01/12/2009

Comboios menos poluentes em 2008

O comboio da Fertagus, empresa concessionária da gestão e exploração ferroviária do Eixo Norte/Sul, contribuiu para a redução de 13 mil toneladas de CO2 enviadas para a atmosfera em 2008, revelou a transportadora.

O primeiro relatório de sustentabilidade da Fertagus, que dá a conhecer o impacto económico, social e ambiental da actividade da empresa em 2008, mostra ainda que, através do sistema de frenagem das suas composições, a empresa recuperou 33 % da energia eléctrica de tracção. "Quando se desloca, o comboio usa energia, mas quando trava, parte dessa energia é reposta na rede e fica disponível para ser consumida por outros comboios", explicou à Lusa Cristina Dourado, administradora-delegada da Fertagus.

Este estudo, explicou ainda a responsável que detém as ligações ferroviárias entre as duas margens do Tejo, surge "devido à necessidade de sistematizar e analisar todo o trabalho que temos vindo a fazer no sentindo de nos afirmarmos enquanto alternativa de mobilidade, de sustentabilidade e de qualidade de vida para os cidadãos, e para apontar os aspectos em que devemos trabalhar para melhorar a sustentabilidade da empresa".

Cristina Dourado revelou ainda que "em 2011 a Fertagus deixará de precisar de apoio do Estado": "Somos o exemplo de que é possível oferecer aos cidadãos transporte público de qualidade e economicamente sustentável", disse. No futuro, a empresa pretende "continuar a fomentar o desenvolvimento da mobilidade dentro da Área Metropolitana de Lisboa (AML)".

A Fertagus, empresa do Grupo Barraqueiro que venceu o concurso público internacional para a exploração do Eixo Ferroviário Norte/Sul, transporta actualmente 85 mil passageiros por dia
In JN

5 comentários:

Xico205 disse...

Essa tecnologia de devolver electricidade à rede, não é nova. No Metro Lisboa utiliza-se à mais de 10 anos.

Filipe Melo Sousa disse...

Pergunto-me como estes textos propagandísticos vão parar à imprensa sem qualquer sentido crítico dos jornalistas que o publicam. Este país chegou à bancarrota intelectual.

A Fertagus fala como se fosse algum salvador. Que ganham alguma vergonha na cara. O seu negócio é transportar pessoas de forma ágil e a um preço acessível, e aí falham redondamente. 6,40 € para ir a Penalva e voltar. Não existem ligações a Almada, Seixal nem ao Barreiro. Oferecem uma má alternativa ao automóvel. Não estão na proximidade das habitações. Não são baratos, não têm horários ágeis e frequentes.

Chumbados

Filipe disse...

Não é nova não, quase todas as unidades pós-1993 devolvem a energia à rede aquando da frenagem.
Não deixo de reconhecer alguma estranheza na reduzida proporção de devolução de energia das UQE da Fertagus relativamente às da CP.

Anónimo disse...

realmente os preços praticados pela fertagus sao demasiado altos.

ainda por cima muitas das estacoes sao em descampado, longe das localidades e mesmo assim o parque de estacionamento é pago.
Como é que se pode apelar À intermodalidade se até para deixar o carro na estação no meio do nada se tem de pagar?

e os passes em si já são caros, nao falando no preço dos bilhetes individuais que comparando com a CP Sao ridiculamente caros.

Xico205 disse...

E a Fertagus preocupada com isso! As estações estão longe mesmo para obrigar os clientes a pagar parque ou a pagarem mais de passe para usarem a Sulfertagus. Se os lucros não chegarem a um certo patamar, a Fertagus é indemnizada pelo Estado.