5 Apontamentos sobre uma reunião descentralizada (1)

1. Buraco financeiro


a) Mercado de Santa Clara
Por falta de pagamento ao empreiteiro, este recusa-se a entregar a obra à CML, e nem electricidade pode ser accionada. Por isso, o projecto de reabertura do mercado como pólo cultural, comercial e turístico está parado. Haja paciência!



b) Pátio D.Fradique

Dada a crise financeira da CML, esta chaga urbanística e um dos locais mais deprimentes de Lisboa, vai manter-se tal qual até aqui, ou seja, um cenário de bombardeamento, tráfico de droga, lixo e promiscuidades várias, paredes meias com um dos hotéis mais caros de Lisboa, o Palácio Belmonte. Haja paciência!


2. Alfama

a) EMEL

Pela boca de um morador se ficou a saber que o sistema de condicionamento da circulação automóvel na zona é assaz peculiar, com os pilaretes a estarem desactivados, à conveniência do freguês, sendo que o pior é que os verdadeiros moradores pagam para ter livre-trânsito. Haja paciência!


b) Carris

Pela boca de outro morador de Alfama se ficou a saber que a 'simpática' e 'eficiente' Carris extinguiu 5, C-I-N-C-O carreiras de autocarro que passavam por Alfama, aquando da introdução da Linha 7. A bem da mobilidade, claro. Haja paciência!


c) Largo do Chafariz de Dentro

Pela boca do Sr. Vereador Marcos Perestrello se ficou a saber que a demora em terminar com aquelas obras intermináveis se deve, imagine-se, à presença de vestígios da 'muralha fernandina' e como há que fazer um buraco na mesma, o mesmo precisou da autorização do IPPAR, o qual, excelso, como sempre, autorizou, pois claro, pois não sendo aqueles vestígios da Muralha de Adriano, tão pouco da milenar Muralha da China, é coisa para esburacar em prol do esgoto. Afinal de contas, o mesmo aconteceu no Martim Moniz, com as obras da EPUL, ou no Teatro Ginásio, ao Chiado. Haja paciência!


3. Av. Eduardo Galhardo

Pela boca de um morador da dita cuja se ficou a saber mil e um predicados sobre esta espécie de avenida. Mortinho estou, confesso, por ir até lá visitar a dita, assim haja disponibilidade da máquina fotográfica, que já se me confessou cansada de fotografar tanto terceiro-mundismo. Haja paciência!