Tv. Enviado de Inglaterra 2-4
Para este gaveto da Rua de Santa Marta, paredes meias com a Alexandre Herculano, a empresa Bilzé-Propriedade e Imóveis, Lda., apresentou em tempos uma Informação Prévia para projecto de demolição e construção nova, Proc. 705/EDI/2009, que foi liminarmente chumbada. Surpreendentemente, nem um ano volvido, eis que o mesmo promotor apresenta nova informação prévia, refª 884/EDI/2010, para o mesmo local. Será que reformulou o projecto de modo a que seja apenas recuperação do imóvel? Será que é masoquista? Ou será que por via de uma pequena alteração cirúrgica no articulado do pedido, sabe que assim passa?
8 comentários:
fadiga, fadiga!
será que os inquilinos continuaram a pagar rendas de 5€, e o edifício degradou-se?
Filipe Sousa,
explique-me uma coisa, é verdade que o seu raciocício está certo, anos de rendas controladas retirou ao mercado de arrendamento a capacidade de se manter e prosperar mas tal não explica algumas situações:
- porque é que as rendas em Lisboa estão altíssimas agora, ao mesmo nível de cidades maiores e muito melhor conservadas;
- porque é que estes prédios degradados e na mira dos promotores imobiliários estão abandonados, isto é, o proprietário não se pode queixar de rendas baixas quando não tem sequer inquilinos?
- porque é que é mais atrativo para os proprietários deixarem cair os prédios depois de despejarem os seus inquilinos?
- porque é que a lei da protecção do património não se impõe em casos em que o proprietário quer dolosamente degradar o seu prédio?
- porque é que prédios charmosíssimos, nem sempre obras de arte mas que fazer parte consolidada de um bairro ou área da cidade, são destruídos para se construir no seu lugar banalidades arquitectonicas, iguais às demais, sem qualquer ponta de charme ou gosto?
Eu acredito que se o Anónimo pensar, vai conseguir responder por si próprio, a algumas das faz.
O anónimo sabe as respostas mas o anónimo não sabe se o digníssimo Filipe Sousa as sabe!
Caro anónimo das 7:04, a aliteracia é um problema tão grande como o analfabetismo.
Caro anónimo das 7:04,
saber escrever também é recomendável quando damos opiniões por escrito em sítios como este: "por si" é obrigatoriamente o "próprio", não é necessário e é até errado referi-lo.
Aliteracia? Analfabetismo? Errado?
Caro anónimo, vejo nos seus últimos comentários algum desespero em mostrar que é um “literado”, lamento por esses recalcamentos.
“Por si próprio” é completamente usual na nossa língua, seja escrita, ou falada. Realmente é uma redundância, mas redundância não é, nem nunca foi, sinónimo de errado.
“Por si próprio” é um pleonasmo, perfeitamente comum na língua de Camões. Não sabe o que é? Eu explico. Trata-se simplesmente do uso voluntário de palavras inúteis, de maneira a dar estilo ou colorido ao pensamento que se pretende transmitir. Neste caso, a (minha) intenção era sublinhar a ideia do “próprio” (você) vir a chegar a alguma conclusão, e também dar formalidade à minha intervenção, caso contrário, teria usado “por si mesmo”, e não “por si próprio”.
Agora um exemplo prático, como se faz na escolinha, ou nas novas oportunidades. Sócrates, refiro-me ao filósofo claro, tinha como filosofia “Conhece-te a ti mesmo”. Diga-me, também o sábio era iletrado e analfabeto…?
Agora novo exemplo, e passando de sábio grego para mestre (da bola), já dizia Romário: “Pelé calado é um poeta”. Espero que tenha percebido.
Caro anónimo das 10:19,
percebi, sim, muito bem o que quer exprimir e posso, em resposta adiantar-lhe que:
- a psicologia é uma ciência que quando praticada como a fez chama-se presunção e charlatanismo. Assim recalcamento sofrerá, você, com certeza porque se conhecerá bem.
- O que identifica como redundância ou pleonasmo eu identifico como tautologia que, quando se escreve a fala bem é evitável.
- quanto a Sócrates, ele não seria com certeza aliterado, mas o seu tradutor para Português não seria, comprovadamente, dos melhores.
- quanto a conselhos, embrulhe-os em papel de seda e guarde-os em local fresco e seco porque podem ser-lhe úteis na sua vida (própria)!
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