É com sentida mágoa que damos conta de mais um arboricídio perpetrado na cidade de Lisboa, desta feita sobre um magnífico exemplar de Maclura pomifera, árvore originária da América do Norte, localizado no Parque Mayer, na zona de intervenção do Plano de Pormenor do Parque Mayer, Jardim Botânico, Edifícios da Politécnica e Zona Envolvente.
O pedido de classificação de Interesse Público deste imponente exemplar, solicitado pela Associação Lisboa Verde, mereceu por parte da Direcção-Geral das Florestas o parecer que junto enviamos e que termina dizendo: “Mais se informa que da vistoria conjunta efectuada ao local, DGF/CML evidenciou-se a necessidade de preservação deste exemplar aquando das obras de melhoramento e beneficiação previstas para o local”.
Não foi este o critério entendido e seguido pelas entidades responsáveis pelo Plano de Pormenor do Parque Mayer e Zona Envolvente e, assim, Lisboa ficou mais pobre.
Preocupa-nos que a falta de sensibilidade agora manifestada em relação a este exemplar centenário seja a mesma a que se encontram votadas todas as outras árvores do Jardim Botânico e logradouros envolventes.
João Pinto Soares
2 comentários:
Vergonhoso. Assim se gere o património arbóreo da cidade de Lisboa. Não sei se já houve justificação por parte da CML, mas certamente foram "razões fitossanitárias", desculpa que ultimamente serve para o abate de qualquer árvore que perturbe o plano de alguém...
Enfim. E o que se passa com o cavaleiro andande, o justiceiro lisboeta, que durante anos a fio interpôs processos em tribunal, injunções e afins, e agora que está no poder consegue não ser igual, mas pior que todos os outros anteriors. Ficamos à espera da próxima...
Isto é terrorismo ambiental camarário!!
Vergonhoso
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