Os trabalhadores do sector da higiene urbana da autarquia de Lisboa poderão fazer greve durante os primeiros dias de Dezembro (feriados de 1 e 8). Tudo por causa daquilo que o Sindicato dos Trabalhadores do Município (STML) classifica como "uma tentativa séria de privatizar este importante sector da câmara".
Joaquim Jorge, dirigente daquele sindicato, disse ao DN que António Costa "publicamente já admitiu ir iniciar o recurso à contratação de serviços de limpeza no exterior, ainda a título experimental, em algumas zonas da cidade como a Baixa-Chiado ou o Bairro Alto e, na última reunião pública do executivo, em resposta a um sindicalista, considerou mesmo como uma hipótese a analisar a extensão da prestação de serviços de higiene urbana que empresa privada faz no Parque das Nações a toda a freguesia dos Olivais".
"Ciclicamente há tentativas de privatizar a higiene urbana na Câmara de Lisboa. Até agora sem sucesso. Mas esta tem de ser levada muito a sério, até porque a legislação laboral mudou e a autarquia hoje tem instrumentos que anteriormente não tinha para mover ou dispensar trabalhadores", prossegue Joaquim Jorge, sublinhando que "os serviços da câmara são eficientes e que os custos de uma aquisição de serviços no exterior depressa se reflectirão no bolso do munícipe". O PCP, em comunicado, acusa António Costa de vir anunciando "paulatinamente casos atrás de casos em que decide recorrer a outsourcing para a limpeza das ruas através de contratação de empresas privadas para fazerem o trabalho que devia ser efectuado por serviços do município devidamente apetrechados".
Carlos Chaparro, dirigente daquele partido, questiona: "Porque é que não se preenchem as mais de 200 vagas no sector?"
O sindicato queixa-se de não ter sido informado oficialmente sobre as intenções do executivo e já agendou plenários.
In DN
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