24/12/2011
Incêndio em cobertura no centro de Lisboa obrigou à evacuação de três edifícios
Por Helena Geraldes e Ana Henriques in Público
Curto-circuito em elevador avariado pode ter estado na origem das chamas. Não se registaram feridos à excepção de uma bombeira, que deu uma queda
Um fogo deflagrou ontem às 16h55 na cobertura de um prédio antigo, de seis andares, no número 84 na Rua Braamcamp, no centro de Lisboa. Trinta e cinco pessoas, incluindo dezena e meia de idosos de um lar, foram retiradas deste e dos edifícios adjacentes, por precaução. Os idosos voltaram mais tarde ao lar.
Não se registaram feridos, à excepção de uma bombeira que deu uma queda durante as operações de extinção das chamas e foi levada para o hospital. O alerta foi dado às 16h58. Filipa Gonçalves, que trabalha na organização não governamental Máquina no Mundo, a funcionar no terceiro direito do prédio onde deflagrou o incêndio, explicou que foi mais ou menos por essa altura que os voluntários deram pelo fumo e ouviram um estrondo que julgam ter sido causado pelo rebentamento da clarabóia, três andares acima.
Um jovem de 18 anos disse à Lusa ter salvo o irmão de dois anos e uma cadela, depois de ter sido alertado pelos pais, que estavam na rua e viram fumo a sair do prédio onde vive a família. As causas para o sinistroeram desconhecidas. Mas Filipa Gonçalves lembrou que tudo poderá ter começado por um curto-circuito no elevador, que estava há duas semanas avariado e preso no último andar. "A retirada dos idosos foi muito rápida e bem feita. Não deve ter demorado mais de dez minutos", contava uma familiar de um utente do lar que assistiu a tudo.
O vereador da Protecção Civil, Manuel Brito, explicava mais tarde que o combate às chamas foi "muito difícil, por não se conseguir aceder ao prédio pelas traseiras". Ao início da noite ainda saía fumo negro do topo do prédio, numa rua cortada ao trânsito e ocupada por várias viaturas dos bombeiros. Ao longe, do lado de lá das fitas de contenção, algumas dezenas de pessoas assistiam aos trabalhos, apesar do cheiro a fumo. O incêndio foi dado como extinto pouco depois das 19h30. "Havia botijas de gás no edifício, mas foram imediatamente retiradas", explicou o comandante dos Sapadores Bombeiros, Joaquim Leitão. O prédio onde deflagrou o incêndio era ocupado por habitações e escritórios.
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Verdadeira Tragédia para Lisboa!
Felizmente sem vítimas Humanas ...
Mas, num momento em que o que resta de edifícios com Valor Patrimonial nas Avenidas está profundamente ameaçado, por "aquilo" a que o Vereador Manuel Salgado insiste em chamar "Reabilitação Urbana" ... enquanto prepara um verdadeiro "Holocausto" em dezenas de edifícios através de demolições de Interiores sistemáticas ...um incêndio numa cobertura de um edifício com esta importância Patrimonial constitui uma verdadeira Calamidade ...
Este notável conjunto de dois edifícios "Boulevard-Arte Nova" deveria ser alvo de Classificação Imediata Integral ... incluindo os seus Interiores e o seu notável perfil Mansarda-Cobertura ... pois já se sabe o que vai ser brevemente proposto quando se passar à “Recuperação” ... o aumento de cérceas da “ordem”.
Aliás ... o interessante edifício de gaveto também deve ser incluindo nesta ideia de Classificação Imediata Integral ...
Deve-se olhar para este importante conjunto de “resistentes” ... tal como se olhou para o Bloco da Versalhes na Avenida da República !!
Lembrem-se do que está a ser possível fazer no notável conjunto da Duque de Loulé ( três edifícios ) !!
António Sérgio Rosa de Carvalho.
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