05/12/2011

Odéon, o princípio do fim?


A CML acaba de dar parecer positivo, por despacho do vereador MSalgado (29.11.2011), a um pedido de informação prévia dos proprietários com vista à transformação do Odéon em c.c. e estacionamento subterrâneo. Manter-se-ão a fachada e o tecto em madeira, em jeito de rebuçado. uma VERGONHA. Que fazer? Não sei. O que sei é que se ninguém se mexer, diremos adeus ao Odéon enquanto tal. Pessoalmente, é a desilusão completa, nas pessoas e nas instituições envolvidas.

16 comentários:

Anónimo disse...

O que vale é que lá está o afilhado do sr. Arq. Ribeiro Telles, o Zé que fazia falta, e uma coisa dessas só por cima do cadáver dele.

R Dias disse...

Centro Comercial!?!? Mas que ideia mais idiota!!!

O Sotto Mayor e aquele nas junto às Amoreiras, na R. Dom João V, ambos encerrados, não servem de exemplo para o esgotamento deste modelo de negócio?

Estacionamento subterrâneo? Então mas aquela rua não é de trânsito proibido!?!?

Julio Amorim disse...

Que fazer Paulo? Quantos anos a remar contra esta maré? Mas não foi esta batalha que abriu outros caminhos? Por vezes há que retirar, resignar e, tratar das feridas. Aqui (sem muitos milhões na carteira) já não haverá muito a fazer. Mais um pedaço desta cidade para o lixo....

Filipe Melo Sousa disse...

Eu estou disposto a mexer-me para garantir que o proprietário tem o direito de dispor do edifício dele da forma que bem o entender. Lisboa precisa de iniciativa privada e rentável. Lisboa precisa de estacionamento. Lisboa precisa de um mercado livre sem regulações parvas e rendas congeladas, que a têm asfixiado. As considerações aqui tecidas são completamente alheias a quem tem o direito de dispor do seu património. Assim sendo, as pretensões do Paulo Ferrero em limitar a liberdade alheia não têm qualquer lugar numa sociedade livre.

Anónimo disse...

o que podemos fazer?

Anónimo disse...

repito, porquê celebrar centenário do Ressano Garcia quando se continua a cometer estes crimes? haja coerência. e vergonha.

Gonçalo disse...

Tenho vergonha de me dizer liberal quando leio comentários como o anterior, do Filipe Sousa...
Quanto ao Odéon: "já fostes". Enfim.

rvs disse...

tal como as tuas opiniões, filipe, também as pretensões dos outros têm lugar numa sociedade livre. por isso mesmo, por ser uma sociedade livre.

eu também tenho de ler as tuas opiniões e as tuas pretensões para a cidade e não as quero limitar. posso é continuar a ter a minha opinião negativa sobre elas e pensar que tu és daquelas pessoas que fala muito sobre iniciativa, mas até agora só te ouvi dizer exactamente o contrário daquilo que aqui é proposto.

ou seja, tu és o típico "entrava-ideias", que acha sempre mal e nunca passa à acção - apesar de perder muito tempo a falar sobre iniciativa privada. o bom é não fazer nada, para ti.

mas claro que felizmente ninguém te impede de continuares a vir aqui apresentar não-ideias e opores-te a tudo. por vivemos numa sociedade livre, como dizes ("bem prega frei tomás...")

Filipe Melo Sousa disse...

caro rvs,
por muito que tente colocar em pé de igualdade as minhas pretensões com as suas, repare que enquanto eu apenas entende que alguém deve ser livre dentro de sua casa, você acha-se no direito de interferir na casa dos outros. Em suma, você pede candidamente a liberdade de ser um tirano. Ainda de forma estranha, você chama de "entrava-ideias" a alguém que defende o laissez-faire, e vê alguma forma de "iniciativa" no embargo que pede para a obra. Hilariante.

Anónimo disse...

Obra a obra Lisboa...PIORA! O Zé há-de ir a correr colocar um cartaz,onde há uns anos atrá colocaria uma providência cautelar.

rvs disse...

em momento algum eu falei em interferir na casa dos outros, por isso a acusação de tirano é um exercício - esforçado, é certo -, mas vazio de conteúdo. estás a confundir as opiniões e, mais uma vez, errado em pensar que este blog apenas tem uma opinião (para além de eu ser um mero comentador).

o entrava-ideias está relacionado com o facto de tu, enquanto defensor do "laissez faire" (e do uso emproado e repetido de expressões estrangeiras aqui e ali), nunca teres apresentado uma proposta que seja - apenas reages aos posts e mandas abaixo. depois atiras umas generalidades sobre liberalismo e mais estacionamento e mais prédios novos, sem parecer que haja um verdadeiro raciocínio a sustentar as ideias (como a simples ponderação das vantagens e desvantagens).

por outro lado, manipulas também o conteúdo dos posts e deste blog em geral de acordo com as conclusões que pretendes. se tiveres atenção - e não perderes tanto tempo a vociferar contra tudo sem expor quaisquer propostas úteis - verás que foram apresentadas várias sugestões alternativas à demolição em causa (há vários anos). em geral, o blog costuma também apresentar muitas iniciativas para a cidade - o facto de tu não concordares com elas não faz com que deixem de ser iniciativas.

para uns serão a opção certa, para outros não. é também para isso que serve este blog, inidicar a discussão inteligente (e não para exercícios de pura destruição travestida de "ah, sou tão liberal e acho mal a tudo e não vou mexer uma palha, vou ficar aqui a escrever hilariante")

(mais uma vez, "bem prega frei filipe, faz o que ele diz, não faças o que ele faz")

Filipe Melo Sousa disse...

Caro rvs, trata-se apenas de interferir na casa dos outros, faça scroll up e leia o que se está aqui a discutir. E acredite que não perdi a esperança, estarei pronto a aprovar qualquer tomada de posição razoável que aqui apareça. E repare que eu não ando a dormir, sei muito bem quais são as "alternativas" que defendem. Neste caso, mais um teatrinho antiquado sem clientela, altamente subsidiado pelos contribuintes e a dar prejuízo para o proprietário, só porque você acha bonito. E nem me venha dizer que não era isso, porque é mesmo isso que defende. Assim sendo, put your money where your mouth is, e abra um, mas sem pedir dinheiro dos outros. Use o seu, em vez do tradicional "eu tenho a ideia, os outros que paguem por ela".

Anónimo disse...

não há liberdade de destruição de património imobiliário. se fosse uma sociedade filipana de sousa um privado podia comprar, por exemplo um castelo, e revesti-lo a azuleijos

Filipe Melo Sousa disse...

Revestir a azulejos? Vê-se mesmo que não tem lido os meus comentários :P

Pronto, admito uma excepção à desregulamentação: eu proibiria os azulejos em qualquer sítio que não fosse a casa de banho. Não há nada mais feio que esses ladrilhos arabescos espalhados pela cidade. Para dar ambiente de terceiro-mundo à cidade de Lisboa já bastam os nossos passeios.

rvs disse...

Estás errado, filipe, e começas a disparar para todos os lados. Não era isso que estávamos a discutir - o que se discutia era a liberdade de expor as ideias, boas ou más consoante as opiniões, na tal sociedade livre que dizes defender.

Discutíamos também a tua inabilidade para apresentar qualquer solução que seja. Vens para aqui denegrir o que quer que seja pensado e não consegues ter qualquer iniciativa. Defendes-te fugindo do assunto e confundindo as minhas ideias com as do blog.

Tal como te disse, sou um mero comentador e tenho as minhas ideias sobre o assunto - que serão ou não aquelas que atiras para o ar de forma generalista. Como te disse, sou um mero comentador e não defendo o blog.

Nunca defendi algo "antiquado sem clientela, altamente subsidiado pelos contribuintes", nem parecido, pelo contrário. Aliás, porventura nem encontrarás essa posição neste blog. Mas dá-te jeito atirar isso para o ar, porque te permite continuar a vociferar contra tudo e todos (sem abandonar o cadeirão).

Aliás, já estás aqui há tanto tempo para ter tido tempo para perceber que este blog tem várias opiniões, tantas quanto as pessoas que o compõem. As tuas generalizações ("são todos iguais e só querem aquilo que eu sei") podem dar-te jeito nas tuas tentativas de argumentação, mas são vácuas.

Para além de entrava-ideias que vive à custa de falar daquilo que os outros propõem (assumindo a posição fácil e preguiçosa), mais pareces um "velho do Restelo" a vociferar contra tudo e tudos.

Engraçado (ou deverei dizer "hilariante"), no fundo contrarias tudo aquilo que tentas defender. "Bem prega Frei Filipe..."

p.s. mas gostei de mais uma tentativa de intelectualizar o discurso com uma expressão estrangeira - desta vez em inglês ("hilariante").

Filipe Melo Sousa disse...

E digo mais: depois do episódio do isaltino e das prescrições ontem, podem despedir todos os juízes, magistrados, fechar todos os tribunais e instâncias de recurso e suspender os gastos em advogados pagos pelo estado. Não vale a pena andar a gastar um balúrdio a fingir que temos um sistema judicial. Neste país o lixo continua sempre na rua, apesar de pagarmos fortunas para supostamente nos livrarem dele.