Fotografia © Diana Quintela / Global Imagens
Serviços realizam de 15 em 15 dias operações com meios reforçados numa só freguesia para mostrar que estão atentos à deposição indevida de resíduos. Estreia foi na Ajuda
"Está sempre cheio de lixo." Era em frente a um pequeno túnel completamente limpo de resíduos na Travessa da Boa Hora à Ajuda, em Lisboa, que, pelas 10.00, o presidente da Junta de Freguesia da Ajuda, José António Videira, destacava com alguma surpresa a diferença entre o cenário habitual e o que ontem foi encontrado no âmbito da primeira ação-relâmpago contra a deposição indevida de resíduos na rua. A intenção é que a operação, que passa pela concentração pontual de meios numa só freguesia e visa mostrar que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) está atenta ao problema, venha a decorrer de 15 em 15 dias e abranja, até ao final do ano, toda a capital.
Era um dispositivo que chamava a atenção pela multiplicação de casacos fluorescentes aquele que, cerca das 09.00, se concentrava nas imediações do Mercado da Ajuda e juntava efetivos da Polícia Municipal e do Núcleo de Fiscalização do Departamento de Higiene Urbana da CML. Duas horas antes, já os focos de sacos de lixo deixados na via pública durante a noite e a madrugada tinham sido removidos.
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Ora bem....já era tempo. O cenário mais provável é que quando se dirigirem a outra freguesia....o lixo volta à rua. Campanhas de sensibilização só funcionam com uma fiscalização posterior rígida. Enquanto não começar a doer no bolso de alguns....não vamos longe.
4 comentários:
No sábado fui insultada por 3 idosas que alegremente depositavam o seu lixo frente ao vidrão. Vidrão esse colocado frente à sede da PJ. Na minha zona, a Junta de Freguesia não atua de forma eficaz e adora fazer ouvidos moucos aos pedidos reiterados para limpeza e lavagem das ruas. No meu prédio, temos os 3 caixotes para separação do lixo, e a maioria dos inquilinos, não quer saber disso para nada. Tendo, inclusive, recebido como resposta "ninguém me pode obrigar a separar o lixo". Educação? Civismo? Temos muito para aprender com outros países, onde a aplicação de uma multa ou coima, resolve logo a falta de civismo. Somos, por norma, um povo que não gosta de limpeza. Só lá fora, onde trabalhamos. Só lá fora onde nos colocam uma multa para pagar na caixa do correio e se nos fizermos de parvinhos, somos chamados a tribunal por desrespeito à comunidade. O português por norma acha-se impune perante tudo e todos. M.Lopes
Em vez de canalizar recursos para multar cidadãos que não têm onde colocar o lixo, a CML que coloque contentores na rua.
Pois claro contentores para o lixo de casa (a recolha acabou nalguma zona ?)
Sou a primeira a enfurecer-me com a falta de civismo demonstrada pelos habitantes em redor dos ecopontos.
Contudo, também seria necessário fiscalizar a frequência com que os ecopontos são esvaziados e que, aliás, não deveria ser uniforme em toda a cidade.
Mas ainda hoje estou à espera de resposta a uma comunicação que, sobre esse aspecto, dirigi há anos aos competentes serviços da CML.
Nela chamava a atenção para a situação de um ecoponto colocado na Av. Miguel Bombarda, em zona de inúmeros estabelecimentos de restauração, que quotidianamente se viam obrigados a colocar no exterior do mesmo, já cheio, os seus materiais recicláveis.
Sendo que, num perímetro muito próximo, existem vários hotéis, o espectáculo constituía um cartão de visita inqualificável...
M. Céu Fialho
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