26/07/2012

O Exemplo de ZURIQUE


Uma cidade que pode não ser perfeita (e pode não ter a beleza de Lisboa) mas é uma cidade que funciona, que tem qualidade de vida. Recebeu este ano uma bem merecida classificação de «Most Liveable City» pela equipa da revista Monocle. Bom planeamento urbano, óptimo  sistema de transporte público (eléctricos e comboios são a base da mobilidade), faixas para bicicletas, bairros históricos habitados e bem conservados (reabilitação verdadeira ao contrário do "fachadismo" que vemos em Lisboa), ambiente urbano limpo (podemos nadar no rio e no lago!), jardins, parques e ruas arborizadas para garantir bom conforto ambiental, mercados de rua, comércio tradicional e novo com vitalidade. Video sobre ZURIQUE, que inclui entrevista com a "mayor" da cidade aqui:

10 comentários:

Rodrigo disse...

O centro histórico, semelhante talvez ao bairro alto, está cheio de vida. Porta sim, porta não são artesãos a trabalhar nas sua oficinas. Arranjo de mobiliário, joalharia (não da cara), têxteis, etc.

Ah, falando em jóias, sabem como são as joalharias. Estão todas concertadas na avenida principal. Todas têm pilaretes à frente da montra para não serem derrubadas por carros, todas de porta fechada e com segurança e a porta só é aberta depois do vendedor ver quem é e compreender ao que vem. Depois, aí e tal, temos azar...

Porto Santo disse...

Lisboa com características diferentes ,mas com situações semelhantes, o rio, zona histórica, podia seguir este exemplo, mas duvido, enquanto tiver à frente dos destinos desta urbe, os interesseiros imobiliários e os novos ricos…

Anónimo disse...

Zurique é uma cidade com uma qualidade de vida excepcional. Não é uma cidade bonita em termos de enquadramento paisagístico, nem tem "bairros históricos", mas o ambiente urbano é perfeito. É uma cidade muito mais pequena que Lisboa, por isso é difícil fazer uma comparação, mas, ao contrário do que pensava antes de vir para cá, não penso voltar para Lisboa.

Paulo Nunes disse...

Nós por cá é mais jardins de pó, casas a cair, aberrações rodoviárias, transportes públicos mínimos e frente rio vedada.

Temos tudo para triunfar...

Anónimo disse...

...grafites ,ervas daninhas,sujidade, aberrações arquitectónica inseridas nos centros históricos e nas grandes avenidas,ruas mal alcatroadas,destruição e renovações horrorosas de jardins e praças....

Anónimo disse...

^ Que exagero, Paulo Nunes. Temos os nosso problemas tal como Zurique tem os seus. Também não é assim uma visão tão apocalíptica como descreve (lol).

Anónimo disse...

Porquê a utilização do termo "mayor"? Se é para usar uma coisa inadequada à língua local, porque não "errar" em Português? "Presidente da Câmara", "edil", "alcaide", "chefe do município"... nada disto serve?

Xico205 disse...

Anti na censura triunfamos.

António Maria disse...

Excelente e oportuno blogue. Parabéns!

Um sugestão: fazer um bom artigo sobre a péssima bilhética desintegrada da cidade-região de Lisboa. Não fora o peso das corporações, das burocracias partidárias e municipais, e já teríamos um Cidade de Lisboa, como Londres, ou Pequim, i.e. com 18 municípios no seu perímetro, com um governo eleito à dimensão da cidade-região que já existe, e com uma bilhética para os transportes coletivos, intermodal, decente, amigável e com preços diferenciados em função do poder de aquisição e das distâncias pendulares percorridas.

Anónimo disse...

Engraçado que neste blogue onde se faz a apologia do metropolitano de Lisboa como único modo de transporte capaz de responder às exigencias de mobilidade, venha agora fazer grandes parangonas de uma cidade que SE RECUSOU a construir um quilómetro que fosse de metropolitano enquanto a sua rede de transportes públicos não fosse melhorada, nomeadamente elétricos...países pobres, portanto.