16/09/2008
Fundação Champalimaud na Docapesca
Amanhã, vai a reunião de CML o projecto de arquitectura da Fundação Champalimaud para a zona actualmente ocupada pela Docapesca. O projecto, que, acentue-se, é BONITO, tem, contudo, algumas arestas que precisam de ser limadas, a saber:
1. Há que saber, muito precisamente, se os termos de passagem de testemunho dos terrenos da APL para a Fundação são os suficientes do ponto de vista legal.
2. Se a altura e cércea agora propostas, respectivamente, 20.33m e 15.43m, cumprem ou não o Regulamento Geral de Edificações Urbanas.
3. Se o centro de investigação viola ou não o PDM.
4. Se o sistema de vistas é respeitado no que toca à impossibilidade de se constituirem frentes contínuas superiores a 50 m.
5. Se as artérias existentes e a criar na zona suportam o impacto de tráfego que se prevê com a construção deste projecto.
6. Se o estacionamento subterrâneo de 455 automóveis em piso subterrâneo impermeabiliza o solo em maior grau do que as fundações dos prédios ali existentes.
7. Se está assegurada a eficiente e ecológica gestão dos resíduos hospitalares.
8. Se, dada a dimensão e impactos vários do projecto, o procedimento a seguir não deve ter um amplo debate público. Acho que deve.
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6 comentários:
Falta acrescentar que aquela grande praça entre os dois principais edifícios é demasiado árida para o clima quente e seco de Lisboa. Pelo número de lugares de estacionamento (quase 500!) já se percebe porque razão não aparece uma só árvore para aquela praça: as caves para estacionamento vão retirar toneladas de solo vivo. No verão o desconforto ambiental vai ser insuportável. A grande crítica que tenho a fazer a este projecto é a da insuficiência de espaços verdes/árvores nos intervalos entre edifícios e outras estruturas arquitectónicas.
gosto imenso deste projecto! muito bonito
porque não aproveitar estes projecto para recuperar zona degradadas da cidade. Aquela zona não tens transportes e são mais carros a ir para ali. Recuperem os antigos hospitais civis de Lx.
Com acesso directo pela CRIL, o problema das acessibilidades não me parece grave. Não vai ocupar nenhum espaço que já não exista e não é uma zona histórica em que o projecto choque com a envolvente. Considero-o interessante, volumétricamente grande mas cujas cérceas nao ultrapassam em altura o edificado contiguo, pelo que sou muito favorável à construção.
Jorge Santos Silva
ENGANARAM SE NA ESCALA? Este edifício que agora se encontra na sua maior altura e já se consegue perceber bem naquilo que será aquando a sua conclusão, parece-me completamente desproporcional em termos de enquadramento com a envolvente. È assustador ver um mono daqueles na nossa frente ribeirinha, tirando qualquer contacto com o rio, e apresenta um enorme peso visual quando observado do rio, não percebo como se consegue travar a construção de alguns projectos que até são relativamente inocentes e resolvem áreas que necessitam de requalificação e outros que são um verdadeiro antentado á harmonia da nossa paisagem citadina passam e são mesmo construídos.
Sofia AS
Enganaram-se na escala do edifício???
só não percebo como tanta gente se revolta com arquitectura moderna e parece tão difícil construir seja o que for, e de repente aparece um mono que destroi a nossa frente ribeirinha e... não acontece nada!!
Sofia
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