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17/08/2017

Uau, que coisa mais linda e cheia de graça :-)


Isto é para ficar assim em Santa Apolónia?? Parece o canal/esgoto no Cairo :-)

Túneis para livrar Lisboa das cheias. Quatro anos de obras em seis locais, in Observador (16.8.2017).

Ah, ok, vai ficar lindona a nova praça em frente ao Museu Militar, espero é que não fique a cota diferente (como é uso e costume em Lisboa) aquele redondel verde, senão ficará anedótico:

27/12/2010

Lisboa só estará a salvo de cheias em 2021

In Público (27/12/2010)
Por Carlos Filipe

«Município admite não ter capacidade para executar o Plano Geral de Drenagem da cidade. Solução passa pela EPAL

Rede principal tem 1400 quilómetros

As zonas baixas de Lisboa continuarão à mercê de cheias e inundações, como as que ocorreram no final de Outubro último e em Fevereiro de 2008, em casos de extrema e rápida precipitação, enquanto não estiver executado o Plano de Drenagem da cidade. A autarquia prevê a conclusão em 2021, mas diz não estar em condições de suportar os estimados 160 milhões de euros. A solução passa pela transferência para a Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL) do serviço e receitas da rede de saneamento, que executará as obras.

O plano de drenagem foi adjudicado ao consórcio Chiron Engidro/Hidra, em Fevereiro de 2006, no mandato de Carmona Rodrigues, mas foi concluído e aprovado em Março de 2008, já com o socialista António Costa à frente da autarquia. Desde então nenhum outro passo foi dado para o melhoramento do arcaico e degradado sistema de colectores municipais de drenagem de águas pluviais.

O grupo municipal do PSD recorda isso mesmo e questiona o actual executivo pelo que tem feito para evitar novas inundações em Lisboa, defendendo que deve ser dada sequência urgente ao Plano de Drenagem. "[No subsolo] não são obras com visibilidade, mas nem por isso deveriam deixar de ser", lê-se na página da Internet deste grupo municipal. Também o PCP diz desconhecer os contornos do negócio com a EPAL, que passa pela venda das infra-estruturas municipais de saneamento à empresa do universo da Águas de Portugal por 100 milhões de euros.

Fernando Nunes da Silva, vereador das Obras Municipais, admitiu ao PÚBLICO que a câmara "não tem actualmente capacidade financeira para desenvolver o Plano de Drenagem". As verbas inscritas nas Grandes Opções do Plano (2011-2014) para a execução daquela empreitada - 6,9 milhões em 2012 e 11,4 e 19,7 milhões, respectivamente, para os dois anos seguintes - "tinham sido decididas antes do princípio de negócio com a EPAL".

"É um trabalho para dez anos, mas, na sequência deste acordo, no princípio do ano, a transferência de toda a rede de colectores domésticos permitirá à EPAL fechar o ciclo da água na rede, garantindo a sua total reciclagem e reaproveitamento. Em contrapartida, aquela empresa receberá as taxas de saneamento", explicou o vereador. A cobrança das referidas taxas, segundo a previsão da receita camarária, ascenderá a 26,265 milhões de euros em 2011.

Apenas paliativos

Poucos dias depois da mais recente inundação, que afectou parte de Lisboa, em particular a Baixa, foram realizados trabalhos no interceptor de esgotos no Terreiro do Paço, que ainda aguarda a ligação à Estação de Tratamento de Águas Residuais de Alcântara. Também a Rua de S. José, das mais afectadas pela inundação de Outubro, tem sido alvo de intervenção camarária, mas para reposição do pavimento danificado. "Assim que deixar de chover vamos reparar o colector que passa sob a rua. Não vai ser preciso voltar a levantá-la, pois a reparação pode ser feita pelo interior do mesmo, que será forrado onde está danificado", precisou Nunes da Silva.

Mas, enquanto a intervenção de fundo não for feita, Lisboa continuará sujeita aos caprichos meteorológicos e a ter que reparar os danos provocados pelo excesso de água. O vereador recorda que devido a roturas do velho sistema de condutas, pisos de ruas houve que abateram, como foram os casos da Angelina Vidal e da Avenida de Berna.

"Só em 2021, seguindo o plano, faseado, em dez anos, é que o sistema estará operacional e libertará Lisboa desse problema. Com os últimos e recentes trabalhos no Terreiro do Paço, com a colocação de válvulas no interceptor, que deixam escoar a água das condutas, mas que não permitem a entrada da água do rio, a situação já foi um pouco melhorada", explicou o autarca. E acrescentou: "Todavia, não estamos a salvo de uma nova situação de precipitação intensa coincidente com maré cheia, que voltaria a afectar as zonas de cota baixa da cidade." "Enquanto não forem construídos os reservatórios e separadas as redes de esgoto doméstico e de águas pluviais, estaremos sujeitos a este problema", deixou claro Nunes da Silva.»

29/10/2010

Chuvas.

Ainda há uns dias foi assim: cheias , caos no trânsito, incomodo para toda agente.
Hoje, como comprovam as imagens de televisão, foi muito pior. As cheias voltaram em força, na baixa por exemplo,com Rossio e praça da Figueira alagados, prejuízos enormes e o triste fado de sempre.Claro que a falta de limpeza das sarjetas, a crescente impermeabilização dos solos e a falta de planeamento nada têm a ver com isto. É apenas o nosso fado e esta triste mania que a natureza tem de por vezes deitar um pouco  de água a mais...

22/10/2008

Que está a fazer Lisboa para prevenir as cheias?

A Assembleia Municipal exigiu hoje ser informada das medidas preventivas de cheias previstas, nomeadamente acções de limpeza, depois das inundações de sábado na cidade, escreve a Lusa.
Os deputados municipais aprovaram uma recomendação apresentada pelo CDS-PP, com a abstenção do PS, para que «sejam apuradas responsabilidades pela falta de manutenção manifestada» pelas cheias de sábado.
Os parlamentares querem também ser informados do cumprimento de «medidas preventivas de intervenções de limpeza para este ano».
A Assembleia recomenda igualmente que a Câmara «providencie os trabalhos de limpeza de sarjetas e escoamento de águas onde não o efectuou».
Os deputados querem ainda que a autarquia «garanta, em caso de necessidade, a intervenção imediata de equipas com vista à regulação da circulação e diminuição dos efeitos de acumulação de águas».
A recomendação recorda que a chuva que caiu no sábado durante vinte minutos inundou seis cafés e hotéis na zona de Sete Rios, os túneis da Avenida João XXI, Estados Unidos, Rêgo e Campo Grande.Foram ainda afectadas as zonas de Campolide, Alvalade, Avenida de Roma, Campo Pequeno, Avenida 5 de Outubro, Praça do Chile, Praça de Espanha e Hospital de Santa Maria.

A Assembleia aprovou também por unanimidade uma recomendação apresentada pelo CDS-PP para que seja encontra uma «solução temporária que minimize os acidentes» no cruzamento das ruas Helena Vaz da Silva, Vasco Gonçalves, Arnaldo Ferreira, Álvaro Cunhal e Eugénio de Andrade, no Lumiar.

Cruzamento ou rotunda?

«Este cruzamento, ausente de qualquer sistema semafórico ou rotunda, provoca o caos no trânsito, em particular nas horas de ponta, uma vez que se trata de uma confluência de 18 faixas de rodagem», lê-se na recomendação.
Perante a «inércia da Câmara», um grupo de moradores decidiu construir uma rotunda no local, que teve apenas «dois dias de existência», recordam os deputados.
A assembleia quer saber se existe um projecto de ordenação do tráfego neste cruzamento e quais os prazos para início e conclusão da obra.
Os deputados municipais aprovam também, com a abstenção do PS, uma recomendação de «Os Verdes» para que seja retomada e actualizada a identificação de «pontos negros» da circulação pedonal e rodoviária da cidade.

in Portugal Diário

18/02/2008

Poder político e Autárquico: culpados do desordenamento metropolitano

Santo António dos Cavaleiros
Ponte de Frielas

Lisboa


Setúbal
Lisboa

Santo António dos Cavaleiros
Sacavém
Frielas


Loures


Odivelas



Póvoa de Santo Adrião

Setúbal

Algés
Odivelas
Amadora

Lisboa, 18 Fev (Lusa) - O Ministério do Ambiente responsabilizou hoje as autarquias pelas cheias e complicações de trânsito registadas durante a madugrada e manhã, na sequência das fortes chuvas, considerando que o ordenamento do território já não representa um sério problema em Portugal.
"Estamos numa área de competência autárquica. Tem a ver com as infraestruturas urbanas. O problema do ordenamento do território já não é o mais sério em Portugal", disse aos jornalistas o ministro do Ambiente, Nunes Correia, quando questionado sobre as causas das complicações do mau tempo.
Falando à margem da apresentação da Plataforma de Avaliação de Impacte Ambiental Digital, em Lisboa, o governante considerou ainda que há "falta de hábito" de fazer limpezas regulares para evitar cheias, embora reconheça que só uma peritagem pode apurar as razões destas complicações.
A câmara de Lisboa, por seu lado, aponta a saturação das redes de drenagem como a causa da maioria das inundações que afectaram hoje a cidade, e lembrou que está previsto um investimento de 200 milhões de euros para melhorar o saneamento.
Esta afirmação surgiu, nomeadamente, a propósito da submersão de cerca de 200 carros que se encontravam num segundo piso subterrâneo da garagem do edifício "Alcântara-Rio".
Questionado sobre eventuais responsabilidades do município em prejuízos deste género, Marcos Perestrello declarou que era necessário analisar primeiro a situação, que desconhecia.
Segundo o vereador, este tipo de inundações em edifícios pode estar associado a vários tipos de problemas: "não é só a saturação da rede. Também existem erros urbanísticos e de infra-estruturas e insuficiências do parque habitacional construído, sobretudo nos edifícios mais antigos". in sapo
Este tipo de acontecimento, chuvas fortes e intensas durante poucas horas, são típicas do nosso clima mediterrâneo". Já o IM assegura que os valores são " muito elevados", o que "atesta do carácter excepcional do fenómeno" (ver infografia). "O que aconteceu hoje, e sempre que chove muito, é resultado da falta de ordenamento", acusa Catarina Ramos, adiantando que o problema é a falta de um sistema de drenagem alternativo em algumas zonas da cidade e a construção em leito de cheias. "É importante não construir em leito de cheias. Essas zonas deviam ser essencialmente de lazer", frisou lamentando que "as leis existem mas não são cumpridas. Cede-se aos interesses imobiliários". A cidade não tem sido pensada tendo em conta a sua estrutura natural: "há muitos especialistas a trabalhar na concepção da cidade mas cada um trabalha para o seu lado. A cidade tem sido mal estruturada", lamenta Catarina Ramos.Fazendo um paralelismo entre as duas maiores cheias em Lisboa de que há memória, Catarina Ramos lembra que "em 1967 muitas casas eram de construção ilegal mas hoje as casas não só são construídas em locais que não deviam ser urbanizados como têm as devidas autorizações para serem construídas". " in DN

Não são só as Câmaras que têm culpa, emboras estas sejam as principais responsáveis.
O poder político e administrativo, nomadamente autárquico, continua a permitir e a incentivar que mais de 200 mil pessoas, só na Área Metropolitana de Lisboa, habitem em leitos de cheia e que as zonas industriais e comerciais e respectivos acessos bloqueiem a passagem das inúmeras ribeiras que circundam Lisboa.
A Administração Pública (Ministério do Ambiente incluído) permitiu, incentivou e denominou de "recompensa pelo excelente trabalho" que as Câmaras recebessem as receitas dos "impostos do betão". Obviamente que, à falta de transferências do Orçamento de Estado, as Autarquias iriam permitir e incentivar que se possa construir em todo o lado para poderem obter mais rendimentos.
A Administração Pública (Ministério do Ambiente incluído) vem ratificando as intenções das Câmaras em construir nas reservas ecológicas e agrícolas nacionais e permite a desafectação de parcelas de zonas de risco (definidas também pelo INAG entre outros) para a construção de zonas industriais, comerciais e habitacionais, mesmo que não sejam consideradas de interesse público. E ainda se preparar um municipalização da REN e da RAN.....
A falta de políticas coerentes e assertivas de ordenamento do território permite e incentiva que os suburbios de lisboa continuem a estender-se e a crescer desmesuradamente, ocupando os poucos espaços vazios, nomeadamente, leitos de cheia.
Em Lisboa continua a construir-se no leito da ribeira de Alcântara. Em Odivelas e Loures crescem megas urbganizações e centros comerciais em zonas que inundam todos os anos.
Em 1967 e 1983 os estragos e as vítimas foram imensas, ainda que vivessem menos pessoas nas áreas afectadas e as construções serem, na maioria ilegais. Éramos pobres as políticas ambientais eram mínimas e não se falava de aquecimento global.
Em 2008, com legislação ambiental que não acaba mais, não há desculpas mais centenas de milhares de pessoas habitarem em zonas de risco em habitações legais licenciadas pelo poder administrativo.
Mas tal como no passado, nada vai mudar.

Mau tempo, pior reacção

Já há alguns dias que se sabia que a partir de ontem começaria a chover muito.
O que se fez?
Esperou-se pela borrasca.
Tudo porque se continua a esperar pela desgraça.

Mau Tempo

In Sol Online (18/2/2008)

«Vias cortadas, ribeiras a transbordar e inundações domésticas no distrito de Lisboa
As chuvas de hoje de madrugada causaram inundações domésticas, corte de vias rodoviárias e fizeram transbordar ribeiras nos concelhos de Cascais, Oeiras e Loures, segundo o Comando Distrital de Operações de Socorro de Lisboa (CDOS) ...»

Falta chuva a Portugal, e quando vem é isto, ano após ano, governo após governo. Neste país de fachada, as sarjetas entopem porque nunca as limpam, os incêndios destroem as árvores e os solos deixam de poder suster as chuvas e, estupidamente, continuam a deixar construir em leito de cheia. Não há remédio.