Câmara de Lisboa tem 74 imóveis no mercado para arrendar ou vender
Por Inês Boaventura in Público
Um sorteio de habitações para jovens e a possibilidade de os inquilinos dos bairros municipais adquirirem as suas casas a prestações são outras das iniciativas lançadas pela vereadora Helena Roseta
À primeira vista, parece ser o site de uma qualquer agência imobiliária, mas não é: o Re-Habitar Lisboa foi criado pela autarquia para publicitar os imóveis municipais que se encontram disponíveis para comercialização. Neste momento, há 18 fogos para arrendar com valores inferiores aos de mercado e 56 edifícios em venda com pagamento diferido.
Através do endereço http://rehabitarlisboa.cm-lisboa.pt os interessados podem ficar a conhecer, através de informações escritas e de várias fotografias, os imóveis a cujo arrendamento ou compra podem candidatar-se. Entre os dados fornecidos encontram-se o ano de construção, a área, a tipologia, a localização e o estado de conservação das habitações. Naquelas que estão à venda e precisam de reabilitação são também apresentadas uma série de informações urbanísticas, como os usos previstos para o local e as possibilidades de construção.
Desde quinta-feira, há 18 habitações disponíveis na modalidade de "renda convencionada", com tipologias T0 a T3. As rendas variam entre os 260 e os 620 euros, valores que, na óptica da Câmara de Lisboa, são "inferiores aos praticados no mercado privado para a mesma tipologia e localização".
Ao arrendamento desses fogos, que se encontram em bom estado de conservação ou a precisar de obras valorizadas em mil euros (valor que é depois deduzido no valor da renda), podem concorrer pessoas singulares ou agregados familiares para quem a renda pedida represente 10 a 40 por cento do seu rendimento mensal bruto. "São pessoas que neste momento estão a ficar bloqueadas, porque não conseguem pagar a casa ao banco, não vão conseguir pagar as rendas decorrentes da Nova Lei do Arrendamento Urbano, ou jovens à procura da primeira casa", sintetiza a vereadora da Habitação, Helena Roseta.
As candidaturas estão abertas até 25 de Janeiro, realizando-se cinco dias depois o concurso para a sua atribuição. Os interessados podem visitar as casas, que ficam nas freguesias de Marvila (nove), Socorro (cinco), São Miguel (duas), Mercês (uma) e São Domingos de Benfica (uma), em datas predefinidas divulgadas no Re-Habitar Lisboa.
Já para quem está interessado em tornar-se proprietário de um imóvel na capital, a Câmara de Lisboa lançou o programa Reabilita Primeiro Pague Depois, através do qual se propõe alienar edifícios devolutos em mau ou muito mau estado de conservação, "com obrigação de realização de obras de reabilitação, com pagamento diferido para o termo do prazo contratual". Por enquanto há 56 imóveis disponíveis, em 25 das 53 freguesias de Lisboa, incluindo Lapa, Penha de França, Graça, Santa Maria de Belém e Lumiar.
Neste caso, os investidores devem comunicar à autarquia o seu interesse, o que funciona como uma espécie de barómetro para a realização futura de hastas públicas. Segundo a vereadora da Habitação, houve já "muitas demonstrações de interesse, umas largas centenas", devendo as primeiras 13 hastas públicas ser levadas à reunião camarária de 23 de Janeiro.
Todos os imóveis publicitados no Re-Habitar Lisboa incluem-se no chamado património disperso do município (fora dos bairros municipais), que integra mais de quatro mil fogos. Recentemente a Câmara de Lisboa promoveu uma outra iniciativa nesta área: lançou um concurso para a venda de 26 habitações a jovens, que recebeu 47 candidaturas. Helena Roseta não considera o número baixo e diz até que estava à espera de menos candidaturas, dada a "dificuldade enorme de aceder ao crédito".
Quanto aos bairros municipais, onde tem mais de 23 mil fogos, em 2013 a autarquia vai permitir a 1579 moradores dos bairros de Algueirão, Alto do Chapeleiro, Armador e Boavista que adquiram os fogos onde vivem através de um pagamento faseado. Ao longo dos próximos anos essa possibilidade será alargada aos restantes inquilinos da autarquia.
Chaves de 800 casas devolvidas
O projecto Casas para quem precisa, lançado em 2011 para verificar quem ocupa as habitações da Câmara de Lisboa e quanto paga de renda, ainda está em curso mas já teve resultados práticos. De acordo com a vereadora da Habitação, a análise já concluída de cerca de dez mil processos permitiu à autarquia recuperar "mais de 800" fogos. Segundo diz eram casas que estavam desocupadas por vários motivos (nomeadamente porque os seus inquilinos tinham morrido, emigrado ou mudado de casa), mas cujas chaves nunca tinham sido devolvidas ao município. "É preciso andar sempre em cima", conclui Helena Roseta, lembrando que há mais de três mil pedidos de habitação feitos por pessoas carenciadas aos quais ainda não foi possível dar resposta.
12 comentários:
Eu estou neste momento sem casa nunca tive uma tenho 2 menores na minha companhia e existe tanta casa vazia pfvr ajudem-me
como posso saber as casas que estão para arrendar e os preços? preciso de um t1 com quintal ou terraço
BOA NOITE GOSTARIA DE SABER A ONDE ME POSSO DIRIGIR PARA ME CANDIDATAR A UMA CASA DA GEBALIS
Boa noite preciso de saber como posso fazer para ter um desdobramento de minha mãe, tenho um filho e marido ainda estou na casa da minha mãe mas já não há condições para aqui estar como fazo para pedir a minha própria casa
Boa noite por favor ajudem me como posso fazer ium pedido de casa para oter casada câmara ou gebalis? Tou farta de procurar cada mas as rendas sao absurdas e tenho um bebe preciso de um lar ganho 550euros e nao chega pra alugar uma casa de senhorio e caríssimo...por favor ajudem me
A 7 anos que estou a espera de uma casa da camara municipal de Lisboa, ja me candidatei a tudo o que sao novas inscrições, renovacoes, bolsas territoriais tenho 2 meninas recebo o ordenado mínimo e ainda levei uma resposta em Setembro de 2013 pela parte de uma assistente social... que me disse para ir a santa casa que la tambem alugavam casas... hoje em dia para dar um lar com condições as minhas filhas pago 300€ de renda com um ordenado de 530€... e inadmissivel onde ha tanta casa fechada ou dada a quem para além de nao a saber estimar por vezes nem renda pagam... ajudem-me a conseguir um lar para as minhas filhas com dignidade e sem ter que dar mais de metade do meu ordenado a um senhorio particular... obrigado
Tenho 2 filhos menores com 11 e 6 anos sou mãe solteira,a trabalhar e a ganhar o ordenado mínimo a pagar uma renda de 300€ e a espera de um casa da câmara...e pergunto como é possível isto,pago os meus impostos,desconto para o país e quando vou pedir ajuda,essa ajuda é me recusada,pois a vossa prioridade é darem as casas aos ciganos k não pagam impostos que por vezes acabam por estragar as habitações,e nem sequer se dignam a pagar o mínimo de renda que lhes dão...Vergonhoso este país
Eu tenho três filhas sou casada e estou desempregada o meu marido esta ifectivo no seu trabalho ganha 570€ de ordenado e tive que vir viver com o meu tio mas a casa e um t1 mas antes de vir para aqui eu pagava 300€ para um t2 bem pequeno e também estive escrita na câmara durante 11 anos e nunca me deram nada estou a presisar de uma casa e também falei cara a cara com a Dona Helena roseta que disse que me ia ajudar ha quatro anos atras e até agora nada na altura estava a viver numa na vila dias em Xabregas e nunca quiz saber queria ver essa gente estar numa situação destas para darem valor
tiramra-me a casa nem quiseram falar comigo pra fazer um acordo no mes seguinte uma pessoa de etnia sigana arronbou a porta de ferro que puseram e entrou nunca o puseram na rua isto e o pais que temos eles nao querem saver das pessoas
Boas. Ja te respo deram? Estou exatamente na mesma situaçao. O que me disseram foi que tinha de aplicar para as casas que a camera municipal de lisboa tem disponiveis. Ja la vai um ano de plicaçoes e nada...
Boa tarde gostaria de me candidatar a uma casa porque tenho 4 filhos e a casa onde vivo é um t2 seja qual for o preço da renda aguardo uma resposta
Guilherme Rocha
Moro numa Habitação Social cedida pela Camara Municipal de Lisboa, em 1997 após a morte de duas Sobrinhas minhas.
Desde essa data, que tenho sempre vivido numa Habitação de Cedência Precária cedida pela Camara Municipal.
A Última é na Alta de Lisboa, Centro, onde apesar dos meus esforços em criar uma boa vizinhanças sou criticado por o fazer.
Agora querem que faça um Contrato de Arrendamento nestas condições desprezando o que se depreende e compreende, sobre o Direito a viver em paz e sossego.
Teria muito, mas mesmo muito mais a Dizer, não o faço por entender que há maus da fita. Mas, também os há Bons.
Não quero estar a viver nestas condições, quero uma casa em que me sinta Bem e não uma casa imposta pelas Leis, criadas maneira das conveniências, de interesses pessoais.
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