02/11/2018

Petição contra mais um atentado que se prepara à Lisboa histórica,desta vez em Santa Clara-Santa Engrácia! Assine e divulgue, s.f.f. Obrigado!

Vistas da rua: Antes/Depois (simulação criada a partir da maquete do projecto)

OS LISBOETAS NÃO QUEREM UM MONSTRO ARQUITECTÓNICO AO LADO DA FEIRA DA LADRA! Não à construção de prédios novos que vão descaracterizar o bairro de Alfama/São Vicente!

Para: Para: Exmo Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. Fernando Medina; Sr(a) Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa; Senhores(as) Deputados(as) Municipais

Nós abaixo assinados, moradores de Lisboa, da Rua do Paraíso e da zona envolvente, não queremos que sejam construídos prédios novos que vão descaracterizar a Rua do Paraíso, rua que dá acesso à emblemática Feira da Ladra e que é frequentada por milhares de pessoas nos dias de feira. Estas construções pertencentes ao projecto Santa Clara vão não só descaracterizar a rua do Paraíso, mas também a zona envolvente, o bairro histórico de Alfama e São Vicente, cuja autenticidade deve ser preservada.

As novas edificações previstas nos projectos Proc. 783/EDI/2017 e 2012/EDI/2017 seriam implantadas no antigo lote do estacionamento do extinto Hospital de Marinha. Este projecto viola as obrigações do PDM que “indica a importância do edifício enquanto integrante do tecido urbano que compõe os alçados da Rua do Paraíso, um arruamento cuja integridade e imagem se pretende preservar” (conjunto arquitectónico da Rua do Paraíso 18 a 112 e 1 a 59, Referência 51.25).

Além disso, ao contrário do que é exposto na memória descritiva, a vista desde o panteão seria largamente afectada assim como a vista desde a zona ribeirinha.

Acresce que, dado o número de habitações que este projecto prevê, o aumento de tráfego que seria gerado tornaria ainda mais caótica a circulação numa zona que, já de si, é difícil.

Em último lugar e não menos importante, os moradores da rua do Paraíso vão perder completamente a exposição solar e a vista do rio que gozam actualmente, acrescido de um aumento significativo de poluição sonora e atmosférica.

Este projecto não apresenta vistas simuladas das fachadas, que iam denunciar a violação do PDM e o impacto da nova construção em termos de volumetria, e que se tivesse teria permitido contestar o projecto à tempo.

A Câmara Municipal de Lisboa tem o dever e obrigação de respeitar os pressupostos que ela própria definiu e deve impedir que seja feito mais um crime arquitectónico numa zona histórica e emblemática de Lisboa. Tem o dever e a obrigação de preservar a beleza, integridade e autenticidade de Lisboa.

2 comentários:

Anónimo disse...

Mais um projeto em Lisboa de grande impacto, que merece ser investigado. O arquiteto autor da enorme ampliação do Palácio de Santa Helena, foi curiosamente o mesmo. As dúvidas quanto à falta de competência do Vereador Manuel Salgado para decidir os processos, existem nas duas intervenções, bem como, o atentado ao sistema de vistas da cidade de Lisboa, com enormes prejuízos para terceiros e para o bem público. O beneficio esse, é completamente canalizado para o investidor privado. Há um evidente desequilíbrio, neste modus operandi, à tantos anos em prática, na magnifica cidade de Lisboa. Hoje menos magnífica, à custa de inúmeros atentados urbanísticos: - Soma e segue...

Anónimo disse...


Isto tem de parar!
Não a edifícios novas, ainda por cima neste local bem preservado.