In Público (11/7/2007)
«Vem em sétimo lugar na lista de António Costa, está-lhe destinado o pelouro de transportes e mobilidade, e veio da equipa do Ministério da Administração Interna que saiu para concorrer à Câmara de Lisboa.
Nos panfletos de campanha, Gabriela Ventura é apresentada como gestora de fundos comunitários e antiga consultora do Banco Mundial e da Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional.
O que não se diz é que a candidata é um quadro da Mota-Engil - Concessões de Transportes, a empresa que lidera o consórcio a que o Governo adjudicou a concessão rodoviária da Grande Lisboa, que vai construir e explorar a auto-estrada da Grande Lisboa durante 30 anos.
A medida foi anunciada pelo ministro das Obras Públicas, Mário Lino, na apresentação do novo programa de acessibilidades rodoviárias da Grande Lisboa a 27 de Novembro de 2006. A 17 de Julho do ano passado, Gabriela Ventura foi requisitada à Mota-Engil pelo gabinete do então ministro da Administração Interna, António Costa, para prestar colaboração "no âmbito da sua especialidade".
Ao PÚBLICO, Gabriela Ventura considera "absurda" qualquer ligação entre os dois factos e sublinha ser consultora jurídica da AENOR, de que a Mota-Engil é sócia maioritária.
"A concessão foi atribuída pelo Governo, não tem nada a ver com a câmara nem com as funções que vou exercer na autarquia", acrescentou, frisando que o traçado da futura auto-estrada é todo fora do município de Lisboa.
Seja como for, garante que não participará "em nenhuma decisão em que possa haver incompatibilidades ou conflito de interesses". Leonete Botelho»
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