Eng. Carlos Moedas,
Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos,
Exma. Sra. Vereadora do Urbanismo
Eng. Joana Almeida
CC. AML, MC, JF e media
É com espanto que, mau grado a experiência traumática para os lisboetas, que é o excesso de construção em altura do novo hospital da CUF, em Alcântara - justificada pela anterior vereação como tendo sido um engano (propositado?) do projectista, que terá submetido à CML imagens e projecções virtuais desfasadas da realidade, permitindo-se assim obstruir as vistas do miradouro das Necessidades -, constatamos o aparecimento de mais um projecto que, objectivamente, obstrui as vistas de um miradouro, na circunstância as que se usufruíam desde o patamar-miradouro da Capela de Santo Amaro (MN).
Como as fotos ilustram, neste projecto do atelier Saraiva & Associados (https://www.saraivaeassociados.com/pt-pt/project/edificio-de-escritorios-alcantara/), trata-se mais uma vez de excesso de construção em altura, pois bastaria que as novas construções tivessem menos 1 piso do que têm, para que não obstruíssem as vistas que te tinham do miradouro para Alcochete.
Acresce que estas novas construções ainda “invadem” o espaço público, uma vez que os seus perfis estão sobre o passeio do lado da Avenida da Índia. Será que a CML também não se apercebeu da situação?
Serão estas situações legais, à luz do Regulamento do PDM e da própria Lei de Bases do Património Cultural?
Fazemos votos para que doravante não se aprovem projectos que estragam o sistema de vistas de Lisboa que o PDM consagra e afirma defender através do Plano Verde coordenado pelo arq. Gonçalo Ribeiro Telles em 1994, que hoje engloba 85 pontos (PDM de 2012) que permitem, recorde-se, as relações visuais com a paisagem urbana e o rio, e as vistas do subsistema da frente-rio!
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Maria Ramalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Inês Beleza Barreiros, Miguel Atanásio Carvalho, Ana Celeste Glória, Gonçalo Cornélio da Silva, Jorge Pinto, Pedro Fonseca, Helena Espvall, António Araújo, Cláudia Ramos, Rui Martins, José Maria Amador, Pedro Jordão, Irina Gomes, Carlos Boavida, Fátima Castanheira, Maria do Rosário Reiche, Madalena Martins, Pedro Formozinho Sanchez
1 comentário:
É poucochinho. Maior firmeza e antecipação precisa-se.
A Ribeira de Alcântara não merecia e um dia voltará à superfície.
Presidentes de Câmara em Lisboa serão precisos?
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