In Público Online / Lusa (9/7/2007)
«O candidato do PS à presidência da Câmara de Lisboa, António Costa, exigiu hoje que Marques Mendes prove a "insinuação que fez" sobre interesses imobiliários do "número dois" da lista socialista para a autarquia, Manuel Salgado, nos terrenos do aeroporto da Portela.
Quinta-feira à noite, durante um jantar de apoio ao candidato do PSD à Câmara de Lisboa, Fernando Negrão, o líder social-democrata lançou dúvidas sobre o destino dos terrenos do actual aeroporto da Portela e relacionou o arquitecto Manuel Salgado com interesses imobiliários, declaração que suscitou fortes críticas junto do PS.
Hoje, em declarações aos jornalistas, o ex-ministro de Estado e da Administração Interna começou por defender que, "na vida política, tem de haver um comportamento com grande sentido de responsabilidade". "O dr. Marques Mendes fez quinta-feira à noite uma insinuação, que não fundamentou, sobre interesses imobiliários do arquitecto Manuel Salgado relativamente aos terrenos do aeroporto da Portela", observou António Costa. De acordo com o candidato socialista, "trata-se de uma insinuação da maior gravidade".
Segundo o candidato socialista, Marques Mendes "tem agora o dever de explicar ao país o que ele sabe - e que nós não sabemos - sobre a relação do arquitecto Manuel Salgado com os terrenos da Portela". "Se o presidente do PSD explicar essa hipotética relação, ficaremos todos a saber algo que desconhecemos, mas se não o fizer ficaremos todos mais convencidos que Marques Mendes, infelizmente, não tem credibilidade para se comportar e se conduzir na vida política", atacou o candidato do PS.
"Marques Mendes não pode fazer insinuações sem as fundamentar. Se fez insinuação, agora que as fundamente", insistiu António Costa, no final de uma acção de campanha da candidatura socialista, que hoje realizou um passeio de barco pelo rio Tejo, no qual participaram diversos empresários do sector do turismo.
Confrontado com esta controvérsia, Manuel Salgado, o visado por Marques Mendes, disse que a sua família "nada te a ver com os terrenos da Portela". "Por isso, não estou a ver que interesses imobiliários possa ter. A única explicação para as palavras do presidente do PSD é o desespero", sustentou o arquitecto.»
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