04/11/2004

Herman compra Tivoli

Aplaudo moderadamente esta notícia do Correio da Manhã, do DN e do Expresso. A razão é simples: acho que programar o Tivoli não é a mesma coisa que rodar uma série de "sketches" para a TV, ou gerir directos na SIC. E continuo sem entender porque razão uma sala como o Tivoli só pode subsistir com programações de índole generalista e popular. Não que tenha nada contra isso, mas o Tivoli não é o Villaret. Por outro lado, dá-me graça que seja precisamente numa altura em que o Tivoli perde as suas características de teatro (por via das obras do Forum Tivoli, que lhe amputaram parte da caixa de palco) que passa a ser referenciado como teatro de eleição. Por outro, nos últimos dez anos, o Tivoli apenas esporadicamente teve espectáculos que o fizessem resplandecer, e esses foram as produções de Tito Celestino da Costa, e as exibições de gala da Cinemateca, durante Lisboa' 94. Aplaudo, porque antes ia frequentemente ao Tivoli e agora me recuso a ir vê-lo no estado em que está, e fico contente por haver alguém interessado na recuperação da sua imagem. Moderadamente, porque não tenho tanta a certeza que a programação a anunciar (sorry amigo Markl!) seja merecedora de uma sala como o Tivoli.
PF

Sem comentários: