18/08/2010

Mercado da Ribeira aberto a novos produtos

In Público (18/8/2010)

«A Câmara de Lisboa abriu um concurso público para a exploração de alguns espaços no mercado da Ribeira, dando início a uma série de intervenções nos mercados municipais. O objectivo é manter a área onde se vendem actualmente os produtos frescos, no rés-do-chão, alargando o leque de produtos disponíveis para venda no espaço que resta.

No concurso agora lançado, terão preferência as propostas para a venda de produtos alimentares, nomeadamente gourmet, e também as que pretendam dar um uso cultural, educacional e lúdico ao espaço. A autarquia quer que o mercado ganhe um centro de exposições, restaurante, bar e cafetaria, espaços multimédia e de divulgação turística.

As propostas para obter, por 20 anos, a concessão do primeiro piso, parte do rés-do-chão, um quiosque e duas esplanadas (pelo mínimo de 7500 euros) podem ser entregues até 30 de Setembro. O vereador José Sá Fernandes adianta à Lusa que o promotor terá a seu cargo intervenções (repavimentação, pintura e iluminação) que poderão chegar aos quatro milhões de euros

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O Mercado da Ribeira tem (como o da Figueira tinha, muito mais, aliás) para ser o centro do Covent Garden de Lisboa. A falta de visão é um problema crónico nesta cidade. Sendo assim...

7 comentários:

Anónimo disse...

Exponham produtos que possam interessar os turistas.

Eles passam por lá às dezenas, diariamente, olham e fotografam as hortaliças e o peixe, mas quanto muito compram uma fruta...

Anónimo disse...

O Mercado da Ribeira transformado em qualquer coisa de parecido com Covent Garden, os fantásticos edifícios do Largo de São Paulo serem recuperados para ancorar a transformação da zona...
wishfull thinking...!

Anónimo disse...

Toda a zona de São Paulo é lindíssima, tem um potencial enorme e está votada ao mais degradante abandono! Não percebo como uma cidade se dá ao luxo de ter zonas destas, de maior importância, degradadas, esquecidas e marginalizadas. Em todo o caso desculpem-me os modernistas mas esta zona não é para transformar em mais pseudo-design e estar coberta de lojas de cadeia. Esta zona podia ser uma zona de lojas de personalidade, tradicionais, com a recuperacão dos seus interiores, oscilando entre o “fin-de-siécle” e os anos 50-60. Tanto que se pode fazer e tão pouca capacidade/vontade de quem manda!

Anónimo disse...

Segundo ouvi dizer, parece que querem fazer lá a Moda Lisboa, o que se está mesmo a ver vai dar um resultadão.

As pessoas que forem a esse fantabulástico evento depois passam a ir lá todos os dias fazer as suas compras.

Ai, balhamedeus.

Anónimo disse...

A falta de visão crónica de que fala deve-se à pobreza. Os lisboetas não valorizam locais como o Mercado da Ribeira ou a zona de São Paulo porque não têm dinheiro ou cultura para fazê-lo. Somos pobres e o nível cultural de quem habita e igualmente de quem governa a cidade é muito baixo. O seu estado decadente (e a nova iluminação do Terreiro do Paço) é resultado disso. É uma cidade pobre em tudo. É um TERCEIRO MUNDO desfarçado de Europa. Quando tiverem noção e vergonha disso, talvez as coisas mudarão.

Sandra disse...

apenas quando os portugueses, os lisboetas, mudarem o seu estilo de vida se pode esperar que o Mercado da Ribeira recupere a sua dignidade, ou seja, um equipamento de grande utilidade para a capital. 90% dos mercados municipais aparentam estar em agonia. por culpa do estilo de vida suburbano que os lisboetas ainda alimentam?

Xico205 disse...

Que remédio alimentar estilos de vida suburbanos. A Câmara de Lisboa nada faz para inverter essa opção.

Quem trabalha das 9 ás 19 tem tempo aonde para ir a mercados? Quando antes já foi levar os filhos á escola ou foi ao banco ou ás finanças ou á segurança social tratar de assuntos, ou pôr qualquer coisa que se estragou a arranjar, etc...

Façam casas baratas para as pessoas viverem e com estacionamento e áreas decentes, mas a EPUL é só mais um construtor com fins lucrativos e por sinal, vigarista e que faz casas minusculas, do mesmo tamanho que as da Gebalis, com a agravante que tem muitas paredes o que faz com que as áreas ainda sejam mais pequenas.