05/09/2012

POSTAIS DA AVENIDA DA LIBERDADE







Foi isto, e muito mais, que fizemos à nossa Avenida da Liberdade. É assim que está a "Avenida" neste início do séc. XXI. De pouco valeu o estar "Em Vias de Classificação". Demolida, desvirtuada, banalizada, explorada. Está feia, decrépita, cada vez menos autêntica. E se não fossem as monumentais árvores ainda seria mais evidente - penosamente doloroso - a fealdade, a pobreza e a falta de coerência do conjunto. Fizemos muito para a desvalorizada e pouco para a proteger, qualificar. E agora como será sem protecção legal enquanto património cultural? Não deviamos iniciar já os processos administrativos de classificação dos edifícios notáveis que ainda restam? Não deviamos também começar a falar de demolição de pisos em excesso (o terrível edifício Xenon!), reformulação das pobríssimas fachadas dos anos 60/70/80? Não deviamos tudo fazer para  garantir que vamos restaurar o que resta de autêntico e bom do séc. XIX/XX? Será que conseguimos aprender com os desastrosos erros do passado que estão à vista de todos?!

2 comentários:

Anónimo disse...

Então e aqueles edifícios de chapéu novo, cinzentinho e que lhes fica tão bem?

Anónimo disse...

O problema é mesmo esse: nao são erros do passado, mas ainda do presente. Porque Manuel Salgado continua a autorizar que Lisboa seja destruída. Cada vez estamos pior. Da Avenida pouco resta.

Será que não lhes dói a alma e os olhos quando olham para a destruição de património que coninuam a causar? Chega!