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04/05/2022

Pedido de Planos de Salvaguarda para Bairros das Estacas, Colónias e Alfama, Castelo e Mouraria

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas,
Exma. Sra. Vereadora do Urbanismo
Eng. Joana Almeida


C.C. AML, JF e Agência Lusa

Considerando que se tem vindo a assistir nos bairros históricos de Alfama, Castelo e Mouraria, a um cada vez maior número de construções novas e ampliações, a nosso ver desmedidas em termos volumétricos, estéticos, materiais usados e respectivos acabamentos, tornando assim contraditórios e ineficazes os Planos de Urbanização dos Núcleos Históricos em vigor (constituídos em 1997 e actualizados, a nosso ver, mal, em 2014) no que concerne aos seus termos de referência e objectivos prévios, ou seja, a salvaguarda destes bairros;

Tendo em conta que se encontra em elaboração o Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana da Colina do Castelo (PPRUCC), sintetizando, de certa forma, os Planos de Urbanização dos Núcleos Históricos (PUNH) acima referidos;

Considerando que o Bairro das Estacas e o Bairro das Colónias se encontram Em Vias de Classificação pela Direcção-Geral do Património Cultural, por via da publicação em DR dos Anúncios nº 51/2021 (DR n.º 53/2021, Série II, de 17 de Março) e nº 280/2021 (DR nº 246/2021, Série II, de 22 de Dezembro), respectivamente;

Estamos convictos que só por via da figura de Plano de Pormenor de Salvaguarda se poderá garantir regulamentação específica e directa quanto à preservação e valorização de facto dos bairros Em Vias de Classificação e da malha urbana histórica objecto daqueles PUNH, nomeadamente pela criação de um conjunto de directrizes do que se pode ou não ser feito aos edifícios, no exterior (cores e outro tratamento de fachadas, natureza dos rebocos, perfis/caixilharias de vãos de portas e janelas, mansardas, telhas de coberturas, fecho de varandas, clarabóias, chaminés, etc.) e interior (átrios, caixas de escadas, compartimentação original de espaços / divisões, soalhos, estuques, etc.).

Porque se nada fizermos para reposicionar Lisboa nos padrões europeus de reabilitação urbana, daqui por uma década a nossa capital será simplesmente conhecida pelo seu baixo nível de autenticidade, com pouco mais que construções novas que aproveitam fachadas antigas. É este tipo de empobrecimento patrimonial que queremos para as futuras gerações?

Assim, apelamos a V. Exas. para que dêem indicações aos serviços da CML no sentido de elaborarem, tão cedo quanto possível, Planos de Pormenor de Salvaguarda para os Bairros das Estacas e das Colónias, Alfama, Castelo e Mouraria, assim como actualizar os termos de referência do PPRUCC de modo a que também este novo plano contemple uma vertente de Salvaguarda.

Juntamos imagens de alguns exemplos de intervenções recentes que a nosso ver são altamente questionáveis, ao adoptarem linguagens e acabamentos em clara ruptura com o ambiente urbano histórico consolidado respectivo, o que contradiz as regras mais elementares das cartas internacionais de gestão de centros históricos, de que Portugal é país signatário!

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Fernando Jorge, Maria Teresa Goulão, Inês Beleza Barreiros, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Rui Martins, Virgílio Marques, José Maria Amador, Pedro Cassiano Neves, Vítor Vieira, Martim Galamba, Cláudia Ramos, António Araújo, Maria do Rosário Reiche, Miguel Atanásio Carvalho, Carlos Boavida, Madalena Martins, Jorge Pinto, Fátima Castanheira, Gustavo da Cunha, Pedro Formozinho Sanchez

Fotos 1-2: Rua Costa do Castelo (fonte: Floornature)
Foto 3: Largo Chafariz de Dentro (in facebook do hostel respectivo)
Foto 4: Calçada de Santo André (in Google Stree View)
Foto 5: Rua de São Tomé (in skyscrapercity)

30/03/2021

Bairro das Estacas Em Vias de Classificação pela DGPC - Apelo a Regulamento e Gabinete de Apoio Local

Exmo. Senhor
Director-Geral do Património Cultural
Eng. Bernardo Alabaça


CC. PCML, AML, JF Alvalade e media

No seguimento da publicação em Diário da República do anúncio nº 51/2021 relativo à abertura do procedimento de classificação do “Bairro das Estacas”, em Lisboa, anúncio que saudamos de forma efusiva, por se tratar de um anúncio há muito esperado e correspondendo, assim, ao anseio de muitos e a expectativas com várias décadas,

Apelamos a V. Exa. e a essa Direcção-Geral para que, a fim de se evitarem os mesmos erros e omissões que permitiram que conjuntos Em Vias de Classificação, ou até já classificados, de Interesse Público ou Municipal, fossem sendo alterados e desfigurados de forma irreversível ao longo de todo o processo de classificação e inclusive depois desta se verificar (ex. o Bairro Alto teve despacho de abertura em 2005 mas só foi classificado em 2010, o Bairro Azul 2005/2009, ou no Bairro do Arco do Cego em que as alterações profundas ocorridas provocaram até a revogação da sua classificação!),

Desenvolvam, desde já, o necessário Regulamento, em conjunto com a CML e a JF, com imediata aplicação após a finalização da classificação, regulamento esse sem o qual esta classificação não passará de um anúncio em D.R.

Desse Regulamento deverá constar uma série de regras, recomendações e incentivos aos moradores e aos proprietários, com vista à boa conservação do Bairro das Estacas e à recuperação do projecto original da autoria dos arq. Sebastião Formozinho Sanchez e Ruy Jervis Athouguia, e à sua divulgação por todos quantos habitam, trabalham e visitam a cidade de Lisboa, por forma a ser totalmente assegurada a remoção das marquises das varandas, a reposição dos materiais e dos elementos originais em portas e janelas, a remoção da tinta com que se pintaram muitas das pedras rústicas das fachadas, a remoção de antenas de televisão e aparelhos de ar-condicionado de varandas e coberturas, a harmonização de toldos, etc.

Voltamos a sugerir à DGPC, em sintonia com a CML e a Junta de Freguesia de Alvalade, e o envolvimento directo dos moradores, a criação de um Gabinete de Apoio Local do Bairro das Estacas, entidade que assumiria como desígnios divulgar e esclarecer os moradores sobre os planos, projectos e obras municipais, e as boas-práticas em termos da manutenção e conservação do edificado, do mobiliário urbano e dos respectivos logradouros, concebidos pelo arq. Gonçalo Ribeiro Telles, no sentido de uma plena consciencialização da comunidade dos valores modernos de urbanismo, de paisagem e de arquitectura, que são património do bairro e da cidade, e por isso Conjunto de Interesse Público.

Chamamos ainda a atenção de V. Exa. para a necessidade de se avançar igualmente com a classificação do importantíssimo Bairro das Colónias, cujo requerimento de abertura de classificação foi por nós remetido a essa Direcção-Geral em 2018, e aguarda ainda a sua decisão pelo CNC.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Inês Beleza Barreiros, Júlio Amorim, António Araújo, Pedro Henrique Aparício, Pedro Jordão, Teresa Silva Carvalho, Virgílio Marques, Gustavo da Cunha, Maria do Rosário Reiche, Pedro Cassiano Neves, João Oliveira Leonardo, Jorge Pinto, Fátima Castanheira, Marta Saraiva e Fernando Jorge

Foto: Arquivo Municipal de Lisboa

31/07/2020

Obras Escola Primária Teixeira Pascoaes - pedido de NÃO demolição parcial


Exmo. Senhor Director-Geral do Património Cultural
Eng. Bernardo Alabaça

CC. PCML, AML e media

No seguimento de notícias vindas hoje a público dando conta das obras na Escola Primária de Teixeira de Pascoaes, projectada pelo arq. Rui Jervis d'Athouguia em 1956, junto ao Bairro das Estacas, em Lisboa, e estando aquela escola Em Vias de Classificação por essa Direcção-Geral desde Abril do presente ano (Despacho de Abertura Anúncio nº 81/2020, DR, 2ª Série, nº 75, de 16-04-2020);

E considerando que nas obras em curso irão ser demolidas as grelhagens características dos pátios interiores da escola (fotos em anexo), assim desenhadas pelo Arquitecto, demolições essas constante do projecto de alterações durante a execução da obra, mas posteriores ao projecto submetido oportunamente a essa Direcção-Geral, e que foi objecto do v/parecer em Dezembro de 2019;

Alerta-se para o facto de nas obras provisórias na parte do edifício que ainda vai estando ocupado por atividades lectivas existem demolições já concretizadas e alteração dos elementos de apoio das salas, desenhados na confluência das zonas próximas das salas (os bancos das salas) e que já não poderão certamente ser repostos de acordo com o projeto de arquitetura implementado neste modelo emblemático do movimento de arquitetura moderna. 

Solicitamos a melhor intervenção de V. Exa. no sentido de impedir a demolição (escusada) das grelhagens dos pátios interiores daquela escola, por se tratar de destruição de património Em Vias de Classificação.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Pedro Aparício, Fernando Jorge, José Morais Arnaud, Virgílio Marques, João Oliveira Leonardo, Pedro Jordão, Paulo Lopes, Júlio Amorim, António Araújo, Pedro Fonseca, Guilherme Pereira, Henrique Chaves, Manuel Moreira de Araújo, Fátima Castanheira, Jorge Pinto, Irene Santos

04/11/2019

Candeeiros de marmorite - pedido de plano de intervenção de recuperação e modernização à CML


Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina


C.c. AML, JF Alvalade e Areeiro, media

Contactamos mais a Câmara Municipal de Lisboa, na figura do seu Presidente, chamando a atenção de V. Exa. para a necessidade de, finalmente, a autarquia de Lisboa implementar um plano de recuperação e salvaguarda do universo dos candeeiros em marmorite decorrentes do Plano de Alvalade.

Como é do conhecimento de V. Exa. o abate destes candeeiros não é de agora mas tem-se intensificado no decorrer das últimas décadas – justo será recordar o seu momento mais lamentável e caricato, a célebre operação de abate e substituição dos candeeiros da Avenida de Madrid, há cerca de 15 anos, em que ora eram colocados novos candeeiros pela empresa dona da empreitada, ora a CML suspendia a operação por a mesma não ter sido despachada superiormente, e à força da oposição dos moradores, chegando a co-existirem nesse arruamento, durante vários meses, dois tipos de candeeiro diferentes, uns em marmorite, de um lado da rua, outros em chapa galvanizada, do outro lado, sendo que no fim falou mais alto a empreitada de abate e os de marmorite foram integralmente removidos.

Desde essa altura que procuramos saber as razões que levam a que esses candeeiros de marmorite sejam sistemática e paulatinamente substituídos por outros de menor qualidade e de muito menor via útil, e o que apurámos foi:

1. Os candeeiros de marmorite são considerados feios porque estão sempre sujos, são perigosos porque as suas portinholas têm sido roubadas e os fios eléctricos ficam ao alcance das crianças, são facilmente derrubáveis por árvores e acidentes de viação, e são obsoletos face às normativas comunitárias e por isso não são amigos do ambiente.
2. A CML durante todos estes anos não tem promovido, como seria sua obrigação, a limpeza e a manutenção dos candeeiros de marmorite, nem a modernização das suas luminárias, adaptando-as às novas tendências de mercado, facto que nos parece inexplicável uma vez que não só a firma que os construiu (CAVAN) continua operacional e a fazer essa limpeza, manutenção e modernização um pouco por todo o país, como os candeeiros de marmorite são perfeitamente compatíveis com essas novas tendências.
3. Não existe nenhum registo de queda de candeeiros de marmorite por queda de árvores ou acidente rodoviário, nem existe qualquer registo de acidente com cidadãos, por contacto com os fios eléctricos, nada.
4. Os candeeiros de marmorite colocados um pouco por todos os bairros residenciais da cidade de Lisboa desde os anos 40, foram-no no seguimento dos planos urbanísticos de Alvalade e do Restelo, e por isso têm a estética modernista que conhecemos, sendo indissociáveis desses mesmos Planos, e foram-no por serem de um material mais barato e resistente do que o ferro das antigas colunas de iluminação, dada a dimensão das empreitadas urbanísticas da altura.
5. A concepção destes candeeiros envolveu um processo apurado de fabrico tendo em conta as enormes quantidades de candeeiros de que Lisboa precisava, quer a nível de "design" mas também no que toca à sua dimensão e à sua relação com o local e a envolvente onde foram colocados.
6. Assim, conseguimos identificar claramente candeeiros com fuste simples, duplo e quádruplo; luminárias achatadas e em “nabo”; base em “bolacha” simples, dupla ou tripla, base quadrilátera; fuste rectilíneo e arqueado; existindo mesmo um modelo de candeeiro especialmente criado para uma rua, o modelo “Guerra Junqueiro”, tal foi a preocupação com aquele arruamento em honra do poeta de Freixo de Espada-à-Cinta, que, como é do conhecimento de V. Exa., por isso mesmo tem freixos ao longo dos seus passeios exactamente.
7. A generalidade dos candeeiros de chapa galvanizada com que se tem substituído os candeeiros de marmorite é de uma má qualidade evidente, quer no que se refere à sua relação estética com os arruamentos e com o edificado dos bairros resultantes dos dois Planos já referidos (ex. candeeiros aplicados directamente sobre a pedra da calçada, sem qualquer base, candeeiros altos onde se exigiria baixos e o contrário, candeeiros com modelos os mais variados na mesma rua/praça), quer quanto ao seu próprio estado de conservação (corrosões graves após poucos anos de vida, fios também à mostra, etc.) e com a própria qualidade da iluminação (muitas vezes iluminam as fachadas dos prédios e as próprias divisões dos apartamentos, em vez dos passeios e dos automóveis estacionados, por ex.).
8. O argumento da incompatibilidade do compartimento eléctrico original com os procedimentos actuais, não colhe, uma vez que as portinholas do compartimento eléctrico dos candeeiros de marmorite asseguram as protecções exigidas nomeadamente: IP 45 (NP EN 60529) e IK 10 (NP 50102). As definições, termos, dimensões, tolerâncias, especificações e controlo de qualidade são regidos de acordo com as normas: DMA - C71 - 510-E - OUT.1994 (EDP); DMA - C71 - 520-E - OUT.1994 (EDP); DMA - C71 - 521-E - JUL. 1999 (EDP); NORMA EUROPEIA EN 40.
9. E também não colhe o argumento segundo o qual as luminárias existentes "não apresentam as condições mínimas requeridas para uma qualquer instalação de Iluminação Pública minimamente exigente", porque é a própria CML que tem vindo a actualizar as luminárias de antigas colunas e consolas de iluminação pública de Lisboa, candeeiros históricos em ferro que ganham nova vida graças precisamente ao investimento na manutenção e na actualização técnica.

Por falta de meios para um inventário a nível de toda a cidade, focámo-nos nos candeeiros de marmorite existentes em Alvalade e no Areeiro, tendo chegado à conclusão que existem cerca de 1.250 candeeiros nestes dois bairros, e nesse sentido temos o prazer de remeter junto um quadro com a respectiva discriminação.

Posto isto, serve o presente para solicitar à Câmara Municipal de Lisboa, que até final do presente mandato, aprove e dê início à implementação de um plano de intervenção para a recuperação e modernização dos candeeiros de marmorite existentes em Alvalade e no Areeiro, com especial enfoque e urgência, pelo seu simbolismo enquanto peças integrantes das respectivas unidades urbanas, aos candeeiros do Bairro das Caixas, Bairro de São Miguel, Bairro das Estacas e da Avenida Guerra Junqueiro.

Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Rui Pedro Martins, Miguel de Sepúlveda Velloso, Helena Espvall, Miguel Atanásio Carvalho, João Oliveira Leonardo, Pedro Jordão, Virgílio Marques, Maria do Rosário Reiche, Maria João Pinto, Júlio Amorim e Carlos Moura-Carvalho

19/07/2018

Bairro das Estacas - Apelo à criação de Gabinete de Apoio Local, Classificação, Regulamento e Prémio


Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina

Cc. AML, JF Alvalade, Vereador MS e media


Como é do conhecimento de V. Exa., o “Bairro das Estacas” é uma das mais bem-sucedidas iniciativas da Câmara Municipal de Lisboa (CML) em prol da habitação na cidade, e uma das maiores criações do arq. Ruy Jervis d’Athouguia (projecto de 1949, em parceria com o arq. Sebastião Formosinho Sanchez), cujo centenário se comemorou durante o ano passado.

Contudo, por força de vicissitudes várias, e apesar do Bairro ter sido premiado a nível local (Prémio Municipal de Arquitectura em 1954) e internacional (Bienal de São Paulo em 1950), o mesmo tem vindo a sofrer variadíssimas alterações ao longo dos anos, muitas delas profundamente intrusivas, que o empobrecem e desfeiam e que importa corrigir.

A poucas semanas dos doze anos sobre o desaparecimento de Ruy Jervis d’Athouguia (21 de Julho) e numa altura em que a Junta de Freguesia de Alvalade se prepara para intervir nos espaços verdes do Bairro (projecto, recorde-se, da autoria de Gonçalo Ribeiro Telles, em 1953);

Propomos a V. Exa., Senhor Presidente:

1. A classificação do Bairro das Estacas como Monumento de Interesse Municipal.

2. A criação pela CML de um Gabinete de Apoio Local do Bairro das Estacas, entidade que, à semelhança da experiência extremamente bem-sucedida do GALNOV (criado pela CM Oeiras em 2002 para o bairro residencial de Nova Oeiras), assumiria como desígnios:

- Divulgar e esclarecer os moradores sobre os planos, projectos e obras municipais, conducentes à gradual e planeada recuperação física e ambiental do Bairro das Estacas;
- Dar apoio e informação às iniciativas dos moradores e proprietários em relação a quaisquer obras, de alteração, de recuperação, que pretendam levar a cabo no Bairro;
- Divulgar e fornecer aos utentes os documentos reguladores dessas iniciativas (alterações, recuperações, etc.), nomeadamente os que orientam as frequentes obras de alterações de fachadas;
- Contribuir, através de actuações e campanhas diversas, em colaboração com os moradores, para a conscencialização da comunidade dos valores modernos de urbanismo, de paisagem e de arquitectura, que são património do bairro, procurando encaminhar da melhor forma toda a sua necessária renovação e actualização material e vivencial.

3. A elaboração do respectivo Regulamento.

4. Finalmente, a criação de um Prémio Municipal de Recuperação.

Apelamos ainda a V. Exa. para a necessidade de a CML se juntar à JF Alvalade na requalificação prevista por esta para os espaços verdes do Bairro, e assegurar o acompanhamento dos trabalhos pelo atelier paisagista de Ribeiro Telles, facto que, ao contrário do que foi noticiado, não corresponde neste momento à realidade.

E que uma vez comprovado o sucesso deste Gabinete, a CML proceda de igual maneira relativamente ao Bairro Lopes e ao Bairro Azul, este último já classificado em 2011 como de Interesse Municipal, mas em que os atropelos ao bom urbanismo se continuam a verificar, dada a inexplicável ausência de um regulamento ou sequer um manual de boas-práticas.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Inês Beleza Barreiros, José Maria Amador, Rui Martins, Fernando Jorge, Ana Alves de Sousa, Fernando Silva Grade, Júlio Amorim, Jorge Pinto, Eurico de Barros, Pedro Formosinho Sanchez, Maria do Rosário Reiche, Fátima Castanheira, Luís Mascarenhas Galvão, Pedro Henrique Aparício

Lisboa, 18 de Junho de 2018

Foto: PBase

...

Resposta da CML (10.7.2018):

09/02/2018

Boas notícias desde os logradouros do Bairro das Estacas:


Ou seja, a JF Alvalade não parte nem inventa (na 1ª imagem, abre-se uma bolsa de estacionamento no lugar do terreiro do lado da Frei Miguel Contreiras, mas não choca...era evitável mas não choca), antes preserva e recupera. Nada mau. Fossem todas as intervenções em espaço público desta cidade ... assim. Ufa.

18/11/2013

Está a nascer uma Zona 30 em Alvalade mas os moradores de nada sabem


In Público Online (18.11.2013)
Por Inês Boaventura

«Os moradores da freguesia lisboeta de Alvalade foram surpreendidos, há algumas semanas, por uma série de enigmáticas obras no espaço público. Ruas parcialmente cortadas ao trânsito, um novo pavimento numa área que antes tinha calçada e uma artéria que passou a ter um só sentido em parte da sua extensão são algumas das alterações com as quais foram sendo confrontados, sem que lhes tenha sido dada qualquer informação sobre o que está afinal a ser feito.

No Bairro das Estacas, junto à Avenida de Roma, são vários os locais com obras em curso, mas não há em nenhum deles indicação quanto ao seu objectivo ou data de conclusão. Nos placards da Junta de Freguesia de Alvalade que existem nalgumas ruas também não há uma só linha sobre o assunto. O mesmo acontece na página da junta na Internet, que está aliás bastante desactualizada, não tendo sequer a composição do executivo saído das últimas eleições autárquicas.

No Facebook o assunto é tema de discussão. Isso acontece por exemplo no grupo “Avenida de Roma”, que reúne quase cinco mil pessoas que vivem ou viveram nesta zona da cidade ou que a frequentam. Nesse grupo já foram publicados dezenas de comentários e várias fotografias a propósito destes trabalhos na via pública, que ninguém sabe ao certo o que são. [...] »

...

Está e acho mto bem. Aliás, até devia ser 20. E toca de disciplinar o estacionamento caótico do lado do mercadinho...

24/04/2013

Obras para criar zona 30 no Bairro do Charquinho começam esta semana


In Público (24/4/2013)
Por Inês Boaventura

«São 31 os bairros onde a câmara quer limitar a velocidade de circulação a 30 km/h, “para que a rua volte a ser de todos”

As obras de transformação do Bairro do Charquinho, em Benfica, numa zona 30 começam esta semana e deverão estar concluídas dentro de três meses. Segundo a Câmara de Lisboa, Encarnação, São Miguel, Estacas, Carnide e Arco do Cego são os bairros que se seguem.

No caso do Bairro do Charquinho, junto à Estrada dos Arneiros, a intervenção inclui a “criação de uma zona partilhada, de coexistência entre peões e veículos, na Rua da Quinta do Charquinho, o que, conjugado com o reordenamento de circulação neste eixo principal, permitirá reduzir o tráfego de atravessamento do bairro e potenciar um aumento de espaço partilhado”. Está ainda previsto, adianta a autarquia, o “reordenamento do estacionamento”.

No folheto distribuído aos moradores explica-se que “para que a rua volte a ser de todos”, e não apenas dos automóveis, serão introduzidas mudanças como “a redução da faixa de rodagem, a introdução de árvoreres e mobiliário urbano, a sobreelevação das passadeiras de peões, a descontinuidade nos alinhamentos rectos e a diminuição dos raios de curvatura”.

Nas entradas e saídas do Charquinho haverá passadeiras sobreelevadas e mobiliário urbano indicando que esta é uma zona 30. “Reduzir a velocidade de circulação, a ocorrência e a gravidade de acidentes” e “diminuir o tráfego de atravessamento” são alguns dos objectivos anunciados. Com esta intervenção a Câmara de Lisboa pretende também “reduzir a poluição sonora e ambiental” e “melhorar a qualidade de vida dos moradores”.

A competência para executar as medidas de acalmia de tráfego neste bairro foi delegada na Junta de Freguesia de Benfica. Segundo esta entidade, a empreitada foi adjudicada à empresa Obragoito Construções e Obras Públicas, na sequência de um concurso público. Está em causa um investimento de 240.800,01 euros, com um prazo de execução de 90 dias.

Um dos próximos bairros a entrar em obra poderá ser o das Estacas, em Alvalade. Segundo informações divulgadas pelo vereador da Mobilidade, Nunes da Silva, num congresso realizado este mês, neste caso a intervenção passará “pela marcação de entradas e saídas, mudanças de sentido e reordenamento do estacionamento” e pela “criação de uma pequena zona mista junto à entrada da escola primária no centro do bairro”.

“Numa primeira fase”, disse o vereador na comunicação que assinou com a sua assessora Renata Lajas, “o objectivo principal será dificultar o tráfego de atravessamento, o reordenamento do estacionamento na totalidade do bairro e a acalmia de tráfego nas imediações da escola primária”, localizada na Rua de Teixeira de Pascoaes.

O Bairro Azul foi, em 2009, a primeira experiência de zona 30 em Lisboa. Mas aí, sublinhou Nunes da Silva no Congresso Rodoviário Português, só foram concretizadas duas das quatro fases de intervenção programadas (prevendo-se para breve a concretização da terceira). Apesar disso, o vereador considera que a iniciativa teve “um efeito muito importante na cidade”, porque “permitiu divulgar o conceito de zona 30, avaliar os problemas inerentes à sua implementação e preparar a transformação prevista para os restantes trinta bairros de Lisboa”.

Já foram concluídos os estudos para a criação de zonas 30 em 19 bairros, estando previsto que o mesmo seja feito noutros 12. Nunes da Silva frisa que estas intervenções têm “orçamentos relativamente reduzidos”, de “cerca de 100 mil a 200 mil euros por bairro”.»

16/09/2009

Aprovada classificação do Bairro das Estacas


(Desenho retirado do site do Arquivo Municipal, aquando da morte do Arq. Ruy Jervis D’Athouguia, em 2006)




Esta manhã, foi aprovada em sessão de CML uma proposta CPL com vista a incumbir os serviços de:

«1. Iniciar os procedimentos com vista a abertura de classificação do conjunto do Bairro das Estacas como Imóvel de Interesse Municipal.

2. Torne efectivos os efeitos dessa classificação, incumbindo os serviços de:

2.1 Implementação de um projecto-piloto de reabilitação integral do Bairro, incluindo a retirada dos elementos espúrios dos prédios (marquises, cabos, caixas de ar condicionado, etc.), a recuperação do mobiliário urbano de época e do desenho original dos logradouros.

2.2 Estudar a possibilidade de desenvolver um projecto de construção de estacionamento para residentes
».

Sobre este último ponto, proponho que seja construído um parque de estacionamento subterrâneo para residentes na Rua Antero de Figueiredo, que tem largura e extensão para isso e, sobretudo, está atolhada de carros todo o santo dia.