09/02/2008

Governo estuda 4.ª ponte entre Algés e Trafaria

Notícia hoje no DN
Eu já não tenho latim para arranjar ofensas a estes senhores. A prioridade do trânsito automóvel sobre toda a sociedade não tem mesmo limites. Porque não fazer uma ponte desde o Seixal até ao Terreiro do Paço, há ali tanto espaço para construir um nó rodoviário. E obviamente que traria mais fluidez ao trânsito e qualidade de vida aos habitantes do Seixal. Não estou a ser sarcástico, é uma dúvida sincera. Onde estará o limite?
Outra dúvida ingénua mas sincera: não seria mais fácil, barato, vantajoso, não traria melhor qualidade de vida a todos os habitantes da Grande Lisboa, organizar uma verdadeira rede de transportes públicos? Montar uma rede ferroviária com um mínimo de sentido em vez de QUATRO sistemas independentes? Colocar autocarros expresso de 10 em 10 minutos de vários pontos da periferia para 3 ou 4 pontos chaves do centro?

23 comentários:

daniel costa-lourenço disse...

Investir a sério no metro ligeiro para as duas margens resolveria muita coisa

Anónimo disse...

Por falar nisso, há uns tempos ouvi dizer que a bitola do metro da margem sul era diferente da do metro de Lisboa. A ser verdade é mais um exemplo de péssimo planeamento...

AC

Anónimo disse...

E depois onde o que é que se inaugurava e onde é que se punha uma placa com o nome de presidente da câmara e do primeiro ministro da altura?

Filipe Melo Sousa disse...

LOL, deitem a ponte Salazar abaixo, que passamos todos a ser muito felizes.

Anónimo disse...

Com 4 pontes podemos ser a primeira cidade do mundo a ter em simultâneo 4 meias maratonas a decorrer!

Lembremo-nos que até há 11 anos tínhamos uma ponte com 5 faixas de rodagem e a possibilidade de se viajar de barco.

Em 1997, Ponte com 6 faixas.
Em 1998, duas pontes, 12 faixas.
Em 2004, 12 faixas + travessia ferroviária.
Em 2008, pensa-se em mais duas pontes.
E depois há ainda o alargamento previsto para a ponte Vasco da Gama):
http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=2&id_news=92700

O barco continua disponível.

Um convite inequívoco ao transporte individual, com as nefastas consequências, para a cidade e para todos, que o seu uso desregrado representa.

Na cidade de Lisboa, a população residente diminui de ano para ano. Porque será?

A continuar assim, vale mais atolar o rio.

Que pena.
Um enquadramento e uma cidade que podiam ser uma pérola.

Anónimo disse...

ó cromo deixa lá as pessoas irem morar para onde lhes apetece, e mete-te na tua vida.

e se queres andar em transportes públicos no meio de pessoas a cheirar mal força aí amigo.

Anónimo disse...

Oh pipinho, tens de te actualizar...

O teu querido salazar está há muito tempo a fazer tijolo lá para Santa Comba e a ponte chama-se 25 DE ABRIL!

(e olha que o velho não gostava lá muito de deixar o mercado funcionar...)

Filipe Melo Sousa disse...

O Rossio também tem lá uma praça a dizer D. Pedro IV

Anónimo disse...

Que Grande Bruto!

"deixa lá as pessoas irem morar para onde lhes apetece, e mete-te na tua vida"

Grande Bruto! Em que caverna vives?

"se queres andar em transportes públicos no meio de pessoas a cheirar mal força aí amigo"

Grande Bruto ao quadrado! Claro que tu deves andar de SUV. As queridas pontes, tuneis, auto-estradas, vias rapidas e tudo o mais que te permite total liberdade acima de tudo e todos! Revendo as coisas:

Grande Bruta-Montes ao cubo!

Anónimo disse...

porque motivo uma pessoa que prefere o conforto do seu carro é um brutamontes? Por não se predispor a andar em transportes públicos cheios de mitras e delinquentes, e ciganos que cospem na cara ? (literalmente experiência pessoal)

de que te orgulhas? de ser um parvo que se predispõe a ser comido e ter uma triste vida?

Anónimo disse...

Desculpa, mas de facto não se pode explicar porque motivo és um brutamontes - embora o teu ultimo comentário tenha vindo reforçar o teu perfil severamente quadrado. Porque tu não podes perceber quase nada do que se passa em teu redor. Talvez tenhas passado demasiado tempo fechado no teu SUV. Não percas tempo aqui neste mundo. Vai dar uma voltinha no teu SUV. Vai em paz.

Anónimo disse...

obviamente que não podes explicar porque eu haveria de ter vontade de ser um tanso como tu :)

Anónimo disse...

Eu predisponho-me a explicar de uma forma sucinta porque é que és um bruto. És um bruto porque pões o teu conforto pessoal há frente do conforto da saude de todas as outras pessoas juntas! E quanto ao sitio onde moram as pessoas, por mim não me incomoda nada desde que não tragam mais automóveis para o sitio onde eu moro!

Anónimo disse...

pobre tolo aquele que pensa que o conforto pessoal não estará sempre à frente dos restantes. isso é desconhecer a natureza humana.

a sua desonestidade intelectual chega ao ponto de incutir o altruísmo alheio, mas para SEU proveito pessoal. é princípio seu que não tragam carros para perto da SUA casa. obviamente os meus princípios estão errados porque não contribuem para o seu proveito apenas por isso.

o que nos separa afinal? apenas uma coisa: o facto de eu reconhecer o egoísmo como um facto, e de você de forma hipócrita defender que este não seja praticado, quando na verdade busca o mesmo. é um pouco como os padres católicos que defendem a castidade, e vão dar umas voltinhas com os meninos...

Anónimo disse...

Há aqui 2 polos da discussão... por um lado os que têm um pensamento egoísta da sua forma de estar no mundo e o facto de não respeitarem os outros não é importante, porque se todos agirmos egoísticamente tudo se auto-regulará magnificamente... ou seja, ninguém virá viver para o centro de uma cidade poluída e deserta, mas não importa porque longe continua a haver casas com garagem, sofás confortáveis, enormes êcrans (casas óptimas para solteiros, por exemplo) e continua a haver muitos passeios por onde estacionar no centro.

Por outro há os que vivem na cidade e fazem parte da comunidade. Gostam de conviver, falar ao senhor do café, ajudar a velhinha a passar a estrada e não se importam de fazer cedências e agir comedidamente em certos aspectos para não prejudicar a harmonia urbana, permitindo que muitos mais vivam efectivamente na cidade, em casas mais pequenas, mais acompanhados, com mais interacções sociais.

É claro que ninguém tem de gostar de conviver com outros,nem da vida de bairro, mas se estamos numa cidade, ou a visitamos, por certo interagimos com outros, mesmo sem querer.

É aqui que quem pensa egoisticamente não respeita quem toma a opção de viver no centro e quem dá valor a estas interacções.

Por muito que o nosso umbigo seja importante, também há quem ainda se rale com o bem estar dos outros, e esse bem estar poderá provocar uma sensaçao positiva na pessoa e de satisfação pessoal (mais uma vez o egoísmo).

Esta sensação de bem estar pelo bem dos outros, é algo que é díficil perceber a quem pensa exclusivamente no seu umbigo.

Agora, dizer que "quem não percebe isso(o egoísmo), não percebe a Natureza humana". Enfim... ainda bem que a natureza humana oferece uma infinidade de personalidades e de possibilidades de satisfação pessoal... sendo que mesmo o egoísmo terá inúmeras formas.

António

Filipe Melo Sousa disse...

O egoísmo toma de facto várias formas, nomeadamente a da necessidade de lobbying por causas que o beneficiam - e acidentalmente outros indivíduos também - mas não passam de altruísmo contrafeito.

Um egoísta pode perfeitamente ser respeitador, e certamente defende a não-agressão e não-coacção. Ao contrário do altruísta que tem um entendimento de deveres colectivos que passarão forçosamente pela coação do indivíduo que não concorda com os mesmos. Sem portanto qualquer respeito pela pessoa individual.

O egoísmo não é nenhum inibidor da convivência social nem da riqueza. Um indivíduo egoísta tem como qualquer outro, necessidades de relacionamento social. Mas não aceita que lhe imponham as pessoas com quem ele se deverá relacionar. Irá sempre escolher, e muito bem, aquelas que lhe dão proveitos, e unicamente essas.

Uma grande falha de pensamento sua: repare que quando diz que o bem estar dos outros lhe proporciona um bem-estar, aquilo que procura em último recurso é uma gratificação egoísta, e não o bem estar do outro em si. Trata-se de mais uma forma contrafeita de altruísmo. Acidentalmente a sua natureza egoísta beneficiará a sociedade. Tanto melhor. Mas é mesmo acidentalmente.

No entanto, a minha forma preferida de altruísmo é a do altruísmo religioso. Vejo uma velhinha que quer atravessar a rua, e digo "olha lá está uma bela oportunidade de ganhar o céu". E regresso a casa a deliciar-me com uma nuvem mais larga, uma harpa topo de gama, um harem de virgens, ou uma sala repleta de objectos fálicos, consoante os gostos..

daniel costa-lourenço disse...

"Pos aberto" ao moderador:

Há dias em que se tem maois paciência do que em outros.

Há dias em que os posts mal criados de algum bloggers até fazem rir.

Mas há outros dias em que não há a mínima paciência.

O moderador do Blog vai continuar a fechar os olhos á falta de educação de alguns que postam aqui?

Anónimo disse...

quem não tem "paciência" para a discussão que se coíba de intervir lol

que raio de argumentação é essa: "não gosto do teu argumento, por isso devia ser apagado"

Filipe Melo Sousa disse...

"educação" de acordo com o daniel é apenas manifestar opiniões concordantes com a sua

Anónimo disse...

O facto de não haverem mais automóveis perto de minha casa não me beneficia só a mim, mas a todos cujas casa são ao pé da minha. Logo o que nos distingue é o facto de o seu egoísmo o beneficia somente a si enquanto que o meu "egoísmo" beneficia toda a comunidade. É o facto de que eu estou disposto a usar transportes públicos não porque seja obrigado a tal (porque não sou) mas porque isso contribui para a melhoria da qualidade de vida de todos (eu incluido). É evidente que ninguém põe a comodidade de dada um dos outros à frente da sua (seria, tal como disse, ingénuo acreditar nisso), mas se todos pusermos o bem estar dos outros como comunidade, e porque somos todos outros para os outros, todos tiraríamos grandes vantagem pessoais de tal acto.

Anónimo disse...

já alguem ouviu falar da teoria dos jogos? é óbvio que histórias com "ses" não valem de nada porque não são a realidade. não é por eu desejar que os meus vizinhos sejam virtuosos que eles passam a ser. não é por eu desejar uma sociedade sem ladrões que eu deixo de por trancas à porta.

tipo.. se vivo para beneficiar os meus vizinhos sou um tanso.

acordem para a vida!

Anónimo disse...

Se viver para beneficiar os seus vizinhos de facto é, mas se já que vive aproveitar para beneficiar todos(nos quais se inclui) ou pelo menos não os prejudicar, torna a sua vida mais agradável.

Anónimo disse...

tanto paleio para não dizer nada. o conflito não reside nas situações em que todos beneficiam, mas sim naquelas em que tenho de escolher entre mim e os outros para beneficiar

e a escolha vai para...