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22/03/2013

Passagens de modelos e “discoteca intimista” no Pavilhão Carlos Lopes


In Público (22/3/2013)
Por Inês Boaventura e Paulo Curado

«A Fundação Aragão Pinto, a quem a Câmara de Lisboa se prepara para concessionar a exploração do Pavilhão Carlos Lopes, pretende que este edifício histórico volte a ser palco de eventos desportivos e de concertos. Mas o projecto da fundação prevê também outras actividades, como “passagens de modelos, festas e até uma discoteca mais intimista”, com “bares de apoio”.

A explicação é de Bruno de Carvalho, presidente daquela fundação de solidariedade social, criada em 2009 com a missão de apoiar crianças e jovens carenciados e com necessidades especiais. Em entrevista ao PÚBLICO, o também candidato à presidência do Sporting afirmou que a reabilitação do edifício, avaliada em cerca de sete milhões de euros, será assegurada “por fundos da fundação e através de acordos com parceiros que irão fazer a exploração de actividades que não estão na esfera da fundação, nomeadamente ao nível do estacionamento e da gestão hoteleira e de espectáculos”.

“Vamos fazer a recuperação total do pavilhão, mas vamos manter toda a traça a nível exterior. A nível anterior, toda a arena vai desaparecer e será construída uma nova”, refere Bruno de Carvalho. O empresário acredita que, depois desta intervenção, o pavilhão poderá albergar “grandes eventos europeus e mundiais desportivos”, bem como “concertos de todo o tipo de música e teatro”. Vão também realizar-se concertos de Verão no exterior, “mais relacionados com as várias culturas regionais do país”.

“Vamos ter uma sala que é lindíssima e que pretendemos alargar. Pensámos fazer ali eventos, passagens de modelos, festas e até uma discoteca mais intimista. Terá também bares de apoio interiores e nas galerias exteriores”, descreve Bruno de Carvalho. Está prevista ainda a instalação no local do “Museu Carlos Lopes” e a construção de um parque de estacionamento subterrâneo, valência cuja necessidade é destacada pelo empresário atendendo a que “o pavilhão vai passar a ter uma utilização diária”.

Bruno de Carvalho não nega que este projecto da Fundação Aragão Pinto (que passará a ter no pavilhão a sua sede e secretariado) poderá também servir ao clube a cuja presidência é candidato: “Caso ganhe as eleições no Sporting, este espaço poderá ser uma belíssima ajuda para as modalidades do Sporting. Servirá de espaço para treinar, mas não irá inviabilizar a construção de um pavilhão perto do Estádio José de Alvalade.”

A votação da proposta que previa a entrega à fundação do Pavilhão Carlos Lopes, na sequência de um concurso público lançado em 2012, chegou a estar agendada, mas a Câmara de Lisboa acabou por adiá-la até que aquela entidade apresentasse uma garantia bancária e esclarecesse quais as formas de financiamento de que dispunha para financiar o projecto. “Este foi um concurso público internacional e o júri deu-nos a vitória, o que significa que nós cumprimos na totalidade os regulamentos e as suas exigências, quer ao nível do projecto de arquitectura, quer ao nível de explicação de memória descritiva, quer ao nível do modelo de sustentabilidade financeira”, reage Bruno de Carvalho.

Rita Magrinho, que foi vereadora com o pelouro do Desporto, considera “um bocado estranho” o projecto agora apresentado para o edifício. A deputada do PCP na assembleia municipal é contra a concessão do espaço, defendendo que este devia permanecer nas mãos do município, que podia promover a sua reabilitação com as contrapartidas do Casino de Lisboa (uma parcela de 1,7 milhões de euros foi destinada para esta reabilitação e não se sabe que destino tiveram) e com verbas comunitárias, através de candidatura ao QREN.


Edifício definha à espera de reabilitação

Aqui há vidros partidos e paredes rabiscadas

Encerrado em 2003 por falta de condições de segurança, o pavilhão criado na década de 20 do século passado para celebrar o 100.º aniversário da independência do Brasil, é hoje uma sombra do que já foi. Tomado de assalto por pombos e outra passarada ruidosa que vê nos vidros partidos uma oportunidade, o edifício está rabiscado e rodeado de ervas daninhas que crescem sem que ninguém lhes ponha um travão. Junto às estátuas em pedra representando a arte e a ciência, que ladeiam o pórtico nobre, há ainda sinais de um dos vários projectos para o Pavilhão Carlos Lopes que não passaram disso mesmo. As faixas anunciando a criação de um Museu Nacional do Desporto, a inaugurar em 2011 segundo os planos do Governo de José Sócrates, lá continuam, ainda que rasgadas e com uma cor desmaiada que deixa adivinhar o abandono a que o edifício foi votado nos últimos anos. “É uma dor de alma o estado de degradação em que se encontra o pavilhão”, dizia António Costa em 2008. Resta saber o que diria hoje.»

11/03/2013

Finalmente, será?


Na ordem de trabalhos da reunião de CML dia 13:

«1 - Proposta n.º 145/2013 (Subscrita pelos Srs. Vereadores Manuel Salgado e Manuel Brito) Aprovar a Proposta de Adjudicação referente ao Concurso Público Internacional para celebração de contrato de concessão de exploração relativo ao Pavilhão Carlos Lopes, nos termos da proposta;»

... já agora, alguém pode disponibilizar o teor do concurso? Obg.

09/02/2010

Piscinas municipais: Olivais, Campo Grande e Areeiro só em 2011

In Público (9/2/2010)
Carlos Filipe

«As piscinas municipais nos Olivais, Campo Grande e Areeiro, há anos encerradas devido ao mau estado de conservação das infra-estruturas, deverão voltar ao activo apenas em 2011. A CML assumirá parcerias público-privadas na reabilitação e gestão. São necessários 25 milhões de euros e vão ser lançados os concursos públicos internacionais.

Lisboa precisa de mais 100 hectares de áreas desportivas


A Câmara de Lisboa submete hoje à aprovação da Assembleia Municipal a Carta Desportiva, documento que estabelece que a capital carece ainda de 100 hectares de área útil em instalações para a prática de actividade física, e estima que a autarquia precisará de investir 196,6 milhões de euros para suprir essa necessidade.

Manuel Brito (foto ao lado), vereador com o pelouro do Desporto na CML e responsável pela elaboração do documento, refere-se à carta como "decisiva para a construção da cidade", lembrando que "propõe trabalho para várias gerações", e que requer "estabilidade política" na sua aplicação, que precisa bem para cima de dez anos. "O plano alemão de instalações desportivas comunitárias, que bem conheço, foi planeado para 15 anos e levou 41 anos - de 1959 a 2000 - a realizar", justificou.

No imediato, o plano de investimento (de um a três anos) consagra 64 milhões de euros, com destaque para o complexo de São João de Brito, onde será feita uma parceria de requalificação de um grande espaço na Avenida do Brasil (dois campos de futebol de formação, um pavilhão e um centro de apoio) e no Alto do Lumiar - piscina, pavilhão para o judo, ginástica desportiva e dois campos de râguebi. "Naquele eixo vai nascer uma cidade desportiva", disse Manuel Brito.

O Eurobarómetro (de 2004) coloca Portugal no último lugar entre os Estados da UE, segundo o qual 66 por cento da população disse nunca ter praticado actividade física, contra 40 por cento da UE, e quatro por cento da Finlândia.

O documento que hoje será votado identifica as instalações existentes no concelho, o seu estado de conservação, e o plano de investimentos para cumprir os parâmetros da Carta Europeia do Desporto, que estabelece uma área desportiva útil (ADU) de 4m2 por habitante.

"É uma batalha, tendo em conta que em Lisboa ainda só temos 1,61 por cento de ADU. O trabalho define estratégias e prioridades, para reabilitar o já existente, e acima de tudo junto das escolas." O documento elenca 910 mil m2 de instalações desportivas de base em 2009, sendo que Lisboa carece de mais um milhão de metros quadrados (100 hectares) de ADU para atingir os 4m2 de ADU de referência.

Manuel Brito diz que a carta "salvaguardará a cidade da gula urbanística e espaços para ocupação futura, e é tido como essencial para o futuro Plano Director Municipal".»

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E o Pavilhão dos Desportos?

12/11/2009

CidadCidade vai ter mais espaços desportivose vai ter mais espaços desportivos

In Diário de Notícias (12/11/2009)

«Os equipamentos desportivos existentes em Lisboa vão passar a ser monitorizados para se adequarem às necessidades da população, prevendo-se a construção de mais instalações a médio prazo. A Carta Desportiva ontem aprovada em reunião de câmara permitirá fazer o diagnóstico dos equipamentos desportivos existentes, avaliando quais as intervenções necessárias para melhorar as suas condições de utilização. Aponta prioridades em termos de investimento em equipamentos desportivos, salientando ser necessário construir mais piscinas na zona oriental de Lisboa. Esta carta permite também fazer a reserva de terrenos para a construção de novos equipamentos desportivos.»

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Muito sinceramente, preocupa-me muito mais o que fazer com os equipamentos desportivos já existentes, alguns deles fechados há demasiado tempo e sem reabertura à vista, a começar pelas piscinas do Areeiro, Campo Grande e Olivais. Os concursos ficaram desertos. E agora?

Antigo equipamento desportivo e, pelos vistos, futuro museu, será agora que, finalmente, o Pavilhão dos Desportos / Pavihão Carlos Lopes vai ser renovado?