24/06/2008

Os bons alunos

Alguns prémios de arquitectura e de urbanismo têm poucos candidatos portugueses, tal como o Driehaus Prize ou Prix Rotthier pour la Reconstruction de La Ville.

É facil fazer bem, mas infelizmente para todos nós enquanto a arquitectura e o urbanismo for um exercicio egocêntrico para alguns arquitectos e cartão de visita de alguns políticos, a beleza estará longe de nós. em Portugal todos os projectos de reconstrução e recuperação de centro historicos (salvo honrosas excepções) e os odiosos programas Polis estão a destruir as nossas cidades e a comprometer o futuro.
Aqui fica a prova de que por esta europa fora ainda existem arquitectos que respeitam a profissão e sobretudo que respeitam as cidades, as populações, o seu passado e a sua historia.

Na verdade, as grandes cidades do passado nas quais ainda vivemos, falam pelos seus sonhos e aspiraçoes das suas sociedades, e devem entender a Memória não como uma nostalgia de glórias vãs mas como uma inspiração para as realizações dinâmicas e contemporâneas. Quanto mais proxima a criação urbana continuar o Nosso passado colectivo mais frutuosa será a inspiração no futuro, pois o valor da memória é a sua capacidade inspiradora.


E U R O P E A N . P R I Z E . 2 0 0 8
THE BEST URBAN NEIGHBOURHOOD BUILT IN.EU IN THE LAST 25 YEARS
Prix Rotthier pour la Reconstruction de La Ville 2008

Plessis-Robinson França
Grande Prémio Rotthier para a Reconstrução da Cidade 2008
Prémio para a melhor operação de Renascimento Urbano numa cidade suburbana
OUTROS EXEMPLOS PREMIADOS

Neumarkt Dresden, Alemanha


Poundbury Dorchester, RU


Alessandria, Italia

9 comentários:

Paulo Ferrero disse...

Caro Gonçalo, isso é em países desenvolvidos ...
Abraço

Arq. Luís Marques da silva disse...

Mas, meu caro Paulo, a Croácia, por exemplo, nem é um país referencial em termos de desenvolvimento e no entanto, veja-se o que foi a reconstrução de Dubrovnik... Não consigo entender este comportamento, sinceramente.

Paulo Ferrero disse...

Caro Luís, em termos da UE, regra geral, apenas nos comparamos já com Chipre, Roménia ou Bulgária ... estamos no 'bom caminho'...abraço.

Anónimo disse...

Aconselho uma vista de olhos no PDF de Palermo, página 3, as duas últimas fotografias...

Pois é...para reabilitar, não é necessário destruir, nem deturpar.

JA

Anónimo disse...

Lack of beauty

There does generally seem to be a tendency to design object buildings which do not relate to anything around them, or in general architectural circles buildings which have to be slick and "cutting edge", ie. stylistically modernist. This seems to be more important than anything else where something "good" is desired. This is restrictive, and usually produces buildings which, even if good (rare), or are perhaps sculpturally interesting, lack beauty. They also tend to produce disfunctional and unattractive urban environments (if one is lucky enough to find any attempt at 'urbanism' in the first place).

Anónimo disse...

Por enquanto estamos na cauda da europa a 27, e quando forem mais paises? Vamos descer mais ainda!

Estes nossos arquitectos convencidos que inventaram a roda, têm uma necessidade pueril de serem os "maiores". E os comentadores e criticos esgrimam argumentos com graves limitações mentais para justificar estes actos infantis.

Anónimo disse...

Bem meu caro, cace lá os coelhos que quiser mas não queira caçar todos os arquitectos, que há muitos que nada têm a ver com este estado de coisas... Eu entendo a vossa/nossa revolta perante esta barbaridade mas temos que distinguir os patos-bravos, onde se inserem alguns arquitectos, engenheiros e donos de obra, dos outros que possuem a sensibilidade e a decência de lutarem contra este estado de coisas.
Afinal de contas, foram arquitectos que fizeram os edifícios que estamos agora a defender...

Anónimo disse...

E claro está, que os grandes culpados da destruição da nossa cidade, ocupam cargos na CML, IGESPAR, etc.
Os arquitectos que alinham nesta quinta coluna, fazem-no, porque alguém lhes concedeu oportunidade para tal. Com as regras de jogo existentes....o paraíso é para os oportunistas. E quais serão as possibilidades de trabalho, para os arquitectos que se queiram dedicar a reabilitação consciente e cuidadosa..? País da treta, cidade enganada.

JA

Anónimo disse...

UNS ALARBES, ESSES EUROPEUS DO CANECO! HABIA DE XERE CÁ QUE LHES CANTÁBAMOS DAS BOAS, NADA DEXAS MARIQUICES DA VELEZA, ERA PÔRE-LHES TORRES POR AÍ AXIMA, E CANTEIROS E COIJAS MAIS PARA EMBELEJAR, AXIM COMO EM MASSAMÁ E LISBOA E NA AMADORA.
BIBAM AS TORRES, AVAIXO A VELEZA