17/06/2014

Antigo Cinema Londres/CML e Junta Freguesia, é preciso que AJAM E JÁ!


Exma. Senhora Vereadora
Dra. Graça Fonseca
Exmo. Senhor Presidente da Junta de Freguesia do Areeiro
Dr. Fernando Braamcamp


C.C. Presidente da CML, Presidente da AML, Gab. SEC, Media

No seguimento do comunicado emitido esta madrugada pela organização «Mais Lisboa», dando conta do estado de coisas sobre o processo de mudança de uso do antigo Cinema Londres, concluímos que a passagem daquela emblemática sala de cinema da Avenida de Roma a «loja dos 300» está em vias de se tornar irreversível e inapelável, graças à inacção, a nosso ver inaceitável, da CML (pelouro da Economia, Inovação, Modernização Administrativa e Descentralização) e da Junta de Freguesia do Areeiro.

Com efeito, desde o fecho do Londres (previsível e contra o qual também ninguém de direito tentou sequer ténue reacção) que têm sido os moradores e os comerciantes daquela zona da cidade a agir em prol de uma solução digna, perante a evidência de alteração de uso do antigo cinema – recorde-se que não sendo aqueles detentores de qualquer cargo autárquico, os mesmos não têm quaisquer obrigação, compromisso ou responsabilidade pública em agirem de forma tão valorosa quanto têm agido.

Antes, CML e Junta de Freguesia têm-se escudado desde o início na espontaneidade do movimento local, deixando correr o mesmo e passando responsabilidades de uma para a outra, quando não para a SEC, que aqui apenas intervém porque depende dela a autorização de mudança de ramo; o que torna extremamente confrangedor assistir-se ao desenrolar deste processo; processo que se aproxima do seu epílogo.

Não queremos acreditar que a CML e a Junta de Freguesia tenham receio de afrontar interesses terceiros, ou que não saibam o que fazer enquanto Eleitos, que, simplesmente, desconheçam o historial e a popularidade do Londres, ou, pior, ignorem o que foi, é e ainda poderá ser a Avenida de Roma, enquanto exemplo maior do nosso urbanismo (arquitectónico, comercial, social) e eixo económico e cultural da Lisboa moderna.

Apelamos, por isso, a que a CML e Junta de Freguesia, por uma vez, ajam para lá das parangonas dos orçamentos participativos e dos placards de propaganda sobre «governança», boas práticas e um sem-número de outros chavões.

Ou seja, neste momento, para se evitar que o Londres passe a «loja dos 300» é preciso que o projecto alternativo (descrito em anexo) dos moradores e comerciantes tenha a colaboração, efectiva e empenhada, da CML e da Junta de Freguesia, porque a viabilidade do projecto implicará, entre outras coisas, a realização de obras correctivas, sendo preciso garantir a disponibilização de verbas, vontades e equipas técnicas, por via da contratualização entre todas as partes, caso contrário, esta magnífica reacção em cadeia da população terá sido em vão.

E é preciso que CML e Junta de Freguesia ajam já!


Melhores cumprimentos


Bernardo Ferreira de Carvalho, José Filipe Soares, Beatriz Empis, Luís Marques da Silva, Jorge Santos Silva, Fernando Jorge, Júlio Amorim, Virgílio Marques, Jorge Marques, António Araújo, Rossella Ballabio, Rui Martins, Jorge Lima, Bruno Rocha Ferreira

2 comentários:

JOÃO BARRETA disse...

Desde quando é que esta zona da cidade é um "exemplo" de urbanismo comercial ?????????
Potencialidades para tal sempre as teve, mas nunca foram devidamente exploradas, fosse pela CML, fosse pelas Associações, fosse pelos comerciantes...
Qual é a ideia/projeto alternativo "à Loja dos 300"? Existem propostas? Aqui deixo uma - criação do Observatório do Comércio de Lisboa (parceria entre a CML, Junta de Freguesia, CCP, UACS, IAPMEI, ...). Batam à vontade, mas ... (re)ajam!!!!!!!

Filipe Melo Sousa disse...

Tenho vergonha de ver os meus concidadãos juntarem-se em abaixo-assinados xenófobos. Um empresário chinês que investe, renova um espaço, cria empregos e vive de acordo com o nosso tempo devia ser saudado, e não enxovalhado.