02/12/2009
Viver a Cidade no Chiado
Ontem aproveitei o Feriado para ir até ao Chiado. Já não o fazia à algum tempo. Comecei por almoçar na Trindade. Um clássico que tem resistido à moda das expansões, mantendo mesmo em tempo de crise a casa cheia. Cada vez que lá vou tenho receio de me desiludir mas felizmente ainda não aconteceu. Boa comida e um serviço simpático valem a deslocação. Os últimos meses de escassas visitas à zona levaram a que me supreende-se com as novas lojas. O restaurante Clara do Campo Santana abriu uma delegação no Chiado com uma loja Gourmet muito interessante. Ao lado a Buchholz Chiado, na extensão de uma das melhores livrarias de Lisboa situada perto do Marquês de Pombal. Algumas iniciativas como uma venda de vinhos de qualidade com provas incluídas, na Rua Garrett são um motivo para voltar. Ao pé do São Carlos a nova loja Marc Jaccobs será sem dúvida um sucesso para as "fashion victims". Nos Armazéns do Chiado está quase a abrir a Starbucks. A Igreja do Sacramento está neste momento a angariar fundos para reparar os tectos e as suas pinturas. Como sempre nesta altura, muita gente, a apreciar também as luzes de Natal, numa zona insuperável em termos de Glamour. Se puderem, vão ao Chiado. Vale a pena.
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7 comentários:
"à", "surpreende-se" e mais umas frases pessimamente estruturadas? Os standards deste blog andam a decair.
Se a história nos ensina algo, é que há sempre alguém melhor do que nós. Pode sempre participar activamente neste blogue de forma não anónima.
E se retirassem o estacionamento à superfície, e mesmo a circulação automóvel da Rua Garret. Isso sim era perfeito perfeito. Também estive lá ontem e foi o que pensei quando olhei para a Rua Garret pejada de gente.
Uma Rua Garrett sem carros é uma boa ideia, mas mais urgente é retirar o estacionamento do Largo Rafael Bordalo Pinheiro. E se não for pedir muito, colocar umas esplanadas...
Felicito o primeiro comentador, no meu tempo chumbava-se na 4ª classe por menos.....acho piada aos estrangeirismos....
Discordo da primeira parte. A cervejaria Trindade está a milhas do que foi... Já estava em decadência e desde que a Portugália "tomou conta" daquilo, caiu (para mim) em desgraça. E não me refiro apenas às paredes pintadas à Mcdonalds dos temnpos modernos.
Deve valer a pena fazer compras no Chiado. Ah pois deve.
Mas experimente viver lá!
Ao longo de 10 anos (1995-2005) em que lá morei, assisti à triste desertificação de um bairro que tudo tem para ser um local fantástico para se viver.
O Chiado não é mais do que um centro comercial ao ar livre mas sujo, confuso e barulhento.
No início da minha estadia ainda tinha vizinhos, ainda tinha algum espaço e, sobretudo, ainda tinha orgulho de lá viver. Ao longo do tempo, vi os franchisings a chegar, os altifalantes na rua, os concertos a céu aberto, os supermercados e mercearias a fechar, tudo em prol do comércio, tudo contra quem lá queria fazer vida. Vi um aumento notável da criminalidade, chamar a polícia tornou-se um hábito. Vi os jovens prostitutos na brasileira a tornarem-se cada vez mais novos, lembro-me de não conseguir dar cinco passos sem que alguém me pedisse dinheiro ou me quisesse vender alguma coisa.
Não gosto de lá voltar e incomoda-me ler estes apelos ao "turismo" a um bairro morto de vida própria que mais não passa de um cenário mumificado.
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