É evidente que a impressão geral sobre um Local, constituída no tempo e na memória é determinada por associações e imagens, resíduos de experiências e momentos vividos nesse Local.
Assim qualquer experiência de ameaça à nossa segurança, sobrepõe-se em intensidade a outros momentos agradáveis numa visita a uma Cidade.
Quando somos directamente atacados ou objecto de roubo … a imagem dessa Cidade fica inevitávelmete associada a estas profundas e traumatizantes experiências e impressões …
Imaginemos o percurso de um Turista em Lisboa …
Logo à chegada,no Aeroporto, como não é “local”, desprevenidamente e naturalmente apanha um táxi nas “chegadas” … sujeito à conhecida “chantagem” das distâncias curtas ou longas e de duração da “corrida” … muitas vezes, além de ser sujeito a tensão e má educação, ser-lhe á cobrada uma quantia compensatória para as horas de “espera”do respectivo motorista …
Nós, os Lisboetas e locais, ja sabemos que temos que subir um piso até às "partidas" e aí apanhar um Táxi …
Não esquecer a alternativa do Aero-Bus …
Depois, temos a armadilha permanente do eléctrico 28, qual fonte permanente de ataque à carteira e outros adereços pessoais dos Turistas ... e assim … fonte permanente de desprestígio da Cidade e da sua Imagem …
Este tipo de experiências podem ser culminadas por uma visita ao Miradouro de Santa Luzia … aqui, a envolvente através do seu estado de decadência vergonhosa não só determinada pelo estado de Conservação do próprio Miradouro, mas também pelo horizonte “Lusalite”, garantido pelas eterno estaleiro da Norberto Araújo … será certamente “abrilhantada” por tentativas permanentes e organizadas de roubo … ( Ver artigo do Jornal de Notícias, em baixo).
Claro que este “ritmo”de percurso e impressões é também garantido por experiências permanentes na Via Pública … como a aventura de atravessamento de diversos “check points”de assédio no eixo Rossio-Rua Augusta-Terreiro do Paço, que até uma crónica de Henrique Raposo no Expresso mereceram … mas sem consequências visíveis para os lados dos Paços do Concelho … Será que o Sr. Presidente da C.M.L. sai à rua, se senta numa esplanada ou lê os jornais ?
Nos últimos tempos só recebemos como único sinal ….cada vez mais frequente e sistemático “ A Câmara não responde”… como se tratasse de um obsoleto e ineficaz aparelho de resposta automático …
António Sérgio Rosa de Carvalho.
( ...) "pelo horizonte “Lusalite”, garantido pelas eterno estaleiro da Norberto Araújo"
( ... ) "seu estado de decadência vergonhosa"
Este "monolito-bunker", vestígio patético de uma eterna promessa de obras de reabilitação na Norberto Araújo ...
Turistas a saque em miradouros de Alfama
Por Paulo Lourenço in Jornal de Notícias / 13/1/2012
Os casos de furtos a turistas nos miradouros históricos de Alfama estão a criar uma verdadeira onda de indignação entre quem ali vive ou trabalha. Nos eléctricos, a situação arrasta-se há anos e há relatos de roubos com grande violência nas vielas do bairro.
Há relatos de roubos a turistas com grande violência nas ruas de Alfama
Um passeio pelo mais castiço bairro da capital pode revelar-se um autêntico pesadelo. Especialmente, se incluir uma paragem nos miradouros de Santa Luzia ou Portas do Sol, dois locais de onde é possível desfrutar de uma magnífica panorâmica sobre a cidade e o rio.
"Andam aí todos os dias. Já os conhecemos. Apanhar os turistas desprevenidos num momento de lazer e roubar-lhes malas e máquinas fotográficas é o "trabalho" deles", conta ao JN um habitual frequentador do espaço, que solicita o anonimato, com receio de represálias. "É que, quando avisamos os estrangeiros, eles ameaçam-nos. São perigosos", explica.
Os relatos falam em grupos de jovens - portugueses e estrangeiros - que abordam os turistas de forma discreta. "Muitas vezes, passam também por turistas, com mapas na mão que abrem, para dissimular os furtos. E andam bem vestidos", revela outro testemunho.
"Não imagina como as coisas se passam. Eles actuam em bando, os turistas não dão por nada e quando se apercebem já não há nada a fazer", conta um homem, que trabalha num estabelcimento comercial vizinho.
"Já vi pessoas desesperadas, a chorar, por ficarem sem nada. Dinheiro e documentos", diz o mesmo testemunho. Recorda um caso recente em que uma turista de nacionalidade russa "quase morria com um ataque de pânico" quando constatou que lhe tinham roubado a mala. "Além da documentação, levaram-lhe mil euros", recorda.
"Isto é uma calamidade", desabafa Francisco Maia, presidente da Junta de São Miguel, que, recentemente deu conta destes casos ao presidente da Câmara. António Costa tomou nota e "mostrou-se muito preocupado", afiança o autarca.
"Toda a zona é aprazível para o relaxe e para disfritar da paisagem, que é o que os turistas fazem", salienta, destacando que há "autênticos bandos" que se aproveitam disto para actuar. "De dia é um caos, e, à noite, no interior do bairro, ainda é pior, com roubos por esticão, com alguma violência", diz.
"É uma brutalidade"
Na vizinha freguesia de Santo Estevão, a presidente da Junta, Maria de Lurdes Pinheiro, fala de roubos com grande violência. "É uma brutalidade! Muitas vezes, os turistas são puxados para o interior de um beco, encostados à parede e agredidos por grupos, que depois de roubarem, desaparecem rapidamente", conta.
Os dois autarcas chamam ainda a atenção para o facto de a própria geografia do bairro ajudar às intenções dos assaltantes. E dão conta que muitas vezes, agridem os turistas e fogem pelo interior dos pequenos becos. "Quando a polícia chega, já estão metidos dentro de casa, ninguém os apanha na rua", revelam.
A polícia tem feito alguma vigilância e chega a deter alguns jovens, mas, segundo um frequentador do miradouro de Santa Luzia, "duas horas depois de serem levados para a esquadra já estão de volta".
Idosos também não escapam
E não são só os estrangeiros os alvos destes grupos. "Outro dia, fingiram que eram turistas e pediram a uma senhora de 90 anos, que mora aqui e estava sentada num banco do jardim a apanhar sol, para tirar fotos com ela. Quando foram embora, viu que lhe tinham furtado a mala, com todos os seus documentos e dinheiro", conta outro transeunte.
Também os eléctricos são palco frequente de casos destes. "A situação é muito preocupante, os problemas têm sido muitos, com roubos a turistas e velhotas, a par de actos de vandalismo", resume Maria de Lurdes Pinheiro.
Francisco Maia garante que não vale a pena colocar cartazes a avisar os turistas dos perigos, mas defende que é preciso repensar o policiamento. "Os agentes têm de fazer mais vezes o percurso entre Santa Apolónia e o Castelo", diz.
7 comentários:
Aqui, fala-se em grupos de jovens, nacionais e estrangeiros, a roubar no 28, pois aquilo que eu há bem pouco presenciei neste eléctrico, foi um grupo de gandulos, entre os 40 e os 50, homens e mulheres, neste seu "desporto" predilecto! Cada vez me convenco mais, de que a policia e a Camara, nao teem interesse em combater estes assaltos. Porque será que os utentes se apercebem de quem eles sao e a policia nao?
A cereja em cima do bolo é, mesmo, esse bloco de cimento que estava aos pés da imensa grua quepor ali andou e que se foi... agora, então, pintada de verde é realmente MAGNÍFICA!
Na semana passada vi um assalto a duas turistas no miradouro das Portas do Sol. Felizmente as duas assaltantes foram apanhadas mas ouvi um polícia dizer a uma delas: "Andas sempre aqui a roubar. És uma ladra!" Eu pergunto se a ladra já é conhecida, porque é que a deixam voltar ao local do crime onde acaba por o repetir?
E coitadas das turistas lá tiverem que também entrar no carro da polícia e ir até à esquadra. Deve ter sido uma bela experiência turística!
É disto que a Monocle e outras publicações que recomendam esta Lísbia da treta gostam...
O miradouro de Santa Luzia é uma das vergonhas inexplicaveis de Lisboa.Já nâo existe qualquer justificação para o que ali se passa. Só o nome devia fazer corar qualquer eleito que se preze.Tudo alí
e´mau.
Quanto aos roubos,toda agente sabe o que se passa toda a gente fecha os olhos.Há dias foi roubada uma mochila num café da estação do rossio.as camaras filmaram tudo.O ladrão voltou para roubar mais e os empregados do café agarraram-no e chamaram a policia.A policia prendeu o ladrão mas este foi,apesar das provas nas filmagens, solto pouco tempo depois sem dizer onde estava a mochila,a polocia não tem leis que a protejam nem aos cidadadãos e os ladrões sabem que nada lhes acontece.Claro qua mochila nunca apareceu e o ladrão nunca foi sequer a tribunal.Quanto ao lesado foi chamado à policia onde foi informado que tudo ia ser arquivado pois o ladrão não se encontrava na morada que dera.Justiça à Portuguesa, porque o que interessa são as estatisticas.
Para quando a candidatura de Lisboa a Capital Europeia da Bandalheira?
Anónimo disse...
Para quando a candidatura de Lisboa a Capital Europeia da Bandalheira?
8:00 PM
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Realmente é de aproveitar enquanto o Antonio Costa está na presidência, porque provavelmente quando ele sair Lisboa melhora e depois já não dá para ganhar o prémio.
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