Questões ambientais levantadas
03.07.2009 - 14h54 Lusa
Doze das treze associações da Plataforma por Monsanto decidiram não assinar qualquer acordo com o patrocinador do festival Delta Tejo, que se realiza entre hoje e domingo naquele parque, por contestarem as compensações oferecidas e o impacto ambiental do evento.
Depois de o grupo ter protestado contra a falta de limpeza dos terrenos após a edição do ano passado do festival, a Delta Cafés SGPS entrou em diálogo com as associações ambientais e de cidadania, organizando duas reuniões.
À Plataforma acabou por ser apresentada uma proposta de união de esforços para reduzir o impacto ambiental da iniciativa, na qual a empresa se comprometia, entre outros, a realizar uma campanha de sensibilização, a utilizar meios e materiais ecológicos, a construir casas de banho (que serão hoje inauguradas) no parque e a compensar a pegada ecológica do evento com projectos de preservação da natureza "noutras zonas do país".
"A acção é praticada em Monsanto e as contrapartidas relativas a alguma atitude mais agressiva para o ambiente não são sequer em Lisboa", disse à Lusa Manuel Verdugo, da Plataforma, sublinhando que o grupo discorda mesmo da realização de festivais no espaço verde de Monsanto. "Temos tantos espaços na cidade mais adequados. Há uma ideia errada de Monsanto, quando se encerra equipamentos é para lá que os mandam, mas Monsanto tem de se preservado", defendeu.
O representante apontou a "invasão de carros" que por vezes derrubam arbustos, a falta de respeito de algumas pessoas e a poluição sonora - com impacto no estado de espécies como a coruja - como principais problemas.
Manuel Verdugo disse que, ainda assim, o acordo com a patrocinadora poderia ser equacionado se as contrapartidas fizessem a diferença em Monsanto a nível ecológico.
Já a Quercus optou por estabelecer uma parceria: segundo informação da Delta Cafés, a empresa e a associação acordaram que a produtora de café vai participar no projecto de conservação do Caniçal no Vale do Tejo, residência da maior colónia de garças portuguesa, além de apoiar a plantação de árvores na área desflorestada de Portas de Ródão.
"Iniciámos um processo de diálogo com a Delta e consideramos que não se pode agora interromper o diálogo só porque, de repente, os projectos de compensação não são os melhores. Nós assumimos que a proposta seria para nós aceitável, as outras associações são livres para aceitar ou não", explicou Susana Fonseca, da Quercus.
Para a organização ambientalista, que vai hoje assinar uma carta de entendimento com a empresa, não parece correcto quebrar as negociações depois de um ano de conversações e mesmo antes do evento.
Quanto à adequação do Parque Florestal de Monsanto para a realização de festivais, Susana Fonseca afirmou que a Quercus não vê total incompatibilidade, embora admita que "talvez aquele não seja o local mais apropriado".
Depois de o grupo ter protestado contra a falta de limpeza dos terrenos após a edição do ano passado do festival, a Delta Cafés SGPS entrou em diálogo com as associações ambientais e de cidadania, organizando duas reuniões.
À Plataforma acabou por ser apresentada uma proposta de união de esforços para reduzir o impacto ambiental da iniciativa, na qual a empresa se comprometia, entre outros, a realizar uma campanha de sensibilização, a utilizar meios e materiais ecológicos, a construir casas de banho (que serão hoje inauguradas) no parque e a compensar a pegada ecológica do evento com projectos de preservação da natureza "noutras zonas do país".
"A acção é praticada em Monsanto e as contrapartidas relativas a alguma atitude mais agressiva para o ambiente não são sequer em Lisboa", disse à Lusa Manuel Verdugo, da Plataforma, sublinhando que o grupo discorda mesmo da realização de festivais no espaço verde de Monsanto. "Temos tantos espaços na cidade mais adequados. Há uma ideia errada de Monsanto, quando se encerra equipamentos é para lá que os mandam, mas Monsanto tem de se preservado", defendeu.
O representante apontou a "invasão de carros" que por vezes derrubam arbustos, a falta de respeito de algumas pessoas e a poluição sonora - com impacto no estado de espécies como a coruja - como principais problemas.
Manuel Verdugo disse que, ainda assim, o acordo com a patrocinadora poderia ser equacionado se as contrapartidas fizessem a diferença em Monsanto a nível ecológico.
Já a Quercus optou por estabelecer uma parceria: segundo informação da Delta Cafés, a empresa e a associação acordaram que a produtora de café vai participar no projecto de conservação do Caniçal no Vale do Tejo, residência da maior colónia de garças portuguesa, além de apoiar a plantação de árvores na área desflorestada de Portas de Ródão.
"Iniciámos um processo de diálogo com a Delta e consideramos que não se pode agora interromper o diálogo só porque, de repente, os projectos de compensação não são os melhores. Nós assumimos que a proposta seria para nós aceitável, as outras associações são livres para aceitar ou não", explicou Susana Fonseca, da Quercus.
Para a organização ambientalista, que vai hoje assinar uma carta de entendimento com a empresa, não parece correcto quebrar as negociações depois de um ano de conversações e mesmo antes do evento.
Quanto à adequação do Parque Florestal de Monsanto para a realização de festivais, Susana Fonseca afirmou que a Quercus não vê total incompatibilidade, embora admita que "talvez aquele não seja o local mais apropriado".
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1390151&idCanal=59
6 comentários:
terraplanagens,movimentação de terras, destruição do coberto vegetal, escavadoras,camiões, ruido,milhares de pessoas e veiculos. Parabêns á Plataforma por Monsanto que mantem assim intacta a sua reputação de defesa de Monsanto. Já da quercus não se pode dizer o mesmo.
não é o Zé que é o vereador dos espaços verde? Quem o viu e quem o vê.
Tiro o meu chapéu à Plataforma por Monsanto por as suas iniciativas e posições. Ainda hoje me admiro da enorme visão que alguns tiveram em criar este belíssimo parque
(quem faria algo assim hoje?)
seria interessante que a Quercus revelasse todos os pormenores do negocio . Quem paga pode estragar?
Victor M. - lisboa
É muito fácil acordar na manhã seguinte e perceber que se vendeu a alma ao diabo...
É o que acontece a quem andou a dormir...
Atenção Quercus!
Enviar um comentário