25/11/2008

TMN vai ter de reduzir publicidade natalícia com que ocupou Terreiro do Paço

A Câmara de Lisboa pediu à empresa TMN para reduzir a publicidade natalícia com que ocupou todo o Terreiro do Paço, e que gerou reacções de espanto e indignação entre muitos dos munícipes que por ali pas-
saram ontem. A operadora de tele-
comunicações é uma das patrocina-
doras das iluminações de Natal da cidade, e foi nessa qualidade que encheu o Marquês de Pombal e a Praça do Comércio de totens encimados por megabalões com o símbolo da marca em grandes letras.
Algo que contraria as promessas do presidente da autarquia, que disse que a publicidade dos patrocinadores seria pouco ostensiva. Interrogado ontem sobre o assunto, remeteu a resposta para o seu vice-presidente, que admitiu que, apesar de estar "dentro das regras do concurso" lançado pela autarquia para o efeito, a ocupação da Praça do Comércio se mostra "visivelmente excessiva". O autarca não explicou no entanto se a redução da publicidade será feita por via da diminuição do número de estruturas ou da redução da dimensão de cada uma delas. Nem quais as consequências que a alteração poderá ter no patrocínio da TMN.
"Foi uma nave espacial que apareceu ali e que vai distribuir imensos telemóveis a todos os lisboetas", ironiza a vereadora social-democrata Margarida Saavedra, acrescentando que só assim se justifica semelhante ocupação. O porta-voz da TMN, Francisco Lucena, diz que vão efectivamente ser retirados "alguns pontos de iluminação" da Praça do Comércio, e que a ideia, que funcionava em maquete, teve um efeito diferente quando aplicada à realidade.

In Publico

3 comentários:

H. disse...

Este ano,o que está a dar na pepineira são cogumelos.
O Terreiro do Paço é a praça mais bonita de Lisboa. Deveria ser a montra, o cartão de visita da cidade. Ausente dezoito anos e de regresso há tres, encontro-a transformada na lixeira da cidade, abandonada aos desvairados devaneios dos vendilhões que em qualquer altura ocupam a Praça do Município. Mas lá nisso são "espertos", os chicos: essa não a sujam eles! Até tiveram o cuidado de deixar as duas esculturas horrendas, a das carochas e a outra, assim como a um canto, para não ofender a vista.
Ele já foi publicidade a carros na altura do nosso tão tradicional dia dos namorados, com balões em forma de coração aparentemente de artérias bloqueadas, meio murchos:não houve quem conseguisse insuflar paixão naquele "projecto" amoroso. Nem as más "ideias" conseguem executar como deve ser.
...E agora isto: fungos! Como se já não bastassem os anos do andaime-altar ao Deus-Milénio, a congestionar a mais congestionada zona na pior altura do ano, vêm cogumelos às catadupas. Só o D.José se safou por enquanto de levar com um na cabeça.Mas tem aos pés uma tenda "disco" a condizer com os edificios todos iluminados em curto-circuito, que abriga um T gigante a sugerir a forma de um Menino crucificado mesmo antes de nascer. É para dar micose a qualquer um! Se por acaso tentar virar as costas a tudo isto, vê o Cristo-Rei envergando saia comprida e de roda, como a de todas estas luminárias irresponsáveis pelo "planeamento" das festividades: não é de shantung, mas está debroada a samsung. Será que "pensaram" que tal como 90 por cento da população, Ele também quer um LCD para o Natal? Ou que com tanto acontecimento, sem acesso constante à CNN, já não dá conta do recado?
Farturas, churros, gincanas, telemóveis, churrilhos de disparates.Ele não há lixo que ali não vá parar: antes os carros estacionados preenchendo uniformemente a Praça... do Comércio, bem sei, mas não abusem - antes o passeio dos tristes, marginal fora até Oitavos do que esta tristeza: do alto do Parque Eduardo VII, encontrado por fim o monumento tão buscado desde os anos 40, o andaime do milénio, passando pela primeira horta de cogumelos, a do Marquês, que nunca foi de ficar atrás do D. José, e vendo a pouca sorte que coube ao Rossio de estar tão pindéricamente "patrocinado" pela casa da sorte... oh sorte malvada! Será que as crianças do futuro saberão distinguir um Menino de um télélé ou uma árvore de um banco? E que o Advento começa quatro e não cinco semanas antes do Natal?

Anónimo disse...

A ideia da TMN é afinal como o executivo municipal que temos: funcionava em maquete, mas tem um efeito diferente quando aplicado à realidade.

Anónimo disse...

Calhando ainda constroem uma torre pensando que é uma moradia em maquete.