A Câmara Municipal pretende recuperar, reutilizar e reactivar alguns dos quiosques tradicionais de Lisboa, os quais constituem parte integrante do seu património histórico e são uma referência da Cidade.
Pretende-se acima de tudo requalificar, neste primeiro momento, três quiosques existentes, dentro do espírito das actividades tradicionais da cidade e das capacidades funcionais dos mesmos, cumprindo a legislação em vigor.
(...)
destinados ao desenvolvimento de actividades ligadas aos usos e costumes da Cidade de Lisboa, pelo prazo de 3 anos, prorrogável por sucessivos períodos de um ano, até ao limite máximo de cinco anos, incluindo prorrogações.Os três quiosques municipais a concessionar são os seguintes: quiosque da Praça das Flores (localizado no topo nascente do Jardim Fialho de Almeida e tem uma área de implantação de 4.12 m2), o quiosque do Jardim França Borges/ Praça do Príncipe Real (localizado no extremo noroeste do Jardim França Borges, com uma área de implantação de 5.28 m2) e o quiosque que se encontra-se actualmente no Jardim das Amoreiras irá ser colocado no topo da Placa central da Praça Luís de Camões e tem uma área de implantação de 2.67m2
Finalmente vai se fazer alguma coisa do quiosque da UNICEF ao abandono faz muitos anos!
4 comentários:
Considero muito boa politica esta da recuperação e reabilitação do património; só é pena é que esta medida não seja extensiva aos edifícios de finais do XIX.
É que uma cidade com "quiosques" antigos recuperados, precisa de um cenário adequado, senão é uma completa aberração!
Considero a intervenção do Sr. Arq. muito pertinente e essa é, de facto, a questão fundamental. Ter uma cidade onde mobiliário urbano não se coaduna com a envolvência é o risco que se está a correr com a actual política de destruição de edifícios dos finais do Séc.XIX e principios de Séc. XX.
Bem sei que aqueles, em que antigo é sinal de anti-moderno, em que design -qualquer - é sinal de estética, enchem o olho com as construções de vidro e cimento, iguais a tantas outras no mundo, enxertadas em ruas com construções não contemporâneas e que acabam com a harmonização dessas ruas. É o caso do novo Museu dos Coches: enviei a bastantes pessoas a proposta de petição contra a sua construção e uma senhora do conhecimento de uma amiga - que entretanto segui-me na publicitação - que trabalha na área cultural de um ministério respondeu que só quem não conheça o excelente projecto do Arq. Paulo Mendes da Rocha e pretenda manter uma área enorme no centro da cidade vedada ao usufruto público e em acentuado estado de degradação o pode subscrever. Disse ainda que este tipo de conservadorismo é muito comum em Portugal, e já estávamos habituados.
Respondi à citada senhora que o que já estamos habituados em Portugal é o vislumbre sem bases de certas pessoas que querem dar de si ares de erudição e modernidade face a projectos deste tipo - modernos - que em vez que olharem para o projecto como um todo olham, antes de mais, para a projecção do seu autor e dão-lhe carta branca. Este tipo de neo-pretenso-eruditismo-riquismo domina a classe de quem recebeu um mandato para governar bem, e não o faz.
MUITO BEM
MAS TENHO DÚVIDAS SE O QUISQUE NO CAMÕES É UMA BOA IDEIA
O LOCAL PARECE-ME PEQUENO PARA TAL E JÁ CHEGA DE COISAS E COISINHAS NO CHIADO
Como é óbvio, há que incrementar a abertura de esplanadas e quiosques (devidamente enquadrados com a envolvente, nomeadamente em estética, como é o caso, e bem, dos de S.Pedro de Alcântara) mas, como também é óbvio, colocar-se um quiosque no Largo Camões, acho errado. Nem todos os largos têm que ter quiosques e este é um deles.
Paulo Ferrero
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