Lisboa oferece estas tristes e deprimentes situações: na mesma rua, lado a lado, dois prédios iguais da década de 50 do séc. XX mas que reflectem duas atitudes opostas face à vida urbana e ao património arquitectónico de uma capital:
- o número 89 foi recentemente recuperado e apresenta a sua fachada dos meados do séc. XX limpa e livre de acrescentos e alterações ilegais - é uma visão civilizada e saudável;
- o número 91 foi ao longo dos últimos anos completamente desfigurado com as já típicas marquises e estores ilegais apresentando actualmente um cenário verdadeiramente digno de uma cidade do terceiro mundo.
Dois prédios iguais, lado a lado, numa contradição de dois mundos.
Como Lisboa poderia ser e como Lisboa é. Sim, porque infelizmente o deprimente exemplo do número 91 corresponde à situação da maioria dos prédios de Lisboa da segunda metade do séc. XX.
7 comentários:
Bem observado.....um prédio bem jeitoso....e o irmão gémio na republica do mau gosto.
JA
Quando é o conceito de «marquise» se torna proibido a sério?
Segundo informação que me foi prestada em tempos pelos serviços da CML, a própria Câmara só actua quando há uma denúncia. Portanto num prédio de 12 andares cada um pode fazer tudo o que entender. Se houver alguém que denuncie junto da Câmara os serviços competentes obrigam a todos os prevaricadores que regularizem as faltas que cometeram. Isto poderá ir de colocação de vidros duplos fora dos estores, marquises, aparelhos de ar condicionado, cores diferentes. Não sei até que ponto isto será verdade. Duvido.
No meu condomínio sempre me disseram que a câmara proíbe a colocação de aparelhos de ar condicionado, e houve mesmo algumas pessoas que tiveram de os retirar por indicação da admnistração argumentando com a câmara). É claro que agora já apareceram outros tantos...
Fiquei extremamente contente ao ler o seu comentário! Mais à cerca deste assunto:
http://br.youtube.com/watch?v=XMod_BOpkkU
Penso que só fazendo "muito barulho" se consegue alterar esta situação!
Cumprimentos
G
Muito bem apanhado!
Excelente exemplo.
(Fico espantado de ainda não ter aparecido um defensor do direito dos proprietários de fazer marquises, como numa discussão neste blog - ou no vizinho - há uns meses).
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