03/08/2014

"Crescimento da emigração é maior do que o de residentes em Portugal"....


"Há 2,3 milhões de pessoas nascidas em território português 
espalhadas por todo o mundo. O número tem aumentado 
cada vez mais. Em dez anos, o total de emigrantes cresceu 
18%, enquanto os habitantes só aumentaram 7%
Agosto, "mês dos emigrantes" portugueses que chegam de todas as partes do mundo. Maioritariamente viajam da Europa, mas o leque de destinos tem vindo a alargar-se, sublinham os especialistas. A população portuguesa emigrada tem crescido mais do que a população residente em Portugal, o que se torna num problema sociodemográfico.
Entre 1990 e 2010, a percentagem de emigrantes aumentou 18%, enquanto o número de habitantes subiu 7%. Um crescimento que se deve aos imigrantes, fluxos que abrandaram significativamente nos últimos anos, os nascimentos têm diminuído. E, no último ano, bateram-se todos os recordes nas saídas dos nacionais, 128 mil, segundo o Instituto Nacional de Estatística (estimativas do inquérito ao emprego), ou 110 mil, diz o Observatório da Emigração (dados dos institutos de estatística dos países de destino). Qualquer dos valores são elevados e lembram as saídas na década de 1960, caracterizadas pela emigração."

in DN 2014-08-03
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A bola de neve continua a crescer porque maioria da juventude que sai hoje....não vai voltar.
Com a baixa natalidade que já leva 40 anos (?)....daqui a duas décadas quem é que vai pagar as reformas de uma população envelhecida ?

"Em 1970, havia 33 pessoas maiores de 65 anos por cada 100 com menos de 14. Em 2013 a proporção era de 133 para 100." 
in Público 2014-08-03

2 comentários:

Anónimo disse...

E boa questão. Ora,a imigração a convite deste governo... atingiu taxas elavadíssimas neste triénio de gente nova e com formação superior.

Anónimo disse...

é engraçado ver a preocupação aqui de alguém saiu de Portugal há muitas décadas...

a verdade é que não vai haver reformas. quer dizer, a única reforma que vai haver vai ser a reforma do sistema nacional de pensões, que vai deixar de existir (como o conhecemos)....

e ainda bem!

um sistema, e falo do sistema nacional de pensões, que foi baseado num esquema de pirâmide, em que as pessoa tiram mais do que aquilo que põem não podia durar muito. as gerações que entraram no princípio saíram beneficiadas, as gerações de hoje e de amanhã saem desfalcadas.

a pirâmide neste caso é uma pirâmide demográfica, e quando não é possível angariar novos membros, o esquema, tal como todos os esquemas de pirâmide, rebenta.

o irónico é que o sistema nacional de pensões é uma das razões da baixa natalidade. houve tempo em que a melhor garantia de uma velhice confortável e com dignidade eram os filhos. a partir do momento em que a responsabilidade de planear o sustento da velhice passou para o estado as pessoas ficaram com menos uma razão para ter filhos...

e enganam-se aqueles que julgam que são as dificuldades financeiras que levam à baixa natalidade. basta ver o que se passou com os nossos avós, em que dinheiro não havia mas as casas estavam cheias de filhos. hoje, quando há dinheiro, compra-se um carro novo ou vai-se de férias para o estrangeiro. portanto não é o dinheiro extra que vai aumentar a a natalidade...

portanto ou se abrem as portas à imigração para arranjar mais membros para alimentar a pirâmide, ou muda-se o pacto social entre gerações que existe...