In Público (28/11/2007)
«As novas instalações do Instituto Português de Oncologia (IPO) ficarão localizadas em Lisboa, junto ao Parque da Bela Vista Sul, num terreno de 12,5 hectares disponibilizado pela autarquia ao Ministério da Saúde. O anúncio foi feito ontem pelo presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, durante o debate sobre o estado da cidade que teve lugar na assembleia municipal.
Segundo o autarca, a manutenção do IPO em Lisboa [que actualmente se encontra na Praça de Espanha]" consubstancia, juntamente com a conclusão das negociações para a instalação do Hospital de Todos-os-Santos, uma aposta na "qualificação urbana" da zona de Chelas.
Compreendendo uma área de construção estimada em cerca de 29 mil metros quadrados, o novo complexo incluirá quatro edifícios (hospitalar, residencial, uma valência de investigação e outra de apoio psicológico), cuja implantação deverá ficar decidida ainda nas próximas três semanas, adiantou António Costa.
Ainda assim, a opção pelo Parque da Bela Vista não acarretará a diminuição da zona verde, garantiu aquele responsável em resposta à apreensão expressa pelo líder da bancada parlamentar do PSD, Saldanha Serra. "O IPO ocupará só um hectare do Parque da Bela Vista Sul e a construção de uma ponte pedonal e de uma via ciclável até às Olaias irá permitir acrescentar sete hectares de área verde", defendeu António Costa.
O novo IPO não estará, contudo, em funcionamento antes de 2010, preveniu o autarca, dado que o parque servirá de palco ao Rock in Rio até essa data.
Num debate pautado por referências às anteriores vereações, a discussão centrou-se também na necessidade de conclusão do Plano Director Municipal (PDM), invocada pela oposição. "Vamos retomar os trabalhos, acelerá-los e concluir o PDM em condições de ser aprovado antes do fim do mandato", asseverou António Costa, acrescentando, contudo, não crer que tal seja possível com a maioria PSD na assembleia.
Já quanto ao novo aeroporto, o presidente da autarquia admitiu que, caso prevaleça a solução Alcochete, a Portela poderá vir a tornar-se o "segundo pulmão verde da cidade", ainda que respeitando o edificado pré-existente. Por outro lado, qualquer que seja a localização escolhida, "o TGV terá em Lisboa a sua estação central, junto à Gare do Oriente", sustentou António Costa, recusando-se, todavia, a aprofundar a questão. »
O pior nem sequer é a alteração ao PDM, mas a envolvente que os doentes e funcionários do futuro IPO vão ter pela frente quando para lá forem todos os dias. Ou a «paisagem urbana e social» (saídas de metro, passadeiras, lixo, zonas abandonadas, etc.) muda radicalmente ou vai ser tremendamente deprimente.
Questão paralela é o futuro das actuais instalações...
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