24/10/2010

Comércio de rua em alta na zona do Príncipe Real

Nos últimos dias, a zona do Príncipe Real, em Lisboa, tem sido animada com vários eventos das "Noites Claras". O objectivo é dinamizar o comércio de rua numa área onde nos últimos 12 meses abriram 24 lojas. Já a recuperação do jardim divide opiniões.


Mais de 40 lojas aderiram à iniciativa das "Noites Claras", que, desde sexta-feira tem contribuído para a dinamização do Príncipe Real com horários alargados dos estabelecimentos, concertos de música, inaugurações de exposições ou leitura de poesia.

"É importante este esforço de animação que aqui existe numa zona onde só no último ano abriram 24 lojas", disse ao JN o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa. O autarca mostrou-se bastante satisfeito com o número de lojas novas no eixo que separa a Rua D. Pedro V e a Rua da Escola Politécnica. E disse mesmo que " a época dos centros comerciais nas cidades acabou". "Nos subúrbios os centros comerciais continuarão porque são um produto suburbano mas na cidade o que está a dar é o regresso ao comércio de rua", continuou António Costa.

"As pessoas já começam a ficar fartas de lojas de franchising e querem descobrir aquilo que é diferente", sublinha o autarca, para quem a zona do Príncipe Real ficou também a ganhar depois da intervenção no Jardim França Borges.

Um dos recentes lojistas na zona, Rui Pedro Lérias, concorda com o autarca no que diz respeito à dinamização crescente. "Está a fazer-se uma continuação do eixo Chiado/Bairro Alto e parece-me que está a funcionar bem", observa o gerente da Loja da História Natural.

Rui Lérias é também biólogo e deixa algumas críticas à intervenção no jardim, considerando que "o principal problema é o piso de saibro". "Levanta muita poeira", justifica. "Há uma população mais idosa que por problemas respiratórios deixou de usar o jardim", adianta, salientando ainda que "o piso de saibro estabilizado acumula muitos vidros partidos e isso pode ser perigoso para crianças".

O lojista acrescenta que durante a intervenção "existiram árvores plantadas na altura errada e que já morreram". E assume-se "especialmente preocupado" com a mais anciã do jardim - um cedro do Buçaco - que "mostra sinais de perda de copa e envelhecimento acelerado".

In JN

2 comentários:

Anónimo disse...

vamos-nos deixar de lérias e não sabotar um artigo... algo que começou como uma notícia sobre as "noites claras" acaba numa crítica à intervenção no jardim... e quem não conhecesse o jardim até pode ficar a pensar que o estado em que está o cedro tem algo a ver com a intervenção. o cedro já estava careca (copa seca) há muitos anos.

Anónimo disse...

O que custa é ver o Costa "à boleia" das dinâmicas comerciais em relação às quais, ele não desempenhou qualquer papel ...