Na hora de escolher a vegetação a introduzir nas cidades, que factores pesam na decisão? "Procuramos inserir plantas autóctones que não consumam muita água, nem libertem pólens que provoquem reacções alérgicas", responde a vereadora com o pelouro dos espaços verdes na Câmara de Oeiras, Madalena Castro. Neste concelho, há 200 hectares de jardins e o objectivo da câmara é chegar a 2017 com uma árvore por habitante, ou seja, 164 mil exemplares "adaptados a zonas urbanas", diz a vereadora.
Falta de formação
No processo de arborização de uma cidade não pesam apenas critérios como a espécie da planta e o tipo de pólen que liberta. "A questão deve ser colocada antes, ao nível do ordenamento do território", explica a presidente da Associação Portuguesa de Arquitectos Paisagistas (APAP), Margarida Cancela d"Abreu. E é sobre as câmaras que recai a responsabilidade de decidir onde construir, evitando situações propícias à acumulação dos pólens - o chamado "efeito de capacete", que se regista, por exemplo, na Avenida da Liberdade, em Lisboa. Este efeito traduz-se na retenção do ar devido à existência de construções em altura.
A arquitecta aponta como exemplo a urbanização da Quinta do Cabrinha, no vale de Alcântara, Lisboa. "Propusemos que as casas ficassem a meio da encosta, mas a câmara quis fazer prédios em altura com fundações profundas e pôs tudo cá em baixo, criando obstáculos à circulação do ar. Os pólens ficam retidos", explica.
O mesmo acontece no vale de Benfica, também na capital, onde o ambiente muito húmido e as habitações construídas em altura impedem a eficaz circulação dos pólens. Para evitar uma maior incidência de alergias nas cidades, a APAP considera "fundamental" a "adequada estruturação dos espaços abertos e espaços verdes". Só assim se permite a drenagem do ar poluído, bem como a drenagem da água superficial e subterrânea em excesso, garante a líder da APAP.
O professor Manuel Barbosa, director do Serviço de Imuno-alergologia do Hospital de Santa Maria, de Lisboa, concorda com esta visão, defendida também há muito pelo arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, autor do Plano Verde de Lisboa. "Com a impermeabilização dos solos, é muito mais difícil fazer desaparecer os pólens", lembra o médico.
O planeamento dos locais a arborizar, em parte pensado pelos arquitectos paisagistas, tem ainda uma lacuna. "Estes especialistas não têm qualquer formação em alergologia", lamenta Pedro Lopes da Mata, que já propôs a realização de formações, mas sem sucesso.
Os "flocos de algodão"
O concelho de Oeiras foi um dos escolhidos para transplantar as oliveiras saídas de Alqueva. A gestora Carla Gonçalves vê algumas da janela de casa, mas não se incomoda muito com isso. Com 41 anos, Carla tem rinite alérgica e asma desde os quatro anos. É alérgica "a tudo menos batatas e ovos". Mas não falha a medicação. E essa, diz o alergologista Pedro Lopes da Mata, é a solução-chave para o problema: "É o doente que tem de se adaptar e tratar. O remédio não é cortar as árvores."
Embora não deixe as alergias condicionarem a rotina diária, Carla evita passar perto das árvores que "largam uma espécie de flocos de algodão". É o caso dos choupos e dos plátanos, muito utilizados para fazer sombra e ornamentar as zonas habitacionais urbanas. "São muito usados pelas câmaras municipais, porque crescem com grande rapidez", diz o antigo director do Jardim Botânico da Universidade de Lisboa Fernando Catarino. "As pessoas exigem às câmaras flores e relvados, mas não querem alergias. E os executivos acham que plantar zonas verdes é a maneira mais barata de ganhar votos", critica Catarino.
Cortar ou não cortar?
É a espécies como o plátano e o choupo que, habitualmente, se aponta o dedo acusatório. Muitos doentes procuram o médico para pedir um atestado a comprovar que são alérgicos a determinada árvore, para entregarem na autarquia e exigirem o abate. "Na maioria dos casos, depois vamos fazer os testes e afinal nem sequer são alérgicos a ela", diz o alergologista Pedro Lopes da Mata, director do Instituto Clínico de Alergologia, em Lisboa.
Pode haver resistência dos médicos em passar os atestados, mas muitos destes pedidos chegaram já à Câmara de Oeiras. "Temos de lidar com a situação com algum tacto", admite Madalena Castro, até porque também há quem defenda as árvores incriminadas com unhas e dentes. "Às vezes, quando concordamos com o corte, chegam-nos abordagens agressivas no sentido contrário. Tivemos um caso de um grupo de pessoas que se atou a um plátano para não o cortarmos", recorda.
A Câmara de Cascais também se vê confrontada com este problema com frequência e sugere a quem reclama uma consulta num médico especialista. "Esta pode ser a via que os capacita para conseguirem enfrentar o "inimigo" que lhes dá muitíssimos mais benefícios do que os danos que lhes cria", refere a directora do Departamento de Ambiente da autarquia, Ana Paula Chagas.
"Muito excepcionalmente", as alergias têm sido um critério para a decisão de abate de árvores, apenas em casos de "extrema gravidade", suportados por relatórios médicos que ficam disponíveis para consulta de todos os munícipes.
À Câmara de Lisboa chegam as mesmas reclamações. "Tentamos perceber o problema, mas não abatemos uma árvore só com base numa justificação médica", clarifica a directora do Departamento de Jardins. Até porque, segundo o médico Manuel Barbosa, a sensibilidade da população dos alérgicos aos pólens das árvores é de apenas dez por cento.
Em alternativa, a autarquia de Lisboa tem vindo a substituir algumas árvores antigas, evitando plantar espécies mais problemáticas, como o choupo ou o cipreste.
Ervas danadas
O que as câmaras têm mais dificuldade em controlar é a parietária, espécie vegetal que causa a maior parte das alergias. Esta erva, típica dos países mediterrânicos, é daninha e existe em grande força nas zonas periféricas de Lisboa, como Sintra e Torres Vedras. Em Lisboa, abunda nos terrenos e edifícios abandonados. Vive em muros velhos, casas degradadas, telhados antigos, e alimenta-se de azoto (presente nos excrementos de pombo, por exemplo) e fosfato, o que facilita a proliferação. Há cerca de 14 anos foi feito um estudo, durante um ano, no Jardim Botânico de Lisboa, por investigadores especialistas no estudo de pólens. A conclusão foi algo "inesperada": o pólen da parietária [também designada alfavaca-de-cobra] que teoricamente existe apenas no tempo seco, regista-se afinal todos os dias do ano, explica Fernando Catarino.
O pólen destas ervas - que pode percorrer até 100 quilómetros - só é visível ao microscópio, daí que poucos o culpem pelos sintomas alérgicos. "As pessoas só são alérgicas ao que vêem", enfatiza Pedro Lopes da Mata.
31/03/2011
Prémio Pritzker de Arquitectura 2011: Eduardo Souto de Moura
30/03/2011
Ainda sobre a Petição contra o PP Parque Mayer e JBotânico:
Riscos do Plano do Parque Mayer para Botânico em debate
por Lusa Ontem
«Os amigos do botânico foram hoje ao Parlamento dizer que o jardim está em risco por causa do Plano de Pormenor do Parque Mayer, no dia em que os deputados decidiram que este tema vai ser discutido em plenário.
Uma plataforma de 11 movimentos preocupados com o botânico apresentou na AR uma petição que alerta para o prejuízo que o Plano de Pormenor para o Parque Mayer, Jardim Botânico e Edifícios da Politécnica e Zona Envolvente pode causar ao jardim, que hoje a comissão do Ambiente decidiu enviar para discussão no plenário da Assembleia da República. A mesma plataforma, encabeçada pela Liga dos Amigos do Jardim Botânico, foi hoje ouvida na AR, mas pelo grupo de trabalho da Comissão de Ética, Sociedade e Cultura, onde reiteraram que "algo de grave se está a passar no Jardim Botânico", classificado em 28 de Dezembro último como património nacional, após um processo que durou 30 anos. Manuela Correia, da Liga, considerou que "o jardim, como património nacional, está em grande risco", quer em termos das espécies que preserva quer no seu património edificado, sobretudo por causa do Plano de Pormenor para o Parque Mayer, Jardim Botânico e Edifícios da Politécnica e Zona Envolvente, cuja aprovação municipal pode estar para breve.
"O botânico é património nacional e não estão a ser cumpridos os requisitos que um património nacional exige", considerou, salientando que a classificação exige, desde logo, "um resguardo de 50 metros na envolvência" do jardim, que não estão assegurados. A plataforma defende ainda a criação de uma zona especial de protecção ao jardim, que não está referida no decreto-lei, e considera que essa zona de protecção pode corresponder à actual cerca pombalina, pelo que vai por isso apresentar também a sua candidatura a monumento nacional. Os amigos do botânico estão ainda preocupados com o excesso de construção à volta do jardim, como previsto no plano, "porque o ar aquece e as árvores entram em stress morrem" e estranham que esteja contemplada a hipótese de construção de dois parques de estacionamento subterrâneos no subsolo do jardim. "Valorizamos a existência de um plano, mas não este. Este tem de voltar ao princípio e de incluir a participação de todos", salientou Manuela Correia.
Para este grupo, o plano pode fazer com que o jardim deixe de contribuir beneficamente para o clima da capital e pôr em causa o património edificado do jardim. Neste sentido, criticam que o plano preveja que todos os equipamentos e estufas sejam condensados num edifício de quatro andares. "Penso que toda a gente percebe que uma estufa no quarto andar não contempla árvores ou determinadas espécies", realçou. Manuela Correia salientou ainda que "o jardim tem umas cisternas jesuíticas que estão paradas há dezenas de anos e que tem um correlato importante com a irrigação do jardim". "A fatia maior dos cêntimos que o botânico tem é para pagar a água à EPAL. Não é admissível que não seja recuperado um sistema como o das cisternas jesuíticas, construídas para irrigar o jardim em tempos de escassez de água e que promoveriam a auto sustentabilidade", propôs.»
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A semana passada foi a vez da Sra. Presidente da AML, a quem foi entregue a petição. Amanhã será a vez da Provedoria de Justiça.
Apresentados os projectos de requalificação do Jardim do Campo Grande e do edifício Caleidoscópio
In Site da CML
«No dia 24 de Março, Dia do Estudante, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, e o reitor da Universidade de Lisboa, António Sampaio da Nóvoa, apresentaram os projectos de qualificação do Jardim do Campo Grande (zona norte) e do edifício Caleidoscópio, onde ficará sedeado o novo Centro Académico.
O edifício Caleidoscópio, que foi cedido pela Câmara à Universidade de Lisboa para instalação de um Centro Académico mediante um protocolo assinado pelas duas instituições, vai ser alvo de remodelação integral do seu interior, a cargo da Universidade. Como explicou Pedro Oliveira, arquitecto responsável por este projecto, o que se pretende é fazer deste edifício mais uma "porta de entrada" para o Jardim do Campo Grande em ligação com o campus universitário e um "ponto de encontro" das diversas instituições universitárias adjacentes. Assim, em parceria com a CML, a zona do envolvente do edifício será alvo de arranjo específico, com a remoção dos espaços de estacionamento fronteiros ao edifício, entre este e zona universitária, e a criação de um pátio do lado do jardim e de uma esplanada sobre o lago.
Enquanto a fisionomia exterior do edifício se mantém inalterada (apenas serão removidos os elementos que foram acrescentados, restituindo a originalidade do edifício, e acoplada uma pala luminosa), o interior será objecto de profunda remodelação para instalação de salas para as associações académicas e associações ambientalistas, galeria, auditório, um grande salão, áreas de estudo, cafetaria e restaurante.
Paralelamente, conforme os termos do protocolo assinado entre as duas instituições, o Jardim do Campo Grande (zona norte) também será objecto de uma intervenção qualificadora de monta, a cargo da Câmara Municipal. Conforme explicou o arquitecto João Castro, da Direcção Municipal de Ambiente Urbano, o projecto (da arquitecta Rosário Salema) visa criar melhor ambiente (isolando-o melhor do ruído e visão das faixas de rodagem que o cercam a poente e nascente) mas reduzindo a opacidade interna com a redução da densidade arbustiva (melhor transparência para melhores condições de segurança). Um aterro junto ao lago (que será totalmente renovado e habilitado a suportar ecossistemas aquáticos) permitirá criar uma área relvada entre o Caleidoscópio e o lago e, ali perto, surgirá um parque canino, com área sanitária para os cães, para recreação dos animais e seus donos (numa experiência que, revelando-se positiva, se poderá alargar a outros espaços verdes da cidade). Também será introduzido novo mobiliário urbano (com duas tipologias), refeito o sistema de circulação com novos percursos de pavimento permeável e criada uma área de jogos matemáticos.
Na ocasião da apresentação dos projectos - a que também assistiram a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, Simonetta Luz Afonso, os vereadores José Sá Fernandes, responsável por esta intervenção, e Manuel Salgado, bem como o presidente da Associação Académica da Universidade de Lisboa - o presidente da Câmara e o reitor da Universidade elogiaram os projectos, que consideraram "muito importantes" para a revitalização de toda esta zona.
António Sampaio da Nóvoa, depois de agradecer o contributo dos serviços municipais que garantiram que se pudesse atempadamente fazer esta apresentação no Dia do Estudante, considerou que o renovado edifíco do Caleidoscópio vai permitir três coisas de que gosta: estudar, só ou em grupo, a participação na vida associativa e consequente animação estudantil (incluindo a recepção a estudantes estrangeiros) e a ligação da Universidade à cidade onde se insere, com a reanimação desta zona central da cidade.
António Costa, por seu lado, destacando a coincidência desta apresentação com duas efemérides (o Dia do Estudante e o ano do Centenário da Universidade de Lisboa), sublinhou a importância do papel das Universidades na vida da cidade, que considerou serem uma "mais valia", sobretudo quando têm a dimensão que adquirem em Lisboa (um dos maiores centros universitários em toda a Europa, malgrado a dispersão das suas instalações). Para o autarca, este projecto de um Centro Académico "é bom para a cidade", defendendo que a sua instalação neste edifício vem permitir, à partida, a sua reabilitação e assegurar a revitalização da zona, posto que "não basta fazer a obra de reabilitação do Jardim, é preciso também criar animação na área, e a instalação do Centro Académico no edifício Caleidoscópio é uma âncora nesse sentido".
Na ocasião, o presidente da Câmara assegurou ainda que, concluida esta reabilitação da zona norte do Jardim do Campo Grande (o que deverá acontecer até finais do primeiro semestre do próximo ano), se seguirá a reabilitação da metade sul do Jardim, na sequência do concurso que já atribuiu a concessão para a reabilitação e exploração das piscinas dessa zona.
Projecto de reabilitação do Jardim do Campo Grande - desenhos temáticos
Projecto de reabilitação do Jardim do Campo Grande - memória descritiva
Projecto Centro Académico no Edifício Caleidoscópio - apresentação
Projecto Centro Académico no Edifício Caleidoscópio - memória descritiva
Protocolo entre a CML e a UL sobre o edifício Caleidoscópio»
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O problema fulcral do Jardim do Campo Grande, quer a parte Norte quer a Sul é a segurança, ou a falta dela, e isso resolver-se-ia de uma penada com a colocação de gradeamento em volta de toda a sua extensão, deixando algumas portas, vigiadas. Mesmo que pareça mal fazê-lo num jardim dos séc. XX, sendo essa uma (boa) prática do século anterior...
Sobre este projecto, tem coisas boas, bastante boas, mas parece-me de saúde débil à partida, pela simples razão que a UL não tem dinheiro para nada, a começar pelo Jardim Botânico, como é sabido. Por outro lado, há coisas que pelos vistos não foram faladas, como seja a intervenção do ponto de vista rodoviário/pedonal no lado da Alameda da Universidade.
Vamos ver no que dá, mas não esperem muito, e tão cedo, s.f.f.
Estratégia de Reabilitação Urbana de Lisboa 2011-2024 apresentada nos 40 anos da EPUL
In Site da CML
«No ano em que assinala 40 anos, a Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) organiza um ciclo de quatro conferências no âmbito do urbanismo e da reabilitação urbana. A primeira, subordinada ao tema “Regeneração e Reabilitação Urbana”, teve lugar no dia 22 de Março, no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), onde o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Manuel Salgado, deu a conhecer a Estratégia de Reabilitação Urbana de Lisboa 2011-2024.
O documento apresentado em primeira mão pelo vereador do Urbanismo e que será em breve submetido a apreciação em reunião de Câmara e na Assembleia Municipal, aponta a estratégia a médio/longo prazo da autarquia relativamente à questão da reabilitação urbana. Com cerca de 54 mil edifícios em ruína ou devolutos na cidade, o documento aponta a reabilitação como a prioridade das políticas urbanas de Lisboa.
Os objectivos passam por reabitar a cidade com mais famílias e mais empresas, reduzir o risco sísmico e de incêndio, manter a memória da cidade através do restauro do património e regenerar os Bairros e Zonas de Intervenção Prioritários (BIP/ZIP’s). Até 2024 as metas passam por reabilitar sete mil edifícios em ruína, realizar obras de conservação no património municipal (ultrapassa os 137 mil fogos), apoiar os condomínios privados na conservação dos edifícios e tornar efectiva a conservação periódica do edificado.
O programa comparticipado de apoio a condomínios parte do pressuposto que a propriedade horizontal em prédios antigos tende a aumentar e que muitos condomínios esgotaram o seu fundo de conservação. O objectivo nestes casos, passa por apoiar os condomínios em obras de conservação e melhoria através de programas comparticipados “de nova geração”. Estes abrangerão a conservação de fachadas, coberturas, zonas comuns e redes prediais, a instalação de elevadores e obras que melhorem a eficiência energética e a redução de risco sísmico e de incêndio dos edifícios. “Estes apoios funcionariam como um empréstimo bonificado atribuído à peça e contra factura”, explicou o vereador.
Já no que respeita à inspecção técnica de edifícios, Manuel Salgado defende que “a conservação periódica é condição sine qua non para evitar a degradação e ruína dos edifícios”. A ideia é criar um modelo de inspecção periódica obrigatório que permita detectar patologias e riscos e determinar as melhorias a realizar. A aplicação desta medida será gradual até 2016, tendo previsto como incentivo a dedução no IMI.
O vereador avançou ainda com a intenção do município de lançar um programa de obras convencionadas, com parcerias entre a Câmara de Lisboa e os proprietários, com a autarquia a dar apoio técnico e a canalizar financiamento e o particular a assumir a responsabilidade pela adjudicação da empreitada e empréstimo através da hipoteca do imóvel.
A conclusão das obras permitiria uma actualização das rendas e a contrapartida seria a manutenção de parte dos fogos em regime de arrendamento com valor máximo fixado.
A generalização dos instrumentos e incentivos à reabilitação previstos no regime jurídico a toda a área consolidada da cidade, a Via Verde no licenciamento, para agilizar os processos, os créditos à construção nas operações urbanísticas como incentivos à reabilitação urbana, a criação de um banco volante de fogos para realojamentos temporários e o fundo imobiliário de fogos para o mercado de arrendamento são outras das medidas propostas.
Desde a década de 90 e até 2006, o município investiu 450 milhões de euros em reabilitação urbana. Entre 1990 e 2000 o investimento foi na ordem dos 336,5 milhões de euros, aplicados em intervenções de proximidade, gabinetes locais, apoio social a moradores e senhorios, pequenas obras dispersas pelos bairros históricos e no programa RECRIA, em obras particulares. No período de 2002 a 2006 foram gastos em intimações, obras coercivas e em intervenções concentradas nas “mega empreitadas” cerca de 116 milhões de euros.
Perante estes números e a avaliação dos seus resultados, Manuel Salgado considera que “só com obras coercivas e apoios financeiros não é possível dinamizar a reabilitação do edificado”.
A estratégia apresentada no documento assenta assim em cinco pilares, a saber: investimento municipal em acções de maior efeito de arrastamento; criação de condições para uma nova geração de promotores e senhorios; aceleração da recuperação do capital investido, permitindo a actualização mais rápida das rendas; reduzir os custos de licenciamento e diminuir as expectativas de mais valias com a demolição do edificado.
Para enfrentar este desafio, o investimento estimado pela autarquia a curto/médio prazo aponta para 190 milhões de euros, cabendo aos equipamentos municipais a maior fatia (73 milhões), seguidos do espaço público (45 milhões), do património disperso (37 milhões) e dos bairros municipais (35 milhões). Já no que respeita ao investimento privado necessário à conservação/reabilitação na cidade, o documento aponta para uma estimativa de oito mil milhões de euros, três mil milhões dos quais em reabilitação profunda, igual quantia para conservação e pequenas reparações e dois mil milhões de euros para médias reparações.
Para conseguir concretizar esta estratégia, a autarquia prevê uma mobilização de meios que compreende os financiamentos para o Programa de Investimentos Prioritários de Apoio à Reabilitação Urbana (PIPARU), com um total de 117 milhões de euros, as verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), com 52,5 milhões, e as do jogo do Casino, com 36 milhões. [..]»
...
Tudo OK, mas, para mim, enquanto não vir de facto reailitação urbana, feita de restauro e recuperação de imóveis (a começar pelos cada vez mais raros dos finais do século XIX, princípios do XX ... e como seria útil e estimulante ver a CML tomando posse administrativa de 1-2 quarteirões das Avenidas Novas, por exemplo), dos seus interiores, A preservação das cérceas e dos logradouros, preservando uma Lisboa heterogénia; em vez da propagada "reabilitação" corrida a demolições integrais de interiores, manutenção de fachada, 1-2 acrescentos de andares, e esventramento do subsolo para caves de estacionamento (e essa é a prática corrente); enquanto eu não vir isso tudo isto é ZERO!
Plano de Pormenor das Amoreiras aprovado na assembleia municipal
«A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou, com a oposição dividida, o plano de pormenor das Amoreiras, que não vai permitir, como previa a proposta inicial, a transformação do reservatório da EPAL num espaço verde de acesso público.
Segundo o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, o acesso tem de se manter interdito aos cidadãos por "razões de segurança", até porque o reservatório continua em funções.
Durante a sessão, deputados da oposição reconheceram algumas vantagens do documento, como a construção do novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Campo de Ourique, mas foram feitas várias críticas, entre elas a insuficiência de lugares de estacionamento e a falta de preservação de algum património (como a vila operária do Beco do Casal).
As alterações de trânsito previstas, a falta de referência a índices de impermeabilização, as alturas de prédios e a falta de habitação a custos acessíveis foram outros aspectos censurados.
O próprio parecer da comissão municipal de acompanhamento do Plano Director Municipal refere, por exemplo, uma possível "deterioração das condições de estacionamento", embora admita que o ordenamento do mesmo e a existência de outro tipo de transporte ligeiro possam melhorar a mobilidade, já que a há muito desejada passagem do metro ainda não está definida.
Por outro lado, alguns partidos reconheceram a necessidade de avançar com o documento, tendo em conta que as Amoreiras aguardam por um plano de ordenamento do território há mais de uma década.»
...
O problema do estacionamento pode ser atenuado, e bastante, com a construção de silos, em local onde não firam as vistas. Por exemplo, no actual local dos bombeiros, desde com barragem visual com árvores.
O problema maior deste PP é de facto a Rua de Campo de Ourique e a destruição iminente daquele conjunto homogénio de uma Lisboa de antanho. Houve promessas de que haveria requalificação, e não demolições avulsas. Vamos ver... sendo que há promessas, críticas e votações registadas.
29/03/2011
Às portas do Bairro Azul
A obra decorre a bom ritmo, dando corpo ao projecto de requalificação do espaço público, empreitada da responsabilidade do Metro, suponho que com o acordo da CML.
Seja como for, parece que o muro gigantone que colocaram ao longo da Marquês da Fronteira é mesmo para ficar ... não havia outra forma de suster as terras que estão a uma cota mais alta sem ser com este muro? É que dantes havia um murete, sim, mas passava despercebido, e este não vai passar, por mais plantas que lá coloquem. A seguir será o quê? Revestimento a azulejo de w.c.?
Fotos: AAS
Metro de Lisboa estuda redução de número de composições
Inédito: imagem detalhada das fachadas da Rua Nova dos Mercadores
28/03/2011
A propósito da visita de HRH o Principe Carlos de Inglaterra a Lisboa
Aqui temos um grande homem, cuja visita poderia ter grande significado para o futuro da Reabilitação Urbana e a Preservação do Património Arquitectónico de Lisboa, se a Autarquia e quem a dirige estivesse melhor informada ... Posso sugerir a leitura de “Arquitectura Escolha ou Fatalidade”, Livro – Manifesto de Leon Krier, conselheiro do Principe Carlos, publicado em 2000 e traduzido por mim numa iniciativa conjunta com Krier, afim de divulgar as suas ideias ao público na Lingua Portuguesa ?
Há muitos anos que sigo o percurso coerente de Principe Carlos de Inglaterra e os seus genuínos e constantes interesses, na área da Arquitectura, Urbanismo, Ecologia, Agricultura Biológica, Medicina Alternativa…etc.,
Apesar de existirem dezenas de organizações que desempenham diversos e importantes papéis na Sociedade com o seu patrocinio, de ele ter provocado uma revolução Agrícola nos seus estados de Cornwall, convertendo toda a produção agrícola para a Agricultura Biológica com a comercialização de diversos produtos, de ter construido uma pequena cidade exemplar ( Poundbury), onde as suas ideias sobre a Arquitectura e o Urbanismo foram postas em práctica, no entanto o seu papel fundamental como Networker, só foi verdadeiramente conhecido e reconhecido há pouco tempo através de um Documentário sobre a sua vida.
Com efeito, o Principe Carlos era uma das figuras mais desconhecidas, efeito de uma campanha de desinformação desenvolvida pelos media, na sequência histérica da 'canonização' da Princesa Diana.
Que ele aproxima directamente os políticos e os líderes Mundiais, e que 'pressiona' para as Boas Causas, fazendo um apelo, com organização e argumentação sólida e convicta, à sua responsabilidade ética, é algo que coerentemente está em sintonia com o seu genuino sentido de 'oblige' e que honra a sua divisa, que ele põe continuamente em acção … 'Ich Dien' … ou seja … Eu Sirvo.
Provávelmente esta atitude ética e coerente ir-lhe-á custar a coroa (embora últimamente e progressivamente a opinião pública tenda finalmente, para um reconhecimento das grandes qualidades e obra deste homem notável, e hoje em dia, já a maior parte dos britânicos prefere vê/lo no trono em lugar do seu filho
), mas já lhe garantiu o estatuto de um verdadeiro Principe … Principe de Alma.
António Sérgio Rosa de Carvalho
27/03/2011
Um problema de vegetação e de ordenamento
Um problema de vegetação e de ordenamento
Durante anos, as cidades escolheram espécies vegetais de manutenção barata. Por razões de saúde pública, este critério tem vindo a mudar. Porém, a Primavera continua a ser difícil para os alérgicos, porque subsistem más escolhas, problemas de construção e de poluição em meio urbano. In Público por Marisa Soares
Câmara de Lisboa embargou obra de um ex-vereador do PSD que não tinha licença
Câmara de Lisboa embargou obra de um ex-vereador do PSD que não tinha licença 26.03.2011 Por José António Cerejo in Publico
Fechar marquises é prática corrente em Lisboa. Talvez por isso - poder-se-ia pensar -, José Salter Cid mandou fazer uma obra no terraço de um prédio de que é proprietário sem nada pedir ou comunicar à câmara. Mas o dono do imóvel, que fez muito mais do que uma vulgar marquise, e é tudo menos um munícipe qualquer, avança ele próprio uma explicação bem mais simples: "Esqueci-me de participar a obra à câmara."
A construção visível no lado esquerdo do terraço foi concluída já depois do embargo de Novembro, diz a câmara (Foto: Rui Gaudêncio)
Salter Cid foi vereador da Câmara de Lisboa, eleito pelo PSD, entre 2007 e 2009, depois de ser secretário de Estado da Segurança Social nos anos 90, bem como presidente da Comissão de Coordenação Regional de Lisboa e Vale do Tejo e, mais tarde, deputado e presidente da Companhia das Lezírias. Em Outubro passado decidiu fazer obras no terraço do n.º 108 da Av. do Brasil, no qual tinha uma pequena habitação recuada, correspondente ao 4.º andar direito.
Os trabalhos foram objecto de de- núncia por parte de um vizinho que se considerou prejudicado e em Novembro, por serem ilegais, foram embargados pelo vereador do Urbanismo, Manuel Salgado. Simultaneamente foi cortada a água, a luz e o gás ao inquilino do 4.º direito.
Sucede que, afirma o gabinete de Manuel Salgado em resposta escrita ao PÚBLICO, a obra prosseguiu, "desrespeitando a ordem de embargo". Daí que tenha sido levantado pela Polícia Municipal um "auto de denúncia por desobediência", tal como já tinha sido levantado um auto de contra-ordenação motivado pela realização de obras sem licença, nem comunicação prévia à câmara. Os dois processos estão em fase de instrução.
De acordo com a câmara, as obras embargadas não tinham a ver com uma marquise, mas com a "ampliação da habitação por intermédio da ocupação dos terraços (...) com construção em alvenaria [de tijolo], vidro e materiais aligeirados na cobertura", apoiados em vigas metálicas.
Salter Cid nega quase tudo isto e, sobretudo, garante que não desobe- deceu ao embargo, até porque "a obra já estava feita quando ele foi decretado". Embora não seja isso que a câmara diz, o dono da obra insiste no contrário e assegura: "É evidente que eu não ia desobedecer a uma câmara, ainda por cima a uma câmara de que eu tinha sido vereador há tão pouco tempo".
Na sua versão dos factos não houve qualquer ampliação, mas apenas "uma obra urgente feita porque havia uma varanda a cair, o telhado estava solto e havia infiltrações". Salter Cid afirma que já explicou isso ao vereador e acrescenta: "O que aconteceu foi que, estupidamente, esqueci-me de participar a obra à câmara."
Já este mês, Manuel Salgado mandou levantar o embargo dos trabalhos feitos na parte de trás do terraço, porque já estavam concluídos, mantendo-o "para as obras em curso no terraço da frente". Ao mesmo tempo mandou repor o fornecimento de água, luz e gás e convidou o proprietário a apresentar um projecto com vista à eventual legalização das obras. Não só das que agora estão em causa, mas também de outras, praticamente iguais, que tinham sido feitas em 1991, também ilegalmente, no 4.º esquerdo.
In Mov Lisboa, Março de 2011....
"APOIO NECESSÁRIO
PESSOAS DE MOBILIDADE REDUZIDA,
A ou condicionada devem merecer a
atenção dos poderes públicos e dos cidadãos. Os diversos estudos sobre este sector
da população e sobre os complexos impactos das barreiras de todo o tipo sobre a
possibilidade de locomoção e deslocação das pessoas em causa apontam todos no mesmo
sentido:
– não deverão ser permitidas mais barreiras;
– as barreiras arquitectónicas e outras existentes devem ser anuladas ou, pelo menos, mitigadas;
– devem ser colocados ao dispor dos cidadãos os diversos equipamentos adaptados ou apoiada
a sua aquisição.
Muitas associações do sector pugnam por estas medidas anos seguidos. Em síntese, estas medidas apontam para uma
conclusão evidente: É necessário repensar alguns dos acessos actuais» e «melhorar as infra-estruturas públicas.
Ora, nada disso se coaduna com rampas que não funcionam, elevadores avariados meses e outros tipos de situações que
aumentam em vez de diminuírem as barreiras à mobilidade."
De acordo !
As barreiras e obstáculos já perderam as proporções há muito mas....este sector da população sempre existiu em Lisboa e, em 2011, estamos a falar de "estudos" ?
A prioridade é sem dúvida a remoção de toda essa selva anti-pedonal mas....creio que os maiores obstáculos na Cidade de Lisboa continuam a ser as "barreiras temporárias" de várias rodas com duas ou todas no passeio....e esse problema é para resolver quando ?
26/03/2011
25/03/2011
Praça Londres.Passadeiras.À atenção da CML.
O jardim da Praça de Londres foi renovado há uns meses. Poderá questionar-se o porquê desta prioridade,se comparada, por exemplo, com a urgência da renovação do miradouro de St. Luzia ou da falta de cuidado com os relvados da torre de Belém ,deixados ao abandono durante meses e que agora felizmente a natureza se encarregou , pelo menos em parte, de reparar.
O que acontece é que o jardim foi renovado mas alguém se esqueceu que o mesmo precisa de acessos para peões . Quem quer ir para o jardim, ou passar para o outro lado, junto à igreja, ou o contrário, tem apenas uma maneira segura de o fazer, no topo norte onde existe um semáforo. Ao longo de todo o restante jardim não existe nem mais uma única passadeira obrigando os peões a travessar em constante perigo ou a ter que percorrer uma grande distância para fazer o atravessamento. Claro que isto se agrava com pessoas de mobilidade reduzida ou idosos. Também não me parece, e isto é apenas uma opinião pessoal, que este tipo de piso seja o indicado para um passeio que, tão perto da estrada, circunda o jardim.
Discussão pública do PDM/pedido de dilatação do prazo para 90 dias
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa,
Dr. António Costa
Na sequência da publicação em DR do início da discussão pública sobre o novo Plano Director Municipal para o dia 7 de Abril, estendendo-se a mesma por um período de 30 dias úteis, e por acharmos que este assunto, sendo de importância fulcral para a cidade de Lisboa, obriga a que se tente tudo no sentido de promover a maior adesão possível dos cidadãos, vimos pelo presente solicitar a Vossa Excelência que reconsidere o prazo anunciado, alargando-o para um mínimo de 90 dias úteis.
Voltamos a lembrar que se trata da discussão pública do Plano Director Municipal da cidade de Lisboa e não de um simples Plano de Pormenor!
Na expectativa, sobscrevemo-nos com os melhores cumprimentos.
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho e Fernando Jorge
24/03/2011
Um ano de bicicleta na cidade(Recebido por e-mail).
Barreiras de betão
Chegado por e-mail:
«Olá,
Alguém faz ideia de qual a utilidade destas barreiras de betão
colocadas há anos, no cruzamento da Rua Andrade com a Rua dos Anjos?
Obrigado
Filipe Galvão»
22/03/2011
ONTEM NO PROGRAMA "PRÓS E CONTRAS"
No fundo, pensar a cidade á escala humana que é o mesmo que dizer, humanizar a cidade e devolvê-la ás pessoas, evitando e contrariando a “moda” de termos, nos nossos dias, uma cidade de dia e uma cidade de noite.
No programa de ontem do “Prós e Contras”, ouvi alguém referir e diagnosticar alguns destes problemas. Ora, tal já considero ser uma grande vitória da razão e do bom senso, apesar do tardio com que, a meu ver, estas medidas aparecem:
É que o simples facto de não terem sido implementadas á mais tempo, levaram-nos a esbanjar milhões, numa construção desenfreada, de má qualidade, em locais impróprios, desordenando o território de Norte a Sul, afastando as pessoas dos centros das cidades, despejando-as nos “arredores”.
Mas, para inverter esta situação e ganhar esta guerra, que passa também por uma das linhas estratégicas de fomento á economia nacional, não podemos estar, por um lado a fazer um correcto diagnóstico da situação e por outro lado, promover a aprovação de medidas contrárias ao sentido correcto destas ideias. O alargamento dos horários das grandes superfícies nas cidades e a aprovação de projectos de cariz especulativo, que fomentam a destruição do tecido urbano, como é o caso do “Mono do Rato”, são “legalidades que em nada ajudam a uma urbanidade correcta; é que assim, a guerra até pode ser ganha mas podemos estar perante uma vitória de Pirro…
Luís Marques da Silva
Lisboa tem mais de 11 mil edifícios em ruínas ou devolutos
O município de Lisboa tem, actualmente, 11.756 edifícios a necessitar de intervenção urgente, por estarem em condições precárias de conservação. Destes, 7.085 estão em mau estado ou em ruínas e 4.681 estão devolutos.
No total, estes edifícios representam mais de 50 mil fogos, e cerca de 21% de todo o edificado. Até 2024, o objectivo é reabilitar todos os edifícios em ruínas e mau estado.
Os dados foram avançados pelo vice-presidente da Câmara de Lisboa, Manuel Salgado, numa conferência sobre regeneração e reabilitação urbana promovida pela EPUL. Salgado, que é também o vereador da Câmara de Lisboa com o pelouro do urbanismo, diz que a verba total necessária para reabilitar, entre outros, os bairros, património e espaço público é de 1.500 milhões de euros.
Já o investimento privado necessário para reabilitar o edificado é de 8.000 milhões de euros. “São cifras astronómicas”, reconheceu o arquitecto, ainda mais quando se percebe que na “época áurea da construção em Lisboa, entre 2000 e 2002, apenas foram investidos 250 milhões de euros”. Actualmente existem 55 mil edifícios em Lisboa, que equivalem a 290 mil fogos.
Nos últimos 20 anos, a Câmara de Lisboa investiu 450 milhões de euros em reabilitação, mas Manuel Salgado assumiu que esta verba foi aplicada de forma errada, especialmente as obras coercivas. “As obras coercivas e o Regime Especial de Comparticipação na Recuperação de Imóveis Arrendados (RECRIA) são maus exemplos de aplicação de recursos municipais para reabilitação – eu, por exemplo, farto-me de passar intimações para fazer obras” que os particulares não cumprem, por variados motivos, mas principalmente por falta de condições.
Além disso, “em oito milhões de euros gastos em obras coercivas, a Câmara recupera quatro milhões e os outro quatro são a fundo perdido”, constata Manuel Salgado. Até 2024, a Câmara de Lisboa pretende reabilitar os sete mil edifícios em ruínas e mau estado, ao ritmo de 600 por ano. “É um objectivo ambicioso mas possível”, assegurou o vereador. in Jornal de Negócios
Governo recua e mantém rendas antigas congeladas
Apesar do anúncio inicial, de que iria avançar com a "liberalização do controlo de rendas", o Executivo retirou a medida do texto final do Programa de Estabilidade e Crescimento, onde caem as referências às rendas antigas, anteriores a 1990.
No pacote de medidas anunciado há uma semana pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, anunciava-se a “liberalização do controlo de rendas”, a par de medidas de simplificação dos procedimentos de despejo de inqui8linos incumpridores e da simplificação dos processos burocráticos para obras de reabilitação urbana.
Na versão final do documento, hoje entregue no Parlamento, o Governo não inclui qualquer referência às rendas antigas, anteriores a 1990, que, assim, não deverão ser alvo de quaisquer alterações legislativas no sentido da sua liberalização.
Mantém-se as restantes medidas. “Para promover a reabilitação urbana e dinamizar o mercado de arrendamento, são adoptadas medidas nos domínios da simplificação dos procedimentos de execução das operações urbanísticas de reabilitação dos edifícios - desburocratizando os processos de obtenção das permissões para realização destas obras e, assim, reduzindo custos de contexto -, e da dinamização do mercado do arrendamento e da oferta de imóveis para serem arrendados - reforçando os mecanismos para assegurar que os proprietários têm meios à sua disposição para reagir perante o incumprimento do contrato e resolver a situação em tempo justo”, lê-se no documento.
O Governo remete para a Resolução do Conselho de Ministros de 17 de Março e afirma que “as medidas devem ser adoptadas até ao final de Março.”in Jornal de Negócios
A empresa adianta que o Metropolitano transportou cerca de 14 milhões e 800 mil passageiros e que a aquisição de passes próprios aumentou 12,54 por cento.
Em 2010, o Metropolitano de Lisboa registou um crescimento de 3,51 por cento no volume de passageiros transportados, atingindo 171 milhões de passageiros, o que a administração da empresa justifica com uma uma maior utilização do transporte público em detrimento do transporte individual.
Metro de Lisboa: vai poder pagar com cartão de chip
Em comunicado, a Indra refere que o ML adjudicou um «contrato no valor de mais de 750 mil euros para a integração de módulos de pagamento electrónico nas máquinas automáticas e semi-automáticas de venda de títulos de transporte», noticia a Lusa.
O projecto que tem um prazo de finalização de nove meses fará com que os utentes façam pagamentos nas máquinas automáticas com cartões bancários de chip com protocolo EMV, sigla que designa os três sistemas de pagamento internacionais, Europay, MasterCard e Visa.
As máquinas automáticas e semi-automáticas de venda de títulos de transporte do ML só aceitam pagamentos electrónicos com cartões bancários de banda magnética.
Monsanto terá alojamentos de ecoturismo no fim de 2012
A partir do final de 2012 vai
ser possível dormir no Parque
Florestal de Monsanto, em Lisboa,
em alojamentos de ecoturismo
que vão nascer em casas de função,
viveiros e na desocupada residência
oficial do presidente da câmara.
ser possível dormir no Parque
Florestal de Monsanto, em Lisboa,
em alojamentos de ecoturismo
que vão nascer em casas de função,
viveiros e na desocupada residência
oficial do presidente da câmara.
21/03/2011
Metro, Carris e STCP vão ter gestão conjunta
O Governo assume no PEC IV a decisão de avançar com gestão conjunta entre Carris e Metropolitano de Lisboa e entre STCP e Metro do Porto.
O objectivo é "promover uma maior coordenação e complementaridade das ofertas de serviços e, simultaneamente, reduzindo custos", lê-se no documento entregue hoje na Assembleia da República.
No anterior PEC, o Governo falava apenas da necessidade haver uma maior articulação entre estas empresas.
A racionalização da rede da Refer, com a desclassificação de linhas ou troços, já estava prevista no anterior PEC, mas outra novidade é a tentativa de separação das áreas de regulação e regulamentação no sector dos transportes, tendo por base estudos de viabilidade da operação, assim como a criação de um regulador único no sector, com excepção da aviação.
A definição das redes transportes urbanos da Área Metropolitana de Lisboa - Sul, Coimbra e Faro, preparando a contratualização da sua exploração, assim como a criação das Comunidades de Transportes do Mondego, Algarve Central e alto Minho são outras iniciativas inéditas.
In Económico.pt