«Bom dia. É a primeira vez que escrevo para 9 vosso blog, que ja acompanho há bastante tempo. É uma situação observada na Estrada da Luz, 54. Desde que me lembre existia ali uma buganvilia lindissima. Este ano ja estava assim florida há uns 2 meses. Qual nao foi o espanto que esta semana ao passar por lá, ja la nao estava. A arvore estava dentro de um terreno que deve ser privado. Tinha um baldio de um lado e um edificio ja bem antigo do outro. Não sei se ha alguma coisa que se poderia fazer... mas fica aqui a minha revolta. Obrigado. Hugo Vieira»
05/08/2019
15/05/2018
Obras no Convento de São Francisco de Paula. Buganvílias centenárias em risco
S. Francisco de Paula nasceu em Paula, na Itália, a 27 de Março de 1416. Em 1435 fundou a Ordem dos Mínimos, e a 13 de Julho de 1717, os seus religiosos abriram um Hospício numas casas na Pampulha, que, em 1753, por mercê de D. José I, foi elevado à categoria de Convento. Semelhante favor do Soberano foi motivado pela inexplicável cura da futura Rainha D. Maria I, então Princesa da Beira, atribuída pela Rainha D. Mariana Vitória à intervenção do Santo.
A partir de 1835, como consequência da extinção das Ordens Religiosas, as casas que constituíam o Convento foram desanexadas da igreja de S. Francisco de Paula e vendidas a particulares. Está neste caso o prédio em apreço, com frentes para para a Rua Presidente Arriaga, 84, Travessa de São João de Deus, 7 e Rua do Olival,61, com andaimes já há largos meses, estando as obras aparentemente paradas e não se vislumbrando qualquer aviso de obras como a lei determina.
Estando o referido prédio histórico dentro do perímetro de protecção da Igreja de S. Francisco de Paula, Monumento de Interesse Público, merecendo por isso uma atenção muito especial por parte da Câmara Municipal de Lisboa, mesmo assim estamos preocupados com o que se pretende construir naquele espaço, com especial ênfase para o seu jardim/logradouro que possui uma série de buganvílias certamente centenárias e que deveriam ser salvaguardadas pois representam uma riqueza para a cidade de Lisboa.
Esperamos que a Câmara Municipal de Lisboa, normalmente interessada pelo património histórico e natural da nossa cidade, saiba garantir a salvaguarda do património vegetal em presença.
João Pinto Soares