Um edifício próximo do actual
local de ensino, com "condições de rápida ocupação" e "espaços
exteriores" são os motivos apontados pela direcção da escola, numa carta
enviada aos pais.
A Associação Pró-Infância Santo
António de Lisboa (APISAL) enviou uma carta aos encarregados de educação, na
qual justifica a possível escolha do antigos Hospital Miguel Bombarda para
acolher os seus serviços e alunos enquanto decorrem obras de requalificação.
Entre as razões apontadas, destacam-se as “condições de rápida ocupação” e a
proximidade com o atual estabelecimento de ensino. Espaço exteriores e a
capacidade de suportar as “respostas sociais existentes” são outras das
exigências.
O
documento, datado de 16 de junho e a que o Observador teve acesso, vem na
sequência de obras profundas no edifício escolar, na Avenida Almirante Reis,
que estão previstas começar em setembro. O período de reabilitação vai
corresponder a aproximadamente 18 meses. O antigo hospital é uma das hipóteses,
a outra é um palacete em Santa Apolónia, mais longe das atuais instalações da
APISAL.
A
situação em causa implica o realojamento da escola primária — ora para os
edifícios do antigo Hospital Miguel Bombarda ora para o Palacete Quaresma, na
zona de Santa Apolónia, atualmente à venda por 3,4 milhões de euros. O
processo, noticiado pelo Observador na segunda-feira, obriga à “mudança
temporária para outras instalações” num período de “interrupção letiva”.
Apesar
das condições propostas pela direção, recorde-se que o Hospital Miguel
Bombarda, um dos locais indicados no documento, necessita de intervenções,
nomeadamente nos telhados e tetos danificados. A APISAL afirma estar ainda
em contacto com outras entidades — Santa Casa Misericórdia de Lisboa, Exército,
Patriarcado de Lisboa, Agrupamentos Escolares e Proprietários privados.
Em
carta, a direção escolar propõe-se a esclarecer os encarregados de educação
esta terça e quarta-feira, em dois horários distintos, pedindo ainda a
compreensão e colaboração de todos os intervenientes no processo que tem como
grande objetivo “o desenvolvimento global e harmonioso das nossas crianças”.
Uma equipa estará, por isso, “disponível para esclarecimento de eventuais
dúvidas que possam surgir após a leitura desta comunicação”. Aos pais e
encarregados de educação, a entidade de âmbito educacional pede “que acreditem
e abracem este projeto que acima de tudo é pensado para as nossas crianças!”.
Um
dos encarregados de educação ouvido pelo Observador considerou “inadmissível
esta comunicação em julho, quando havia rumores há vários meses e os
funcionários foram avisados antes dos pais”. Alguns dos problemas que os pais
apontam é a distância de qualquer uma das opções, em relação à localização
atual (em plena av. Almirante Reis), e piores acessos de transportes públicos.
2 comentários:
A APISAL não é uma escola primária, é uma IPSS com serviço de creche e jardim-de-infância.
Mas não se trata de um privado?
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