22/10/2007

Junta de São José quer reabilitar Hot Club

In Diário de Notícias (22/10/2007)
PEDRO SARAIVA-ARQUIVO DN (imagem)

«A Junta de Freguesia de São José, em Lisboa, quer reabilitar o edifício do Hot Club de Portugal, na Praça da Alegria, e transformá-lo na Casa do Jazz, um investimento avaliado em 750 mil euros. A ideia passa por recuperar o actual prédio e dotá-lo de um auditório, café-concerto, centro de documentação, espaço para exposições permanentes e temporárias e loja, explicou à Lusa o presidente da Junta de Freguesia de São José, João Mesquita (PSD).

Um "estudo preliminar que avalia a recuperação em 750 mil euros" foi elaborado há cerca de um ano pela junta de freguesia, em colaboração com os serviços de reabilitação urbana da Câmara de Lisboa. Mas antes de avançar com as obras, a autarquia terá de dar o seu aval ao projecto porque o imóvel é municipal.

Nesse sentido, foi aprovada na última sessão da Assembleia Municipal uma recomendação à Câmara de Lisboa para incumbir a junta de freguesia e o Hot Club de encontrarem uma solução definitiva para reabilitar o edifício.

João Mesquita esclareceu que, dada a "dimensão internacional" do Hot Club, o projecto poderá vir a obter o apoio de mecenas. "A escola do Hot Club tem uma força enorme", sublinhou. O autarca recordou igualmente que o n.º 39 da Praça da Alegria tem um "património vastíssimo", sobretudo desde que Luís Villas-Boas doou todo o seu espólio à instituição.

O Hot Clube de Portugal é o mais antigo clube de jazz do País, desenvolvendo a sua actividade ininterruptamente desde 19 de Março 1948. Nos anos 80 do século XX, o clube passou a ter também uma escola de música onde a maioria dos músicos de jazz portugueses fez e ainda faz a sua aprendizagem. Apesar das crises financeira que tem atravessado, o Hot Club mantém uma programação de concertos quase diária. »

Uma boa iniciativa, de aplaudir, portanto. Sr. José Mesquita, força, mas, atenção, há mais coisas na Praça da Alegria ...

2 comentários:

Tiago R. disse...

Vamos acreditar que o Sr. Mesquita está honestamente interessado no Hot e não apenas à procura do habitual foguetório mediático que rodeia as suas declarações públicas. Cá estaremos para ver...

Mas, entretanto... Onde anda o Ministério da Cultura?

aeloy disse...

E a balda continua.
Onde acaba o que é público, o que é competência das autarquias e do poder central e onde começa o que é privado, uma instituição histórica e da qual não se ouve nem respigo...
segundo proposta aprovada na Assembleia Municipal (que me fez lembrar o 11 de Março só que desta vez os actores estavam no lugar oposto!) o Hot Club fica obrigado patati e patata...
Srá que podiamos oucuparmo-nos do que cumpre ao Estado e deixar os particulares com as suas dignas e honradas actividades?
António Eloy