aquela que permite o acesso a pé ao centro da cidade», afirmou Manuel Salgado. (...)»
Ou seja, a asneira está de volta. Força!;-(
Etiquetas:
APL,
candidatos,
Lx Deprimente
MPT escolhe Quartin Graça como cabeça de lista e coloca aeroporto da Portela na agenda
In Expresso Online (30/5/2007)
«O deputado Pedro Quartin Graça é o candidato do Movimento do Partido da Terra (MPT) às eleições intercalares de Lisboa e terá como um dos tema forte da sua campanha a manutenção do aeroporto da Portela em Lisboa.
Em declarações à Lusa, Pedro Quartin Graça adiantou que a decisão de avançar como cabeça de lista pelo MPT foi tomada terça-feira à noite, numa reunião da comissão política do partido.
O "forte envolvimento e presença" que o MPT sempre teve nas questões ligadas à cidade de Lisboa é, segundo Quartin Graça, uma das razões que levaram o partido a avançar com uma candidatura às eleições intercalares marcadas para 15 de Julho.
"Sempre apresentámos muitas propostas para Lisboa", lembrou, apontando o Plano Verde para a cidade, aprovado recentemente por unanimidade pela comissão permanente da Assembleia Municipal de Lisboa, como uma das mais emblemáticas.
"É a concretização do que defendemos há 13 anos", sublinhou. (...)»
Gente boa, e com que Lisboa pode contar, tenho a certeza.
«O deputado Pedro Quartin Graça é o candidato do Movimento do Partido da Terra (MPT) às eleições intercalares de Lisboa e terá como um dos tema forte da sua campanha a manutenção do aeroporto da Portela em Lisboa.
Em declarações à Lusa, Pedro Quartin Graça adiantou que a decisão de avançar como cabeça de lista pelo MPT foi tomada terça-feira à noite, numa reunião da comissão política do partido.
O "forte envolvimento e presença" que o MPT sempre teve nas questões ligadas à cidade de Lisboa é, segundo Quartin Graça, uma das razões que levaram o partido a avançar com uma candidatura às eleições intercalares marcadas para 15 de Julho.
"Sempre apresentámos muitas propostas para Lisboa", lembrou, apontando o Plano Verde para a cidade, aprovado recentemente por unanimidade pela comissão permanente da Assembleia Municipal de Lisboa, como uma das mais emblemáticas.
"É a concretização do que defendemos há 13 anos", sublinhou. (...)»
Gente boa, e com que Lisboa pode contar, tenho a certeza.
CML: Manuel Salgado diz que se vencer deixará arquitectura
IN Diário Digital
"Numa declaração enviada à agência Lusa, Manuel Salgado responde às dúvidas levantadas sobre eventuais incompatibilidades e impedimentos entre o exercício de um cargo de vereação a tempo inteiro na área do urbanismo e a sua actividade de arquitecto em Lisboa.
«Em caso de vitória nas próximas eleições da lista em que me integro, devo cessar toda a minha actividade profissional enquanto exercer funções como vereador», refere Manuel Salgado, acrescentando que também se desvinculará da sua sociedade de arquitectura, denominada RISCO, para a qual entrou em 1984.
«Entendo que me devo desvincular do RISCO, onde até agora exerci a minha profissão. Assim, é minha intenção - e meu compromisso público - alienar a totalidade das participações, directas e indirectas, que detenho no capital do RISCO, e renunciar a todos os cargos que aí exerço», salienta o «número dois» da lista do PS para a Câmara da capital.
Neste ponto, Manuel Salgado salienta que a sua desvinculação da empresa será «total, quer ao nível societário quer de gestão quer profissional».
O segundo da lista do PS afirma-se ainda disposto a ir mais longe para afastar «dúvidas» sobre a compatibilidade entre exercer funções autárquicas e a sua antiga empresa continuar a concorrer a novos projectos na cidade.
«Para salvaguarda da reputação do RISCO, da minha honorabilidade pessoal e do bom nome da Câmara Municipal, entendo que devem ser afastadas suspeitas de conflitos de interesses ou de favorecimentos. Assim, acordei com as pessoas a quem transmitirei as participações que, enquanto exercer funções executivas na Câmara Municipal de Lisboa, o RISCO não aceitará novas encomendas de promotores privados de projectos que estejam sujeitos a licenciamento ou autorização da Câmara - e, como é óbvio, não realizará trabalhos para o Município».
Manuel Salgado esteve para fazer parte da lista do PS para a Câmara Municipal de Lisboa em 2005, mas acabou por sair na sequência de uma polémica com o cabeça de lista, Manuel Maria Carrilho.
Carrilho levantou dúvidas sobre a compatibilidade de Manuel Salgado exercer funções de vereador na Câmara, tendo projectos em Lisboa e com ligações a empresas de arquitectura.
Na carta em que esclarece as condições em poderá exercer as funções de vereador na Câmara de Lisboa, Manuel Salgado (que esteve envolvido em projectos como o Centro Cultural de Belém ou o Estádio do Dragão no Porto) refere também os motivos que o levaram a entrar na lista presidida por António Costa.
«Hoje, com mais de 40 anos de actividade como projectista e gestor de equipas de projecto, gostava de pôr ao serviço da minha cidade a experiência que acumulei e tentar realizar as mudanças com que sonhei. Por isso aceitei convite do Dr. António Costa para integrar a lista do PS concorrente às eleições intercalares em Lisboa, com responsabilidades na área do urbanismo», aponta.
Na mesma missiva, Manuel Salgado refere-se também aos 12 projectos que a sua empresa de arquitectura tem em curso em Lisboa.
Segundo o arquitecto, os 12 trabalhos e projectos encontram-se em momentos distintos de elaboração, «muitos deles já em fase final de execução das obras correspondentes».
«Estes trabalhos não podem, como é óbvio, ser interrompidos. Por isso, assumo, desde já, que se a lista em que me integro for vencedora nas próximas eleições e vier a assumir funções executivas, não terei qualquer intervenção nesses processos, e declarar-me-ei impedido de ter qualquer participação nos mesmos», sublinha.
Entre os trabalhos que essa sociedade de arquitectos desenvolve em Lisboa, estão os planos de pormenor da Matinha (2003) e do quarteirão a poente da Gare de Lisboa (2004), os projectos do Alto do Lumiar (1999), a remodelação do BPI na Praça do Município (2004), a reconversão do Convento do Beato (2007) e a remodelação do Banco de Portugal na Baixa da cidade (2007). "
"Numa declaração enviada à agência Lusa, Manuel Salgado responde às dúvidas levantadas sobre eventuais incompatibilidades e impedimentos entre o exercício de um cargo de vereação a tempo inteiro na área do urbanismo e a sua actividade de arquitecto em Lisboa.
«Em caso de vitória nas próximas eleições da lista em que me integro, devo cessar toda a minha actividade profissional enquanto exercer funções como vereador», refere Manuel Salgado, acrescentando que também se desvinculará da sua sociedade de arquitectura, denominada RISCO, para a qual entrou em 1984.
«Entendo que me devo desvincular do RISCO, onde até agora exerci a minha profissão. Assim, é minha intenção - e meu compromisso público - alienar a totalidade das participações, directas e indirectas, que detenho no capital do RISCO, e renunciar a todos os cargos que aí exerço», salienta o «número dois» da lista do PS para a Câmara da capital.
Neste ponto, Manuel Salgado salienta que a sua desvinculação da empresa será «total, quer ao nível societário quer de gestão quer profissional».
O segundo da lista do PS afirma-se ainda disposto a ir mais longe para afastar «dúvidas» sobre a compatibilidade entre exercer funções autárquicas e a sua antiga empresa continuar a concorrer a novos projectos na cidade.
«Para salvaguarda da reputação do RISCO, da minha honorabilidade pessoal e do bom nome da Câmara Municipal, entendo que devem ser afastadas suspeitas de conflitos de interesses ou de favorecimentos. Assim, acordei com as pessoas a quem transmitirei as participações que, enquanto exercer funções executivas na Câmara Municipal de Lisboa, o RISCO não aceitará novas encomendas de promotores privados de projectos que estejam sujeitos a licenciamento ou autorização da Câmara - e, como é óbvio, não realizará trabalhos para o Município».
Manuel Salgado esteve para fazer parte da lista do PS para a Câmara Municipal de Lisboa em 2005, mas acabou por sair na sequência de uma polémica com o cabeça de lista, Manuel Maria Carrilho.
Carrilho levantou dúvidas sobre a compatibilidade de Manuel Salgado exercer funções de vereador na Câmara, tendo projectos em Lisboa e com ligações a empresas de arquitectura.
Na carta em que esclarece as condições em poderá exercer as funções de vereador na Câmara de Lisboa, Manuel Salgado (que esteve envolvido em projectos como o Centro Cultural de Belém ou o Estádio do Dragão no Porto) refere também os motivos que o levaram a entrar na lista presidida por António Costa.
«Hoje, com mais de 40 anos de actividade como projectista e gestor de equipas de projecto, gostava de pôr ao serviço da minha cidade a experiência que acumulei e tentar realizar as mudanças com que sonhei. Por isso aceitei convite do Dr. António Costa para integrar a lista do PS concorrente às eleições intercalares em Lisboa, com responsabilidades na área do urbanismo», aponta.
Na mesma missiva, Manuel Salgado refere-se também aos 12 projectos que a sua empresa de arquitectura tem em curso em Lisboa.
Segundo o arquitecto, os 12 trabalhos e projectos encontram-se em momentos distintos de elaboração, «muitos deles já em fase final de execução das obras correspondentes».
«Estes trabalhos não podem, como é óbvio, ser interrompidos. Por isso, assumo, desde já, que se a lista em que me integro for vencedora nas próximas eleições e vier a assumir funções executivas, não terei qualquer intervenção nesses processos, e declarar-me-ei impedido de ter qualquer participação nos mesmos», sublinha.
Entre os trabalhos que essa sociedade de arquitectos desenvolve em Lisboa, estão os planos de pormenor da Matinha (2003) e do quarteirão a poente da Gare de Lisboa (2004), os projectos do Alto do Lumiar (1999), a remodelação do BPI na Praça do Município (2004), a reconversão do Convento do Beato (2007) e a remodelação do Banco de Portugal na Baixa da cidade (2007). "
Ciclo de conferências "Arquitectura e Urbanismo na Lisboa do Século XX"
O Arquivo Municipal de Lisboa lançará amanhã (dia 31) o seu primeiro ciclo de conferências, “Do Arquivo se faz História”, dedicado ao tema Arquitectura e Urbanismo na Lisboa do Século XX. Nesta primeira sessão - duas outras deverão realizar-se até final do ano - serão oradores os arquitectos João Pedro Costa e Ricardo Agarez, com os temas A Pesquisa sobre Alvalade no Arquivo Municipal – Metodologias e Resultados e A Arquitectura do Prédio de Rendimento dos anos 50 no Arquivo Municipal de Lisboa, respectivamente. A sessão, marcada para as 18.00, terá lugar na Biblioteca Orlando Ribeiro e, embora se destine prioritariamente a investigadores, está também aberta ao público em geral.
Fundação D.Pedro IV, carta enviada ao Ministro TSS:
Chegado por email:
Fundação Intocável? E agora Sr. Ministro, que fazer?»
Depois de tudo o que tem vindo a público na comunicação social nos últimos meses sobre a Fundação D. Pedro IV, de audiências concedidas por grupos parlamentares e pelo Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, de notícias sobre investigações a decorrerem no DIAP e de opiniões que correm desabridamente nos mais variados blogues, é altura de perguntar: e agora, Sr. Ministro?
Que intervenção tem ou terá o Ministério para além daquela que terá levado ao congelamento da subida de rendas nos bairros de Lóios e Amendoeiras e à reposição do número de funcionários de acção educativa nas casas de infância da Fundação?
O que significará o título de “Fundação Intocável?”, como vinha na reportagem da RTP 1 do passado dia 2 de Maio? Que mecanismos de averiguação sobre o que realmente se passa, ou se passou, pôs o Ministério em campo? Ou que vai pôr?
E agora Sr. Ministro, que fazer?
Lisboa, 4 de Maio de 2007
Célia Penedo, Graça Joaquim, Inês do Carmo, Jorge Ferraz, Luís Barata, Mariana Avelãs, Mariana Pinto dos Santos, Miguel Domingues, Sandra Muller, Sara Duarte, Sílvia Guerra, Sérgio André, Tiago Mota Saraiva, Vítor Inácio
(Um grupo de mães e pais de crianças que frequentam a Fundação D. Pedro IV e de outros cidadãos)
Fundação Intocável? E agora Sr. Ministro, que fazer?»
Depois de tudo o que tem vindo a público na comunicação social nos últimos meses sobre a Fundação D. Pedro IV, de audiências concedidas por grupos parlamentares e pelo Ministério do Trabalho e Solidariedade Social, de notícias sobre investigações a decorrerem no DIAP e de opiniões que correm desabridamente nos mais variados blogues, é altura de perguntar: e agora, Sr. Ministro?
Que intervenção tem ou terá o Ministério para além daquela que terá levado ao congelamento da subida de rendas nos bairros de Lóios e Amendoeiras e à reposição do número de funcionários de acção educativa nas casas de infância da Fundação?
O que significará o título de “Fundação Intocável?”, como vinha na reportagem da RTP 1 do passado dia 2 de Maio? Que mecanismos de averiguação sobre o que realmente se passa, ou se passou, pôs o Ministério em campo? Ou que vai pôr?
E agora Sr. Ministro, que fazer?
Lisboa, 4 de Maio de 2007
Célia Penedo, Graça Joaquim, Inês do Carmo, Jorge Ferraz, Luís Barata, Mariana Avelãs, Mariana Pinto dos Santos, Miguel Domingues, Sandra Muller, Sara Duarte, Sílvia Guerra, Sérgio André, Tiago Mota Saraiva, Vítor Inácio
(Um grupo de mães e pais de crianças que frequentam a Fundação D. Pedro IV e de outros cidadãos)
Avenida?
definição de Avenida - "rua larga, geralmente orlada de árvores; "http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx
Será que esta definição é correspondente a estes locais?
Avenida Lusíada, Avenida dos Combatentes, Avenida Infante D. Henrique, Avenida Mal. Gomes da Gosta, Avenida de Pádua, Avenida de Brasília...
Será que esta definição é correspondente a estes locais?
Avenida Lusíada, Avenida dos Combatentes, Avenida Infante D. Henrique, Avenida Mal. Gomes da Gosta, Avenida de Pádua, Avenida de Brasília...
De que precisa Lisboa (2)
Rui Tavares in Público 29 maio 2007
"Pensar agora nas eleições futuras - Se estas eleições intercalares são atípicas, em grande parte é porque reforçam os defeitos das nossas eleições locais. Mas são também uma ocasião para obrigar os principais actores a compromissos que aumentem a qualidade da democracia local, pensando já nas eleições de daqui a dois anos. Nessa ocasião, eu gostaria de ver...
...programas primeiro, personalidades depois - Os maiores partidos escolhem os candidatos por édito do chefe e/ou pressão dos aparelhos locais. Os independentes (na verdade, dissidentes dos partidos), depois de recolhidas as assinaturas, estão por conta própria. Os eleitores só têm influência no final do jogo. O processo deveria ser outro: abrir em cada área política um debate para constituição de programa, com a participação dos cidadãos que o desejarem. Depois, escolher o melhor intérprete desse programa, no quadro de...
...eleições primárias - A dispersão de votos pode voltar a beneficiar os medíocres já nas próximas eleições, perversamente por efeito do excesso de quantidade e qualidade à esquerda. Para o futuro, uma solução é abrir um período de candidaturas e debate em cada área política, aberto a não-militantes, seguido de uma eleição primária. Como em Itália, cada votante nas primárias paga uma quantia simbólica que contará como donativo para a campanha eleitoral. Caso contrário, teremos de pensar em...
...duas voltas nas eleições locais - A França tem, a Itália tem, o Brasil tem. Portugal deveria ter. O presidente da câmara tem poderes próprios e a relevância política do cargo não tem senão aumentado. Mas é frequente o presidente ser escolhido por cerca de trinta por cento dos eleitores. Não faz sentido. Os primeiros vereadores deveriam ser escolhidos na primeira volta. Os dois candidatos mais votados iriam à segunda volta para se escolher o presidente. Um cálculo misto determinaria a composição final da Câmara.
Um fórum permanente da cidade - Consultivo. Com participações individuais ou de associações locais, de olisipografia, de defesa do património e do ambiente. De preferência funcionaria na internet, com poucas reuniões e formalidades. Seria uma acta permanente das intenções e dos desejos dos munícipes. Dois funcionários bastam para o gerir, um dos quais para receber propostas deixadas em papel nos serviços da câmara, ou enviadas pelo correio, para a população sem acesso à web.
Proteger a Baixa dos carros - O leitor José Silva Jorge quer que a Baixa deixe de ser uma zona de atravessamento de trânsito. Para tal, propõe que se encerre ao transporte privado as ruas do Ouro, da Prata e dos Fanqueiros. As avenidas de acesso à Baixa passariam apenas isso, avenidas de acesso. Daria para se chegar aos parques de estacionamento ou para deixar passageiros mas os carros regressariam pelo mesmo caminho. Plenamente de acordo: uma Avenida da Liberdade com as cinco a sete faixas actuais alimenta a ilusão de que é possível continuar a entupir a baixa com carros. Com esta proposta e a redução de faixas que ela permitiria, a Avenida poderia recuperar parte do seu anterior carácter de Passeio Público.
Uma solução democrática para o património do estado - O leitor José Carlos Guinote vê a venda (ou aluguer, digo eu) do património do estado na cidade como uma oportunidade para repovoar a cidade. Tem é que ser feita com regras especiais, com obrigações num plano de habitação ou utilização para todas as bolsas, garantindo a diversidade social na ocupação desses espaços e edifícios. Vender para a pura especulação imobiliária é substituir um problema por outro, diz este leitor – e eu concordo."
"Pensar agora nas eleições futuras - Se estas eleições intercalares são atípicas, em grande parte é porque reforçam os defeitos das nossas eleições locais. Mas são também uma ocasião para obrigar os principais actores a compromissos que aumentem a qualidade da democracia local, pensando já nas eleições de daqui a dois anos. Nessa ocasião, eu gostaria de ver...
...programas primeiro, personalidades depois - Os maiores partidos escolhem os candidatos por édito do chefe e/ou pressão dos aparelhos locais. Os independentes (na verdade, dissidentes dos partidos), depois de recolhidas as assinaturas, estão por conta própria. Os eleitores só têm influência no final do jogo. O processo deveria ser outro: abrir em cada área política um debate para constituição de programa, com a participação dos cidadãos que o desejarem. Depois, escolher o melhor intérprete desse programa, no quadro de...
...eleições primárias - A dispersão de votos pode voltar a beneficiar os medíocres já nas próximas eleições, perversamente por efeito do excesso de quantidade e qualidade à esquerda. Para o futuro, uma solução é abrir um período de candidaturas e debate em cada área política, aberto a não-militantes, seguido de uma eleição primária. Como em Itália, cada votante nas primárias paga uma quantia simbólica que contará como donativo para a campanha eleitoral. Caso contrário, teremos de pensar em...
...duas voltas nas eleições locais - A França tem, a Itália tem, o Brasil tem. Portugal deveria ter. O presidente da câmara tem poderes próprios e a relevância política do cargo não tem senão aumentado. Mas é frequente o presidente ser escolhido por cerca de trinta por cento dos eleitores. Não faz sentido. Os primeiros vereadores deveriam ser escolhidos na primeira volta. Os dois candidatos mais votados iriam à segunda volta para se escolher o presidente. Um cálculo misto determinaria a composição final da Câmara.
Um fórum permanente da cidade - Consultivo. Com participações individuais ou de associações locais, de olisipografia, de defesa do património e do ambiente. De preferência funcionaria na internet, com poucas reuniões e formalidades. Seria uma acta permanente das intenções e dos desejos dos munícipes. Dois funcionários bastam para o gerir, um dos quais para receber propostas deixadas em papel nos serviços da câmara, ou enviadas pelo correio, para a população sem acesso à web.
Proteger a Baixa dos carros - O leitor José Silva Jorge quer que a Baixa deixe de ser uma zona de atravessamento de trânsito. Para tal, propõe que se encerre ao transporte privado as ruas do Ouro, da Prata e dos Fanqueiros. As avenidas de acesso à Baixa passariam apenas isso, avenidas de acesso. Daria para se chegar aos parques de estacionamento ou para deixar passageiros mas os carros regressariam pelo mesmo caminho. Plenamente de acordo: uma Avenida da Liberdade com as cinco a sete faixas actuais alimenta a ilusão de que é possível continuar a entupir a baixa com carros. Com esta proposta e a redução de faixas que ela permitiria, a Avenida poderia recuperar parte do seu anterior carácter de Passeio Público.
Uma solução democrática para o património do estado - O leitor José Carlos Guinote vê a venda (ou aluguer, digo eu) do património do estado na cidade como uma oportunidade para repovoar a cidade. Tem é que ser feita com regras especiais, com obrigações num plano de habitação ou utilização para todas as bolsas, garantindo a diversidade social na ocupação desses espaços e edifícios. Vender para a pura especulação imobiliária é substituir um problema por outro, diz este leitor – e eu concordo."
Teixeira da Cruz reage a Carmona
In Jornal de Notícias (30/5/2007)
«A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) rejeitou ontem que tenha devolvido "inúmeras propostas" da autarquia, esclarecendo que 96% das propostas agendadas foram discutidas, numa resposta a críticas que têm sido feitas pelo ex-presidente do município e candidato independente, Carmona Rodrigues.
Numa nota ontem divulgada, assinada por Jorge Antas, primeiro secretário da mesa da AML, presidida por Paula Teixeira da Cruz (líder da distrital do PSD de Lisboa), a Assembleia Municipal adianta que, no anterior mandato (entre 28 de Outubro de 2005 e 9 de Maio deste ano), a Câmara "solicitou o agendamento de 127 propostas", das quais 122 foram discutidas e aprovadas pelos deputados municipais. As cinco que não foram discutidas ficaram a dever-se, segundo a nota, a incorrecções ou a recomendações e pareceres das comissões especializadas.
À Lusa, Jorge Antas recusou que a AML pretenda "entrar em polémicas", referindo que é "obrigação" deste órgão "dizer factualmente e contabilisticamente o que se passou".
A AML reagiu assim a declarações do ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa e candidato independente às eleições intercalares de 15 de Julho, que, ontem, em entrevista ao "Diário de Notícias", acusou a presidente da AML, Paula Teixeira da Cruz, de não ter sido uma pessoa que lhe tenha "facilitado a vida", entre outras críticas ao PSD. »
«A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) rejeitou ontem que tenha devolvido "inúmeras propostas" da autarquia, esclarecendo que 96% das propostas agendadas foram discutidas, numa resposta a críticas que têm sido feitas pelo ex-presidente do município e candidato independente, Carmona Rodrigues.
Numa nota ontem divulgada, assinada por Jorge Antas, primeiro secretário da mesa da AML, presidida por Paula Teixeira da Cruz (líder da distrital do PSD de Lisboa), a Assembleia Municipal adianta que, no anterior mandato (entre 28 de Outubro de 2005 e 9 de Maio deste ano), a Câmara "solicitou o agendamento de 127 propostas", das quais 122 foram discutidas e aprovadas pelos deputados municipais. As cinco que não foram discutidas ficaram a dever-se, segundo a nota, a incorrecções ou a recomendações e pareceres das comissões especializadas.
À Lusa, Jorge Antas recusou que a AML pretenda "entrar em polémicas", referindo que é "obrigação" deste órgão "dizer factualmente e contabilisticamente o que se passou".
A AML reagiu assim a declarações do ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa e candidato independente às eleições intercalares de 15 de Julho, que, ontem, em entrevista ao "Diário de Notícias", acusou a presidente da AML, Paula Teixeira da Cruz, de não ter sido uma pessoa que lhe tenha "facilitado a vida", entre outras críticas ao PSD. »
Loja em Lisboa oferece serviços para "embelezar" os dentes
In Público (30/5/2007)
Inês Boaventura
«Tornar um abrilhantamento dentário, uma limpeza oral ou a colocação de um brilhante num dente tão naturais como ir ao cabeleireiro ou à esteticista é o objectivo dos três dentistas que fundaram o espaço Toothcare, que desde Abril funciona numa loja do centro comercial Twin Towers, em Lisboa.
No local trabalham quatro higienistas, que, aos dias úteis, entre as 10h00 e as 22h00, e ao fim-de-semana, entre as 13h00 e as 20h00, realizam tratamentos "não evasivos e indolores", como resume o dentista José Monteiro. A lista de serviços inclui o chamado fresh up, que consiste na remoção da placa bacteriana, vários tipos de branqueamento e a colocação de um selante que impede o alojamento de bactérias.
O espaço, com montras cor-de-
-rosa e em xadrez cinzento e uma recepção luminosa com dois sofás brancos, tem despertado a curiosidade de quem passa pelo centro comercial. No exterior, um ecrã apresenta os serviços disponíveis e respectivos preços, que variam entre os 15 euros, no caso da aplicação de selantes nos sulcos dos dentes, e os 150 euros, no caso do branqueamento com luz.
O objectivo dos fundadores do espaço Toothcare - que, se não fosse a cadeira de dentista que é visível do exterior (quando não estão fechados os estores que garantem a privacidade dos clientes), facilmente se confundiria com outra loja qualquer - é "fazer com que os tratamentos da área da higiene oral entrem no dia-a-dia das pessoas", tornando-se parte da sua "rotina", como explica José Monteiro.
"Quisemos fazer um espaço diferente, fora do conceito da Medicina Dentária, onde as pessoas podem chegar e embelezar os dentes tal como fazem com as unhas ou o cabelo", acrescenta Ramos de Almeida, explicitando que os tratamentos realizados são "do âmbito da estética", pelo que podem ser desempenhados por higienistas. O dentista garante que os preços praticados, nomeadamente no branqueamento, são "muito competitivos face àquilo que se pratica nos consultórios".
Ramos de Almeida defende que se trata de "um conceito inovador", salientando que não conhece nenhuma loja com as mesmas características "em Portugal nem no estrangeiro". A intenção dos três fundadores da loja Toothcare, onde também se vendem alguns artigos de higiene oral, é, no futuro, expandir o negócio para outros centros comerciais. (...)»
Inês Boaventura
«Tornar um abrilhantamento dentário, uma limpeza oral ou a colocação de um brilhante num dente tão naturais como ir ao cabeleireiro ou à esteticista é o objectivo dos três dentistas que fundaram o espaço Toothcare, que desde Abril funciona numa loja do centro comercial Twin Towers, em Lisboa.
No local trabalham quatro higienistas, que, aos dias úteis, entre as 10h00 e as 22h00, e ao fim-de-semana, entre as 13h00 e as 20h00, realizam tratamentos "não evasivos e indolores", como resume o dentista José Monteiro. A lista de serviços inclui o chamado fresh up, que consiste na remoção da placa bacteriana, vários tipos de branqueamento e a colocação de um selante que impede o alojamento de bactérias.
O espaço, com montras cor-de-
-rosa e em xadrez cinzento e uma recepção luminosa com dois sofás brancos, tem despertado a curiosidade de quem passa pelo centro comercial. No exterior, um ecrã apresenta os serviços disponíveis e respectivos preços, que variam entre os 15 euros, no caso da aplicação de selantes nos sulcos dos dentes, e os 150 euros, no caso do branqueamento com luz.
O objectivo dos fundadores do espaço Toothcare - que, se não fosse a cadeira de dentista que é visível do exterior (quando não estão fechados os estores que garantem a privacidade dos clientes), facilmente se confundiria com outra loja qualquer - é "fazer com que os tratamentos da área da higiene oral entrem no dia-a-dia das pessoas", tornando-se parte da sua "rotina", como explica José Monteiro.
"Quisemos fazer um espaço diferente, fora do conceito da Medicina Dentária, onde as pessoas podem chegar e embelezar os dentes tal como fazem com as unhas ou o cabelo", acrescenta Ramos de Almeida, explicitando que os tratamentos realizados são "do âmbito da estética", pelo que podem ser desempenhados por higienistas. O dentista garante que os preços praticados, nomeadamente no branqueamento, são "muito competitivos face àquilo que se pratica nos consultórios".
Ramos de Almeida defende que se trata de "um conceito inovador", salientando que não conhece nenhuma loja com as mesmas características "em Portugal nem no estrangeiro". A intenção dos três fundadores da loja Toothcare, onde também se vendem alguns artigos de higiene oral, é, no futuro, expandir o negócio para outros centros comerciais. (...)»
Resposta a pedido de Santana Lopes. CML: Tribunal de Contas analisa contas dos últimos cinco anos
In Público / Lusa (30/5/2007)
«O Tribunal de Contas respondeu hoje ao pedido de Santana Lopes para a certificação das finanças da Câmara Municipal de Lisboa, afirmando que algumas questões só podem ter resposta com uma auditoria, que não está prevista para este ano, mas está a analisar as contas da autarquia dos últimos cinco anos.
Na deliberação sobre o requerimento apresentado pelo deputado social-democrata e antigo presidente da Câmara de Lisboa, hoje divulgada, o Tribunal de Contas explica que, "a fim de certificar o pretendido pelo requerente, (...) teria necessidade de realizar previamente um conjunto de auditorias que não se encontram incluídas no Programa de Fiscalização aprovado para 2007, o qual se encontra em fase avançada de conclusão". (...)»
Finalmente, uma boa notícia por acção indirecta de PSL.
«O Tribunal de Contas respondeu hoje ao pedido de Santana Lopes para a certificação das finanças da Câmara Municipal de Lisboa, afirmando que algumas questões só podem ter resposta com uma auditoria, que não está prevista para este ano, mas está a analisar as contas da autarquia dos últimos cinco anos.
Na deliberação sobre o requerimento apresentado pelo deputado social-democrata e antigo presidente da Câmara de Lisboa, hoje divulgada, o Tribunal de Contas explica que, "a fim de certificar o pretendido pelo requerente, (...) teria necessidade de realizar previamente um conjunto de auditorias que não se encontram incluídas no Programa de Fiscalização aprovado para 2007, o qual se encontra em fase avançada de conclusão". (...)»
Finalmente, uma boa notícia por acção indirecta de PSL.
O CRIME
In Diário de Notícias (30/5/2007)
Vasco Graça Moura
Escritor
vgm@mail.telepac.pt
«Não, os trejeitos televisivos do ministro Mário Lino e as suas tiradas ante ou pós-prandiais, por muita comicidade frenética que tenham, não devem levar-nos a catalogar a cena como uma espécie de palhaçada.
Tão-pouco devemos escutar sem uma risonha complacência as observações de Almeida Santos sobre os riscos de isolamento da margem sul do Tejo. Há precedentes: um embaixador português, há muitos anos, sustentou na ONU que não seria de avançar com o desarmamento porque sempre havia o perigo de uma invasão dos marcianos, o que levou um jornal francês a comentar logo que "les Portugais sont toujours gais"
Devemos registar que, dos estudos aprofundados e dos compactos dossiers que se supunha terem sido facultados ao Governo sobre o novo aeroporto, tudo o que Mário Lino conseguiu extrair, perante uma plateia qualificada de economistas, corresponde à "sustância" da tal intervenção que lhe garante um lugar cimeiro na História da Patetice Política em Portugal e a inscrição correlativa no Guinness Book of Records, como o ministro que debitou mais asneiras por segundo a propósito de uma zona muito próxima da capital do seu próprio país...»
Vasco Graça Moura
Escritor
vgm@mail.telepac.pt
«Não, os trejeitos televisivos do ministro Mário Lino e as suas tiradas ante ou pós-prandiais, por muita comicidade frenética que tenham, não devem levar-nos a catalogar a cena como uma espécie de palhaçada.
Tão-pouco devemos escutar sem uma risonha complacência as observações de Almeida Santos sobre os riscos de isolamento da margem sul do Tejo. Há precedentes: um embaixador português, há muitos anos, sustentou na ONU que não seria de avançar com o desarmamento porque sempre havia o perigo de uma invasão dos marcianos, o que levou um jornal francês a comentar logo que "les Portugais sont toujours gais"
Devemos registar que, dos estudos aprofundados e dos compactos dossiers que se supunha terem sido facultados ao Governo sobre o novo aeroporto, tudo o que Mário Lino conseguiu extrair, perante uma plateia qualificada de economistas, corresponde à "sustância" da tal intervenção que lhe garante um lugar cimeiro na História da Patetice Política em Portugal e a inscrição correlativa no Guinness Book of Records, como o ministro que debitou mais asneiras por segundo a propósito de uma zona muito próxima da capital do seu próprio país...»
29/05/2007
Lisboa: «falta» outro relógio!
Desabafo em plena campanha...
A malta anda tão distraída que quase nem se olha. Nem se dá conta. Mas a verdade é que - sabe-se lá porquê - deu um «vaipe» qualquer a um qualquer departamentpo do Estado ali na Praça do Comércio e ontem de manhã dei de caras com... a tela de um lado e a... novidade relativa ao relógio do outro do Arco da Rua Augusta (vê-se lá ao fundo na foto, anterior à novidade, claro).
Quer dizer.
Não é que tenha desaparecido - acho eu.
Acho que apenas está obnubilado.
Estará em reparação. Estará, não: está mesmo. Um dia destes é-nos devolvido, já reabilitado, a rodar como novo.
.
Mais um relógio fora do alcance dos nossos olhos. Mas agora por boas razões. Este não é um caso parecido com essoutro, o da Hora Legal, ali ao Cais do Sodré. Que nos prometeram que seria devolvido aos nossos olhos.
Como o Cais das Colunas, também retirado há séculos e ainda armazenado nas caves do Metro e que também prometem devolver-nos para o ano que vem. Vamos ver se nada falha... Que raio de País que faz desaparecer as coisas que nos fazem falta e as mantém esquecidas algures. Mas volto ao relógio do Arco, aquele do outro lado, o lado da Rua Augusta.
Desta vez, trata-se de uma reparação, diz a tela. Tela publicitária. Tinha de ser. Ali, do alto do século XVIII, a olhar para nós de forma altaneira. Que diabo. Não há dinheiro que chegue nem para reparar um relógio, sem o maldito acompanhamentoà viola de uma tela publicitária?
Mas o que fazem à massa? Usam-na em quê e para quê, afinal? Espero que não seja para comprar mais um tanque de guerra (para fazer o quê com ele, já agora?)...
.
Aviso à navegação: não é que me faça falta para ler as horas: nunca mas tinha «dado»; mas ver ali a tela feia e triste com publicidade fez-me mal, que querem...
.
Verdade se diga que, desde que o velho relógio da Rotunda do Relógio desapareceu, as nossas emoções em torno destes instrumentos de medida rigorosa do tempo têm ficado cada vez mais abaladas...
.
Notas sobre este relógio:
1
«O lado (do Arco) virado para a Rua Augusta apresenta um relógio monumental, ornamentado com motivos vegetalistas».
O relógio foi ali implantado nos anos 30 do século XX.
«O lado (do Arco) virado para a Rua Augusta apresenta um relógio monumental, ornamentado com motivos vegetalistas».
O relógio foi ali implantado nos anos 30 do século XX.
In 'Diário Digital'
2
E até se pode saber quem está a fazer a reparação: «Depois da reparação dos relógios de Castelo Branco e Penamacor, a Cousinha tem em mãos mais duas empreitadas de monta, que são a reparação dos relógios mecânicos do arco da Rua Augusta e do Quartel do Carmo, ambos em Lisboa». E o que é a «Cousinha»? «Cousinha- Electromecânica e Informática, Lda., uma empresa sedeada em Almada. Foi naquela cidade que o relógio de Penamacor foi construído há 50 anos pela então Fábrica Nacional de Relógios Monumentais - “A Boa Construtora”, de Manuel Francisco Cousinha. A reparação esteve agora a cargo de outro membro da família Cousinha, neste caso o neto do construtor».
In «Reconquista», jornal de Castelo Branco.
2
E até se pode saber quem está a fazer a reparação: «Depois da reparação dos relógios de Castelo Branco e Penamacor, a Cousinha tem em mãos mais duas empreitadas de monta, que são a reparação dos relógios mecânicos do arco da Rua Augusta e do Quartel do Carmo, ambos em Lisboa». E o que é a «Cousinha»? «Cousinha- Electromecânica e Informática, Lda., uma empresa sedeada em Almada. Foi naquela cidade que o relógio de Penamacor foi construído há 50 anos pela então Fábrica Nacional de Relógios Monumentais - “A Boa Construtora”, de Manuel Francisco Cousinha. A reparação esteve agora a cargo de outro membro da família Cousinha, neste caso o neto do construtor».
In «Reconquista», jornal de Castelo Branco.
Entrevista: Helena Roseta - A pessoa que mais me influenciou foi João XXIII
In Correio da Manhã (29/5/2007)
João Miguel Rodrigues
«Entre uma sandes às seis da tarde, que são as suas primeiras calorias, a entrevista com Helena Roseta, a única mulher aspirante à cadeira de Lisboa, chama-se conversa. É Simpática. Está serena. Sem pressa, mesmo com o telemóvel sempre a tocar. O percurso político da bastonária da Ordem dos Arquitectos arranca no Partido Popular Democrático, em 1974, e foi com a seta laranja que ganha a Câmara de Cascais. Mas em 1986 a cor desbota: prefere Mário Soares a Freitas do Amaral. Após cinco anos torna-se militante socialista. Chega a deputada da bancada do PS. Para concorrer a estas eleições entregou, de vez, o cartão. No dia em que oficializou a sua candidatura como independente, a sala grande do hotel Altis foi pequena.
Foi por influência familiar que o seu percurso político começou em movimentos católicos?
Não. A minha família era católica, mas tradicionalista. A pessoa que mais me influenciou foi o Papa João XXIII – figura fascinante por quem nutro enorme admiração. Quando ele convocou o Concílio Vaticano II, eu estudava no Liceu Maria Amália Vaz de Carvalho, e pertencia à JEC (juventude estudantil católica). Essa abertura da Igreja Católica ao mundo desencadeou momentos incríveis! É nessa altura que eu comecei a ter alguma consciência política.
(...)
Há muito que o urbanismo é o que lhe atrai na Arquitectura?
No primeiro dia de aulas da faculdade, um professor da Escola de Belas Artes perguntou-me qual era a razão de eu ter escolhido o curso. Respondi que queria resolver o problema da habitação em Portugal!
De que forma o Partido Popular Democrata (PPD) entra na sua vida?
Através do meu marido, que fazia parte do grupo inicial. Confesso que estava um bocado desconfiada. Eu tinha uma tradição mais à esquerda. Mas acabei por ir a reuniões do PPD onde encontrei um grupo brilhante. Marcelo Rebelo de Sousa, Alfredo de Sousa, pessoas de altíssimo gabarito intelectual. Em Novembro de 1974 ingressei no partido.
E saiu em 1986, vésperas das eleições presidenciais por não apoiar o candidato do partido.
O meu afastamento surge no congresso da Figueira da Foz, quando o Prof. Cavaco Silva saiu vencedor. Diogo Freitas do Amaral foi o candidato proposto. Apesar de ser muito amiga dele, discordei. Fui a sua casa e perguntei-lhe “por que razão tu entraste nisto?” Ele teve uma resposta extraordinária: “I am having the fun of the politics! (estou a ter a diversão dos políticos)”. Ficámos amigos na mesma, mas não mudei de ideias. Mário Soares era a pessoa certa.
Em 2006 as ideias mudaram.
Por outras razões. A minha discordância não se resumia à idade de Mário Soares, mas também pela repetição. Uma pessoa que concorre duas vezes nunca será o melhor candidato.
Foi uma coincidência ter entrado no Partido Socialista (PS) no mesmo dia que o Prof. Cavaco Silva obteve a segunda maioria absoluta?
Não. Foi de propósito. Senti que era preciso fazer oposição. Sou muito frontal. Assumo as minhas posições.
(...)
Quando foi presidente da Câmara Municipal de Cascais também disse que Cascais era a sua cidade.
Passei a minha infância no Estoril onde os meus pais tinham casa. Uma cidade nunca se esgota. Nós somos sempre de vários sítios. Nasci em Lisboa. Estudei em Lisboa. E a minha vida foi e é feita em Lisboa.
(...)
Estar casada com um militante do PSD é sinónimo que em casa não se fala de política?
Não! Já nos conhecemos há muitos anos. Temos uma relação de tolerância recíproca, de alguma independência e autonomia de vida.
O ex-ministro da cultura do Governo de Santana Lopes vai votar na esposa?
Não sei. Nem pergunto. Tenho muito respeito pelo espaço privado de cada um.
Quem é o seu eleitorado?
Bastante transversal. Há uma geração que se identifica muito comigo. A dos trinta e cinco anos/quarenta. São pessoas que não têm espaço, nem paciência para os partidos. Durante a recolha de assinaturas apareceram muitas pessoas do PSD, PS, raros comunistas, pessoas sem filiação, outras que se identificam com Francisco Sá Carneiro.
É natural essa identificação?
Acho que sim. Era um homem de grande visibilidade, vivemos um combate muito intenso. São coisas que deixam boa memória.
Na sua lista constam dois invisuais e um deficiente motor. Durante a sessão esteve um intérprete de linguagem gestual. Que sinal quer transmitir?
Quando trago estas pessoas é porque preciso de perceber a experiência deles para ter uma imagem de cidade mais aberta. Infelizmente, Lisboa não está preparada para deficientes. Numa autarquia é o lugar indicado para resolver estes problemas graves. Só eles podem dar as ideias e as sugestões necessárias para melhorar.
Esperava algo nesta corrida eleitoral que não aconteceu?
Que aparecessem mais mulheres. Por exemplo, a Manuela Ferreira Leite, Paula Teixeira da Cruz, etc. julgo que chegou o tempo do sexo feminino ter mais protagonismo.
Teria sido melhor?
Não sei, mas creio que as mulheres têm mais jeito para as câmaras. Nós temos uma grande experiência de resolver muita coisa ao mesmo tempo, sem nunca perdermos a atenção do quotidiano. Não deixamos que as grandes questões nos impeçam de, por exemplo, ter o almoço ou o jantar pronto a horas.
Dizem que gosta de cozinhar, andar de bicicleta e de nadar.
Nas férias de Verão, que é o período forte da nossa família, vamos todos, filhas, netos, genros, para a nossa quinta em Sintra. Gosto muito de cozinhar para a ‘tribo’, de fazer desporto, aos fins-de-semana costumo andar em Belém nas bicicletas alugadas. Durante todo o ano nado. Gosto muito.
E desde uma viagem de comboio, não gosta de ler só um livro.
Pois não! Foi desesperante. Eu estava a detestar o livro, e não tinha mais nenhum. Nunca mais viajei só com um. Mas não sou como a Marguerite Yourcenar que tinha 200 livros na cabeceira. Eu tenho oito.
Helena Salema Roseta
Filiação: Eduardo e Maria do Amparo Salema
Data nascimento: 23 Dezembro 1947
Estado civil: Casada com Pedro Roseta, ex. ministro da Cultura do governo Pedro Santana Lopes
Filhos: três filhas
Irmãos: Oito
Netos: Sete»
João Miguel Rodrigues
Extractos:
«Entre uma sandes às seis da tarde, que são as suas primeiras calorias, a entrevista com Helena Roseta, a única mulher aspirante à cadeira de Lisboa, chama-se conversa. É Simpática. Está serena. Sem pressa, mesmo com o telemóvel sempre a tocar. O percurso político da bastonária da Ordem dos Arquitectos arranca no Partido Popular Democrático, em 1974, e foi com a seta laranja que ganha a Câmara de Cascais. Mas em 1986 a cor desbota: prefere Mário Soares a Freitas do Amaral. Após cinco anos torna-se militante socialista. Chega a deputada da bancada do PS. Para concorrer a estas eleições entregou, de vez, o cartão. No dia em que oficializou a sua candidatura como independente, a sala grande do hotel Altis foi pequena.
Foi por influência familiar que o seu percurso político começou em movimentos católicos?
Não. A minha família era católica, mas tradicionalista. A pessoa que mais me influenciou foi o Papa João XXIII – figura fascinante por quem nutro enorme admiração. Quando ele convocou o Concílio Vaticano II, eu estudava no Liceu Maria Amália Vaz de Carvalho, e pertencia à JEC (juventude estudantil católica). Essa abertura da Igreja Católica ao mundo desencadeou momentos incríveis! É nessa altura que eu comecei a ter alguma consciência política.
(...)
Há muito que o urbanismo é o que lhe atrai na Arquitectura?
No primeiro dia de aulas da faculdade, um professor da Escola de Belas Artes perguntou-me qual era a razão de eu ter escolhido o curso. Respondi que queria resolver o problema da habitação em Portugal!
De que forma o Partido Popular Democrata (PPD) entra na sua vida?
Através do meu marido, que fazia parte do grupo inicial. Confesso que estava um bocado desconfiada. Eu tinha uma tradição mais à esquerda. Mas acabei por ir a reuniões do PPD onde encontrei um grupo brilhante. Marcelo Rebelo de Sousa, Alfredo de Sousa, pessoas de altíssimo gabarito intelectual. Em Novembro de 1974 ingressei no partido.
E saiu em 1986, vésperas das eleições presidenciais por não apoiar o candidato do partido.
O meu afastamento surge no congresso da Figueira da Foz, quando o Prof. Cavaco Silva saiu vencedor. Diogo Freitas do Amaral foi o candidato proposto. Apesar de ser muito amiga dele, discordei. Fui a sua casa e perguntei-lhe “por que razão tu entraste nisto?” Ele teve uma resposta extraordinária: “I am having the fun of the politics! (estou a ter a diversão dos políticos)”. Ficámos amigos na mesma, mas não mudei de ideias. Mário Soares era a pessoa certa.
Em 2006 as ideias mudaram.
Por outras razões. A minha discordância não se resumia à idade de Mário Soares, mas também pela repetição. Uma pessoa que concorre duas vezes nunca será o melhor candidato.
Foi uma coincidência ter entrado no Partido Socialista (PS) no mesmo dia que o Prof. Cavaco Silva obteve a segunda maioria absoluta?
Não. Foi de propósito. Senti que era preciso fazer oposição. Sou muito frontal. Assumo as minhas posições.
(...)
Quando foi presidente da Câmara Municipal de Cascais também disse que Cascais era a sua cidade.
Passei a minha infância no Estoril onde os meus pais tinham casa. Uma cidade nunca se esgota. Nós somos sempre de vários sítios. Nasci em Lisboa. Estudei em Lisboa. E a minha vida foi e é feita em Lisboa.
(...)
Estar casada com um militante do PSD é sinónimo que em casa não se fala de política?
Não! Já nos conhecemos há muitos anos. Temos uma relação de tolerância recíproca, de alguma independência e autonomia de vida.
O ex-ministro da cultura do Governo de Santana Lopes vai votar na esposa?
Não sei. Nem pergunto. Tenho muito respeito pelo espaço privado de cada um.
Quem é o seu eleitorado?
Bastante transversal. Há uma geração que se identifica muito comigo. A dos trinta e cinco anos/quarenta. São pessoas que não têm espaço, nem paciência para os partidos. Durante a recolha de assinaturas apareceram muitas pessoas do PSD, PS, raros comunistas, pessoas sem filiação, outras que se identificam com Francisco Sá Carneiro.
É natural essa identificação?
Acho que sim. Era um homem de grande visibilidade, vivemos um combate muito intenso. São coisas que deixam boa memória.
Na sua lista constam dois invisuais e um deficiente motor. Durante a sessão esteve um intérprete de linguagem gestual. Que sinal quer transmitir?
Quando trago estas pessoas é porque preciso de perceber a experiência deles para ter uma imagem de cidade mais aberta. Infelizmente, Lisboa não está preparada para deficientes. Numa autarquia é o lugar indicado para resolver estes problemas graves. Só eles podem dar as ideias e as sugestões necessárias para melhorar.
Esperava algo nesta corrida eleitoral que não aconteceu?
Que aparecessem mais mulheres. Por exemplo, a Manuela Ferreira Leite, Paula Teixeira da Cruz, etc. julgo que chegou o tempo do sexo feminino ter mais protagonismo.
Teria sido melhor?
Não sei, mas creio que as mulheres têm mais jeito para as câmaras. Nós temos uma grande experiência de resolver muita coisa ao mesmo tempo, sem nunca perdermos a atenção do quotidiano. Não deixamos que as grandes questões nos impeçam de, por exemplo, ter o almoço ou o jantar pronto a horas.
Dizem que gosta de cozinhar, andar de bicicleta e de nadar.
Nas férias de Verão, que é o período forte da nossa família, vamos todos, filhas, netos, genros, para a nossa quinta em Sintra. Gosto muito de cozinhar para a ‘tribo’, de fazer desporto, aos fins-de-semana costumo andar em Belém nas bicicletas alugadas. Durante todo o ano nado. Gosto muito.
E desde uma viagem de comboio, não gosta de ler só um livro.
Pois não! Foi desesperante. Eu estava a detestar o livro, e não tinha mais nenhum. Nunca mais viajei só com um. Mas não sou como a Marguerite Yourcenar que tinha 200 livros na cabeceira. Eu tenho oito.
Helena Salema Roseta
Filiação: Eduardo e Maria do Amparo Salema
Data nascimento: 23 Dezembro 1947
Estado civil: Casada com Pedro Roseta, ex. ministro da Cultura do governo Pedro Santana Lopes
Filhos: três filhas
Irmãos: Oito
Netos: Sete»
Para preparar serviços mínimos. Metro de Lisboa encerra hoje das 22h50 às 24h
In Sol Onlie (29/5/2007)
«O Metropolitano de Lisboa vai encerrar entre as 22h50 de hoje até às 24h para preparar os serviços mínimos da greve geral, convocada pela CGTP para quarta-feira
A partir das 24h o metro volta a circular até à 1h apenas com comboios de seis carruagens nas Linhas Azul e Amarela com uma periodicidade de 17 minutos, de acordo com os serviços mínimos decretados pelo conselho arbitral. (...)»
Ou seja, teremos greve de zêlo amanhã. Ou seja, ainda, lá pagam os passageiros do Metro por algo que diz respeito a quem NÃO anda de Metro, autocarro ou comboio. Uma vergonha!
«O Metropolitano de Lisboa vai encerrar entre as 22h50 de hoje até às 24h para preparar os serviços mínimos da greve geral, convocada pela CGTP para quarta-feira
A partir das 24h o metro volta a circular até à 1h apenas com comboios de seis carruagens nas Linhas Azul e Amarela com uma periodicidade de 17 minutos, de acordo com os serviços mínimos decretados pelo conselho arbitral. (...)»
Ou seja, teremos greve de zêlo amanhã. Ou seja, ainda, lá pagam os passageiros do Metro por algo que diz respeito a quem NÃO anda de Metro, autocarro ou comboio. Uma vergonha!
Negrão quer pacto sobre manutenção da Portela. Candidato do PSD à CML vai escrever carta aos seus adversários
In Portugal Diário (29/5/2007)
«O candidato do PSD à Câmara de Lisboa, Fernando Negrão, anunciou hoje que vai escrever uma carta aos seus adversários nas eleições intercalares a propor um «pacto» para a manutenção do aeroporto da Portela na capital, noticia a Lusa.
Na carta que, segundo Fernando Negrão, seguirá ainda hoje ou na quarta-feira para todos os candidatos à Câmara de Lisboa, será proposto que «ainda antes da eleições» seja firmado um compromisso para a manutenção do aeroporto da Portela.
«É importante que ainda antes dos resultados das eleições haja um compromisso para o aeroporto da Portela se manter», afirmou Fernando Negrão. (...)»
«O candidato do PSD à Câmara de Lisboa, Fernando Negrão, anunciou hoje que vai escrever uma carta aos seus adversários nas eleições intercalares a propor um «pacto» para a manutenção do aeroporto da Portela na capital, noticia a Lusa.
Na carta que, segundo Fernando Negrão, seguirá ainda hoje ou na quarta-feira para todos os candidatos à Câmara de Lisboa, será proposto que «ainda antes da eleições» seja firmado um compromisso para a manutenção do aeroporto da Portela.
«É importante que ainda antes dos resultados das eleições haja um compromisso para o aeroporto da Portela se manter», afirmou Fernando Negrão. (...)»
Lisboa tejo e tudo
De Miguel Sousa Tavares, no Expresso (5/5/2007)
Pois então, lá vamos outra vez. A distinta Administração do Porto de Lisboa (APL) está lançada em mais uma tentativa de nos roubar parte do Tejo. Agora é o projecto do novo terminal de passageiros de paquetes em Santa Apolónia. Um muro de construções de oito metros de altura por seiscentos de comprido (!), que inclui centros comerciais e hotel. Também na zona do Cais do Sodré está a nascer, a uma velocidade incrível, uma construção maciça, em cima do rio, e que vai quase até ao Terreiro do Paço, eliminando uma zona de jardim, de passeio e de vista. Suponho que seja também obra do porto de Lisboa, uma vez que nenhuma placa no local indica do que se trata e eu já sei que, à beira-rio, do Parque das Nações a Algés, mandam esses senhores e ninguém tem mão neles.
Este porto de Lisboa é verdadeiramente um «case study» de pirataria impune. Têm ao seu dispor a melhor de todas as zonas da cidade de Lisboa: 13 quilómetros de frente de rio — um luxo em qualquer cidade do mundo. São terrenos do domínio público marítimo, isto é, terrenos públicos, cuja atribuição à APL tem como único fim e fundamento a sua alocação à actividade portuária. Mas como, devido ao triunfo do transporte por terra e por via aérea, grande parte desses terrenos se tornaram desnecessários para o porto de Lisboa, a APL, em lugar de os entregar à Câmara e à cidade, visto que deles já não precisa, insiste em entregá-los antes à especulação imobiliária, transformando-se a própria APL em promotor imobiliário. Sem ter de se sujeitar ao PDM da cidade, sem nada dizer à Câmara e sem se preocupar minimamente em saber se por acaso os lisboetas se importam de ver o rio entaipado. Já escrevi sobre isto inúmeras vezes e de cada vez parece que é necessário repetir a evidência: estas cíclicas tentativas da Administração do Porto de Lisboa de se comportar como dona do Tejo, sem dar satisfações a ninguém, são ilegais, escandalosamente abusivas e, de tão insistentes, já se começam a tornar suspeitas. Será que não há ninguém que consiga explicar aos senhores da APL que a sua única função é gerir o porto de Lisboa o melhor que souberem e puderem e nada mais?
Claro que tudo isto se desmanchava em dois tempos com um presidente da Câmara à altura das responsabilidades. Mas quem viu Carmona Rodrigues, na inauguração do Túnel do Marquês, a fugir literalmente dos jornalistas, para não ter de responder a perguntas comprometedoras, percebeu definitivamente, se dúvidas ainda alimentasse, que Lisboa está sem presidente da Câmara. Carmona Rodrigues, não tenho uma dúvida, é um homem sério e bem intencionado: ele quer o melhor para Lisboa, só não sabe é o quê. Não tem dinheiro, não tem projectos, não tem ideias, não tem peso político próprio e nada mais deseja já do que escapar às perguntas, às questões, aos problemas.
Não é o único culpado. Os primeiros culpados são aqueles lisboetas que confundem política com telenovelas e que resolveram, displicentemente, trocar o melhor presidente da Câmara que Lisboa teve nos últimos trinta anos — João Soares — por um vendedor de banha da cobra que, na primeira oportunidade, se pirou para melhor poiso e, assim que foi despedido por gritante incompetência, voltou à Câmara, para giboiar durante uns meses — como se aquilo fosse uma sinecura pessoal e não um lugar de trabalho. Santana Lopes deixou-nos a Câmara arruinada, os amigos por todo o lado, um casino para o sr. Stanley Ho, um imbróglio policial e urbanístico no Parque Mayer, uns negócios de favor com o Benfica e o Sporting e um túnel no Marquês que, ao fim de quatro anos de atraso, estreou-se incompleto, não se sabendo se é seguro e quanto terá custado ao certo. E foi tudo. Bem feito para os que votaram nele. O pior são os outros, que não têm nada a ver com isso.
O segundo culpado é Carmona Rodrigues. Primeiro, viveu dois anos a fazer de número 2 de alguém que só existe como número único e a caucionar-lhe todos os disparates; depois, herdou-lhe subitamente a Câmara, com a promessa de que jamais voltaria, mas assim que ele voltou encaixou um “chega para lá!” humilhante sem um protesto; enfim, quando pôde concorrer como número 1 e sem a sombra abafante de Santana Lopes, Carmona não soube escolher a sua gente, não foi capaz de ter um plano de acção nem meia dúzia de projectos mobilizadores e nunca se mostrou à altura de uma vitória caída do céu e só tornada possível pela vaidade suicida do ‘embaixador’ Manuel Maria Carrilho.
O terceiro culpado é o Partido Socialista, incapaz de perceber que a batalha pela Câmara de Lisboa e por uma gestão exemplar para a cidade podia ser uma luta política de referência e que se limitou antes a imaginar que só interessava ganhar a eleição — e que isso se conseguia com a beleza da Bárbara Guimarães e a esperteza saloia da inacreditável equipa autárquica que por lá tem, supostamente na oposição. Foi, sim, uma derrota política exemplar — das mais merecidas e pedagógicas de que me lembro.
E passo por cima do desempenho do PCP e do PP na Câmara de Lisboa, apenas dizendo que nunca descortinei motivo para tão generosos elogios da nossa imprensa: nunca dei por que eles fizessem qualquer diferença. Em minha opinião, a CML e a cidade de Lisboa só têm um único rosto de alguém que ali está ao serviço dos munícipes, e é altura de lhe prestar homenagem: é, obviamente, José Sá Fernandes, do Bloco de Esquerda. Por favor, não me venham com aquele discurso «blasée» dos ‘pregadores’ do Bloco de ‘Esquerda’ e “já não há pachorra para os ouvir”: a política mede-se pelos resultados concretos para pessoas concretas, e nada melhor do que a política das cidades para medir esses resultados. A única pessoa na Câmara de Lisboa que eu tenho visto conhecer os assuntos, bater-se pelo bem comum, não ter medo de enfrentar os interesses instalados e os influentes que mandam na cidade e não cobiçar cargos e mordomias nas empresas municipais ou outros ‘tachos’ sempre ao dispor é José Sá Fernandes. A mim tanto me faz que seja do Bloco de Esquerda, do PP ou do Partido da Estratosfera. E não é por acaso que, mais uma vez, ele é o único a denunciar os novos planos de saque e rapina do porto de Lisboa. Que pena que não seja ele o presidente da Câmara neste momento e que a maior preocupação do actual presidente e da actual vereação seja a de saber quantos e quais vão ser constituídos arguidos naquele inenarrável desastre inventado para o Parque Mayer
Pois então, lá vamos outra vez. A distinta Administração do Porto de Lisboa (APL) está lançada em mais uma tentativa de nos roubar parte do Tejo. Agora é o projecto do novo terminal de passageiros de paquetes em Santa Apolónia. Um muro de construções de oito metros de altura por seiscentos de comprido (!), que inclui centros comerciais e hotel. Também na zona do Cais do Sodré está a nascer, a uma velocidade incrível, uma construção maciça, em cima do rio, e que vai quase até ao Terreiro do Paço, eliminando uma zona de jardim, de passeio e de vista. Suponho que seja também obra do porto de Lisboa, uma vez que nenhuma placa no local indica do que se trata e eu já sei que, à beira-rio, do Parque das Nações a Algés, mandam esses senhores e ninguém tem mão neles.
Este porto de Lisboa é verdadeiramente um «case study» de pirataria impune. Têm ao seu dispor a melhor de todas as zonas da cidade de Lisboa: 13 quilómetros de frente de rio — um luxo em qualquer cidade do mundo. São terrenos do domínio público marítimo, isto é, terrenos públicos, cuja atribuição à APL tem como único fim e fundamento a sua alocação à actividade portuária. Mas como, devido ao triunfo do transporte por terra e por via aérea, grande parte desses terrenos se tornaram desnecessários para o porto de Lisboa, a APL, em lugar de os entregar à Câmara e à cidade, visto que deles já não precisa, insiste em entregá-los antes à especulação imobiliária, transformando-se a própria APL em promotor imobiliário. Sem ter de se sujeitar ao PDM da cidade, sem nada dizer à Câmara e sem se preocupar minimamente em saber se por acaso os lisboetas se importam de ver o rio entaipado. Já escrevi sobre isto inúmeras vezes e de cada vez parece que é necessário repetir a evidência: estas cíclicas tentativas da Administração do Porto de Lisboa de se comportar como dona do Tejo, sem dar satisfações a ninguém, são ilegais, escandalosamente abusivas e, de tão insistentes, já se começam a tornar suspeitas. Será que não há ninguém que consiga explicar aos senhores da APL que a sua única função é gerir o porto de Lisboa o melhor que souberem e puderem e nada mais?
Claro que tudo isto se desmanchava em dois tempos com um presidente da Câmara à altura das responsabilidades. Mas quem viu Carmona Rodrigues, na inauguração do Túnel do Marquês, a fugir literalmente dos jornalistas, para não ter de responder a perguntas comprometedoras, percebeu definitivamente, se dúvidas ainda alimentasse, que Lisboa está sem presidente da Câmara. Carmona Rodrigues, não tenho uma dúvida, é um homem sério e bem intencionado: ele quer o melhor para Lisboa, só não sabe é o quê. Não tem dinheiro, não tem projectos, não tem ideias, não tem peso político próprio e nada mais deseja já do que escapar às perguntas, às questões, aos problemas.
Não é o único culpado. Os primeiros culpados são aqueles lisboetas que confundem política com telenovelas e que resolveram, displicentemente, trocar o melhor presidente da Câmara que Lisboa teve nos últimos trinta anos — João Soares — por um vendedor de banha da cobra que, na primeira oportunidade, se pirou para melhor poiso e, assim que foi despedido por gritante incompetência, voltou à Câmara, para giboiar durante uns meses — como se aquilo fosse uma sinecura pessoal e não um lugar de trabalho. Santana Lopes deixou-nos a Câmara arruinada, os amigos por todo o lado, um casino para o sr. Stanley Ho, um imbróglio policial e urbanístico no Parque Mayer, uns negócios de favor com o Benfica e o Sporting e um túnel no Marquês que, ao fim de quatro anos de atraso, estreou-se incompleto, não se sabendo se é seguro e quanto terá custado ao certo. E foi tudo. Bem feito para os que votaram nele. O pior são os outros, que não têm nada a ver com isso.
O segundo culpado é Carmona Rodrigues. Primeiro, viveu dois anos a fazer de número 2 de alguém que só existe como número único e a caucionar-lhe todos os disparates; depois, herdou-lhe subitamente a Câmara, com a promessa de que jamais voltaria, mas assim que ele voltou encaixou um “chega para lá!” humilhante sem um protesto; enfim, quando pôde concorrer como número 1 e sem a sombra abafante de Santana Lopes, Carmona não soube escolher a sua gente, não foi capaz de ter um plano de acção nem meia dúzia de projectos mobilizadores e nunca se mostrou à altura de uma vitória caída do céu e só tornada possível pela vaidade suicida do ‘embaixador’ Manuel Maria Carrilho.
O terceiro culpado é o Partido Socialista, incapaz de perceber que a batalha pela Câmara de Lisboa e por uma gestão exemplar para a cidade podia ser uma luta política de referência e que se limitou antes a imaginar que só interessava ganhar a eleição — e que isso se conseguia com a beleza da Bárbara Guimarães e a esperteza saloia da inacreditável equipa autárquica que por lá tem, supostamente na oposição. Foi, sim, uma derrota política exemplar — das mais merecidas e pedagógicas de que me lembro.
E passo por cima do desempenho do PCP e do PP na Câmara de Lisboa, apenas dizendo que nunca descortinei motivo para tão generosos elogios da nossa imprensa: nunca dei por que eles fizessem qualquer diferença. Em minha opinião, a CML e a cidade de Lisboa só têm um único rosto de alguém que ali está ao serviço dos munícipes, e é altura de lhe prestar homenagem: é, obviamente, José Sá Fernandes, do Bloco de Esquerda. Por favor, não me venham com aquele discurso «blasée» dos ‘pregadores’ do Bloco de ‘Esquerda’ e “já não há pachorra para os ouvir”: a política mede-se pelos resultados concretos para pessoas concretas, e nada melhor do que a política das cidades para medir esses resultados. A única pessoa na Câmara de Lisboa que eu tenho visto conhecer os assuntos, bater-se pelo bem comum, não ter medo de enfrentar os interesses instalados e os influentes que mandam na cidade e não cobiçar cargos e mordomias nas empresas municipais ou outros ‘tachos’ sempre ao dispor é José Sá Fernandes. A mim tanto me faz que seja do Bloco de Esquerda, do PP ou do Partido da Estratosfera. E não é por acaso que, mais uma vez, ele é o único a denunciar os novos planos de saque e rapina do porto de Lisboa. Que pena que não seja ele o presidente da Câmara neste momento e que a maior preocupação do actual presidente e da actual vereação seja a de saber quantos e quais vão ser constituídos arguidos naquele inenarrável desastre inventado para o Parque Mayer
Fonte: http://otejochora.blogspot.com/
Telmo Correia quer GPS instalado nos táxis lisboetas
In Sol Online (29/5/2007)
«O candidato do CDS-PP à Câmara Municipal de Lisboa reclamou hoje o cumprimento de uma promessa da autarquia de instalar sistemas de GPS em todos os táxis da capital (...)»
É verdade, tinha-me esquecido dos taxistas ... depois dos idosos, dos jovens, das minorias, da classe média, da «Baixa-Chiado», do «comércio de proximidade», faltavam os taxistas. Continuo sem perceber essa obsessão de todos os candidatos pelos taxistas... já perceberia se a obsessão fosse pelos passageiros que são explorados por eles.
«O candidato do CDS-PP à Câmara Municipal de Lisboa reclamou hoje o cumprimento de uma promessa da autarquia de instalar sistemas de GPS em todos os táxis da capital (...)»
É verdade, tinha-me esquecido dos taxistas ... depois dos idosos, dos jovens, das minorias, da classe média, da «Baixa-Chiado», do «comércio de proximidade», faltavam os taxistas. Continuo sem perceber essa obsessão de todos os candidatos pelos taxistas... já perceberia se a obsessão fosse pelos passageiros que são explorados por eles.
PND «bloqueia» EMEL, Manuel Monteiro apresentou candidatura a Lisboa com protesto contra empresa
In Portugal Diário (29/5/2007)
«O Partido Nova Democracia (PND) apresentou hoje a lista para as eleições intercalares da Câmara de Lisboa «bloqueando», em forma de «acto simbólico», o edifício da Empresa Pública Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL), noticia a Lusa.
Manuel Monteiro, o candidato do PND à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, apresentou publicamente a candidatura do seu partido, em frente ao edifício da EMEL, em Lisboa, onde referiu «a má gerência» da empresa e a «necessidade da sua extinção». (...)»
«O Partido Nova Democracia (PND) apresentou hoje a lista para as eleições intercalares da Câmara de Lisboa «bloqueando», em forma de «acto simbólico», o edifício da Empresa Pública Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL), noticia a Lusa.
Manuel Monteiro, o candidato do PND à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, apresentou publicamente a candidatura do seu partido, em frente ao edifício da EMEL, em Lisboa, onde referiu «a má gerência» da empresa e a «necessidade da sua extinção». (...)»
Bloco propõe debate de interesse relevante
In Notícias da Manhã (29/5/2007)
«A comissão parlamentar de Obras Públicas discute hoje um requerimento do Bloco de Esquerda propondo a realização de um debate de interesse relevante em plenário sobre o futuro aeroporto de Lisboa. “Propomos que a comissão aprove uma proposta ao presidente da Assembleia da República (AR) para um debate de interesse relevante sobre a questão do novo aeroporto após o colóquio de dia 11”, afirmou a deputada do BE Helena Pinto, à Lusa. A Assembleia promove um colóquio sobre a localização e o financiamento do futuro aeroporto de Lisboa no próximo dia 11 por proposta do Bloco de Esquerda, mas cujo formato foi aprovado com os votos contra deste partido. “Um debate que no painel dos partidos tem uma grelha de tempos, em que a intervenção inicial é o ministro das Obras Públicas sem direito a perguntas, não podia ter o nosso acordo”, frisou Helena Pinto.Por seu lado, os deputados do PSD Miguel Relvas e José Matos Correia voltaram a escrever ao Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, propondo que o Parlamento encomende um estudo sobre a localização do futuro aeroporto de Lisboa. (...)»
«A comissão parlamentar de Obras Públicas discute hoje um requerimento do Bloco de Esquerda propondo a realização de um debate de interesse relevante em plenário sobre o futuro aeroporto de Lisboa. “Propomos que a comissão aprove uma proposta ao presidente da Assembleia da República (AR) para um debate de interesse relevante sobre a questão do novo aeroporto após o colóquio de dia 11”, afirmou a deputada do BE Helena Pinto, à Lusa. A Assembleia promove um colóquio sobre a localização e o financiamento do futuro aeroporto de Lisboa no próximo dia 11 por proposta do Bloco de Esquerda, mas cujo formato foi aprovado com os votos contra deste partido. “Um debate que no painel dos partidos tem uma grelha de tempos, em que a intervenção inicial é o ministro das Obras Públicas sem direito a perguntas, não podia ter o nosso acordo”, frisou Helena Pinto.Por seu lado, os deputados do PSD Miguel Relvas e José Matos Correia voltaram a escrever ao Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, propondo que o Parlamento encomende um estudo sobre a localização do futuro aeroporto de Lisboa. (...)»
Lisboa é o concelho com mais população residente
In Diário de Notícias (29/5/2007)
«Apesar da perda de população nos últimos anos, o concelho de Lisboa continuava a ser o concelho mais populoso do País, no ano de 2005. Segundo um estudo da Marktest, Lisboa contava com 519 795 habitantes, tendo uma densidade de 6134 habitantes por quilómetro quadrado. (...)»
«Apesar da perda de população nos últimos anos, o concelho de Lisboa continuava a ser o concelho mais populoso do País, no ano de 2005. Segundo um estudo da Marktest, Lisboa contava com 519 795 habitantes, tendo uma densidade de 6134 habitantes por quilómetro quadrado. (...)»
28/05/2007
O novo aeroporto e as perguntas que esperam uma resposta!
Um país como o nosso e na actual situação deve ponderar seriamente os investimentos que faz sobretudo quando estes podem comprometer as futuras gerações. Temos diversos exemplos no passado (Expo 98 e estádios) de derrapagens que poderiam ter sido evitadas.
Quando temos o nosso património num estado miserável, um serviço de saúde deficiente, uma crise generalizada nas cidades em ruptura com os seus habitantes e uma maior diferença social, a teimosia nesta decisão não será comprendida pelo comum dos portugueses.
Enquanto existirem graves assimetrias sociais continuaremos na cauda da europa.
Agradecemos o envio do texto abaixo.
O NOVO AEROPORTO
Diligências efectuadas sobre este assunto, pelo Arq. Luís Gonçalves, juntodo ministro das Obras Públicas.Porque as dúvidas e os argumentos ali expostos, são de manifesto interesse público, passo a divulgar o referido documento:
Ex.mo Senhor Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações No passado mês de Maio, enviei uma mensagem electrónica a V.Ex.cia e umaoutra a S. Ex.cia o Primeiro-ministro, solicitando um esclarecimento aoprocesso de decisão da localização do Novo Aeroporto de Lisboa.
Passado pouco mais de mês, recebi de ambas as partes ofícios informando-me que teria sido dada a devida atenção à minha mensagem e que as minhas considerações estariam a ser objecto de análise.
No entanto, não tendo desde então recebido qualquer esclarecimento, prossegui a análise dos vários estudos e documentos disponibilizados pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (ou por entidades por ele tuteladas), referentes aos processosdo Novo Aeroporto de Lisboa e da Rede Ferroviária de Alta Velocidade, verificando a existência de algumas questões para as quais continuei a não encontrar resposta.
No dia 17 de Novembro, enviei um novo pedido de esclarecimento do qualvoltei a não obter qualquer resposta. Nesse sentido, venho novamente por este meio, como cidadão e contribuinte, solicitar a V. Ex.cia que providencie as respostas às seguintes questões, as quais me parecem legítimas e pertinentes:
1 - Porque é que o estudo elaborado pela ANA em 1994 (que identifica a Base Aérea do Montijo como a melhor localização para o novo aeroporto e que classifica a Ota como a pior e mais cara opção) não se encontra disponível no site da NAER?
2 - Porque é que o estudo elaborado pela Aeroports de Paris em 1999 (que recomenda a localização do NAL no Rio Frio e que classifica a Ota como pior opção) não justifica o facto de não ter sido sequer considerada a opção recomendada no estudo anterior?
3 - Porque é que todos os estudos e documentos disponibilizados, elaborados entre 1999 e 2005, incluindo o "Plano Director de Desenvolvimento do Aeroporto", tiveram como premissa a localização na Ota, considerada nessaaltura como a pior e mais cara opção?
4 - Porque é que o documento apresentado como suporte da decisão de localização na Ota é apenas um "Estudo Preliminar de Impacto Ambiental", no qual questões determinantes para a localização de um aeroporto (operações aéreas, acessibilidades, impacto na economia) foram tratadas de um modo superficial, ou não foram sequer afloradas?
5 - Porque é que na ficha técnica do atrás referido "Estudo Preliminar de Impacto Ambiental" não constam especialistas nas áreas da aeronáutica e dos transportes?
6 - Porque é que o "Estudo Preliminar de Impacto Ambiental" para o aeroportona Ota usou os dados dos Censos de 1991 para calcular o impacto do ruído das aeronaves sobre a população, quando existiam dados de 2001 e uma das freguesias mais afectadas (Carregado) mais do que duplicou a sua populaçãodesde 1991?
7 - Em que documento é que são comparados objectivamente (com outras hipóteses de localização) os impactos económicos e ambientais associados à opção da Ota (desafectação de 517 hectares de Reserva Ecológica Nacional; abate de cerca de 5000 sobreiros; movimentação de 50 milhões de m3 de terra; "encanamento" de uma bacia de 1000 hectares a montante do aeroporto; impermeabilização de uma enorme zona húmida; necessidade de expropriar 1270 hectares)?
8 - Em que documento é que se encontra identificada a coincidência do enfiamento de uma das pistas da Ota com o parque de Aveiras da Companhia Logística de Combustíveis (a apenas 8 Km ) e avaliadas as consequência de um possível desastre económico e ecológico decorrentes de desastre com uma aeronave?
9 - Em que documento é que se encontra a avaliação do impacto da deslocalização do aeroporto no turismo e na economia da cidade e da ÁreaMetropolitana de Lisboa?
10 - Em que documento é que se encontra a avaliação do impacto urbanístico decorrente da deslocalização do aeroporto para um local a 45 km do centro da capital?
11 - Em que documento é que se encontra a avaliação do impacto dadeslocalização dos empregos e serviços decorrente da mudança do aeroporto para a Ota?
12 - Em que documento é que se encontra equacionado o cenário da necessidade de construir um outro aeroporto daqui a 40 anos, quando o Aeroporto da Ota se encontra saturado?
13 - Que medidas estão previstas para existir uma tributação especial das enormes mais-valias que terão os proprietários dos terrenos envolventes àzona do aeroporto (e não afectados pelas expropriações) que até ao momentoestão classificados como Reserva Ecológica Nacional ou Reserva Agrícola Nacional e passarão a ser terrenos urbanizáveis?
14 - Em que documento se encontra a explicação para ter sido consideradapreferível uma localização para o novo aeroporto que "roubará" mercado aoAeroporto Sá Carneiro em detrimento de captar o mercado de Extremadura espanhola?
15 - Porque é que a localização na Base Aérea do Montijo não foi sequerconsiderada, quando apresenta inúmeras vantagens ( 14 Km ao centro da cidade, posição central na Área Metropolitana, facilmente articulável com o TGV, possibilidade de ligações fluviais, urbanisticamente controlável)?
16 - Qual é a explicação para que a articulação entre as duasinfra-estruturas construídas de raiz (Aeroporto da Ota e Linha de Alta Velocidade Lisboa-Porto) obrigue a um transbordo de passageiros numa estação a 2 Km da aerogare?
17 - Porque é que se optou por uma localização para o aeroporto queimplicará um traçado da Rede de Alta Velocidade com duas entradas distintas em Lisboa, cada uma delas avaliada num valor da ordem de mil milhões deeuros (percurso Lisboa/Carregado e Terceira Travessia do Tejo), quando umaeroporto localizado na margem Sul funcionaria perfeitamente só com a nova ponte?
18 - Qual é o valor do sobre-custo do traçado da Linha de Alta VelocidadeLisboa-Porto na margem direita do Tejo, por oposição ao traçado pela margemesquerda, fazendo a travessia na zona de Santarém?
19 - Porque é que a ligação ao Porto de Sines será construída em bitolaibérica, quando bastava que o traçado da linha Lisboa-Madrid passasse a Sulda Serra de Monfurado (um aumento de apenas 8 Km ) para que fosse viável a construção de um ramal de AV para Sines (e posteriormente para o Algarve) apartir de um nó a localizar em Santa Susana (concelho de Alcácer do Sal)?
20 - Na análise custo-benefício do investimento da Linha de Alta Velocidade Lisboa-Porto foi considerada a concorrência do Alfa Pendular (na actualLinha do Norte), o facto de o traçado não permitir o transporte demercadorias e a necessidade de mudança de transporte para percorrer a distância das estações intermédias aos centro das respectivas cidades( Leiria, Coimbra, Aveiro)?
21 - Por último, em que relatório se encontra a recomendação da Ota comomelhor localização para o novo aeroporto por comparação com as outras alternativas possíveis (Rio Frio, Base Aérea do Montijo, Campo de Tiro de Alcochete, Poceirão)?
Antecipadamente grato pela disponibilidade de V. Ex.cia para responder aestas 21 questões, subscrevo-me com os meus melhores cumprimentos, Luís Maria Gonçalves, arqº
Quando temos o nosso património num estado miserável, um serviço de saúde deficiente, uma crise generalizada nas cidades em ruptura com os seus habitantes e uma maior diferença social, a teimosia nesta decisão não será comprendida pelo comum dos portugueses.
Enquanto existirem graves assimetrias sociais continuaremos na cauda da europa.
Agradecemos o envio do texto abaixo.
O NOVO AEROPORTO
Diligências efectuadas sobre este assunto, pelo Arq. Luís Gonçalves, juntodo ministro das Obras Públicas.Porque as dúvidas e os argumentos ali expostos, são de manifesto interesse público, passo a divulgar o referido documento:
Ex.mo Senhor Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações No passado mês de Maio, enviei uma mensagem electrónica a V.Ex.cia e umaoutra a S. Ex.cia o Primeiro-ministro, solicitando um esclarecimento aoprocesso de decisão da localização do Novo Aeroporto de Lisboa.
Passado pouco mais de mês, recebi de ambas as partes ofícios informando-me que teria sido dada a devida atenção à minha mensagem e que as minhas considerações estariam a ser objecto de análise.
No entanto, não tendo desde então recebido qualquer esclarecimento, prossegui a análise dos vários estudos e documentos disponibilizados pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (ou por entidades por ele tuteladas), referentes aos processosdo Novo Aeroporto de Lisboa e da Rede Ferroviária de Alta Velocidade, verificando a existência de algumas questões para as quais continuei a não encontrar resposta.
No dia 17 de Novembro, enviei um novo pedido de esclarecimento do qualvoltei a não obter qualquer resposta. Nesse sentido, venho novamente por este meio, como cidadão e contribuinte, solicitar a V. Ex.cia que providencie as respostas às seguintes questões, as quais me parecem legítimas e pertinentes:
1 - Porque é que o estudo elaborado pela ANA em 1994 (que identifica a Base Aérea do Montijo como a melhor localização para o novo aeroporto e que classifica a Ota como a pior e mais cara opção) não se encontra disponível no site da NAER?
2 - Porque é que o estudo elaborado pela Aeroports de Paris em 1999 (que recomenda a localização do NAL no Rio Frio e que classifica a Ota como pior opção) não justifica o facto de não ter sido sequer considerada a opção recomendada no estudo anterior?
3 - Porque é que todos os estudos e documentos disponibilizados, elaborados entre 1999 e 2005, incluindo o "Plano Director de Desenvolvimento do Aeroporto", tiveram como premissa a localização na Ota, considerada nessaaltura como a pior e mais cara opção?
4 - Porque é que o documento apresentado como suporte da decisão de localização na Ota é apenas um "Estudo Preliminar de Impacto Ambiental", no qual questões determinantes para a localização de um aeroporto (operações aéreas, acessibilidades, impacto na economia) foram tratadas de um modo superficial, ou não foram sequer afloradas?
5 - Porque é que na ficha técnica do atrás referido "Estudo Preliminar de Impacto Ambiental" não constam especialistas nas áreas da aeronáutica e dos transportes?
6 - Porque é que o "Estudo Preliminar de Impacto Ambiental" para o aeroportona Ota usou os dados dos Censos de 1991 para calcular o impacto do ruído das aeronaves sobre a população, quando existiam dados de 2001 e uma das freguesias mais afectadas (Carregado) mais do que duplicou a sua populaçãodesde 1991?
7 - Em que documento é que são comparados objectivamente (com outras hipóteses de localização) os impactos económicos e ambientais associados à opção da Ota (desafectação de 517 hectares de Reserva Ecológica Nacional; abate de cerca de 5000 sobreiros; movimentação de 50 milhões de m3 de terra; "encanamento" de uma bacia de 1000 hectares a montante do aeroporto; impermeabilização de uma enorme zona húmida; necessidade de expropriar 1270 hectares)?
8 - Em que documento é que se encontra identificada a coincidência do enfiamento de uma das pistas da Ota com o parque de Aveiras da Companhia Logística de Combustíveis (a apenas 8 Km ) e avaliadas as consequência de um possível desastre económico e ecológico decorrentes de desastre com uma aeronave?
9 - Em que documento é que se encontra a avaliação do impacto da deslocalização do aeroporto no turismo e na economia da cidade e da ÁreaMetropolitana de Lisboa?
10 - Em que documento é que se encontra a avaliação do impacto urbanístico decorrente da deslocalização do aeroporto para um local a 45 km do centro da capital?
11 - Em que documento é que se encontra a avaliação do impacto dadeslocalização dos empregos e serviços decorrente da mudança do aeroporto para a Ota?
12 - Em que documento é que se encontra equacionado o cenário da necessidade de construir um outro aeroporto daqui a 40 anos, quando o Aeroporto da Ota se encontra saturado?
13 - Que medidas estão previstas para existir uma tributação especial das enormes mais-valias que terão os proprietários dos terrenos envolventes àzona do aeroporto (e não afectados pelas expropriações) que até ao momentoestão classificados como Reserva Ecológica Nacional ou Reserva Agrícola Nacional e passarão a ser terrenos urbanizáveis?
14 - Em que documento se encontra a explicação para ter sido consideradapreferível uma localização para o novo aeroporto que "roubará" mercado aoAeroporto Sá Carneiro em detrimento de captar o mercado de Extremadura espanhola?
15 - Porque é que a localização na Base Aérea do Montijo não foi sequerconsiderada, quando apresenta inúmeras vantagens ( 14 Km ao centro da cidade, posição central na Área Metropolitana, facilmente articulável com o TGV, possibilidade de ligações fluviais, urbanisticamente controlável)?
16 - Qual é a explicação para que a articulação entre as duasinfra-estruturas construídas de raiz (Aeroporto da Ota e Linha de Alta Velocidade Lisboa-Porto) obrigue a um transbordo de passageiros numa estação a 2 Km da aerogare?
17 - Porque é que se optou por uma localização para o aeroporto queimplicará um traçado da Rede de Alta Velocidade com duas entradas distintas em Lisboa, cada uma delas avaliada num valor da ordem de mil milhões deeuros (percurso Lisboa/Carregado e Terceira Travessia do Tejo), quando umaeroporto localizado na margem Sul funcionaria perfeitamente só com a nova ponte?
18 - Qual é o valor do sobre-custo do traçado da Linha de Alta VelocidadeLisboa-Porto na margem direita do Tejo, por oposição ao traçado pela margemesquerda, fazendo a travessia na zona de Santarém?
19 - Porque é que a ligação ao Porto de Sines será construída em bitolaibérica, quando bastava que o traçado da linha Lisboa-Madrid passasse a Sulda Serra de Monfurado (um aumento de apenas 8 Km ) para que fosse viável a construção de um ramal de AV para Sines (e posteriormente para o Algarve) apartir de um nó a localizar em Santa Susana (concelho de Alcácer do Sal)?
20 - Na análise custo-benefício do investimento da Linha de Alta Velocidade Lisboa-Porto foi considerada a concorrência do Alfa Pendular (na actualLinha do Norte), o facto de o traçado não permitir o transporte demercadorias e a necessidade de mudança de transporte para percorrer a distância das estações intermédias aos centro das respectivas cidades( Leiria, Coimbra, Aveiro)?
21 - Por último, em que relatório se encontra a recomendação da Ota comomelhor localização para o novo aeroporto por comparação com as outras alternativas possíveis (Rio Frio, Base Aérea do Montijo, Campo de Tiro de Alcochete, Poceirão)?
Antecipadamente grato pela disponibilidade de V. Ex.cia para responder aestas 21 questões, subscrevo-me com os meus melhores cumprimentos, Luís Maria Gonçalves, arqº
Entrevista ao El Pais: António Costa diz que «situação em Lisboa não podia ser pior»
In Sol Online (28/5/2007)
'«O candidato socialista à Câmara de Lisboa disse que quer governar a autarquia pelo menos seis anos, afirmando ao jornal espanhol que a situação na capital «não podia ser pior»
«A situação não podia ser pior do ponto de vista económico e político. A situação financeira é terrível e a credibilidade e confiança dos cidadãos nos gestores está no nível mais baixo de sempre», disse António Costa afirmando porém que «o político que não assuma desafios, deve mudar de emprego». (...)'
Por acaso, até acho que a situação poderia ser pior. E pode ser.
'«O candidato socialista à Câmara de Lisboa disse que quer governar a autarquia pelo menos seis anos, afirmando ao jornal espanhol que a situação na capital «não podia ser pior»
«A situação não podia ser pior do ponto de vista económico e político. A situação financeira é terrível e a credibilidade e confiança dos cidadãos nos gestores está no nível mais baixo de sempre», disse António Costa afirmando porém que «o político que não assuma desafios, deve mudar de emprego». (...)'
Por acaso, até acho que a situação poderia ser pior. E pode ser.
Novo presidente herda 49 assessores
In Correio da Manhã (28/5/2007)
Manuel Moreira
«O próximo presidente da Câmara de Lisboa vai herdar de Carmona Rodrigues (caso não seja eleito) 49 assessores avençados com contratos no valor de mais de 1,3 milhões de euros. De um total de 59 assessores do Gabinete de Apoio à Presidência (GAP), 49 só terminam o contrato mais de cinco meses após as eleições. O que significa que o executivo camarário eleito a 15 de Julho terá de manter a equipa do ex-autarca ou pagar o restante valor dos contratos anuais. (...)»
Manuel Moreira
«O próximo presidente da Câmara de Lisboa vai herdar de Carmona Rodrigues (caso não seja eleito) 49 assessores avençados com contratos no valor de mais de 1,3 milhões de euros. De um total de 59 assessores do Gabinete de Apoio à Presidência (GAP), 49 só terminam o contrato mais de cinco meses após as eleições. O que significa que o executivo camarário eleito a 15 de Julho terá de manter a equipa do ex-autarca ou pagar o restante valor dos contratos anuais. (...)»
Portagens à entrada de Lisboa devem ser estudadas *
Alguns excertos:
«Há que trazer mais pessoas para viver dentro da cidade e não continuar a melhorar as entradas viárias na cidade, frisa a arquitecta
PÚBLICO/RR - A saída do PS foi puramente instrumental para se poder candidatar à Câmara Municipal de Lisboa (CML)? Ou houve um acumular de gotas de água que a fizeram sair do partido?
Helena Roseta – Não, era uma decisão necessária para me poder candidatar. Tentei promover uma solução com o PS, não teve resposta, e eu achei que era altura de dar um contributo, a cidade estava numa situação grave e eu tinha de fazer isso.
(...)
António Costa é um bom candidato?
Todos os candidatos são bons, à esquerda e à direita, respeito-os a todos. São os eleitores que vão responder quem são os melhores candidatos. Não tenho de me pronunciar senão sobre as minhas propostas para a cidade.
(...)
Mas esteve ligada a partidos nos últimos 30 anos...
Estive ligada a dois partidos e tive períodos em que não estive. Fui sempre independente. Mas quando se está numa organização há regras de solidariedade e convergência dessa organização. Quando a pessoa está de fora não tem amarras. Isso não tem nada a ver com populismo, tem a ver que não recebo instruções de ninguém para saber se vou fazer um caminho à esquerda, à direita, ao centro, para cima ou para baixo. Não tenho de fazer isso. Apenas tenho nestas eleições que ouvir os lisboetas, as suas preocupações, chamar os técnicos e apresentar propostas. Estou numa situação de grande liberdade de intervenção, o que neste momento, para a cidade de Lisboa, é um trunfo.
(...)
Acha justo que se olhe para a sua candidatura como herdeira do Movimento Intervenção e Cidadania, criado na sequência das presidenciais?
Não, são coisas diferentes. O ponto comum é que partem ambas do princípio da democracia representativa e vimos que esse princípio está certo e que os eleitores em Portugal estão desejosos dessa participação. O facto de não ter recebido a resposta à carta de que falou é a prova de que os partidos nem respondem aos seus militantes, quanto mais aos cidadãos. Há necessidade de renovação dos partidos e é bom que haja esta concorrência de movimentos de cidadãos que possam espicaçar os partidos e eles apresentem o melhor que têm e façam melhor trabalho.
(...)
Desistiu de mudar os partidos por dentro?
Não, não desisti, mas provavelmente não sou eu que tenho melhores condições. Quem está nos partidos deve continuar essa luta.
(...)
Na sua opinião, o vereador José Sá Fernandes (independente eleito pelo BE) não cumpriu, neste mandato, esta missão de cidadania que a senhora arquitecta reclama agora?
De alguma forma terá cumprido, certamente. Mas penso que um vereador não é eleito apenas para fazer de vigilante dos outros. Esse papel de fiscalização do trabalho do executivo compete à assembleia municipal. O papel dos vereadores é cooperarem na gestão municipal.
É por isso que a minha proposta para a cidade de Lisboa, uma vez que estamos numa situação de emergência e a câmara numa situação caótica, é um programa de emergência em que desafio todas as forças a participar. Seria muito bom que, por uma vez, todos mostrassem que numa situação de crise são capazes de trabalhar em conjunto.
Propõe então uma espécie de governo de salvação nacional?
Seria um governo de salvação municipal, que é do que precisa Lisboa. A cidade, a capital do país, perdeu um terço dos seus habitantes nos últimos 20 anos. Um terço! Estamos em situação de emergência e precisamos de uma solução de emergência. Eu já tive a experiência de trabalhar numa situação de emergência quando foram as cheias em Cascais e todos os partidos deram uma ajuda muito grande.
Em Lisboa a situação é mais complicada...
É uma metáfora, são coisas diferentes e o tempo era outro. Mas quer dizer que não é impossível e que acho que é por aí que a democracia participativa tem de avançar, é apelando à participação de todos e fazendo um discurso novo, que não é tanto o de todos dizerem mal uns dos outros, mas de vermos o que é que podemos fazer em conjunto. O meu organigrama na Câmara é como se fosse esta mesa [redonda]: todos à volta. E não uma pirâmide de poder.
(...)
Como é que se mexe nas finanças da Câmara?
Já pedi elementos de gestão, porque não estão no site - é extraordinário que não esteja lá nem o relatório e contas do ano passado, nem os relatórios e contas de gerência de nenhuma das 14 empresas municipais.
Sabemos que são mil milhões de dívida...
Esses valores eram em Dezembro, a dívida continua a crescer. Temos de ver como está composta e percebemos que cerca de metade é dívida aos fornecedores, a outra metade é à banca. Constato que a dívida bancária está espalhada por vários bancos diferentes, o que não faz sentido. Quando uma família está endividada, o primeiro conselho é juntar tudo e tentar negociar melhores condições. É o que vamos ter de fazer. Do lado dos fornecedores, também temos de definir prioridades e ver como vamos gerir. Mas porque é que há uma dívida? Porque se tem uma despesa superior ao que se deve e uma receita inferior. Mas eu não ouço falar do lado da receita. As receitas que a Câmara cobra são muito inferiores às que podia cobrar.
(...)
Para aumentar a receita, não quer vender terrenos?
Não é uma boa solução. Penso que muitas das soluções mágicas para melhorar as receitas da câmara têm a ver com especulação imobiliária, com as quais eu não estou de acordo. Era o que se fazia antes do 25 de Abril, eu não concordo. Os terrenos da Câmara podem ser utilizados para função social, para questões que estão mal resolvidas na cidade. Mas mais do que terrenos, a CML tem é um património habitacional muito mal gerido – Maria José Nogueira Pinto tentou começar a fazer uma gestão racional, mas deixou o trabalho por acabar. São quatro mil fogos vazios na cidade, é uma brutalidade. A câmara tem recursos fantásticos que não estão a ser utilizados por desorganização.
(...)
Olhando para a sua lista, que tem representadas várias quotas da sociedade, parece ser mais uma lista de causas do que uma lista de emergência municipal...
Ao contrário, são as causas que estão a fazer falta. A emergência é precisamente porque há défice de causas, de participação, de visão do que é o papel de uma câmara municipal. A minha lista é uma lista de pessoas, de cidadãos de Lisboa, e com competência. O número dois é Manuel João Ramos, para a área da mobilidade...
Que não foi a favor do túnel do Marquês, tal como a senhora arquitecta.
Pois não. Convidei a vir a Portugal o arquitecto Jaime Lérner, que foi prefeito em Curitiba [Brasil] e numa entrevista perguntei-lhe o que pensava do túnel. E ele respondeu: “O túnel é a maneira mais rápida de passar de um engarrafamento a outro. Mas se quiserem mesmo fazer, façam só o largo da saída”. Ou seja, os túneis não são uma prioridade.
Continua a ter a mesma opinião, hoje?
Sim, porque aquilo paralisou a cidade durante não sei quanto tempo, custou imenso dinheiro... com esse dinheiro, quantas habitações não podíamos ter reabilitado, as pessoas que nós podíamos ter trazido para a cidade, quantos automóveis a menos isso não representaria. As equações estão mal feitas, estas contas têm de ser feitas. Entre 1991 e 98 tivemos uma alteração completa da utilização do transporte público para privado para pior.
Em que sentido?
Nos anos 90, antes de se fazerem as grandes entradas como o IC19 ou a A5 para Cascais, tínhamos em transporte público 60 por cento das pessoas e em privado 40 por cento. Dez anos depois inverteu, e agora vai ser ainda pior. Cada vez que fazemos obras para trazermos mais carros para a cidade, julgando que estamos a resolver um problema estamos a agravá-lo. É o paradoxo da acessibilidade: estamos a gastar cada vez mais dinheiro para perdermos cada vez mais tempo em engarrafamentos cada vez maiores. E para alterar isso, o grande sinal é menos carros a entrar na cidade. Foi o que se fez em Londres.
Portagens à entrada da cidade?
Admito que sim, mas tem de ser negociado com as câmaras da área metropolitana de Lisboa. É fundamental dar sinais de que é preciso inverter o rumo das coisas.
Mas isso não é uma medida elitista, na medida em que as pessoas com mais poder de compra continuarão a vir para Lisboa?
Isso é se for uma medida desgarrada. Tem de se completar a rede de transporte público e torná-la mais acessível. Sabe quanto custa um passe multimodal para uma família de quatro pessoas? Cerca de cem euros. Qual é a família que não prefere vir de automóvel? As tarifas não estão pensadas para famílias.
(...)
A sua ideia é atrair pessoas para a cidade. Mas como é que pode alterar as regras do mercado, os preços actuais?
Claro que posso alterar, é para isso que existem poderes públicos. Eu ando há anos a dizer que o mercado imobiliário está desfasado, que se estão a produzir habitações para um estrato social que não é aquele que em Lisboa precisa delas. Temos cerca de 60 a 70 mil fogos vazios na cidade, alguns até estão alugados e os inquilinos não põem lá os pés. Há fogos que podem ser colocados no mercado de arrendamento, a câmara pode ter um papel importante aí, como em Londres, de agenciar a disponibilização desses fogos no mercado de arrendamento. Há um instrumento, o Porta 65, que vai permitir às câmaras criar agências ou bolsas de fogos vazios para arrendamento social. Esse é um caminho.
(...)
Um dos problemas do futuro executivo municipal são os compromissos da Câmara com arquitectos estrangeiros, como Frank Gerry. O que se deve fazer?
Foi um erro convidar um arquitecto de grande renome sem sequer fazer um concurso internacional, e eu disse-o na altura. O segundo erro foi o programa intensivo que se quis colocar ali. E agora ainda temos o problema da troca de terrenos da Bragaparques. Temos de ter as sentenças do tribunal, não podemos ser voluntaristas. O erro está feito e vai ser difícil desembrulhá-lo. Uma coisa é certa: vamos ter de refazer aquele projecto, porque não é possível que se faça naquele local aquela quantidade de construção. Quando defendo a acupuntura urbana, quero dizer que Lisboa precisa de pequenos investimentos com muita eficácia e de uma revisão de prioridades, e não de grande projectos que envolvem verbas altíssimas. Isso levava-nos ao projecto Baixa-Chiado ou à circular das Colinas.
Está a colocar em causa esses projectos?
Estou a dizer é que é preciso rever as prioridades. Pergunto se os lisboetas acham que, neste momento, a primeira prioridade deve ser fazer uma circular que vai unir o Infante Santo até ao vale de Santo António, com mais dois túneis, um debaixo do Jardim da Estrela. Estão a imaginar aquela cena do Marquês debaixo da Estrela?
A decisão do Governo de construir um novo aeroporto de Lisboa vai afectar muito a cidade. A desactivação da Portela não é um trunfo para a autarquia, na medida em que vai poder dispor dos seus terrenos?
Já disse que não é aceitável que o Governo tire o aeroporto de Lisboa sem a cidade se ter pronunciado. E não é apenas por questões técnicas, é uma questão de competitividade das cidades. Uma cidade que perde competitividade nos fluxos internacionais de transportes aéreos baixa logo imediatamente no ranking. É inacreditável que o Governo não tenha ouvido a autarquia.
E em relação aos terrenos da Portela?
A função aeroportuária da Portela irá ter de se manter, e os terrenos atrás não podem ser uma espécie de atracção para mais uma especulação imlobiliária, isso está fora de causa. Mas não podemos tirar o aeroporto da Portela sem ouvir as forças vivas da cidade. Acho que o Governo se precipitou e é muito curioso que António Costa, dias depois de deixar de ser ministro, defenda que o Governo deve ouvir a cidade sobre o novo aeroporto.
Não teme que a assembleia municipal se torne uma força de bloqueio?
Pelo contrário, a assembleia também está envolvida neste processo de encontrar uma saída de emergência. Defendi que este órgão não devia cair artificialmente, porque não é responsável pela crise. A experiência que tenho é que as pessoas estão muito mais envolvidas com a autarquia do que com as regras partidárias.
«Há que trazer mais pessoas para viver dentro da cidade e não continuar a melhorar as entradas viárias na cidade, frisa a arquitecta
PÚBLICO/RR - A saída do PS foi puramente instrumental para se poder candidatar à Câmara Municipal de Lisboa (CML)? Ou houve um acumular de gotas de água que a fizeram sair do partido?
Helena Roseta – Não, era uma decisão necessária para me poder candidatar. Tentei promover uma solução com o PS, não teve resposta, e eu achei que era altura de dar um contributo, a cidade estava numa situação grave e eu tinha de fazer isso.
(...)
António Costa é um bom candidato?
Todos os candidatos são bons, à esquerda e à direita, respeito-os a todos. São os eleitores que vão responder quem são os melhores candidatos. Não tenho de me pronunciar senão sobre as minhas propostas para a cidade.
(...)
Mas esteve ligada a partidos nos últimos 30 anos...
Estive ligada a dois partidos e tive períodos em que não estive. Fui sempre independente. Mas quando se está numa organização há regras de solidariedade e convergência dessa organização. Quando a pessoa está de fora não tem amarras. Isso não tem nada a ver com populismo, tem a ver que não recebo instruções de ninguém para saber se vou fazer um caminho à esquerda, à direita, ao centro, para cima ou para baixo. Não tenho de fazer isso. Apenas tenho nestas eleições que ouvir os lisboetas, as suas preocupações, chamar os técnicos e apresentar propostas. Estou numa situação de grande liberdade de intervenção, o que neste momento, para a cidade de Lisboa, é um trunfo.
(...)
Acha justo que se olhe para a sua candidatura como herdeira do Movimento Intervenção e Cidadania, criado na sequência das presidenciais?
Não, são coisas diferentes. O ponto comum é que partem ambas do princípio da democracia representativa e vimos que esse princípio está certo e que os eleitores em Portugal estão desejosos dessa participação. O facto de não ter recebido a resposta à carta de que falou é a prova de que os partidos nem respondem aos seus militantes, quanto mais aos cidadãos. Há necessidade de renovação dos partidos e é bom que haja esta concorrência de movimentos de cidadãos que possam espicaçar os partidos e eles apresentem o melhor que têm e façam melhor trabalho.
(...)
Desistiu de mudar os partidos por dentro?
Não, não desisti, mas provavelmente não sou eu que tenho melhores condições. Quem está nos partidos deve continuar essa luta.
(...)
Na sua opinião, o vereador José Sá Fernandes (independente eleito pelo BE) não cumpriu, neste mandato, esta missão de cidadania que a senhora arquitecta reclama agora?
De alguma forma terá cumprido, certamente. Mas penso que um vereador não é eleito apenas para fazer de vigilante dos outros. Esse papel de fiscalização do trabalho do executivo compete à assembleia municipal. O papel dos vereadores é cooperarem na gestão municipal.
É por isso que a minha proposta para a cidade de Lisboa, uma vez que estamos numa situação de emergência e a câmara numa situação caótica, é um programa de emergência em que desafio todas as forças a participar. Seria muito bom que, por uma vez, todos mostrassem que numa situação de crise são capazes de trabalhar em conjunto.
Propõe então uma espécie de governo de salvação nacional?
Seria um governo de salvação municipal, que é do que precisa Lisboa. A cidade, a capital do país, perdeu um terço dos seus habitantes nos últimos 20 anos. Um terço! Estamos em situação de emergência e precisamos de uma solução de emergência. Eu já tive a experiência de trabalhar numa situação de emergência quando foram as cheias em Cascais e todos os partidos deram uma ajuda muito grande.
Em Lisboa a situação é mais complicada...
É uma metáfora, são coisas diferentes e o tempo era outro. Mas quer dizer que não é impossível e que acho que é por aí que a democracia participativa tem de avançar, é apelando à participação de todos e fazendo um discurso novo, que não é tanto o de todos dizerem mal uns dos outros, mas de vermos o que é que podemos fazer em conjunto. O meu organigrama na Câmara é como se fosse esta mesa [redonda]: todos à volta. E não uma pirâmide de poder.
(...)
Como é que se mexe nas finanças da Câmara?
Já pedi elementos de gestão, porque não estão no site - é extraordinário que não esteja lá nem o relatório e contas do ano passado, nem os relatórios e contas de gerência de nenhuma das 14 empresas municipais.
Sabemos que são mil milhões de dívida...
Esses valores eram em Dezembro, a dívida continua a crescer. Temos de ver como está composta e percebemos que cerca de metade é dívida aos fornecedores, a outra metade é à banca. Constato que a dívida bancária está espalhada por vários bancos diferentes, o que não faz sentido. Quando uma família está endividada, o primeiro conselho é juntar tudo e tentar negociar melhores condições. É o que vamos ter de fazer. Do lado dos fornecedores, também temos de definir prioridades e ver como vamos gerir. Mas porque é que há uma dívida? Porque se tem uma despesa superior ao que se deve e uma receita inferior. Mas eu não ouço falar do lado da receita. As receitas que a Câmara cobra são muito inferiores às que podia cobrar.
(...)
Para aumentar a receita, não quer vender terrenos?
Não é uma boa solução. Penso que muitas das soluções mágicas para melhorar as receitas da câmara têm a ver com especulação imobiliária, com as quais eu não estou de acordo. Era o que se fazia antes do 25 de Abril, eu não concordo. Os terrenos da Câmara podem ser utilizados para função social, para questões que estão mal resolvidas na cidade. Mas mais do que terrenos, a CML tem é um património habitacional muito mal gerido – Maria José Nogueira Pinto tentou começar a fazer uma gestão racional, mas deixou o trabalho por acabar. São quatro mil fogos vazios na cidade, é uma brutalidade. A câmara tem recursos fantásticos que não estão a ser utilizados por desorganização.
(...)
Olhando para a sua lista, que tem representadas várias quotas da sociedade, parece ser mais uma lista de causas do que uma lista de emergência municipal...
Ao contrário, são as causas que estão a fazer falta. A emergência é precisamente porque há défice de causas, de participação, de visão do que é o papel de uma câmara municipal. A minha lista é uma lista de pessoas, de cidadãos de Lisboa, e com competência. O número dois é Manuel João Ramos, para a área da mobilidade...
Que não foi a favor do túnel do Marquês, tal como a senhora arquitecta.
Pois não. Convidei a vir a Portugal o arquitecto Jaime Lérner, que foi prefeito em Curitiba [Brasil] e numa entrevista perguntei-lhe o que pensava do túnel. E ele respondeu: “O túnel é a maneira mais rápida de passar de um engarrafamento a outro. Mas se quiserem mesmo fazer, façam só o largo da saída”. Ou seja, os túneis não são uma prioridade.
Continua a ter a mesma opinião, hoje?
Sim, porque aquilo paralisou a cidade durante não sei quanto tempo, custou imenso dinheiro... com esse dinheiro, quantas habitações não podíamos ter reabilitado, as pessoas que nós podíamos ter trazido para a cidade, quantos automóveis a menos isso não representaria. As equações estão mal feitas, estas contas têm de ser feitas. Entre 1991 e 98 tivemos uma alteração completa da utilização do transporte público para privado para pior.
Em que sentido?
Nos anos 90, antes de se fazerem as grandes entradas como o IC19 ou a A5 para Cascais, tínhamos em transporte público 60 por cento das pessoas e em privado 40 por cento. Dez anos depois inverteu, e agora vai ser ainda pior. Cada vez que fazemos obras para trazermos mais carros para a cidade, julgando que estamos a resolver um problema estamos a agravá-lo. É o paradoxo da acessibilidade: estamos a gastar cada vez mais dinheiro para perdermos cada vez mais tempo em engarrafamentos cada vez maiores. E para alterar isso, o grande sinal é menos carros a entrar na cidade. Foi o que se fez em Londres.
Portagens à entrada da cidade?
Admito que sim, mas tem de ser negociado com as câmaras da área metropolitana de Lisboa. É fundamental dar sinais de que é preciso inverter o rumo das coisas.
Mas isso não é uma medida elitista, na medida em que as pessoas com mais poder de compra continuarão a vir para Lisboa?
Isso é se for uma medida desgarrada. Tem de se completar a rede de transporte público e torná-la mais acessível. Sabe quanto custa um passe multimodal para uma família de quatro pessoas? Cerca de cem euros. Qual é a família que não prefere vir de automóvel? As tarifas não estão pensadas para famílias.
(...)
A sua ideia é atrair pessoas para a cidade. Mas como é que pode alterar as regras do mercado, os preços actuais?
Claro que posso alterar, é para isso que existem poderes públicos. Eu ando há anos a dizer que o mercado imobiliário está desfasado, que se estão a produzir habitações para um estrato social que não é aquele que em Lisboa precisa delas. Temos cerca de 60 a 70 mil fogos vazios na cidade, alguns até estão alugados e os inquilinos não põem lá os pés. Há fogos que podem ser colocados no mercado de arrendamento, a câmara pode ter um papel importante aí, como em Londres, de agenciar a disponibilização desses fogos no mercado de arrendamento. Há um instrumento, o Porta 65, que vai permitir às câmaras criar agências ou bolsas de fogos vazios para arrendamento social. Esse é um caminho.
(...)
Um dos problemas do futuro executivo municipal são os compromissos da Câmara com arquitectos estrangeiros, como Frank Gerry. O que se deve fazer?
Foi um erro convidar um arquitecto de grande renome sem sequer fazer um concurso internacional, e eu disse-o na altura. O segundo erro foi o programa intensivo que se quis colocar ali. E agora ainda temos o problema da troca de terrenos da Bragaparques. Temos de ter as sentenças do tribunal, não podemos ser voluntaristas. O erro está feito e vai ser difícil desembrulhá-lo. Uma coisa é certa: vamos ter de refazer aquele projecto, porque não é possível que se faça naquele local aquela quantidade de construção. Quando defendo a acupuntura urbana, quero dizer que Lisboa precisa de pequenos investimentos com muita eficácia e de uma revisão de prioridades, e não de grande projectos que envolvem verbas altíssimas. Isso levava-nos ao projecto Baixa-Chiado ou à circular das Colinas.
Está a colocar em causa esses projectos?
Estou a dizer é que é preciso rever as prioridades. Pergunto se os lisboetas acham que, neste momento, a primeira prioridade deve ser fazer uma circular que vai unir o Infante Santo até ao vale de Santo António, com mais dois túneis, um debaixo do Jardim da Estrela. Estão a imaginar aquela cena do Marquês debaixo da Estrela?
A decisão do Governo de construir um novo aeroporto de Lisboa vai afectar muito a cidade. A desactivação da Portela não é um trunfo para a autarquia, na medida em que vai poder dispor dos seus terrenos?
Já disse que não é aceitável que o Governo tire o aeroporto de Lisboa sem a cidade se ter pronunciado. E não é apenas por questões técnicas, é uma questão de competitividade das cidades. Uma cidade que perde competitividade nos fluxos internacionais de transportes aéreos baixa logo imediatamente no ranking. É inacreditável que o Governo não tenha ouvido a autarquia.
E em relação aos terrenos da Portela?
A função aeroportuária da Portela irá ter de se manter, e os terrenos atrás não podem ser uma espécie de atracção para mais uma especulação imlobiliária, isso está fora de causa. Mas não podemos tirar o aeroporto da Portela sem ouvir as forças vivas da cidade. Acho que o Governo se precipitou e é muito curioso que António Costa, dias depois de deixar de ser ministro, defenda que o Governo deve ouvir a cidade sobre o novo aeroporto.
Não teme que a assembleia municipal se torne uma força de bloqueio?
Pelo contrário, a assembleia também está envolvida neste processo de encontrar uma saída de emergência. Defendi que este órgão não devia cair artificialmente, porque não é responsável pela crise. A experiência que tenho é que as pessoas estão muito mais envolvidas com a autarquia do que com as regras partidárias.
* Entrevista de Helena Roseta ao Público
Protecção de edifícios de Lisboa em obras também pode ser uma instalação artística
In Público (26(5/2007)
Catarina Rebelo
«War Work inaugurou quinta-feira no Chiado o projecto que pretende espalhar arte pelas obras da capital
A tradicional lona que cobre os edifícios durante o período de obras foi substituída por uma instalação artística, caía a noite de quinta-feira, no número 27 da Rua Vítor Cordon, no Chiado. O conceito chama-se Art Building e parte de um grupo de empresas que tem vindo a desenvolver projectos de reabilitação urbana.
"Lisboa precisa constantemente de obras e esta é uma boa forma de minimizar o transtorno que elas causam", explica José Carlos Carvalho, administrador do grupo MainSide. "A aplicação deste conceito a todas as obras em curso cria um museu urbano no espaço cidade: a arte desafiando todos que por ela passam numa rotação permanente de localização e realizações artísticas", lê-se no comunicado.
War Work, da autoria do artista plástico Tiago Batista, é o nome da primeira intervenção que vai ficar exposta durante seis meses. O grupo pretende fazer mais instalações noutras obras de Lisboa - a próxima é nos Restauradores, para a qual vão ser desafiadas as Faculdades de Belas -Artes de Lisboa e Barcelona -, "mas a intervenção encontra-se "um bocado em espera", avança José Carlos Carvalho.
O trabalho de Tiago Batista foi escolhido em concurso entre "seis ou sete propostas", depois disso, o conjunto de sociedades pediu o licenciamento da iniciativa à Câmara de Lisboa, que "demorou cerca de seis meses" a dar uma resposta, de acordo com o administrador. O edifício está agora revestido com o efeito camuflado e na esquina do prédio duas palavras em néon funcionam alternadamente: War a vermelho e Work a verde. War Work (guerra/trabalho) surge porque "a guerra é uma constante" e o trabalho "tem a ver com os homens que trabalham na obra", explica Tiago Batista.
O artista quer que "as pessoas pensem neste assunto" e explica que os conceitos que à primeira vista são incompatíveis não o são "se pensarmos num mercenário". "A novidade está no conceito e na mensagem", afirma, "não é a esta escala que nós vamos fazer coisas novas, tem de ser uma coisa que já está testada". »
Catarina Rebelo
«War Work inaugurou quinta-feira no Chiado o projecto que pretende espalhar arte pelas obras da capital
A tradicional lona que cobre os edifícios durante o período de obras foi substituída por uma instalação artística, caía a noite de quinta-feira, no número 27 da Rua Vítor Cordon, no Chiado. O conceito chama-se Art Building e parte de um grupo de empresas que tem vindo a desenvolver projectos de reabilitação urbana.
"Lisboa precisa constantemente de obras e esta é uma boa forma de minimizar o transtorno que elas causam", explica José Carlos Carvalho, administrador do grupo MainSide. "A aplicação deste conceito a todas as obras em curso cria um museu urbano no espaço cidade: a arte desafiando todos que por ela passam numa rotação permanente de localização e realizações artísticas", lê-se no comunicado.
War Work, da autoria do artista plástico Tiago Batista, é o nome da primeira intervenção que vai ficar exposta durante seis meses. O grupo pretende fazer mais instalações noutras obras de Lisboa - a próxima é nos Restauradores, para a qual vão ser desafiadas as Faculdades de Belas -Artes de Lisboa e Barcelona -, "mas a intervenção encontra-se "um bocado em espera", avança José Carlos Carvalho.
O trabalho de Tiago Batista foi escolhido em concurso entre "seis ou sete propostas", depois disso, o conjunto de sociedades pediu o licenciamento da iniciativa à Câmara de Lisboa, que "demorou cerca de seis meses" a dar uma resposta, de acordo com o administrador. O edifício está agora revestido com o efeito camuflado e na esquina do prédio duas palavras em néon funcionam alternadamente: War a vermelho e Work a verde. War Work (guerra/trabalho) surge porque "a guerra é uma constante" e o trabalho "tem a ver com os homens que trabalham na obra", explica Tiago Batista.
O artista quer que "as pessoas pensem neste assunto" e explica que os conceitos que à primeira vista são incompatíveis não o são "se pensarmos num mercenário". "A novidade está no conceito e na mensagem", afirma, "não é a esta escala que nós vamos fazer coisas novas, tem de ser uma coisa que já está testada". »
Entrada do Jardim Botânico pela Praça da Alegria vai reabrir ao público
In Público (28/5/2007)
«A entrada do Jardim Botânico de Lisboa, junto à Praça da Alegria, encerrada há vários anos vai reabrir ao público no dia 10 de Junho, com um posto turístico, anunciou a Junta de Freguesia de São José.
O posto turístico fornecerá aos visitantes informação associada à preservação histórica da cidade e do jardim, fundado em 1858, que tem uma grande variedade de árvores e espécies tropicais. (...)»
Uma boa notícia, sem dúvida!
«A entrada do Jardim Botânico de Lisboa, junto à Praça da Alegria, encerrada há vários anos vai reabrir ao público no dia 10 de Junho, com um posto turístico, anunciou a Junta de Freguesia de São José.
O posto turístico fornecerá aos visitantes informação associada à preservação histórica da cidade e do jardim, fundado em 1858, que tem uma grande variedade de árvores e espécies tropicais. (...)»
Uma boa notícia, sem dúvida!
27/05/2007
Comerciantes de Lisboa e de mais 74 municípios juntam-se
Dar vida aos centros urbanos
E bem precisam
1
A Associação Portuguesa de Gestão de Centros Urbanos foi criada no dia 18 de Maio, tem sede em Mira e abrange 75 concelhos (55 centros urbanos). Isso, para objectivo de «combater o esvaziamento dos centros urbanos». Um dos seus objectivos é «convencer os comerciantes de rua a adaptar os horários dos seus estabelecimentos às necessidades dos consumidores, o que passa por manter as portas das lojas abertas pelo menos ao sábado à tarde e à hora de almoço aos dias úteis. Para tal, sublinha o responsável, há que "mostrar que é um investimento e não um custo", tarefa difícil porque qualquer alteração "mexe com a vida de milhares de pessoas".»
Mais: «A necessidade de combater o chamado "efeito donut", que é como quem diz "o esvaziamento dos centros urbanos" a que se vem assistindo nas últimas décadas, esteve na origem da criação das unidades de acompanhamento e coordenação de projectos de urbanismo comercial», que são 15.
In ‘Público’
2
No caso concreto de Lisboa, a solução, tanto quanto tenho reflectido, observado ‘in loco’, lido e re-reflectido, passa por muitos passos que é preciso ter a coragem de dar, sem os quais tudo não passa de retórica bem intencionada. Ouvimos e lemos estas coisas e pensamos: «Têm razão, mas como é que vão conseguir combater um centro comercial com estacionamento, abrigo, ambiente de ‘glamour’, diversões para os miúdos e tal?»
Pois bem: para combater esta guerra, só com armas iguais ou superiores. Em primeiro lugar, a habitação. Reabilitá-la a custo baixo, arrendar a custo baixo, vender a custo baixo. Este passo é essencial: ter gente nos centros urbanos. É o primeiro passo para combater o actual estado da Baixa, por exemplo.
Segundo passo: o tipo de estabelecimentos e de produtos.
Terceiro: as técnicas de vendas.
Quarto: o estacionamento: fácil, muito próximo, gratuito.
Quinto: a guarda, entretenimento e diversão da miudagem.
Sexto: o crédito nas vendas.
Oitavo: a promoção.
Nono: os preços dos produtos.
Décimo: a quantidade deve fazer baixar os preços gradualmente.
Décimo primeiro: a promoção.
Décimo segundo: a promoção.
3
Repare: não são 13 passos. São um só passo. Uns sem os outros, nada feito.
Mais: recorrer só ao noticiário, à promoção, não é solução, como se viu nos últimos 6 anos em Lisboa: de vez em quando, investem-se uns milhões em propaganda – mas as condições factuais no terreno mantêm-se. Por isso, a desertificação também lá continua, impávida e serena. E de forma crescente.
Lamento se parece difícil. Mas há coisas que a vida ensina e as Operações Especiais confirmam: se és atacado com uma bazooka, precisas de um RPG, ou, no mínimo, de outra bazooka. E, se a não tens à mão, tens de a construir…
É a vida, senhores. Dura, mas vida. A alternativa é a mortezinha certa e segura.
E bem precisam
1
A Associação Portuguesa de Gestão de Centros Urbanos foi criada no dia 18 de Maio, tem sede em Mira e abrange 75 concelhos (55 centros urbanos). Isso, para objectivo de «combater o esvaziamento dos centros urbanos». Um dos seus objectivos é «convencer os comerciantes de rua a adaptar os horários dos seus estabelecimentos às necessidades dos consumidores, o que passa por manter as portas das lojas abertas pelo menos ao sábado à tarde e à hora de almoço aos dias úteis. Para tal, sublinha o responsável, há que "mostrar que é um investimento e não um custo", tarefa difícil porque qualquer alteração "mexe com a vida de milhares de pessoas".»
Mais: «A necessidade de combater o chamado "efeito donut", que é como quem diz "o esvaziamento dos centros urbanos" a que se vem assistindo nas últimas décadas, esteve na origem da criação das unidades de acompanhamento e coordenação de projectos de urbanismo comercial», que são 15.
In ‘Público’
2
No caso concreto de Lisboa, a solução, tanto quanto tenho reflectido, observado ‘in loco’, lido e re-reflectido, passa por muitos passos que é preciso ter a coragem de dar, sem os quais tudo não passa de retórica bem intencionada. Ouvimos e lemos estas coisas e pensamos: «Têm razão, mas como é que vão conseguir combater um centro comercial com estacionamento, abrigo, ambiente de ‘glamour’, diversões para os miúdos e tal?»
Pois bem: para combater esta guerra, só com armas iguais ou superiores. Em primeiro lugar, a habitação. Reabilitá-la a custo baixo, arrendar a custo baixo, vender a custo baixo. Este passo é essencial: ter gente nos centros urbanos. É o primeiro passo para combater o actual estado da Baixa, por exemplo.
Segundo passo: o tipo de estabelecimentos e de produtos.
Terceiro: as técnicas de vendas.
Quarto: o estacionamento: fácil, muito próximo, gratuito.
Quinto: a guarda, entretenimento e diversão da miudagem.
Sexto: o crédito nas vendas.
Oitavo: a promoção.
Nono: os preços dos produtos.
Décimo: a quantidade deve fazer baixar os preços gradualmente.
Décimo primeiro: a promoção.
Décimo segundo: a promoção.
3
Repare: não são 13 passos. São um só passo. Uns sem os outros, nada feito.
Mais: recorrer só ao noticiário, à promoção, não é solução, como se viu nos últimos 6 anos em Lisboa: de vez em quando, investem-se uns milhões em propaganda – mas as condições factuais no terreno mantêm-se. Por isso, a desertificação também lá continua, impávida e serena. E de forma crescente.
Lamento se parece difícil. Mas há coisas que a vida ensina e as Operações Especiais confirmam: se és atacado com uma bazooka, precisas de um RPG, ou, no mínimo, de outra bazooka. E, se a não tens à mão, tens de a construir…
É a vida, senhores. Dura, mas vida. A alternativa é a mortezinha certa e segura.
E parece-me que, por este andar, é para lá que a Baixa de Lisboa caminha.
4
A questão não pode ser apenas a de considerar a tarefa hercúlea, impossível. A questão deve ser a de considerar quais os meios que se têm para atingir o alvo. Juntar no mesmo carrinho Estado e associações, técnicos e políticos: a «inteligência» a funcionar para se sair do buraco escuro a que a Baixa está sujeita em crescendo, de ano para ano.
E, se calhar, o resto dos centros urbanos também…
4
A questão não pode ser apenas a de considerar a tarefa hercúlea, impossível. A questão deve ser a de considerar quais os meios que se têm para atingir o alvo. Juntar no mesmo carrinho Estado e associações, técnicos e políticos: a «inteligência» a funcionar para se sair do buraco escuro a que a Baixa está sujeita em crescendo, de ano para ano.
E, se calhar, o resto dos centros urbanos também…
26/05/2007
Festas da Cidade
Ver o extenso e impressionante programa das festas da cidade. Parabéns à CML (EGEAC)
http://www.egeac.pt/DesktopDefault.aspx?tabindex=0&tabid=99
http://www.egeac.pt/DesktopDefault.aspx?tabindex=0&tabid=99
Relatórios chumbam a OTA outra vez!
Graças a Deus temos finalmente um Presidente da Républica de todos os portugueses, que não deixará que se comprometa o futuro das próximas gerações.
Senhor Ministro qual das partes não entendeu ou não quer entender o Senhor Presidente da Républica? A localização é que está em causa!
Quanto aos diversos estudos tenho-lhe a dizer que os vários técnicos de ordenamento do território tem ao longo dos ultimos anos promovido desastres graves no nosso território, com a descaracterização das cidades e da paisagem portuguesa unica na europa industrializada, por complexo ou por teoria continuam a praticar um ordenamento errado, teorias e praticas do pós guerra, reciclem.
Estão recordados de quem disse, " Não vale a pena inventar a roda! temos que saber copiar os bons exemplos e fazer melhor!", façam um esforço!
Relatórios chumbam Ota (outra vez) Dois novos relatórios vêm chumbar a ideia de que a Ota é a melhor localização para o novo aeroporto de Lisboa. O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, continua a defender esta opção.Há dois novos relatórios que reiteram a ideia de que a Ota não é a melhor opção para o novo aeroporto de Lisboa, noticia a SIC online.Um deles aponta como falha as restrições na navegação aérea; o outro enumaera as vantagens da margem sul.De acordo com o estudo da NAV, empresa gestora do tráfego aéreo nacional, que chumba pela segunda vez a opção do Governo, o novo aeroporto da Ota não terá capacidade de expansão.Para além disso, só poderá albergar um máximo de 70 aviões por hora ao invés dos desejáveis 80 aviões por hora.Trinta descolagens e 40 aterragens é o máximo suportado pelo equipamento em 60 minutos.Um outro relatório da Confederação da Indústria Portuguesa, que será entregue a José Sócrates em Junho, defende a margem sul como a melhor localização para o novo aeroporto de Lisboa. Segundo o trabalho seriam necessários sete anos para concluir a obra, menos três do que na Ota.Apesar disso, numa entrevista concedida esta sexta-feira à SIC Notícias, o ministro das Obras Públicas voltou a defender que a Ota é a opção mais acertada.
Autor de 'O Erro da Ota' escreve carta aberta ao ministro Mário Lino
por FRANCISCO ALMEIDA LEITE,
Um dos autores de O Erro da Ota não gostou de ver o ministro das Obras Públicas glosar com o conteúdo da obra e, numa carta a Mário Lino a que o DN teve acesso, acusa-o: "A democracia, para si, sr. ministro, é um cheque em branco passado de quatro em quatro anos, não tanto a um Governo, mas a um partido político que selecciona esse Governo".
Mendo Castro Henriques, professor da Universidade Católica e um dos autores da obra (e co-apresentador, com Carmona Rodrigues, na semana passada), não gostou que, na mesma conferência em que Mário Lino se referiu ao "deserto" da Margem Sul, o ministro se referisse assim aos especialistas: "O programa do Governo não será avaliado por 22 senhores que escrevem livros, mas pelos eleitores em 2009".Castro Henriques diz não querer acreditar que Lino "despreza os autores de livros, nem a cultura em geral, nem a cultura técnica e profissional que resulta do citado livro, escrito por especialistas independentes e isentos com a consciência cívica de estarem a prestar um serviço ao país". E deixa a acusação: "Poderá V. Exª saber que o famoso poeta alemão Heinrich Heine escreveu em 1821 que '0nde queimam livros, acabam por queimar pessoas'."O porta-voz do grupo de 22 autores adianta estranhar "tanta preocupação sua, técnica e politica, e tantos dossiers a gerir, encontre tempo para desqualificar quem com 'honesto estudo' vem concluir em voz alta o mesmo que indicam as sondagens de Abril e Maio de 2007, segundo as quais cerca de 92 a 93% da população nacional, ponderando os votos, está contra a localização na Ota do novo Aeroporto de Lisboa".Perigo de submersãoO Aeroporto da Ota está projectado para uma das zonas que podem ficar submersas em caso de sismo de grande intensidade com epicentro na Área Metropolitana de Lisboa, declarou ontem a especialista da Protecção Civil Maria Anderson.O estudo sobre "Cenários Prováveis" foi elaborado em 1997 e serviu de base para a elaboração dos cenários de emergência apresentados ontem no decorrer de um seminário em Queluz. Maria Anderson, engenheira responsável pela análise de riscos da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), afirmou que além da zona da Ota também a baixa de Lisboa, a zona entre Seixal e Costa de Caparica e a parte baixa de Loures e Santo António dos Cavaleiros seriam áreas muito afectadas por um sismo com aquelas características.
Senhor Ministro qual das partes não entendeu ou não quer entender o Senhor Presidente da Républica? A localização é que está em causa!
Quanto aos diversos estudos tenho-lhe a dizer que os vários técnicos de ordenamento do território tem ao longo dos ultimos anos promovido desastres graves no nosso território, com a descaracterização das cidades e da paisagem portuguesa unica na europa industrializada, por complexo ou por teoria continuam a praticar um ordenamento errado, teorias e praticas do pós guerra, reciclem.
Estão recordados de quem disse, " Não vale a pena inventar a roda! temos que saber copiar os bons exemplos e fazer melhor!", façam um esforço!
Relatórios chumbam Ota (outra vez) Dois novos relatórios vêm chumbar a ideia de que a Ota é a melhor localização para o novo aeroporto de Lisboa. O ministro das Obras Públicas, Mário Lino, continua a defender esta opção.Há dois novos relatórios que reiteram a ideia de que a Ota não é a melhor opção para o novo aeroporto de Lisboa, noticia a SIC online.Um deles aponta como falha as restrições na navegação aérea; o outro enumaera as vantagens da margem sul.De acordo com o estudo da NAV, empresa gestora do tráfego aéreo nacional, que chumba pela segunda vez a opção do Governo, o novo aeroporto da Ota não terá capacidade de expansão.Para além disso, só poderá albergar um máximo de 70 aviões por hora ao invés dos desejáveis 80 aviões por hora.Trinta descolagens e 40 aterragens é o máximo suportado pelo equipamento em 60 minutos.Um outro relatório da Confederação da Indústria Portuguesa, que será entregue a José Sócrates em Junho, defende a margem sul como a melhor localização para o novo aeroporto de Lisboa. Segundo o trabalho seriam necessários sete anos para concluir a obra, menos três do que na Ota.Apesar disso, numa entrevista concedida esta sexta-feira à SIC Notícias, o ministro das Obras Públicas voltou a defender que a Ota é a opção mais acertada.
Autor de 'O Erro da Ota' escreve carta aberta ao ministro Mário Lino
por FRANCISCO ALMEIDA LEITE,
Um dos autores de O Erro da Ota não gostou de ver o ministro das Obras Públicas glosar com o conteúdo da obra e, numa carta a Mário Lino a que o DN teve acesso, acusa-o: "A democracia, para si, sr. ministro, é um cheque em branco passado de quatro em quatro anos, não tanto a um Governo, mas a um partido político que selecciona esse Governo".
Mendo Castro Henriques, professor da Universidade Católica e um dos autores da obra (e co-apresentador, com Carmona Rodrigues, na semana passada), não gostou que, na mesma conferência em que Mário Lino se referiu ao "deserto" da Margem Sul, o ministro se referisse assim aos especialistas: "O programa do Governo não será avaliado por 22 senhores que escrevem livros, mas pelos eleitores em 2009".Castro Henriques diz não querer acreditar que Lino "despreza os autores de livros, nem a cultura em geral, nem a cultura técnica e profissional que resulta do citado livro, escrito por especialistas independentes e isentos com a consciência cívica de estarem a prestar um serviço ao país". E deixa a acusação: "Poderá V. Exª saber que o famoso poeta alemão Heinrich Heine escreveu em 1821 que '0nde queimam livros, acabam por queimar pessoas'."O porta-voz do grupo de 22 autores adianta estranhar "tanta preocupação sua, técnica e politica, e tantos dossiers a gerir, encontre tempo para desqualificar quem com 'honesto estudo' vem concluir em voz alta o mesmo que indicam as sondagens de Abril e Maio de 2007, segundo as quais cerca de 92 a 93% da população nacional, ponderando os votos, está contra a localização na Ota do novo Aeroporto de Lisboa".Perigo de submersãoO Aeroporto da Ota está projectado para uma das zonas que podem ficar submersas em caso de sismo de grande intensidade com epicentro na Área Metropolitana de Lisboa, declarou ontem a especialista da Protecção Civil Maria Anderson.O estudo sobre "Cenários Prováveis" foi elaborado em 1997 e serviu de base para a elaboração dos cenários de emergência apresentados ontem no decorrer de um seminário em Queluz. Maria Anderson, engenheira responsável pela análise de riscos da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), afirmou que além da zona da Ota também a baixa de Lisboa, a zona entre Seixal e Costa de Caparica e a parte baixa de Loures e Santo António dos Cavaleiros seriam áreas muito afectadas por um sismo com aquelas características.
António Costa admite criação de segundo pulmão verde em Lisboa
António Costa admite criação de segundo pulmão verde em Lisboa público - 25.05.2007 - 19h06 Lusa
O candidato do PS às eleições intercalares de Lisboa, António Costa, avançou hoje a ideia de criar um segundo pulmão verde em Lisboa na área ocupada pelo actual aeroporto da Portela.
“A cidade deve por exemplo pensar se não deve ter ali um segundo pulmão verde”, disse António Costa aos jornalistas à saída de uma reunião com uma delegação da Associação Empresarial da Região de Lisboa (Aerlis).Segundo António Costa, os 700 hectares ocupados actualmente pelo aeroporto da Portela poderão dar lugar a um segundo pulmão verde a seguir a Monsanto, que poderá ainda “ser complementado com um conjunto de actividades económicas não poluentes altamente qualificadas”.O candidato socialista à presidência da Câmara considera que a discussão sobre o futuro da área ocupada pelo aeroporto será “uma das questões centrais do Plano Director Municipal (PDM)”, que se encontra em processo de revisão.Aeroporto deve ser na OtaO ex-ministro da Administração Interna sublinhou que não tem razões para pensar “de forma diferente de há quinze dias”, quando ainda integrava o Governo de José Sócrates, que defende a localização do novo aeroporto na Ota.“O que é essencial para a cidade é ter um aeroporto com acesso fácil, cómodo e barato”, afirmou.Para António Costa, não é “interessante andarmos a repisar em questões envelhecidas. Discutir isso [a localização do aeroporto] é como andarmos a discutir localização da ponte Vasco da Gama”, argumentou.O candidato defendeu que “não há nenhuma cidade que tenha o aeroporto no centro”, sublinhando que 400 voos por dia “são um factor de poluição gravíssimo para a cidade”.Instado pelos jornalistas a comentar as sondagens da Antena 1 e da Rádio Renascença, que o dão como vencedor das intercalares, António Costa afirmou que só comentará resultados eleitorais.O candidato socialista reiterou o apelo aos lisboetas para que concedam uma maioria ao vencedor das eleições de 15 de Julho de forma a “atribuírem uma liderança forte, uma liderança clara”.
não sei se deve ser na Ota ou noutro sítio
mas é exuberantemente claro que na Portela é que não deve continuar
a pré-proposta de AC é sensata: um parque central com equipamentos moderados de lazer e preguiça a par de instalações de que Lisboa é desesperadamente carenciada (estação central de polícia e protecção civil, central de camionagem e tribunais definitivos,possivelmente entre outras) que o bordejariam.
será que consegue? será que os patos bravos o deixam?
Nuno Franco Caiado
O candidato do PS às eleições intercalares de Lisboa, António Costa, avançou hoje a ideia de criar um segundo pulmão verde em Lisboa na área ocupada pelo actual aeroporto da Portela.
“A cidade deve por exemplo pensar se não deve ter ali um segundo pulmão verde”, disse António Costa aos jornalistas à saída de uma reunião com uma delegação da Associação Empresarial da Região de Lisboa (Aerlis).Segundo António Costa, os 700 hectares ocupados actualmente pelo aeroporto da Portela poderão dar lugar a um segundo pulmão verde a seguir a Monsanto, que poderá ainda “ser complementado com um conjunto de actividades económicas não poluentes altamente qualificadas”.O candidato socialista à presidência da Câmara considera que a discussão sobre o futuro da área ocupada pelo aeroporto será “uma das questões centrais do Plano Director Municipal (PDM)”, que se encontra em processo de revisão.Aeroporto deve ser na OtaO ex-ministro da Administração Interna sublinhou que não tem razões para pensar “de forma diferente de há quinze dias”, quando ainda integrava o Governo de José Sócrates, que defende a localização do novo aeroporto na Ota.“O que é essencial para a cidade é ter um aeroporto com acesso fácil, cómodo e barato”, afirmou.Para António Costa, não é “interessante andarmos a repisar em questões envelhecidas. Discutir isso [a localização do aeroporto] é como andarmos a discutir localização da ponte Vasco da Gama”, argumentou.O candidato defendeu que “não há nenhuma cidade que tenha o aeroporto no centro”, sublinhando que 400 voos por dia “são um factor de poluição gravíssimo para a cidade”.Instado pelos jornalistas a comentar as sondagens da Antena 1 e da Rádio Renascença, que o dão como vencedor das intercalares, António Costa afirmou que só comentará resultados eleitorais.O candidato socialista reiterou o apelo aos lisboetas para que concedam uma maioria ao vencedor das eleições de 15 de Julho de forma a “atribuírem uma liderança forte, uma liderança clara”.
não sei se deve ser na Ota ou noutro sítio
mas é exuberantemente claro que na Portela é que não deve continuar
a pré-proposta de AC é sensata: um parque central com equipamentos moderados de lazer e preguiça a par de instalações de que Lisboa é desesperadamente carenciada (estação central de polícia e protecção civil, central de camionagem e tribunais definitivos,possivelmente entre outras) que o bordejariam.
será que consegue? será que os patos bravos o deixam?
Nuno Franco Caiado
25/05/2007
Jardim do Campo Pequeno, ponto de situação:
1. A Provedoria de Justiça já está formalmente ao corrente de todo o processo, no seguimento de reunião havida na passada 2ª feira, reunião a que compareceram a Associação Lisboa Verde e dois moradores no Campo Pequeno. Embora o seu parecer não seja vinculativo, a Provedoria irá ouvir a CML e irá tirar as suas conclusões.
2. A Associação Lisboa Verde, no seguimento de pedido formal junto da CML, irá consultar, no próximo dia 29, os pareceres fitossanitários dos serviços camarários que estiveram na origem do abate das árvores.
3. A formalização de acção popular está dependente dos pareceres técnicos que vierem a ser obtidos, o que se afigura muito difícil nesta altura, uma vez que não só o Laboratório de Patologia Vegetal Veríssimo de Almeida não nos poderá ajudar, devido a protocolo com a CML, como nos será impossível custear um eventual estudo privado.
4. Paralelamente, ser-nos-á entregue hoje, por mão amiga, um estudo fitossanitário elaborado pelo laboratório acima referido, datado da década de 90, que esperamos seja útil a esta causa.
5. À margem, decorre uma petição online, que conta neste momento com mais de 500 assinaturas.
2. A Associação Lisboa Verde, no seguimento de pedido formal junto da CML, irá consultar, no próximo dia 29, os pareceres fitossanitários dos serviços camarários que estiveram na origem do abate das árvores.
3. A formalização de acção popular está dependente dos pareceres técnicos que vierem a ser obtidos, o que se afigura muito difícil nesta altura, uma vez que não só o Laboratório de Patologia Vegetal Veríssimo de Almeida não nos poderá ajudar, devido a protocolo com a CML, como nos será impossível custear um eventual estudo privado.
4. Paralelamente, ser-nos-á entregue hoje, por mão amiga, um estudo fitossanitário elaborado pelo laboratório acima referido, datado da década de 90, que esperamos seja útil a esta causa.
5. À margem, decorre uma petição online, que conta neste momento com mais de 500 assinaturas.
Etiquetas:
Campo Pequeno,
jardim
Portas diz que só ponderava coligação com PSD com «personalidade excepcional»
In Sol Online (25/5/2007)
«Na vida, como em política, quando um partido se porta bem deve ser premiado, quando se porta mal deve ser penalizado», afirmou Paulo Portas, em entrevista à RTP1. (...)
Sem nunca referir nomes, Portas negou, por outro lado, que o CDS tivesse ponderado apoiar o ex-presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues.
O líder do CDS-PP voltou a acusar PS e PSD de estarem em «guerra civil» em Lisboa e alertou que os dois partidos irão prolongar, na Câmara, essas guerras internas.
«O PS vai prolongar a guerra com a arquitecta Roseta dentro da Câmara, o PSD vai prolongar a guerra com o professor Carmona dentro da Câmara», disse.
Portas manifestou a sua confiança na eleição do candidato do CDS-PP, Telmo Correia, como vereador, salientando uma diferença em relação às eleições de 2005 que dão vantagem ao CDS.
«Não há voto útil nestas eleições, em 2005 havia», defendeu»
«Na vida, como em política, quando um partido se porta bem deve ser premiado, quando se porta mal deve ser penalizado», afirmou Paulo Portas, em entrevista à RTP1. (...)
Sem nunca referir nomes, Portas negou, por outro lado, que o CDS tivesse ponderado apoiar o ex-presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues.
O líder do CDS-PP voltou a acusar PS e PSD de estarem em «guerra civil» em Lisboa e alertou que os dois partidos irão prolongar, na Câmara, essas guerras internas.
«O PS vai prolongar a guerra com a arquitecta Roseta dentro da Câmara, o PSD vai prolongar a guerra com o professor Carmona dentro da Câmara», disse.
Portas manifestou a sua confiança na eleição do candidato do CDS-PP, Telmo Correia, como vereador, salientando uma diferença em relação às eleições de 2005 que dão vantagem ao CDS.
«Não há voto útil nestas eleições, em 2005 havia», defendeu»
Avenida sem árvores desgosta comerciantes e moradores
In Jornal de Notícias (25/5/2007)
Ana Fonseca
«Túnel tem balanço positivo, mas moradores e comerciantes queixam-se da desertificação da zona
Com uma média diária de 50 mil veículos e os aplausos dos automobilistas que o utilizam e dos comerciantes da zona, o túnel do Marquês completou o primeiro mês de funcionamento com um balanço positivo. A ensombrar o "sucesso" é apontada, no entanto, "a devastação" causada pelas obras. "A placa central da Avenida Joaquim António de Aguiar está muito despida sem árvores nem floreiras. É pena numa zona nobre da cidade" disse ao JN Francisco Prata, sócio gerente do Cabeleireiro Lorde (...)»
O túnel trouxe a periferia para o centro de Lisboa, tudo o resto é folclore de números.
Ana Fonseca
«Túnel tem balanço positivo, mas moradores e comerciantes queixam-se da desertificação da zona
Com uma média diária de 50 mil veículos e os aplausos dos automobilistas que o utilizam e dos comerciantes da zona, o túnel do Marquês completou o primeiro mês de funcionamento com um balanço positivo. A ensombrar o "sucesso" é apontada, no entanto, "a devastação" causada pelas obras. "A placa central da Avenida Joaquim António de Aguiar está muito despida sem árvores nem floreiras. É pena numa zona nobre da cidade" disse ao JN Francisco Prata, sócio gerente do Cabeleireiro Lorde (...)»
O túnel trouxe a periferia para o centro de Lisboa, tudo o resto é folclore de números.
"Doce praga" dos jacarandás irrita automobilistas
In Diário de Notícias (25/5/2007)
KATIA CATULO
RODRIGO CABRITA (imagem)
«Quase todos os lisboetas, até os mais distraídos, reparam quando os jacarandás estão floridos. O espectáculo dura só duas ou três semanas - entre finais deste mês e meados do próximo -, altura em as árvores libertam as suas flores sobre as avenidas, praças ou jardins de Lisboa.
Tapetes lilases cobrem as ruas da capital, mas este fenómeno provoca alguma irritação a quem vive ou trabalha na capital: "É uma praga, embora seja uma praga doce", desabafa Marta Maldonado, moradora na Avenida D. Carlos I. Nos últimos dias, a residente do n.º 99 da avenida sai sempre de casa munida de esponja ensopada em detergente. "Para tirar isto é preciso uma boa esfregadela", explica Marta, apontado para as flores que secaram no tejadilho do seu automóvel (...)»
Ou seja, o que interessa é o bem estar dos automóveis, por isso, abata-se já todo e qualquer jacarandá;-)
KATIA CATULO
RODRIGO CABRITA (imagem)
«Quase todos os lisboetas, até os mais distraídos, reparam quando os jacarandás estão floridos. O espectáculo dura só duas ou três semanas - entre finais deste mês e meados do próximo -, altura em as árvores libertam as suas flores sobre as avenidas, praças ou jardins de Lisboa.
Tapetes lilases cobrem as ruas da capital, mas este fenómeno provoca alguma irritação a quem vive ou trabalha na capital: "É uma praga, embora seja uma praga doce", desabafa Marta Maldonado, moradora na Avenida D. Carlos I. Nos últimos dias, a residente do n.º 99 da avenida sai sempre de casa munida de esponja ensopada em detergente. "Para tirar isto é preciso uma boa esfregadela", explica Marta, apontado para as flores que secaram no tejadilho do seu automóvel (...)»
Ou seja, o que interessa é o bem estar dos automóveis, por isso, abata-se já todo e qualquer jacarandá;-)
Etiquetas:
Lisboa não merece,
Lx Deprimente
Macedo desvenda segredos do duelo Mendes-Carmona
In Diário de Notícias (25/5/2007)
PEDRO CORREIA*
«O secretário-geral do PSD revelou ontem pela primeira vez, em declarações ao DN, pormenores sobre o encontro entre Marques Mendes e Carmona Rodrigues que ditou a queda do executivo municipal. Nesse encontro, garantiu Miguel Macedo, os dois "falaram olhos nos olhos e frente a frente", convergindo "sem grande dificuldade no reconhecimento de que não havia condições políticas "
Miguel Macedo foi a única testemunha deste encontro, que se realizou em sua casa. "Falo disto pela primeira vez para que fique desmentido, de uma vez por todas, que ninguém tratou mal ninguém nem se registou nenhuma falta de respeito em relação a Carmona Rodrigues", acentuou. (...)
Carmona instalou-se ontem na sede da campanha, que vai ser a mesma de 2005, no largo do Saldanha. Enquanto faz contactos para as listas e para mandatários, o candidato independente tem, a partir de hoje, seis bancas espalhadas por Lisboa para recolher cerca de 6 a 7 mil assinaturas. E promete fazer uma campanha "porta a porta".»
À minha porta é escusado bater.
PEDRO CORREIA*
«O secretário-geral do PSD revelou ontem pela primeira vez, em declarações ao DN, pormenores sobre o encontro entre Marques Mendes e Carmona Rodrigues que ditou a queda do executivo municipal. Nesse encontro, garantiu Miguel Macedo, os dois "falaram olhos nos olhos e frente a frente", convergindo "sem grande dificuldade no reconhecimento de que não havia condições políticas "
Miguel Macedo foi a única testemunha deste encontro, que se realizou em sua casa. "Falo disto pela primeira vez para que fique desmentido, de uma vez por todas, que ninguém tratou mal ninguém nem se registou nenhuma falta de respeito em relação a Carmona Rodrigues", acentuou. (...)
Carmona instalou-se ontem na sede da campanha, que vai ser a mesma de 2005, no largo do Saldanha. Enquanto faz contactos para as listas e para mandatários, o candidato independente tem, a partir de hoje, seis bancas espalhadas por Lisboa para recolher cerca de 6 a 7 mil assinaturas. E promete fazer uma campanha "porta a porta".»
À minha porta é escusado bater.
24/05/2007
Negrão elogia Nogueira Pinto
"O candidato do PSD à Câmara de Lisboa, Fernando Negrão, defendeu ontem o rejuvenescimento da zona da Baixa, considerando o modelo apresentado por Maria José Nogueira Pinto (ex-vereadora do CDS-PP) como uma boa ideia de "princípio". "Podemos fazer mais obras, mas se as pessoas não estiverem lá, não vale de nada", afirmou Fernando Negrão.
O candidato social-democrata deslocou-se ontem a uma residência universitária localizada na Baixa lisboeta, que considerou ser "um bom exemplo do que deve ser a prioridade da Baixa". "Falamos de construções, de túneis a atravessar as colinas de Lisboa, mas falta o elemento central, que são as pessoas", sublinhou. Advogando a aposta no mercado do arrendamento, Fernando Negrão defendeu a necessidade de levar mais jovens para a Baixa, insistindo que "o factor humano é essencial para uma cidade viva".
Questionado sobre se concorda com o modelo de revitalização proposto pela antiga vereadora do CDS-PP na Câmara de Lisboa, Maria José Nogueira Pinto, o candidato social-democrata às eleições intercalares para o município disse tratar-se de "um modelo importante, que deve ser uma referência para a qualificação da Baixa-Chiado". Contudo, acrescentou, trata-se de um modelo com "problemas a nível financeiro" e com "soluções para o terreno que são discutíveis". "Mas, como princípio, concordo com o plano", sublinhou.
Instado a comentar as obras do metropolitano no Terreiro do Paço, a poucos metros da residência universitária, o candidato do PSD aproveitou para deixar um 'recado' ao Governo, considerando que o executivo deve ser "pressionado para acabar com aquelas obras o mais rápido possível". "É com enorme desgosto que os lisboetas assistem ao prolongamento das obras já há sete anos", assinalou, apontando as obras do Terreiro do Paço "como um elemento perturbador da harmonia de uma das praças mais bonitas da Europa".
Relativamente à lista que irá apresentar às eleições de 15 de Julho, Negrão negou estar com dificuldades na sua elaboração. "Não me quero precipitar", afirmou, adiantando que quer constituir "uma boa equipa para ajudar Lisboa", mas sem revelar se irá incluir na sua lista algum dos antigos vereadores do PSD na Câmara."
Parece-me óbvio que com o princípio de acabar com a degradação da Baixa toda a gente concorda. Era interessante que o candidato do partido que actualmente governa a CML explicasse com mais precisão o que pensa sobre os "detalhes" do plano, nomeadamente a Circular das Colinas. O PS, que tem como nº 2 da lista alguém com envolvimento no "projecto" também deveria definir a sua posição...
O candidato social-democrata deslocou-se ontem a uma residência universitária localizada na Baixa lisboeta, que considerou ser "um bom exemplo do que deve ser a prioridade da Baixa". "Falamos de construções, de túneis a atravessar as colinas de Lisboa, mas falta o elemento central, que são as pessoas", sublinhou. Advogando a aposta no mercado do arrendamento, Fernando Negrão defendeu a necessidade de levar mais jovens para a Baixa, insistindo que "o factor humano é essencial para uma cidade viva".
Questionado sobre se concorda com o modelo de revitalização proposto pela antiga vereadora do CDS-PP na Câmara de Lisboa, Maria José Nogueira Pinto, o candidato social-democrata às eleições intercalares para o município disse tratar-se de "um modelo importante, que deve ser uma referência para a qualificação da Baixa-Chiado". Contudo, acrescentou, trata-se de um modelo com "problemas a nível financeiro" e com "soluções para o terreno que são discutíveis". "Mas, como princípio, concordo com o plano", sublinhou.
Instado a comentar as obras do metropolitano no Terreiro do Paço, a poucos metros da residência universitária, o candidato do PSD aproveitou para deixar um 'recado' ao Governo, considerando que o executivo deve ser "pressionado para acabar com aquelas obras o mais rápido possível". "É com enorme desgosto que os lisboetas assistem ao prolongamento das obras já há sete anos", assinalou, apontando as obras do Terreiro do Paço "como um elemento perturbador da harmonia de uma das praças mais bonitas da Europa".
Relativamente à lista que irá apresentar às eleições de 15 de Julho, Negrão negou estar com dificuldades na sua elaboração. "Não me quero precipitar", afirmou, adiantando que quer constituir "uma boa equipa para ajudar Lisboa", mas sem revelar se irá incluir na sua lista algum dos antigos vereadores do PSD na Câmara."
Parece-me óbvio que com o princípio de acabar com a degradação da Baixa toda a gente concorda. Era interessante que o candidato do partido que actualmente governa a CML explicasse com mais precisão o que pensa sobre os "detalhes" do plano, nomeadamente a Circular das Colinas. O PS, que tem como nº 2 da lista alguém com envolvimento no "projecto" também deveria definir a sua posição...
Feiras do Livro a definhar
IN JN 24-05-2007 Sérgio Almeida
"crise já chegou também às feiras do livro. Depois de anos a fio de crescimento sustentado, as feiras de Lisboa e Porto - as duas maiores do país, com abertura marcada para o final da tarde de hoje - conhecem este ano uma redução do número de stands e um sentimento de desânimo geral entre os participantes, cientes de que o actual modelo em vigor caminha a passos largos para o esgotamento.
"Hoje, ao contrário do que acontecia até há bem pouco tempo, participa-se nas feiras do livro apenas para mostrar o catálogo. Retirar benefícios financeiros desse investimento é um cenário que a maior parte dos editores já nem colocam", sintetiza o director-geral das Edições Afrontamento, Emídio Ribeiro.
Motivos para este definhamento progressivo não faltam, mas, além da recessão no mercado editorial, Emídio Ribeiro destaca a ampliação da oferta. "Ao longo do ano, já existem centenas de eventos paralelos - das feiras concelhias aos mercados do livro - que contribuíram para esvaziar a sua importância".(...)
Repensar os actuais modelos de funcionamento é um cenário que, para o presidente da APEL, carece de fundamento, embora reconheça que há áreas onde é possível melhorar. "Os actuais stands são pequenos para algumas das editoras presentes que, por isso, têm que se desdobrar por quatro ou cinco. E isto, por vezes, é pouco prático para os visitantes. A solução multimodelar seria a ideal".(...)
O Parque Eduardo VII volta a partir de hoje a fazer parte do roteiro de muitos dos habitantes da grande Lisboa. O pretexto é mais que justificável. O parque acolhe, como é habitual nesta época, aquela que é a maior montra de livros do país - a Feira do Livro.
Acabadas as obras do túnel do Marquês, o parque surge mais desafogado e mais propício para a visita dos amantes da leitura.
A distribuição dos pavilhões dos expositores é semelhante à de anos anteriores e o espaço para os mais novos surge concentrado do lado direito de quem sobe o Parque. É aí que estão as edições infanto-juvenis e é também nesse local que se encontra uma pequena tenda onde decorrerão várias actividades lúdicas e de animação.
Este ano o certame conta com 189 stands, menos 20 do que na edição anterior. Grande parte dos eventos da programação vão decorrer numa grande tenda instalada no topo do parque. Será neste espaço que acontecerão não só os lançamentos de livros, as representações teatrais e os concertos, mas também a homenagem, no dia 31, a António Carlos Manso Pinheiro, responsável pela editora Estampa e presidente da mesa da assembleia geral da APEL, recentemente falecido.
A feira é inaugurada hoje, às 18 horas, e poderá ser visitada até 10 de Junho"
"crise já chegou também às feiras do livro. Depois de anos a fio de crescimento sustentado, as feiras de Lisboa e Porto - as duas maiores do país, com abertura marcada para o final da tarde de hoje - conhecem este ano uma redução do número de stands e um sentimento de desânimo geral entre os participantes, cientes de que o actual modelo em vigor caminha a passos largos para o esgotamento.
"Hoje, ao contrário do que acontecia até há bem pouco tempo, participa-se nas feiras do livro apenas para mostrar o catálogo. Retirar benefícios financeiros desse investimento é um cenário que a maior parte dos editores já nem colocam", sintetiza o director-geral das Edições Afrontamento, Emídio Ribeiro.
Motivos para este definhamento progressivo não faltam, mas, além da recessão no mercado editorial, Emídio Ribeiro destaca a ampliação da oferta. "Ao longo do ano, já existem centenas de eventos paralelos - das feiras concelhias aos mercados do livro - que contribuíram para esvaziar a sua importância".(...)
Repensar os actuais modelos de funcionamento é um cenário que, para o presidente da APEL, carece de fundamento, embora reconheça que há áreas onde é possível melhorar. "Os actuais stands são pequenos para algumas das editoras presentes que, por isso, têm que se desdobrar por quatro ou cinco. E isto, por vezes, é pouco prático para os visitantes. A solução multimodelar seria a ideal".(...)
O Parque Eduardo VII volta a partir de hoje a fazer parte do roteiro de muitos dos habitantes da grande Lisboa. O pretexto é mais que justificável. O parque acolhe, como é habitual nesta época, aquela que é a maior montra de livros do país - a Feira do Livro.
Acabadas as obras do túnel do Marquês, o parque surge mais desafogado e mais propício para a visita dos amantes da leitura.
A distribuição dos pavilhões dos expositores é semelhante à de anos anteriores e o espaço para os mais novos surge concentrado do lado direito de quem sobe o Parque. É aí que estão as edições infanto-juvenis e é também nesse local que se encontra uma pequena tenda onde decorrerão várias actividades lúdicas e de animação.
Este ano o certame conta com 189 stands, menos 20 do que na edição anterior. Grande parte dos eventos da programação vão decorrer numa grande tenda instalada no topo do parque. Será neste espaço que acontecerão não só os lançamentos de livros, as representações teatrais e os concertos, mas também a homenagem, no dia 31, a António Carlos Manso Pinheiro, responsável pela editora Estampa e presidente da mesa da assembleia geral da APEL, recentemente falecido.
A feira é inaugurada hoje, às 18 horas, e poderá ser visitada até 10 de Junho"
Subscrever:
Mensagens (Atom)