In Jornal de Notícias (3/10/2007)
J. A. Souza
«O Plano Verde de Lisboa, que tem concepção do arquietcto Gonçalo Ribeiro Telles e que o Bloco de Esquerda (BE) levou à Assembleia Municipal (AM), foi ontem aprovado por unanimidade. O "sim" significa que ele vai ter discussão aberta na Câmara durante 60 dias, voltará à AM e, tudo indica, verá as suas linhas orientadoras incluídas na futura revisão do Plano Director Municipal (PDM) de Lisboa
António Costa, presidente da autaraquia, esteve também ontem na reunião da AM. Numa curta intervenção falou da bondade do projecto ali levado pelo BE. Intimamente ligado àquele plano, que pressupõe a ligação entre si de todos os espaços verdes ainda sobreviventes na cidade (Parque de Monsanto, Ameixoeira, Vale de Chelas, Parque da Bela Vista ou o Vale de Santo António, entre outros) , António Costa falou aos jornalistas do polémico projecto do Porto de Lisboa de um Terminal de Cruzeiros entre Santa Apolónia e o Cais do Sodré. Foi lapidar "Está morto e enterrado" (ler texto em baixo).
Sá Fernandes, vereador dos Espaços Verdes, era ontem um autarca feliz esta será uma das últimas oportunidades de a cidade, entre muitas urbanizações "que não deveriam ter nascido", vir a ter uma espécie de corredor verde que marginará a cidade e descerá até ao Tejo. Nalguns pontos, a ligação entre espaços verdes que mais tarde farão o corredor verde da cidade não irá além de um viaduto sobre faixas de rodagem. Mas, ainda assim, será "talvez a última oportunidade" de a cidade ter os seus espaços verdes ligados entre si.
Não houve, portanto, nenhum partido que votasse contra um projecto que agradará pouco aos empreiteiros. Mas um deputado municipal do PSD ainda lançou uma farpa a Sá Fernandes, porque o vereador dos Espaços Verdes não se opõe a que o Instituto Português de Oncologia seja erguido na Bela Vista. Ao JN, Sá Fernandes justificou que o espaço é um cabeço e não uma zona de escoamento de águas. E essa, em sua opinião, faz toda a diferença de outras zonas construídas. »
Como previsto, tudo correu bem e estão de parabéns o Arq. Ribeiro Teles, a AML e, naturalmente José Sá Fernandes, que não se tem calado, e bem, sobre o assunto. Falta agora o mais difícil, o PDM.
03/10/2007
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1 comentário:
esperemos que seja revisto o Plano de Pormenor para o Bairro da Liberdade e da Serafina; em toda a aquela área urbana de génese ilegal reside a última hipótese de aproximar Lisboa do seu pulmão verde; que se estude outra solução para o realojamento para que seja possível renaturalizar toda aquela encosta que foi na verdade "roubada a Monsanto"; que a encosta seja arborizada e que parte das estradas, que nos separam das árvores de Monsanto, sejam enterradas!
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