A criação do Museu da História e da Cultura Judaica, anunciada pelo presidente da Câmara de Lisboa em Maio de 2008, não tem qualquer prazo previsto para a sua concretização. António Costa tem-se referido repetidamente à importância do projecto, mas até agora não há qualquer acordo entre a comunidade judaica e a autarquia para o levar por diante.
Em resposta a perguntas dirigidas ao gabinete do autarca em Dezembro, a câmara respondeu esta semana que não está orçamentada qualquer despesa relacionada com aquele museu. Além disso, "não existe nem foi encomendado pelo município" qualquer projecto para a sua instalação no prédio do Largo de São Miguel, em Alfama, comprado pela autarquia, em 2008, expressamente para o efeito.
A resposta enviada por email nega que haja, no que respeita à câmara, qualquer dificuldade de natureza financeira a entravar o projecto, acrescentando que, "a existir, [essa dificuldade] será da responsabilidade da comunidade judaica".
Esther Mucznick, uma das dirigentes dessa comunidade, disse ao PÚBLICO, em Janeiro, que o problema reside na falta de dinheiro "do lado da autarquia e do lado da comunidade", que "é pequena e não tem meios", acrescentando que é a ela que cabe a recuperação do edifício, actualmente muito degradado.
A partilha das responsabilidades no projecto ainda não foi, porém, contratualizada. "Não chegou a haver um protocolo. Discutiu-se, mas não foi nada assinado porque não tínhamos uma ideia dos custos, nem das possibilidades de financiamento." Esther Mucznick adiantou que está a ser feito um estudo prévio, por membros da comunidade, para avaliar o investimento, e que há contactos com organizações internacionais para saber das hipóteses de apoio financeiro.
Embora a comunidade entenda que as obras serão feitas por sua conta, António Costa anunciou em Janeiro de 2009, na presença do secretário de Estado do Turismo, que entre os numerosos projectos a financiar com as contrapartidas do Casino de Lisboa, se encontrava o da "criação" do Museu da História e da Cultura Judaica em Alfama, cuja candidatura acabara de ser aprovada pelo Turismo de Portugal.
"Não vamos deixar estas verbas a render no banco, vamos aplicá-las em projectos que vão render muito para a cidade", assegurou então o autarca. Um mês antes, em Dezembro de 2008, Costa afirmara, em reunião de câmara, que o museu vinha "reconhecer o contributo excepcional desta comunidade para Lisboa ao longo dos séculos, valorizar o seu espólio e contribuir para reabilitar e revitalizar esta zona da cidade, próxima do futuro terminal de cruzeiros".
Questionado pelo PÚBLICO sobre os prazos da concretização do projecto, o gabinete do autarca informou: "Estamos a aguardar que a comunidade judaica apresente uma proposta para analisar a eventual cedência do edifício e em que condições."
Referindo-se à falta de dinheiro "do lado da câmara e do lado da comunidade", Esther Mucznick considerou "muito triste que Lisboa continue a ser a única capital europeia sem um museu judaico".
Em resposta a perguntas dirigidas ao gabinete do autarca em Dezembro, a câmara respondeu esta semana que não está orçamentada qualquer despesa relacionada com aquele museu. Além disso, "não existe nem foi encomendado pelo município" qualquer projecto para a sua instalação no prédio do Largo de São Miguel, em Alfama, comprado pela autarquia, em 2008, expressamente para o efeito.
A resposta enviada por email nega que haja, no que respeita à câmara, qualquer dificuldade de natureza financeira a entravar o projecto, acrescentando que, "a existir, [essa dificuldade] será da responsabilidade da comunidade judaica".
Esther Mucznick, uma das dirigentes dessa comunidade, disse ao PÚBLICO, em Janeiro, que o problema reside na falta de dinheiro "do lado da autarquia e do lado da comunidade", que "é pequena e não tem meios", acrescentando que é a ela que cabe a recuperação do edifício, actualmente muito degradado.
A partilha das responsabilidades no projecto ainda não foi, porém, contratualizada. "Não chegou a haver um protocolo. Discutiu-se, mas não foi nada assinado porque não tínhamos uma ideia dos custos, nem das possibilidades de financiamento." Esther Mucznick adiantou que está a ser feito um estudo prévio, por membros da comunidade, para avaliar o investimento, e que há contactos com organizações internacionais para saber das hipóteses de apoio financeiro.
Embora a comunidade entenda que as obras serão feitas por sua conta, António Costa anunciou em Janeiro de 2009, na presença do secretário de Estado do Turismo, que entre os numerosos projectos a financiar com as contrapartidas do Casino de Lisboa, se encontrava o da "criação" do Museu da História e da Cultura Judaica em Alfama, cuja candidatura acabara de ser aprovada pelo Turismo de Portugal.
"Não vamos deixar estas verbas a render no banco, vamos aplicá-las em projectos que vão render muito para a cidade", assegurou então o autarca. Um mês antes, em Dezembro de 2008, Costa afirmara, em reunião de câmara, que o museu vinha "reconhecer o contributo excepcional desta comunidade para Lisboa ao longo dos séculos, valorizar o seu espólio e contribuir para reabilitar e revitalizar esta zona da cidade, próxima do futuro terminal de cruzeiros".
Questionado pelo PÚBLICO sobre os prazos da concretização do projecto, o gabinete do autarca informou: "Estamos a aguardar que a comunidade judaica apresente uma proposta para analisar a eventual cedência do edifício e em que condições."
Referindo-se à falta de dinheiro "do lado da câmara e do lado da comunidade", Esther Mucznick considerou "muito triste que Lisboa continue a ser a única capital europeia sem um museu judaico".
In Público
4 comentários:
Primeiro tem de ser a casa da viuda Pilar del Rio Trancão.
LOL qual é o interesse disto?? mais um xupador do contribuinte.
Querem o museu que paguem do seu bolso. judeus sempre a roubar as sociedades a seu favor
o número de iniciativas anunciadas e e que estão num impasse por falta de financiamento faz com que isto acabe por não ser notícia....
Porque não usam simplesmente as verbas do casino para saldar a dívida da CML?
Antes de criar mais museus, o Costa devia dar uma volta pela cidade e aperceber-se das prioridades tais como ruas esburacadas e cheias de lixo que ninguém recolhe.
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