A Carris quer suprimir algumas carreiras da sua rede a partir de sábado, tendo a Câmara de Lisboa concordado já com a extinção de cinco a seis percursos, disse hoje à agência Lusa o vereador da Mobilidade.
Segundo Fernando Nunes da Silva, as carreiras em causa não tinham utilização suficiente e incluíam, por exemplo, serviço da madrugada, uma rota que cruzava a cidade de uma ponta à outra e percursos mais recentes.
O autarca explicou que inicialmente a empresa queria extinguir 18 carreiras, intenção que comunicou à Câmara a 15 de fevereiro, ou seja, duas semanas antes da entrada em funcionamento do novo sistema (no próximo sábado).
O município demonstrou então a sua "recusa terminante" perante o fim de cerca de um terço dessas carreiras indicadas e a Carris "aceitou", tal como comunicado hoje ao executivo. Numa terceira situação ainda indefinida está outro terço dos percursos indicados.
"Não nos poderíamos pronunciar sem ter dados sobre a procura. Esses dados chegaram ontem [segunda-feira] e amanhã [quarta-feira] daremos uma resposta", indicou Nunes da Silva.
O autarca disse ser "lamentável" que, "perante uma intervenção com esta profundidade, num momento de acréscimo dos utilizadores dos transportes públicos", devido à crise, a Carris tenha dado conta das mudanças com apenas duas semanas de antecedência.
De acordo com o vereador, em alguns casos mais vale reduzir a frequência de passagem dos autocarros em linhas sobrepostas à do metro do que eliminar carreiras.
A supressão de serviços da Carris foi já criticada hoje na Assembleia Municipal pelo MPT, que questionou, sem sucesso, o presidente da autarquia sobre o assunto.
8 comentários:
E ainda assim a CML deixa acabar com o 745 para Santa Apolónia e o 781 aos fins de semana.
Cambada de otários.
Carreiras gratuitas para os noctívagos com dinheiro para frequentarem bares e discotecas, há.
Carreiras para o desgraçado que não tem outros meios de transporte, acabam.
Porreiro, pá.
Nem mais Filipe.
Transparência, Justiça e Liberdade - Em memória de Saldanha Sanches.
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Anónimo disse...
Carreiras gratuitas para os noctívagos com dinheiro para frequentarem bares e discotecas, há.
Explique lá isso. Se se refere ás carreiras 1 e 2 lembro que acabaram. E nunca foram uma vontade da Carris, foram uma imposição da Secretaria de Estado dos Transportes ficando a Carris obrigada a fazê-las sem receber nada por isso e ainda a ter que pagar agentes da PSP gratificados!!!
Se a Carris fosse privada não havia cá estas coisas...
Querem carreiras gratuitas? então paguem-nas. Não pagam não há carreiras gratuitas. Mas como o presidente da Carris e mais uns quantos que lá estão com cartão do PS perdiam o tacho se não fizessem o que lhes mandam...
Se acabaram foi recentemente, a 1 pelo menos havia há uns quinze dias.
E não me interessa muito se o dinheiro vem do Estado por um lado ou por outro, interessa-me o facto em si: acho inadmissível que quem tenha dinheiro para divertimentos não pague bilhete, enquanto quem utiliza a Carris para ir trabalhar (ou por necessidade) tenha de o fazer.
Concordo consigo, apenas quis dizer que nesse caso concreto a Carris não tem culpa. Foi obrigada a ter essas carreiras e com um horário mais completo que a própria Rede da Madrugada. É estupiudo mas é verdade. É o que dá os partidos arranjarem empregos para os amigos e colocá-los em áreas que não sabem nada, obviamente tinha que sair merda. Mas os eleitores portugueses gostam que seja assim, por isso que seja posta em prática a vontade da maioria.
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