20/12/2011

EPUL acusa banca de concorrência desleal


In Correio da Manhã (20.12.2011)
Por: Luís Figueiredo Silva


«A EPUL – Empresa Pública de Urbanização de Lisboa – não vendeu qualquer dos lotes que levou a hasta pública nos últimos quatro dias (14, 15, 16 e 19), e acusou a banca de "concorrência desleal".


Ontem, no final do quarto e último leilão, Luís Bento, administrador da empresa, adiantou que a EPUL "deixou de vender" 17 milhões de euros, no último trimestre, devido à intervenção da banca no sector. Segundo este responsável, as queixas "não são institucionais", mas sim "pelos clientes". É que além de lhes terem negado o crédito, a banca informou os clientes de que só os financiaria (a 100%) nos seus próprios leilões, em condições que incluíam ‘spread’ de menos um por cento, denunciou. Ainda segundo este responsável, a CGD e a Direcção Geral de Impostos agendaram até leilões para os mesmos dias das hastas públicas da EPUL, nos dias 15 e 16.

Ao tentar vender os seus activos, a banca veio criar "desregulação" e "concorrência desleal" no mercado imobiliário, referiu o administrador, que em consequência diz ter pedido "um parecer à Autoridade da Concorrência", adiantou.

Nestes leilões a EPUL levou à praça 104 imóveis, avaliados em 43 milhões de euros, dos quais vendeu "entre 25 a 30%", mas todos negociados fora da hasta pública. Ontem foram leiloados 22 imóveis que não conseguiram ser arrematados. O Palácio de Telheiras foi vendido por carta fechada no valor de 1,2 milhões.»

5 comentários:

Anónimo disse...

Ahahahahahahahahaahah
...só dá mesmo para rir!

Xico205 disse...

É bem feito. Baixem os preços e já vendem.

Os bancos só usam a máxima que sempre tiveram: "quem pode pode".

Anónimo disse...

A Epul foi criada, para se "intrometer" no mercado da oferta de habitação: para procurar "arrefecer" os valores febris com que Lisboa foi ascendendo aos lugares cimeiros da usura imobiliária mundial. Não fez e, nalguns casos, muito pelo contrário.
Agora que o mercado define as suas próprias condições, é que a EPUL vem fazer-se de virgem ofendida? Emagreça, seja criativa, honesta e regresse às origens... Ou então saia de cena porque o palco é pequeno para tanta prima-dona!

Anónimo disse...

Os terrenos de Telheiras foram vendidos à EPUL, nos anos setenta, pelo valor simbólico de 1 escudo por metro quadrado com o objectivo de colocar no mercado fogos a um preço consideravelmente inferior ao do mercado. Isso nunca aconteceu porque as sucessivas administrações tiveram sempre um programa politico-partidário e as suas preocupações foram as de alimentar as clientelas do PS e do PSD. Agora é tarde. Basta ver os preços base das hastas públicas para se perceber que não haveria compradores...E são estes iluminados que continuam à frente das empresas públicas e municipais!

Anónimo disse...

Chama-se mercado.