22/04/2009

Lisboa envia 1200 animais feridos por ano para centro de recuperação




MONSANTO
Lisboa envia 1200 animais feridos por ano para centro de recuperação
22 04 2009

No Parque Florestal de Monsanto uma equipa de especialistas dá assistência a animais silvestres feridos. Atropelados, feridos por tiros, envenenados ou mantidos em cativeiro, vários animais são entregues para serem tratados.
Inês Santinhos Gonçalves igoncalves@destak.pt


Lisboa tem muitos e variados jardins, onde a fauna e a flora vão encontrando o seu espaço, mas é no Parque Florestal de Monsanto que se concentra a maior riqueza ecológica da cidade.
É neste verdadeiro pulmão verde da capital que se localiza o Centro de Recuperação de Animais Silvestres, o único da região.
Aqui trabalham cerca de 15 pessoas, entre veterinários, biólogos, engenheiros químicos e vários estagiários.
«A nossa especialidade são as aves», que constituem cerca de 90% dos 1200 animais feridos que ali chegam por ano, explicou ao Destak o veterinário Pedro Melo. Isto explica-se, em parte, por Lisboa estar localizada numa rota migratória entre a Europa e África.
Mas também há raposas, furões, morcegos, «animais que entram em casas ou galinheiros, foram atropelados ou estavam ilegalmente em cativeiro». Há até répteis, como cágados e camaleões que vêm de outras zonas do País e viajam dentro dos car-ros de quem vem de férias.
Apenas cerca de 40% dos animais são devolvidos à natureza, pois muitos apresentam «traumas muito fortes». «Têm que ser capazes de se reproduzir para garantir a biodiversidade», explica o veterinário. Quando isso não acontece são encaminhados para parques zoológicos.
Este centro de recuperação pertence à Câmara de Lisboa, mas está também integrado numa rede de centros do Instituto de Conservação da Natureza. Estes centros entreajudam-se, recebendo e enviando animais.

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Se achar um animal:

• Aproxime-se com cuidado, o animal ferido pode ser agressivo;
• Cubra-o com uma peça de roupa, para privá-lo da visão;
• Coloque-o dentro de uma caixa de cartão perfurada e com tiras de jornal no fundo;
• Contacte o centro de recuperação para saber o que fazer;
• Caso o animal não possa ser transportado para um centro com rapidez, deve manter a caixa num local escuro e calmo.

In Jornal "Destak".






2 comentários:

Anónimo disse...

é espantoso!como é uma notícia boa, em que se diz bem de algo que se passa na cidade, ninguém comenta!
interrogo-me se os habitantes locais e frequentes deste blog são por acaso lisboetas?

Xico205 disse...

Eu sou lisboeta e acho bem que haja esta instituição.