06/12/2009

Entretanto no Coração de Madrid

Puertas del Sol, antes e depois:
Calle de Preciados,
Plaza del Callao,
Calle Fuencarral (continuação do eixo acima)
O número de peões a passar em cada uma delas aumentou em vários milhares ao dia (com óbvias vantagens para o comércio), o número de automóveis diminui, 94% dos que estacionam não estão à superfície, e 98% (!) dos moradores não quer voltar à situação anterior.
Para lá de uma melhoria na qualidade de vida, mobilidade e ambiente, quanto não estaremos a perder devido ao Turismo? Quem recomendará ou voltará a Madrid, quem conheceu as imagens da esquerda ou as da direita?

Fontes: Ecomovilidad, ABC e Menos Um Carro, o original

18 comentários:

Anónimo disse...

e qual será a melhor para os comerciantes?

só cá em portugal é que os comerciantes ainda acham que ter carros a passar À porta é sinal de vendas.

FJorge disse...

O nosso atraso, alimentado pela ditadura de um modelo obsoleto de mobilidade centrado no transporte individual!

Xico205 disse...

As pessoas cada vez menos gostam de andar em transportes colectivos, pois não estão para levar com o mau cheiro, a musica do telemovel, com apertoes e serem pisadas, serem assaltadas e agredidas, ou tarem a levar c o fumo das ganzas dos drogados ou com os berros dos bebados...

Se voCê andar de transportes colectivos sabe que isto é verdade. Só não sabe quem não anda lá.
Se duvida do que estou a dizer espere pelos 00:30 e apanhe um autocarro na 207 e vá dar um passeio a Fetais. Ou vá antes disso na 17, ou na 108 ás Galinheiras, ou na 142 para o Casal da Mira, ou na 210 até Casal de Cambra, e delicie-se com o transporte colectivo. Ou ao Casalinho da Ajuda na 742, etc...


Conforme na vida moderna as pessoas cada vez são mais individualistas, cada vez ha mais divorcios e pessoas a viverem sozinhas por opção, obviamente que o transporte individual tambem tem tendencia a crescer. Ainda voCê há de morrer e os transportes individuais continuam a existir.


Obsoleto é 10 a viverem numa casa, e uma sardinha para tres, e passageiros sentados no tablier do autocarro e a porta a não fechar, e uns a queixarem-se que estão a ficar esmagados, e o motorista do autocarro a queixar-se que com passageiros sentados no tablie ñ consegue ver o retrovisor direito.

Mário disse...

Vivo no centro de Lisboa e não tenho carro, por isso sei que o que o Sr.Xico205 diz em relação aos transportes públicos é verdade, talvez com a excessão do metro fora da hora de ponta. No entanto, o fecho das ruas principais do centro histórico ao trânsito não tem que significar substituir o carro pelo autocarro para se deslocar ao centro da cidade. Significa sim procurar alternativas para os carros passarem, e simplesmente reservar algum espaço para os peões. A Baixa está cheia de parques de estacionamento (P.Figueira, Restauradores, P. Município, Calçada do Combro, L. Camões, Carmo...), as pessoas é que se acham pobres para os pagar. Imagina a Rua Augusta novamente com carros? Seria uma Rua da Prata, com menos turistas a passar. A solução para a Baixa é obvia: Retirar os carros das suas ruas principais, e buscar um tipo de comércio mais atraente, como tem vindo a acontecer no Chiado.

Arq. Luís Marques da silva disse...

Vantagens deste modelo são muitas e com exemplos bem sucedidos inclusivé em Portugal, nas denominadas cidades médias.
Mas nisto, como noutros assuntos, só não vê não é quem não pode , é quem não quer...

Miguel Carvalho disse...

Ao primeiro anónimo,

apesar de em Lisboa os comerciantes terem realmente uma posição extremista, não é verdade que seja só cá que eles acham que carros a passar a 50km/h é que é bom. Tenho lido muitas histórias sobre pedonalizações na Europa e invariavelmente acontece isso: protestos dos comerciantes antes, apoio à iniciativa depois.


No link da ecomovilidad conta exactamente isso sobre Madrid, e li o mesmo sobre Londres, Oxford, etc.

Há vários estudos curiosos, que mostram as divergências entre o comportamento dos consumidores e o que pensam os comerciantes. Os últimos estão convencidos que os primeiros vêm maioritariamente de carro, e que o acesso de carro é essencial para fazer as suas compras. Mas os primeiros dizem o contrário!
http://menos1carro.blogs.sapo.pt/124795.html

Filipe Melo Sousa disse...

Se encerrar o trânsito na A1, o morador à beira da estrada também estará de acordo com a mudança.

Xico205 disse...

Peça aos seus amigos F. Jorge e Julio Amorim, para me aprovarem os comentarios SFF. Eles estão a deixar cair por terra a sua teoria que o blog não tem sensura! No post da Estefania respondi ás causas, mas se calhar ao autor, não lhe interessa apurar as causas, apenas falar mal por falar! A imparcialidade está posta de parte!

Atentamente e Obrigado ,)

Anónimo disse...

Filipe,
alguém tem que lhe explicar que o morador à beira da A1 não tem a porta de casa na A1, nem estaciona na A1.

Consegue ver a diferença?

Anónimo disse...

Caros, gostaria de fazer vários comentários sobre este tema.
Só a mente retrógrada de algumas pessoas é que permite achar que os carros a passar na baixa é que trazem pessoas às lojas.
Fazer compras às 00:30 hs não é lá muito interessante, mas cada louco com a sua mania. É engraçado que eu moro em Lisboa e vou muitas vezes fazer compras utilizando o Metro e nunca (exclusivamente no Metro diga-se) presenciei o cenário catastrófico aqui descrito.
Quanto ao morador da A1, sempre pode utilizar os parques de estacionamento das estações de serviço :)
Luís Alexandre

Anónimo disse...

Este Xico205 e o seu amigo Filipe Melo Sousa vieram concerteza de uma máquina do tempo de há 20 anos atrás.

Meus amigos, vão viajar um pouco pela europa e visitar cidades em Espanha, França, Inglaterra, Dinamarca, Suécia, Holanda, etc, e vão ver que o vosso querido pópó está em desuso e que as alternativas de mobilidade suave e os transportes públicos (sim, os transportes públicos, incrível hã?!) em franco crescimento.

Acordem para a vidinha. Isto está a mudar e vocês a ficarem rapidamente desactualizados. Não vale a pena lutarem contra isso, a sério.

Filipe Melo Sousa disse...

outra vez o argumento "vão viajar"? eu devo ter vivido mais tempo fora, e visitado mais cidades estrangeiras do que todos estes saloios que tanto o aconselham a fazer. e só sabem dar o exemplo de amsterdão, com todos os seus ciclotontos

Filipe Melo Sousa disse...

Só mais um argumento para os lunáticos que acham que a produção de carros anda a decrescer:

http://www.worldwatch.org/brain/media/pdf/pubs/vs/2005_cars.pdf

Xico205 disse...

Nós não nos conhecemos de lugar algum, mas por vezes aqui e ali encontra-se pessoas com as mesmas opiniões nuns pontos, e outras, noutros pontos. Acontece a todas as pessoas normais.

Quanto ao vão viajar, digamos que desses países todos mencionados só não estive na Dinamarca, e em todos eu vi carros! Tem a certeza que quem lançou esse comentario não o escreveu em braile? É que só um invisual não vê carros na França, Holanda, Suecia e Inglaterra pelo menos. Por acaso são todos países construtores de automóveis! Será que só constroem para exportação? Será que o melhor cliente deles é Portugal? Não me parece!

Antes de se escrever sobre um tema deve-se informar, para ter a certeza que não diz barbaridades!

Os carros estão tanto em desuso, que em Paris a hora de ponta é o dia todo desde as 7 ás 23! Nunca vi cidade com tanto transito. As auto-estradas holandesas têm um volume de tráfego que não tem comparação com as portuguesas, e é um país muito mais pequeno e com metade da população portuguesa!

Curiosamente eu vejo os transportes publicos de Lisboa cheios todos os dias uteis. E vejo as operadoras de transportes publicos de Lisboa no máximo da sua capacidade de exploração. Querem aumentar ainda mais um sistema que está na capacidade máxima?

Anónimo disse...

Em Portugal, a ordem das fotos estaria ao contrario...
e tenho 3 coisas a dizer:
1:só deve ter sido possível
construir estas praças em espanha
porque os espanhóis usam o carro
muito menos do que nós,
2:devia-se confiscar, e abater
carros com mais de 10-15 anos,
que há muitos por aí,para
encentivar a diminuiçao (brusca)
de carros na cidade e a compra
de carros mais modernos e
ecológicos (mas aí ja nao existiriam ´carros clássicos daqui a 40 anos!), e o transporte
público
3:em bairros como campo de ourique
devia se demolir aqueles
mamarrachos que substituíram os
antigos prédios para construír silos de carros e cuidar
daquela balbúrdia, onde os
moradores mal têm onde
estacionar!
E, Xico das 9:07, se dizes que cá anda-se muito de transportes públicos, então não o suficiente

Xico205 disse...

Aproveite a net para pesquisar carros usados em Espanha e veja os quilometros que têm, depois compare para carros portugueses iguais da mesma altura, e depois venha cá falar comigo!

Mandar carros com mais de 10 anos fora? Porquê? Tomara os carros de hoje serem como os de há 20 anos para cima! Não tinham metade das avarias e a manutenção ficava a menos de metade do preço. Meu rico carrinho com 21 anos, alguma vez eu te trocava por um novo! O meu ainda é do tempo em que se faziam carros e havia prazer em conduzi-los e não avaria cada vez que passa num buraco já que a unica coisa electrica que tem são a bateria, os farois, o motor de arranque, o radio e as colunas, o resto é tudo mecanico e não falha.


Meu amigo, se você acha que não se anda muito de transportes publicos então é porque não os usa, senão veria que andam cheios. Ainda hoje fui espalmado junto à porta do metro na linha azul e um homem começou a ameaçar que me batia por eu estar a fazer força para dentro! Disse-lhe então que saíamos na proxima estação e ele que cumprisse as ameaças, calou-se e não piou mais. Fala muito mas depois... é o costume.

Anónimo disse...

Madrid é uma cidade cujo centro histórico é o seu centro geográfico. Da mesma forma, é uma cidade praticamante plana o que facilita a cirulação de bicicletas e peões. Ou seja, tudo o contrário de Lisboa! O Terreiro do Paço é uma extremidade de Lisboa que tem muitas colinas sendo cansativa a circulação por bicileta. A única solução para a mobilidade e uma menor poluição em Lisboa é: REPONHA-SE O TRÂNSITO COMO ESTAVA NO TERREIRO DO PAÇO, JÁ!

Xico205 disse...

Mas mesmo assim é possivel andar de bicicleta, não em todas as deslocações claro. Conheço quem vá de bicicleta todos os dias de Odivelas a Alvalade, e do Castelo À Av. de Berna.
Mas já de Alverca para a Av. de Berna não é possivel, ou do Catujal ao Alto da Ajuda.

Agora com a terceira fase da Rede7 vai haver umas alterações, vai-se repor um modelo que se revelou errado e pode ser que as coisas melhorem.

Quanto ao T. do Paço, sim o ideal era porem como estava, em vez de terem estragado o que estava bom!