15/02/2011

Diga «LISBOA»: Rua Nova de S. Mamede 7

Em prédio protegido no PDM, com projecto de 1934 do Arquitecto Cassiano Branco. Uma das obras de referência do Modernismo em Lisboa. Ainda não está classificado pelo Ministério da Cultura / IGESPAR. "Pérolas a Porcos"?

A propósito do Guia de Monsanto V: Deltatejo





Os impactos negativos das remoções e colocação de terras continuam a fazer-se sentir muito para além dos impactos do próprio festival. Foi dito na altura que com o festival se abria naquele local uma nova porta em Monsanto. Não só essa porta já existia, bem sinalizada e de fácil acesso como já existiam caminhos de ligação ao parque não havendo necessidade de construção de novos que apenas serviram o festival. As terras colocadas ,com o único intuito de servir também o festival, têm-se movimentado por acção das chuvas e transformado a porta, que já existia, num difícil acesso a Monsanto. Também o lixo que ficou fora do perímetro do festival,por exemplo ao longo da avenida, nunca foi limpo e mistura-se agora com terra e ervas que entretanto cresceram.Cartazes de publicidade continuam pendurados nas árvores e em estado de degradação.

A propósito do Guia de Monsanto IV.Trânsito






Falta de sinalização e de passadeiras. Sinalização degradada e passadeiras mal assinaladas e pouco visíveis, trafego completamente desregulamentado, excesso de velocidade como norma.Perigo constante para peões , ciclistas e fauna . Única coisa positiva em mais de três anos:Pintura de umas faixas de acalmia junto ao estacionamento do Penedo.Uma excepção que não teve qualquer seguimento.

A propósito do guia de Monsanto III-Campo de tiro.






Há cerca de três anos e meio foi denunciado o contrato com o Clube Português de tiro a Chumbo.Como disse o Vereador responsável na altura "como está não pode continuar". Mas continua. Sendo agora responsável pelo pelouro quem sempre se manifestou contra este equipamento . Este equipamento é a maior fonte de poluição sonora e ambiental existente em Monsanto.Continua ilegalmente e sem qualquer controlo a debitar ruído e chumbo nos solos e em cima de quem por ali passa ou está., incluindo as crianças que regularmente são convidadas a visitar o local e a aprender que se deve proteger a natureza.É caso para dizer "faz o que eu digo e não o que eu faço".

A propósito do Guia de Monsanto II: Panorâmico de Monsanto.






Não se sabia o que fazer com o imóvel. Vai ser transformado num centro de protecção civil e de Bombeiros. Felizmente já se conseguiu parar a destruição de 7 hectares de mata. Mas o projecto continua em cima da mesa com aprovação dos espaços verdes.Consequências: Construção, movimentação  de terras,aumento incrível de trafego e transformação da única  estrada de acesso em duas vias, acabando com a ciclovia existente.Uma bomba no coração  de Monsanto.
Ainda por cima, em caso de sismo, os bombeiros correm o risco de isolamento pois todas as saídas do local passam por viadutos ou pontes ou em direcção ao rio.

A propósito do Guia de Monsanto: Ren-Amputação de cerca de 5 mil metros quadrados e de mais de 600 árvores com consequente redução das fronteiras do parque.A obra está em execução.







Já o vereador Sá Fernandes sublinha que "as grandes dentadas foram há muito tempo" e garante que "o risco" de novas amputações "não existe".
"Público" de ontem.



Património Nacional destruido por Incompetência e Leviandade e nenhuma das Instituições Estatais, incluindo o Patriarcado assume a responsabilidade ..


Estuques pintados na Igreja de S. Vicente de Fora destruídos durante o restauro
Por Ana Henriques in Publico

Apesar de não saltarem à vista de qualquer um, as transformações no monumento nacional são criticadas pelos historiadores de arte Raquel Henriques da Silva e Ricardo Lucas Branco

Relações tensas

As obras de restauro da Igreja de S. Vicente de Fora, em Lisboa, destruíram estuques pintados nos tectos. Parte da operação foi autorizada por técnicos ao serviço do Estado, que entenderam que não se justificava refazer os estuques, uma vez que eles não eram originais da época de construção do templo (séc. XVII), mas houve áreas deste monumento nacional onde a Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo, que acompanhou os trabalhos, assegura não ter autorizado qualquer remoção de estuques.

Dois historiadores de arte, Raquel Henriques da Silva e Ricardo Lucas Branco, criticam a operação, mesmo nas áreas em que ela foi feita com o consentimento das autoridades que tutelam as questões de património. Ricardo Lucas Branco fala mesmo em atentado: "Foi tudo picado, arrancado e atirado para o lixo, não só na abóbada da capela-mor, mas também nas capelas laterais, que não tinham patologias significativas resultantes de infiltrações pluviais e agora apresentam abóbadas caiadas lisas." As pinturas em causa imitavam a pedra que reveste a abóboda.

Orçado em milhão e meio de euros, o restauro destinou-se sobretudo a resolver graves problemas de infiltrações de que a igreja padecia e que resultaram em frequentes quedas de estuque em cima de quem ali ia. No Verão de 2008, a igreja foi encerrada ao público como medida de precaução para só reabrir no mês passado, já de cara lavada. Como proprietário do imóvel, cabia ao Estado abrir os cordões à bolsa.

A falta de verbas da administração central fez com que tivesse sido o Patriarcado a pagar os trabalhos. "O Estado demitiu-se das suas responsabilidades e deixou a Igreja fazer o trabalho que lhe competia", observa Ricardo Lucas Branco.

Necessidade ou leviandade?

Há cerca de um ano, um técnico da Direcção Regional de Cultura descrevia o estado em que tinha encontrado a abóbada da nave central: "Os estuques estão soltos e com queda iminente (...) e são relativamente recentes e de má qualidade. Não há a menor dúvida de que deverão ser demolidos. Não é possível repará-los de forma a garantir a sua estabilidade, não colocando em risco os utentes da igreja."

Uma opinião que seria corroborada por um especialista do Instituto do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar). Restava saber se se deveria substituí-los por uma pintura com o mesmo aspecto, ou se se deveria caiar de branco estas partes do tecto. De menor custo, a solução adoptada acabou por ser esta última. "É de uma leviandade absoluta usar num monumento nacional o argumento de que se retira isto ou aquilo, porque está em mau estado ou porque se trata de uma obra tardia", comenta Raquel Henriques da Silva, "especialmente quando isso altera profundamente a imagem do imóvel".

Patriarcado "sem posição"

Aos olhos de um leigo as transformações efectuadas não saltam à vista, admite a especialista. Mas isso não justifica, no seu entender, aquilo que Ricardo Lucas Branco classifica como "uma intervenção simplista, destrutiva e criticamente autista - para não dizer ignorante - que não fez caso dos mais elementares princípios do restauro contemporâneo".

O PÚBLICO tentou obter um comentário da Direcção Regional de Cultura ao caso, mas este organismo limitou-se a disponibilizar o respectivo processo para consulta.

O Patriarcado mostrou-se parco em explicações. "Não existe uma posição oficial sobre o assunto", respondeu o porta-voz da instituição eclesiástica, o cónego Nuno Brás. "As obras foram feitas sob a supervisão do Igespar e o tecto que lá está, que foi reparado a expensas do Patriarcado, é o original. Não temos mais nada a acrescentar."

------------------------------------------------------------------------------------

Pois ... o Patriarcado não tem mais nada a acrescentar ... assim como a Direccão Regional da Cultura ....
Exactamente como no gravissimo caso do Portal Lateral da Sé de Lisboa ... que num País com nivel (normal) de exigência cultural de parâmetros Europeus tinha dado escândalo de Lesa- Património e provocado demissões ...além de uma explicação imediata oficial do Patriarcado com um compromisso urgente de correcção deste Vandalismo inacreditável.
Apesar das promessas da Direcção Regional da Cultura ... nada aconteceu até agora, e este caso parece ter sido esquecido por toda a gente...
Senhores Jornalistas ?!?
António Sérgio Rosa de Carvalho.







14/02/2011

Moradores e comerciantes falam em conveniências políticas e lamentam que possa estar em risco a cidade imaginada e anunciada ao mundo como modelo

A Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações manifestou-se ontem contra a criação da freguesia do Oriente, por deixar de "fora um terço do Parque das Nações", considerando um "atentado" às regras de gestão urbana.

"O acordo municipal celebrado entre o PS e o PSD no dia 21 de Janeiro, para a reorganização administrativa da cidade de Lisboa, propõe criar a freguesia do Oriente deixando de fora um terço do Parque das Nações", refere a associação, em comunicado, citado pela Lusa.

Para a associação, o mais "incompreensível" é integrar uma parcela da zona dos Olivais, entre a linha de caminho-de-ferro e a Avenida Infante Dom Henrique, território que apenas tem uma "ligação de proximidade" física ao Parque das Nações. Por outro lado, sustenta a associação de moradores e comerciantes, "dividir pela gestão de duas câmaras [Lisboa e Loures] um espaço que foi construído para funcionar de forma unificada é uma atentado às mais elementares regras de gestão urbana".

Para a associação, esta proposta, se vier a ser votada favoravelmente pela Assembleia Municipal de Lisboa, "será o princípio do fim da cidade imaginada, apresentada ao país e ao mundo como um modelo exemplar de recuperação urbana". E sublinha que "o Parque das Nações, por toda a história que encerra, é um bem patrimonial que não pode ser violado por conveniências políticas de ocasião", lê-se no comunicado. A associação apela aos residentes da zona para divulgar esta situação pelos "vizinhos, colegas e amigos" e alertarem para as "consequências negativas" deste acordo.

Educação e saúde

A associação exemplifica algumas consequências decorrentes da aprovação da proposta como os residentes terem de levar os filhos a escolas de Sacavém, Camarate, Bobadela, ou S. João da Talha [Loures], apesar de haver escolas no bairro ou terem de ir a centros de saúde de Moscavide e Sacavém, apesar de terem um no Parque das Nações, "eventualmente a escassos metros da sua casa".

A associação de moradores e comerciantes diz "compreender" a dificuldade da Câmara de Lisboa e dos subscritores do acordo para formularem uma proposta que fosse além dos limites do concelho, mas recusa-se a admitir que sejam "ignorados" os compromissos assumidos publicamente nos últimos 12 anos sobre o futuro do Parque das Nações. O novo mapa administrativo de Lisboa proposto pelo PS e pelo PSD, que reduz para 24 as actuais 53 freguesias, atribui às juntas mais competências a nível de manutenção do espaço público, gestão de equipamentos, intervenção comunitária e habitação.

In Público

Informação

Chegado por e-mail:


«Boa tarde,


Sigo com muito interesse o vosso blog e quero dar-vos, em primeiro lugar, os meus parabéns pelo trabalho incansável e atento que têm dedicado a Lisboa.

A razão de ser deste e-mail é esta:

Sou lisboeta, não me imagino a viver noutro sítio que não esta cidade e começo agora a ponderar comprar casa, assim sendo, gostaria de ver exemplos de boas práticas em Lisboa.

Será que há arquitectos e construtores que se dediquem a uma recuperação séria do património arquitectónico lisboeta? é possível pensar comprar/ recuperar um apartamento/prédio, mesmo não tendo ganho o euromilhões?


Ou terei, como a esmagadora maioria da minha geração, de começar a procurar casa nas franjas da cidade?


Se conhecem exemplos a seguir, gostaria muito que partilhassem essa informação no vosso blog.


Obrigada,


Adriana Oliveira
»

Calçada da Glória: abandonada, degradada, devoluta mas Monumento Nacional!


Com grande parte dos imóveis abandonados, devolutos, sem qualquer vida, não é de admirar que esta zona urbana da Calçada da Glória se tenha transformado em vítima fácil de vandalismo. A CML tem tentado mitigar a infestação galopante por graffiti na zona com regulares limpezas e pinturas. Mas enquanto estes prédios se mantiverem devolutos, sem lojas e sem residentes, não há que ter esperança de dias melhores. Toda a Calçada da Glória está classificada como Monumento Nacional devido ao emblemático Elevador da Glória.

Um Museu a não perder (10)

In Público (13/1/2011)


«Um Tesouro para o Futuro


Muito poucos se foram apercebendo de um tesouro escondido em Lisboa.

Além de edifícios belíssimos e únicos, agora reconhecidos com a classificação de Conjunto de Interesse Público (Balneário D. Maria II, de 1853, e Pavilhão de Segurança, de 1896), o Hospital Miguel Bombarda (o terceiro grande hospital português, de 1848, a seguir ao Hospital de S. José em Lisboa e ao Hospital de Sto António no Porto, e onde exerceram as maiores figuras da psiquiatria portuguesa), possui um património artístico e arquivístico ímpar no país, e raro no contexto europeu.

O Pavilhão de Segurança – Museu dispõe de uma colecção de Arte de Doentes desde o início do século XX, com perto de 4000 obras, abrangendo variadíssima gama de tipologias (pré-surrealista, dismórfico, traço automático, abstracto-expressionista, etc) , reconhecida como de enorme valor a nível europeu por peritos estrangeiros (ver Público de 2/2/2011). Arte Naif e convencional, mas a maioria Art Brut, Arte Crua ou Outsider Art, com relevante conjunto datado dos anos 1920 e 1930, semelhante, em pureza criadora, à lendária colecção Prinzhorn, da mesma época, além de autores como o famoso Jaime Fernandes.

O Museu também possui uma colecção de fotografia com 4500 exemplares, 1100 dos quais retratos de doentes para diagnóstico, desde o séc. XIX, sem paralelo nacional, além de centenas de páginas em prosa e verso, desenhos de tatuagens, etc, e do acervo de material clínico e hospitalar.

Mas sobretudo, o Hospital Miguel Bombarda conservou ao longo de 160 anos um Arquivo Hospitalar, específico das instituições psiquiátricas, que constitui um autêntico tesouro patrimonial para o país, e inclusive para a Europa, dada a sua antiguidade e integralidade (em muitos países desapareceram décadas de documentação, principalmente por más condições de armazenamento).

Dezenas de milhares de processos clínicos, desde as singelas papeletas do séc. XIX até às histórias clínicas do período Sobral Cid, verdadeiras peças literário-clínicas, incluindo a sintomatologia contada em discurso directo pelos doentes, árvores geneológicas, estudos morfológicos, rigorosa descrição da patologia e sua evolução, etc.

E somente neste hospital, livros de registo sequencial de todos os doentes desde 1848, e, além dos processos clínicos, dezenas de milhares de processos de admissão e de processos médico-legais, de todo o país e de todos os estratos sociais, contendo ofícios das Câmaras, tribunais, polícia, exército, e outras entidades, enviando doentes e cidadãos, cartas de médicos, cartas de familiares e de empresas ou dos próprios doentes, descrevendo os episódios de loucura, de crimes e roubos, de comportamentos considerados anti-sociais, troca de correspondência, etc. E ainda a documentação da direcção do hospital e dos diversos sectores e serviços, incluindo livros de ocorrências.

Uma fonte riquíssima e única para a investigação de ponta no campo das Neurociências (como mostra António Damásio), mas também um outro e profundo olhar sobre Portugal, de enorme importância para a investigação nos domínios da História, da História da Arte, da Sociologia, da Antropologia ou da Criminologia. São arquivos e colecções complementares: um doente está geralmente referenciado em diversos tipos de arquivos, por exemplo o autor de um desenho.

Deve assim ser garantida, urgentemente, dado o Hospital estar prestes a encerrar, a unidade e a complementaridade dos Arquivos, Colecções e restante acervo. Este tesouro arquivístico deve ser classificado património nacional, e não deve ser disperso, mas sim permanecer nas históricas instalações hospitalares, integrado no Museu de Arte de Doentes e Neurociências (renovado e alargado, prestigiante para a cidade e o país), correctamente inventariado e acondicionado, e disponível a investigadores, tal como proposto às Ministras da Saúde e da Cultura no Apelo de 23 de Dezembro subscrito por grandes personalidades da Ciência e Cultura.

Que a nossa elite, e os nossos políticos e decisores, compreendam sem delongas: os Arquivos e Colecções do Hospital Miguel Bombarda são relevantíssima componente da Cultura Portuguesa, são um tesouro para o futuro.


Vítor Albuquerque Freire
Historiador
»

Livro revela segredos de Monsanto e sugere caminhos para desvendar biodiversidade

In Público (14/2/2011)
Por Inês Boaventura


«A Câmara de Lisboa lança hoje um guia para aproximar os cidadãos do pulmão da capital, dando a conhecer a sua história e as espécies que o habitam

Nove propostas para uma visita
Parque desde 1934

Estacione o automóvel e venha conhecer a pé ou de bicicleta os segredos escondidos nos bosques de Monsanto, incluindo a grande diversidade de espécies animais e vegetais que povoam o parque florestal. Esta é a proposta da Câmara de Lisboa, que hoje lança um guia dedicado ao pulmão da cidade.

Ao longo de quase 170 páginas, este guia, que se segue a outro editado em 2009 sobre os parques, jardins e geomonumentos de Lisboa, dá a conhecer a história de Monsanto, a sua geomorfologia, clima e hidrologia, bem como a evolução da vegetação. Especial destaque têm também a flora, a fauna e os fungos existentes neste parque florestal, criado em 1934.

Segundo o vereador do Ambiente e Espaços Verdes da Câmara de Lisboa, José Sá Fernandes, o objectivo fundamental do guia é promover "uma aproximação" dos cidadãos a este "património absolutamente extraordinário". Nesse sentido, esta publicação inclui um mapa que assinala os locais de referência, os caminhos de terra e ciclovias, as zonas de merendas, parques infantis, circuitos de manutenção, miradouros e equipamentos de restauração.

Nos capítulos consagrados à fauna e à flora não faltam fotografias e ilustrações que, como diz Sá Fernandes, permitirão a quem se aventurar por Monsanto usar esta informação para procurar e identificar as espécies com que se for cruzando. Seja de árvores, de arbustos ou subarbustos, de orquídeas, de aves, de mamíferos, répteis e anfíbios ou de cogumelos.

Menos 200 hectares

A coordenação editorial da obra é de David Travassos, que na introdução lembra que séculos de intensa ocupação agrícola tornaram a serra de Monsanto numa "paisagem praticamente despida de árvores". Uma realidade que, lembra o investigador auxiliar do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, se alterou com a campanha de arborização iniciada em 1938, que permitiu criar o "mosaico de bosques contínuos com uma grande diversidade de espécies" que ainda conhecemos.

Essa arborização, recorda-se no guia, "não foi tarefa fácil". No capítu- lo consagrado à história do parque flo- restal explica-se a esse respeito que "o trabalho, quase todo manual, recorreu a mão-de-obra variada, desde trabalhadores rurais a soldados e prisioneiros do Forte de Monsanto".

Neste guia, David Travassos menciona ainda algumas das "dentadas" que o parque florestal sofreu, "sobretudo com a implantação de alguns bairros residenciais". Já o vereador Sá Fernandes sublinha que "as grandes dentadas foram há muito tempo" e garante que "o risco" de novas am- putações "não existe". Em 2009, quan- do o Governo determinou a suspensão do Plano Director Municipal para permitir a implantação de uma subestação eléctrica, a Associação dos Amigos e Utilizadores de Monsanto fez as contas e chegou à conclusão que já se tinham perdido cerca de 200 hectares da sua área inicial. Entre outras obras devido à construção da A5, da CRIL, da Radial de Benfica e do Pólo Universitário da Ajuda.»

...

Uma boa iniciativa, sem dúvida. Apenas 2 perguntas:

1. Por que razão, como alguém já disse, se publica o guia no Dia dos Namorados (por mais namorados que namorem em Monsanto) e não no Dia da Árvore (21 de Marco) ou no Dia da Água (22 de Marco)?
2. Será que o Guia diz o que se preparam para fazer na envolvente do antigo Restaurante Panorâmico?

13/02/2011

Avenida 24 de Julho: brincando com a segurança dos cidadãos?

É já unânime que a chamada "Avenida 24 de Julho" deixou de ser uma avenida desde a última intervenção ali efectuada pela CML. Tem excesso de faixas de rodagem e apresenta chocantes sinais de secundarização da mobilidade pedonal. Vários cidadãos perderam aqui a vida. Aplaudimos a intenção da CML em reabilitar esta grande avenida à beira Tejo imaginada pelo Engenheiro Ressano Garcia. Entretanto a CML implementou algumas alterações com o objectivo de reduzir o número de faixas de rodagem em particular no sector junto do Mercado da Ribeira / Cais do Sodré. Mas infelizmente a fiscalização / manutenção das barreiras de plástico não existe ou não é suficiente como sabem todos aqueles que por lá passam diariamente. As imagens mostram o perigo a que os peões estão sujeitos graças ao caos das barreiras de plástico.

Let’s build cities for people (not cars)

Let’s build cities for people (not cars)
7 January 2011

How big can cities get? Aristotle thought a population of 10,000 was too small for a vibrant democratic city and 20,000 too big. On the other hand, Jeff Kenworthy, the renowned Australian environmental scientist who with his colleague Peter Newman has done groundbreaking work on city size and sustainability, told me once that they he and Peter were surprised and a little disturbed because their research showed that the most efficient size for cities was so large as to not yet be identified. We simply haven’t gotten there yet.

That, of course, is counter intuitive for anyone who’s ever looked up and observed the plumes of air pollution that now emanate from cities, spreading, braiding, and blending across the globe into a seamless blanket of gray-yellow-brown. Cities as we now build them are so voracious in appetite, so demanding of energy, that we’re forced to risk environmental disasters like the British Petroleum oil well that blew out in the Gulf of Mexico in April 2010 in order to sustain them. Given all that, the idea of building them even bigger seems foolish, perhaps even dangerous. It also suggests that what we think of as efficient for production, employment and economics is not in tune with ecological efficiency. Thinking of cities as healthy parts of an ecological system might bring those ideas back into alignment.

Ecocity

Whatever the optimal size of the 21st century city, it must be measured in relation to quite a few other factors. Ecologists see organisms as interrelated parts of living systems. We should view the elements of our urban ecosystems in this way too. Doing so helps to explain the disparity between Aristotle and Kenworthy. The urban ecosystem is vastly more complex today than in the days of ancient Greece.

As a teenager my first real job was to dig up and draw pictures of American Indian artifacts that dated back almost a thousand years for the Archeology Lab of the Museum of New Mexico. The “cultural artifact list,” as we called it, included bows and arrows, the pit houses we were unearthing, the flattish mortars and pestles for grinding corn called manos and metates, a few articles of clothing, pottery, sacred objects, and not too much more.

Compare that to today’s industrial city, which has an artifact list so long it would take hundreds of volumes to record it all—from our cell phones and iPods to the scores of appliances and tools in even a modestly equipped kitchen to furniture, computers, cars, stores, gas stations, earth moving equipment, and, well, you get the idea. To house and provide work and other spaces for the billions of people performing all the required tasks to produce, distribute, sell, and consume everything on the artifact list, we need cities. Any other form of organizing ourselves is simply too inefficient. Scattered among small, far-flung villages, we couldn’t assemble ourselves or the resources and tools necessary to fulfill our desires and expectations for stuff, including that which we need and that which we simply want.

(The thing to notice here is that the city has become the real engine of economic productivity. It brings the tools and the people who operate them closer together while providing order and channeling energy and materials though the built environment. Few other than Jane Jacobs have stressed this fact, which is too much to defend here in this short essay. But cite it I must and declare it is important.)

Is the city too big for what it produces? The answer is no. Large size is required for such a staggeringly large artifact list, but here is the essential point: the size of both is a disaster for the planet. Today’s city produces an artifact list that’s too large to be either sensible or healthy. That list ranges from the uplifting and practical to the ridiculous and destructive. So one of the most important decisions we can make is what to trim from that long menu of artifacts. Perhaps the first item we should scratch off the list is the automobile and its attendant infrastructure of massive highway systems and parking structures, not to mention carbon pollution.

It’s important to understand that shrinking the artifact list will result in cities of generally lower population. But it’s not enough merely to shrink the cities we have now—we need to rearrange the pieces. Today’s cities have dense urban centers ringed by ever-expanding, car-dependent, undifferentiated miles of inefficient urban and suburban sprawl. This structure is environmentally unsustainable and not conducive to pleasurable human activity. We need to break up that sprawl into a galaxy of cities, towns, and villages. Doing so would free up vast swaths of land for parks, agriculture, and wildlife, all of which would be easily accessible to people without having to resort to long, slow, polluting car rides.

Shrinking Cities

Welcome to healthy shrinking cities. We in America may be at the turning point in that wave of urban sprawl that began to engulf the countryside after the Second World War, powered by US government policies including subsidized single-family housing, massive highway-building and very cheap gasoline. Over the following decades, cities sloshed ever outward, in California for example, right up against the Sierra Foothills.

Now, though, that wave is reversing, with new development and population growth rolling back toward the centers. As a result of this reversal, the geographical footprint is shrinking. In the United States, this shift started, ironically, when the auto industry that built the cars that caused cities to swell into enormous space-consuming, highway-engorged giants in the first place dumped their workers for cheap labor overseas. It ushered in the age of the Rust Belt. That pattern has now been accelerated by the recent downturn. As oil prices inevitably rise, the trend will only be strengthened.

We’re familiar with the Detroits, Youngstowns, Flints, and other cities with big shrink. Now we also have cities in hot climates with too little water like Las Vegas, Phoenix, and those of the California Central Valley where sprawl is most pronounced and foreclosures are the worst in the country. In many cases, prices, population, and even buildings are all shrinking at once. Drive down some of the ghost suburbs and you see tumble weeds lodged in swinging screen doors, tall grasses taking over the yards and driveways, and spiderwebs filling dark corners.

The people in such cities understandably see these wrenching changes as a disaster that must be reversed. But I believe the shrinking city phenomenon offers an opportunity, not just to restore agriculture and natural lands that shouldn’t have been paved over in the first place, but a chance to build the right structures in the right places. It’s an opportunity to take advantage of all the things we’ve learned about cities in the past 60 years. I heard the great urban planner Paolo Soleri speak way back in 1965 about the benefits of a compact city designed for pedestrians—ie, humans—instead of sprawling, anonymous suburbs built for cars. I took his notions seriously.

The suburb/city with its inefficient, hugely distributed systems of pipes, wires, and pavement stretching toward the horizon was powered by artificially cheap energy. Geographically, it was much larger than a compact city made up of apartments and mixed-use buildings and neighborhoods with the same. And in the compact city, inhabitants could walk and bike to most destinations. In Soleri’s notion, the compact city was more like cities in Europe than those then spreading in a thin veneer across the United States. The car would be replaced as the primary mode of motorized transportation by the streetcar and the elevator.

If we could push the idea of the compact city of enormous variety—Soleri used the words “complexity” and “density”—the whole thing could run on something like a tenth of the energy, all renewable, and cover just a fifth of the land, compared to a sprawl city of the same population, making it possible to have nature and agriculture immediately next door. Just take the stairs or an elevator ride and you could walk or bike out in the country in a matter of a few short minutes.

Soleri’s words impressed me and, to this day, I remain convinced that restaurants, shops, promenades with fantastic views, and rooftop gardens could be connected by bridges between clusters of buildings several floors over the bustling pedestrian streets. It would be easy to build if we weren’t, instead, building cities that spread ever-outward with freeway interchanges costing hundreds of millions of dollars each, parking structures, and streets for cars. Bottom line: we need a geographically smaller city, but that is possible only if we shift from two-dimensional design dependent on cars to a more three-dimensional city designed around the human body. The new city needs to grow upwards, not outwards.

The differences between these two conceptions of what a city should be—the pedestrian-centered city versus the car-centered city—are profound. A car’s body is about 30 times heavier than a human’s, moves ten times as fast in normal operation, and takes up about 60 times the volume standing still—and much more when moving. Too big! The city designed around the car and its need for movement, fuel, and parking must be understood for the unhealthy—catastrophically unhealthy—alternative it is; the consequences of which are unfolding around us: climate change, a collapsing biosphere, and rapid resource exhaustion.

On the other hand, a city that is designed around the dimensions of the human body and its need for clean air and water as well as healthy food holds tremendous potential to improve the lives of its citizens as well as the health of the planet. Most environmentalists believe the best we can do with cities is to make them less damaging. In fact, well-designed cities could be net contributors to soil building and biodiversity, making them a benefit to people and nature simultaneously.

Understanding proportionality

So far, we’ve talked about cities mainly in the context of the United States. But, in fact, the fastest-growing metropolises are elsewhere. They are also being built around the automobile—and, as such, they are a growing disaster for our planet. China is promoting cars and building streets and highways as fast as it can and India is also building a car culture. Brazil is cutting down forests and converting land used for food to land used for fuel while drilling in the Atlantic at levels three times deeper than the BP well that blew out. The Russian government recently announced that it is buying 2.5 million acres for low-density, car-dependent, single-family housing to instill the value of home ownership in its people. Add up the populations of these four countries and you get approximately 2.7 billion people. That’s about nine times the number people who live in the United States. The rapidly accelerating trend toward car-dependent cities in these four countries is one of the most dangerous trends of our times.

But there is another way. Rather than repeat the mistakes of the West on a grander scale, the new cities that are rising and the older ones that are evolving can be structured on a new, more sustainable model, one that doesn’t depend on the gasoline engine. Here’s how I think it would look:

Urban centers would become denser. They would serve as residential centers as well as work and retail centers. Meanwhile, the acres and acres of asphalt parking lots, lawns, and low, land-consuming strip malls spread out over vast acreage would give way to farm- and parkland. Features like creeks would work their way back into the landscape. Downtowns would be revitalized with new investment and would enhance the work and residential lives of the inhabitants. Those downtowns would no longer be strangled with space-wasting freeway interchanges. There would be no need for the immense volume of sheltered space that is now wasted on the parking of cars.

Elsewhere, major district centers would become small cities or towns in their own right and neighborhood centers would become villages of varying sizes, each with its own character. Buildings would, on average, be higher, houses would be replaced by apartments and cars by bicycles, walkable streets, streetcars, and elevators. Pleasurable and beautiful places like rooftop gardens and restaurants, multi-story solar greenhouses and bridges with spectacular views connecting buildings would predominate, along with renewable energy and closed-in organic agriculture. It would be the start of a new green economy.

Such cities would be places to further the ecological health of human society and whatever we mean by “nature” on this planet. But, equally important, such cities would be places to grow and develop ever more “human” humans. Thus we help further both ecological health and our own evolution at the same time.

How big could these cities be? Only if we start building them will we begin to learn the answer.

12/02/2011

Sensibilidade Patrimonial e verdadeira Inteligência Empresarial ... por António Sérgio Rosa de Carvalho




" A Fénix Renascida" ... Palacete Chafariz D' El Rei ... Restauro Integral e Rigoroso em interiores do Sec. XIX.


Aqui temos um notável caso de Restauro Integral, de exteriores e interiores, detalhado e rigoroso.
Como se trata de um Hotel, cujo `link`é fácil de encontrar, deixo-vos, desde já em toda a tranquilidade apreciar em detalhe esta maravilha ...
Diria ainda apenas, que este caso muito positivo, mas infelizmente ainda excepcional, só poderá aumentar a nossa indignação pela destruição sistemática e criminosa que se continua a permitir, ou mesmo subtilmente a estimular, no Património da Lisboa Romântica ...
António Sérgio Rosa de Carvalho, com os agradecimentos a Alexandre Ferreira, pela oportuna sugestão do `link`.