"No império Romano, havia preocupação em resolver os problemas de trânsito. Foi onde surgiram sinalizações, marcos quilométricos, indicadores de sentido e as primeiras regulamentações de tráfego. Os administradores romanos procuraram resolver os problemas do tráfego fazendo uso da lei, através da sua regulamentação.
O historiador Tito Lívio advertia os poderes competentes sobre a necessidade de disciplinar o uso das ruas, restringindo a circulação de veículos em certas horas do dia, assim como os estacionamentos. Isso lhe causou muitas críticas por parte dos senadores e dos “figurões” do império, que resistiam às mudanças das normas.
Com o aumento do número de veículos, as ruas estreitas e com muitos pedestres, o congestionamento era uma constante. Foram adotadas medidas como a seleção do tipo de veículo que poderia circular, conforme a quem se destinava e a que a autoridade ou nobre pertencia.
No primeiro século antes de Cristo, o congestionamento era uma característica do tráfego em Roma, tanto que um dos primeiros atos de Júlio Cezar, ao tomar o poder foi banir o tráfego de rodas do centro da cidade, durante o dia e permitir a circulação de veículos oficiais e os pertences aos patrícios."
Infelizmente, no séc. XXI, em Lisboa, e apesar de algumas pequenas acções positivas, já percebi que também não é este executivo que vai resolver os problemas de trânsito e estacionamento irregular em Lisboa.
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23 comentários:
Porquê?
Porque não querem! Tão simples quanto isso :)
Aliás em Portugal(salvo raras excepções) o trânsito e o estacionamento está todo assim. Caótico, indisciplinado, mal educado, sem punição nem remédio.
Estou convencida de que gostam de viver assim. Viver bem já trabalho.
Mas Sr. Carlos....o Império Romano ainda só foi há dois mil anos !Estas novidades demoram tempo a cá chegar....
E a Isabel acertou outra vez !!!!
"Porque não querem"....pois, o pessoal gosta da rebaldaria.
Claro Julio!:)
Esta javardice do trânsito mal amanhado dá trabalho: andar meia dúzia de metros para deixar o carro bem estacionado (e assim poupar no ginásio), pensar nos outros mais vulneráveis que precisam dos passeios, acabar com as golpadas no transito, na ocupação as vias de emergência, o excesso de velocidade etc. .. é como se fosse uma "fatalidade", como se tivesse que ser assim.
Se calhar tem, porque os sinais de impunidade e de exemplo que deveriam vir de cima, não existem.
Estamos como que "condenadados" a um infindável número de "fatalidades".
Algumas acções positivas? E quais teriam sido essas pequenas maravilhas?
Feira do livro em Lisboa.
Alguém me pode dizer onde é que estas duas situações se combinam? Só mesmo os nossos autarcas... Não podiam esperar pelo Salão Erótico? Obrigado Câmara Municipal de Lisboa na pessoa do seu vereador da Cultura e obrigado APEL- Associação Portuguesa de Editores e Livreiros e bom apetite... Depois ficamos todos muito chocados com as professoras que se despem para as revistas.
http://lisboasos.blogspot.com/2010/05/feira-do-livro-em-lisboa.html
Houve pequenas acções que resolveram pequenos problemas de trânsito, sem custos elevados. A reorganização das faixas de rodagem na Rua Febo Moniz (entre a Avenida Almirante Reis e o Largo de santa Bárbara)terminou com os engarrafamentos caóticos em hora de ponta no Largo de Santa Bárbara. E apenas custou a repintura da faixa de rodagem. Há mais alguns exemplos, mas na globalidade está tudo na mesma.
Porquê? Muito simples: se existirem 50 lugares, e 100 moradores para estacionar o carro quando chegam a casa, metade deles estarão irremediavelmente condenados a estacionar de forma "irregular".
Ó Filipe Melo Sousa, por amor de Deus, mete uma coisa nessa cabecinha:
Nunca, mas nunca haverá lugares para todos os carros que entram ou para todos os que vivem na cidade. Simplesmente nunca haverá. É fisicamente impossível. Na minha rua, por exemplo, que nem é das mais caóticas de Lisboa, há um fulano que vive apenas com a sua mulher (duas pessoas portanto) e tem 3 carros e uma scooter.
Estás a perceber onde quero chegar, pá?
Porquê? Porque quando vivia no centro de Göteborg e chegava tarde a casa, tinha que ir deixar o carro a 1 -1,5 km de onde vivia.
Mas deixava-o sempre legalmente (como 99,9 % dos meus vizinhos). A alternativa era estacionar à "portuga" e no outro dia tinha um bilhete de 70 euros para pagar (e a pagar ninguém se escapa). Mas compreendo a autarquia de Göteborg....
O prédio onde vivia ocupava 17-18 metros de rua - vezes 12 fogos onde 11 tinham automóvel....é uma equação lixada de resolver.
Sim, havia garagens privadas mas custavam um balúrdio mensal e como esse dinheiro tinha muito mais piada de gastar noutras coisas....andava o 1-1,5 km e nunca achei que o problema fosse de mais alguém....senão meu.
deixe-se de fábulas. ninguém no seu perfeito juízo consegue viver sem um carro, nem deixaria os filhos andar de transportes públicos sozinho.
Neste ponto concordo inteiramente com a abordagem de "M Isabel G"; Não fazem porque não querem, porque falta coragem, porque é preciso pensar muito até encontrar alternativas criativas, credíveis e sustentáveis e porque quando são os outros a dar idéias, nunca prestam.
O país, as cidades e as pessoas convivem bem com esta bandalheira e aprenderam a ignorar os outros.
Ao nosso país e às nossas cidades aplica-se na perfeição a mais famosa das leis de Murphy "Nada está tão mau que não possa vir a piorar".
Caro Luis Alexandre,
o tal "amor à pátria" só tem tradução no "amor à selecção de futebol".
Entoam com lagrimita no olho o hino de Portugal e ignoram /desprezam a vicência em comunidade. São basicamente anti-sociais. Gente que se comporta como homicidas na estrada, que ignoram os outros, que desprezam quem cumpre as regras (como cidadão, contribuinte, etc.)
Um exemplo: nestes folclores episódicos de futebol vi ranchos de amantes da nação gritando pelo país. Se visse a javardice em que deixaram o local público onde tinham "amado Portugal", não queira imaginar.
Mas lá está, os sinais de impunidade, justiça, repressão, os exemplos no comportamento, têm que vir de cima. A sociedade tem que receber esses sinais.
Eu não mudo, mas este país de bandalheira tb não.
Filipe, obrigado pela consulta de psiquiatria gratuita!
vou comprar um carro e ficar bom..
Pois mas eu nem a 1,5km tenho onde estacionar, não há condições porque não há planeamento estratégico. apesar de praticamente não necessitar de carro em Lx, embora necessito, por vezes à noite, ou quando vou para fora, não existem condições de estacionamento.
Sou mais um dos que agradeço ao Filipe por diagnosticar a minha falta de juízo. Ando de TP há quase 50 anos, tenho um carro estacionado na garagem (sim, porque sou daqueles que antes de comprar o carro assegurei-me que tinha onde o estacionar, não fico à espera que os outros resolvam o meu problema) que uso muito esporadicamente.
E os meus 3 filhos andaram toda a vida de TP, muitas e muitas vezes sozinhos e todos sobreviveram (eu que os mandava de TP para ver se alguém me ficava com eles e os malandros regressavam sempre a casa sãos e salvos!)
Anónimo das 12:52 PM, grande sentido de humor :)
Confesso que sou ligeiramente mais egoista, eu e os meus filhos fazemos os nossos trajectos diários à pé (opção francamente melhor que a dos TP), apesar de também ter um carro.
Não tenho garagem, e por enquanto não pago para estacionar, mas nunca, seja porque razão for, deixo o carro estacionado sobre os passeios, passadeiras ou zonas onde possa prejudicar outras pessoas. Se tiver de deixar o carro a 1km de casa faço-o sem qualquer problema e quando tiver de pagar para estacionar...que seja, assim, também posso passar a exigir mais e melhor.
Luís Alexandre
Caro Luís Alexandre
No fundo a base de tudo é a educação que cada um teve. Para mim é impensável deixar o carro em cima da passadeira seja em que circunstância for. E cada vez mais, sinto pena de quem o faz, não pela atitude em sí, mas porque revela muito das suas deficiências em termos de formação.
uma pessoa tem má formação pelo facto que OUTROS (neste caso a CML) tenha suprimido lugares de estacionamento?
Caro Filipe,
Por muito chato ou injusto que seja, o espaço urbano existente para estacionamento nas ruas não é, nunca foi e nunca será suficiente para o nº de carros dos residentes e das milhares de pessoas que entram todos os dias em Lisboa.
Considero que não pode ser uma obrigação das Câmaras (no caso de LIsboa, da CML e da EMEL), arranjar lugares de estacionamento para todos, pela simples razão de não existir espaço para tal.
Pela minha parte vou usufruindo do espaço enquanto ainda é gratuíto, sem nunca perder a noção da razoabilidade, nem transferir para terceiros um problema que é meu.
Num futuro que considero muito próximo, deveremos passar a incluir no custo de ter um carro, as despesas com estacionamento, assim como já fazemos com os seguros, inspecção e manutenção.
Luís Alexandre
Uma pessoa tem má formação se não respeita os outros. Mais grave ainda quando inclui o desrespeito pela lei.
Carlos Leite de Sousa,
É isso tudo (falta de formação cívica, falta de educação e desrespeito pela lei), mas cada vez estou mais convencida que isto é gente com comportamentos anti-sociais...o que me parece mais grave e de difícil recuperação....
21 Posts!!! Não há dúvida que o Estacionamento é assunto "quente" em Lisboa.
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