19/09/2012

Protesto por estropiame​nto de cedro em Mtes. Claros

Exmo. Senhor Presidente

Dr. António Costa

CC: AML, Vereador Espaços Verdes, DMAU

Serve o presente para manifestarmos a nossa estupefacção pelo facto dos serviços afectos aos Espaços Verdes da CML, decorrido pouco mais de um mês sobre a publicação em Boletim Municipal do Despacho de V. Exa. relativo ao abate e substituição de árvores (aliás motivo do nosso regozijo); terem cortado de forma inexplicável os ramos de um lindíssimo cedro que há anos embeleza Montes Claros (foto em anexo, do "antes" e do "depois").

É confrangedor verificar-se que, apesar da publicação do Regulamento sobre Espécimes Arbóreos, em 2011, e apesar do Despacho de V.Exa., de Agosto passado, tudo continua na mesma em termos do dia-a-dia daqueles serviços. Parecem determinados em abater árvores porque são velhas e/ou retorcidas, ou porque ... "sim".

Foi Montes Claros, e tem sido assim em Monsanto e assim continuará a ser um pouco por toda a parte, como é do conhecimento de V.Exa. Até quando?

Melhores cumprimentos

Bernardo Ferreira de Carvalho, António Branco Almeida, Fernando Jorge, Artur Lourenço, Beatriz Empis, João Oliveira Leonardo e João Leitão

2 comentários:

Anónimo disse...

Nos últimos tempos as árvores da cidade de Lisboa têm vindo a ser atacadas por pragas de insectos, nomeadamente as Palmeiras(Escaravelho Vermelho)e os Cedros(Cinara cupressi), facto que pode ser verificado por quem circula na cidade. Provavelmente a intervenção sobre este Cedro ficou a dever-se ao facto de ele se encontrar doente.
O que me parece que continua a verificar-se é a falta de informação atempada sobre as intervenções a levar a efeito pelos Serviços da CML.
Pinto Soares

Anónimo disse...

A planta em questão nem sequer é é um cedro, nem tão pouco é da mesma família e no nosso país apenas desenvolve um porte de arbusto. Esta planta é da espécie Melaleuca armillaris, que é uma exótica originária do Sul da Austrália, desenvolvendo em algumas situações um carater invasivo, embora não tanto como a Melaleuca quinquenervia que até se encontra proibida na Florida/U.S.A.. É uma planta muito vulgar em jardinagem e nomeadamente até se fazem sebes com ela. Encontram-se diversos exemplares antigos no Miradouro de Montes Claros, que precisamente pelo seu tamanho e pela antiguidade têm sido preservados, no entanto todos os anos é preciso intervir, porque o seu crescimento é rápido e a madeira muito quebradiça. Como tal quando as pernadas ficam muito grandes têm de ser cortadas quando estão em risco de partir, como era o caso desta. É perfeitamente visivel no lenho da planta que o mesmo rachou e por isso as pernadas tombaram e ficaram prostradas no chão, podendo resvalar a qualquer momento sobre o banco. No ano passado colocaram-se tutores nas pernadas caídas de outra Melaleuca próximo desta, no entanto tiveram de ser suprimidas, uma vez que o perigo de queda, principalmente sobre crianças era muito grande. O interesse por preservar estes exemplares é grande, senão já não existiriam no local há muito tempo, pois têm sido feitos vários tratamentos fitossanitários para os preservar. Os serviços de manutenção do PFM, intervêm quando é urgente, porque acima de tudo está a segurança das pessoas, e nem sempre há tempo para colocar avisos à população.
Melaleuca armillaris
Kingdom: Plantae
Division: Magnoliophyta
Class: Magnoliopsida
Order: Myrtales
Family: Myrtaceae
Genus: Melaleuca
Species: M. armillaris
Binomial name
Melaleuca armillaris
(Sol. ex Gaertn.) Sm.

A propósito ninguém reparou nos cerca de 400 arbustos e herbaceas plantadas no último mês no Miradouro de Montes Claros ?????