Como se vê esta casa deixou de existir. Daqui saíram caixotes de azulejos do séc. XVIII que ninguém sabe para onde foram. Vidros, mármores, portas de época, todas as mansardas, o jardim, Nada sobrou, tudo desapareceu com o selo da aprovação da CML. Estamos no centro histórico da capital, num bairro ainda com características que deveriam levar à sua classificação. Em Lisboa opta-se pelo mais fácil. E tanto faz serem prédios Entre-Séculos ou palácios renascentistas ou barrocos. Tudo vai na voragem das demolições, das reabilitações-fantoche, da ignorância com que se trata e gere Lisboa.
Pela altura dos andaimes podemos imaginar o belo cabeçudo que irá surgir, ou qualquer outra solução igualmente dignificante da cidade para a qual foi pensada. Assistimos a uma banalização crescente de Lisboa. Enquanto nos Paços do Concelho se passearem vaidades várias e outros carismas com a mesma categoria, ficaremos a saber que Lisboa é um hoje uma cidade que maltrata o seu património. E isso, ao contrário dos investimentos, não tem retorno. Nem desculpa. |
6 comentários:
Que pena o jornalista Mário Crespo já não estar no activo... Caso contrário, era certo que o Zé que fazia falta iria lá declarar que ia apresentar queixa a todas as autoridades e mais algumas.
Não se preocupem com o material que saiu desse edifício. Entre antiquários e construtores civis esse material vai fazer as delícias de muita gente. Alguns bolsos vão-se encher...
E o Zé que não fizesse falta. Que fetiche!
Um belíssimo palacete para o ... lixo !!!
E irão aumentar os pisos ??
Tarde demais ... esta denúncia .
Mas merecia uma queixa à ASSEMBLEIA MUNICIPAL
Lisboa é uma cidade com uma identidade própria, é isso que atrai os turistas. Se a câmara continuar a tomar este tipo de decisões irá rapidamente destruir a essência da capital e torná-la numa cidada banal, como todas as outras...
Vai ser uma casa apalaçada transformada em casa apalhaçada! E vai mais uma, e agora segue...
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